efdeportes.com

Jogos tradicionais indígenas

Juegos tradicionales indígenas

 

*Bacharel em Educação Física

Laboratório de Pesquisas em Desempenho Humano (LAPEDH)

Centro de Ciências da Saúde e do Esporte (CEFID)

Universidade do Estado de Santa Catarina, UDESC

(Brasil)

Rafael Alves de Aguiar*

deaguiar.rafael@hotmail.com

Tiago Turnês*

tiagoturnes89@gmail.com

Rogério Santos de Oliveira Cruz*

cruz.rso@gmail.com.br

 

 

 

 

Resumo

          Existe no Brasil cerca de 734 mil indígenas divididos em 225 etnias, existindo assim uma diversidade imensurável de jogos indígenas. O interesse pelos jogos indígenas tem ganhado maior notoriedade na comunidade científica já que são atividades que demonstram mitos e valores culturais e étnicos dessa população. Após o contato com os colonizadores, os jogos tradicionais indígenas entraram em desuso por algumas tribos, pois eram considerados muito violentos ou sem atratividade as vistas do não-índio. Além disso, a globalização fez com que os interesses dos indígenas pelos jogos modernos aumentasse, fazendo com que jogos como o futebol, vôlei e atletismo fizessem parte do cotidiano das comunidades indígenas. Sendo assim, o objetivo do presente estudo é coletar e descrever os principais jogos tradicionais indígenas, analisar a influência da globalização no processo de esportivização dos jogos tradicionais indígenas e verificar a importância dos Jogos dos Povos Indígenas para os índios no Brasil.

          Unitermos: Jogos Indígenas. Índios. Práticas corporais.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 16, Nº 159, Agosto de 2011. http://www.efdeportes.com

1 / 1

Introdução

    O Brasil, por se tratar de um país com inúmeros imigrantes e povos indígenas possui uma variedade de jogos tradicionais e populares (VINHA, 2004). Dentre eles se destacam os indígenas, que segundo a Fundação Nacional do Índio (FUNAI), a sua população é de 734 mil pessoas, distribuídas em 225 etnias com 180 línguas diferentes.

    A partir da vinda dos europeus para a América, os jogos tradicionais e populares indígenas ficaram em desuso frente ao acelerado processo de urbanização que se estabelecia no Brasil nos séculos anteriores (VINHA, 2004). Apenas recentemente é que as práticas corporais e os jogos indígenas têm ganhado o interesse de pesquisadores (FASSHEBER, 2006; VINHA, 2004). De acordo com isso, Renson (1992) afirma que apenas nas últimas décadas a pesquisa antropológica sobre jogos e esportes teve um avanço. Entretanto, Barata (2007) menciona que pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) relataram que ainda há poucas exposições relevantes sobre a cultura indígena e menos ainda sobre seus suas práticas esportivas.

    Um dos aspectos a ser considerado em pesquisas é que os índios possuem uma diversidade de culturas devido à variedade de etnias existentes, portanto, cada etnia possui sua organização social e econômica, alem de práticas corporais próprias. Entretanto, por muitas pessoas ainda são vistos como pertencentes de uma única cultura (ALMEIDA, 2008).

    Com isso, a diversidade de jogos praticados pelos indígenas parece ser imensurável. Fassheber (2006) afirma que elementos comuns como, por exemplo, o arco e flecha, possuem formas de utilização, espaços, tempos e significados diferentes para cada etnia, trazendo uma diversidade ainda a ser pesquisada. Além disso, as culturas indígenas entranham-se num processo de globalização, alterando suas culturas e, logo seus jogos e práticas corporais tradicionais. Desta forma, o objetivo do presente estudo é identificar os jogos tradicionais indígenas assim como aqueles que sofreram alterações pela cultura ocidental.

Jogos Tradicionais

    Para Huizinga (2004) o jogo apresenta características únicas, sendo elas: O divertimento; atividade voluntária; praticadas em momento de tempo livre tornando obrigação apenas quando constitui uma função cultural reconhecida, como o ritual; satisfação da própria realização; e segue uma ordem estabelecida pelas próprias leis que o compõe.

    Segundo Almeida (2008), há uma semelhança entre o rito e o jogo, pois todo jogo possui seu conjunto de regras previamente definidas e consentidas por seus praticantes, o que o torna passível de ser disputado inúmeras vezes, além disso, os ritos são acompanhados de jogos de destreza ou de sorte que são imbuídos de sentidos e significados ritualísticos. Assim, podemos afirmar que os jogos para os indígenas possuem características lúdicas, por onde permeiam mitos e valores culturais de cada etnia, assim os jogos precisam de um aprendizado específico de habilidades motoras, estratégias e/ou chances, sendo geralmente jogados em rituais ou visando à preparação do jovem para a vida adulta tendo regras dinamicamente estabelecidas (ROCHA FERREIRA, 2005). Desta forma, os jogos tradicionais são práticas corporais que colaboram para que valores, costumes, normas sociais e comportamentos desejados sejam assimilados por meio dos corpos dos indivíduos, tendo como base suas tradições (ROCHA FERREIRA, 2005).

    Os jogos tradicionais são feitos de modo bastante variado e dinâmico para afirmar sua vida lúdica e/ou ritual (FASSHEBER, 2006). Com isso, diversas etnias apresentam diferentes variações de jogos, entretanto, esses jogos estão se perdendo pelo contato com os não-índios, pois para estes são demasiadamente violentos ou possuem pouca atratividade (JÚNIOR e FAUSTINO, 2009). Mesmo assim, alguns deles são encontrados na literatura atual, onde apresentaremos alguns exemplos de jogos tradicionais de diferentes etnias.

Lutas Corporais

    Essas atividades são essenciais para a fabricação do corpo e, por conseguinte, da identidade da pessoa indígena. A Uka-Uka é praticada pelos povos habitantes do Parque Nacional do Xingu e pelos Bakairi de Mato Grosso. O Iwo, pelos Xavante que estão espalhados por todo o estado do Mato Grosso. O Idjassú é característico do povo Karajá da Ilha do Bananal e a Aipenkuit é exercitada entre os homens do povo Gavião Kyikatejê do estado do Pará. Cada qual possui suas peculiaridades, entretanto, de modo geral, têm como função preparar o indígena para combates que exigem maior capacidade de destreza e força física. Essas práticas corporais consistem basicamente em uma disputa entre dois lutadores que têm como objetivo desequilibrar e derrubar o oponente, geralmente os lutadores – tradicionalmente reconhecidos como guerreiros – possuem maior prestígio dentro de sua comunidade. Apesar de requerer um vigor físico, não se percebeu qualquer tipo de violência entre seus adeptos (ALMEIDA, 2008).

Futebol de Cabeça

    Também chamado de Hayra pela tribo Enawene-Nawe, ou Xikunahaty pela tribo Pareci Haliti, o futebol de cabeça tem o objetivo de passar a bola para o campo adversário, usando apenas a cabeça, marcando ponto aquele que não cometer erros (ALMEIDA, 2008).

    Divididos por uma extensa linha que corta de fora a fora o pátio aldeão, as equipes se posicionam frente a frente, organizadas por três posições fixas cada uma e alternando-se o número das demais. O primeiro ponto é registrado coletivamente pela equipe vitoriosa, pelo movimento dos lábios ao som de brrruuu; o segundo é vibrado com um assovio grave e ritmado feito entre as mãos (FASSHEBER, 2006).

    Segundo depoimento de um indígena da tribo Pareci Haliti, esse jogo possui estreita relação com o mito de origem desse povo, no qual um ser superior orientou como o povo que sairá da fenda de uma pedra deveria viver e, em seguida, reuniu todos para jogar com a bola produzida do látex de Mangaba (ALMEIDA, 2008).

Arco e Flecha

    O arco e a flecha são instrumentos que fazem parte da cultura de diversas etnias indígenas. Durante muitos anos seu uso tinha como objetivo prover alimentos por meio da caça e dar proteção às sociedades, sendo utilizados como armas em conflitos com outros povos. As técnicas necessárias ao seu uso são aprendidas nessas sociedades por meio de jogos e brincadeiras que desenvolvem na pessoa indígena habilidades específicas desde sua infância (ALMEIDA, 2008).

    Para Almeida (2008), após o contato com o não-índio e a assimilação de uma série de comportamentos dessa outra cultura, algumas etnias mantêm o uso desse instrumento com outros sentidos, enquanto outras não têm mais o costume de “flechar”.

Peteca

    A peteca, brinquedo que está presente em diversas culturas indígenas, foi apresentada em um jogo do qual participaram além de indígenas de grande parte das etnias, voluntários, organizadores e o público. Após ser lançada para o alto, todos deveriam se empenhar para não deixar a peteca cair no solo. Aquele identificado pelo grupo como responsável por esse fato sofre um tipo de punição na qual todos os participantes desferem leves sopapos em quem cometeu o erro (ALMEIDA,2008).

Corridas

    Segundo Rocha Ferreira (2002), as corridas são transmitidas dos mais velhos aos mais novos, transmitindo a noção de elo entre os mundos físico e espiritual. As capacidades por ela exigidas, como velocidade e resistência, estão relacionadas com mitos de diversas culturas, nas quais os dons são recebidos pelas pessoas indígenas como forma de sobrevivência e adaptação ao meio ambiente.

    As corridas entre os indígenas no Brasil são praticadas com ou sem instrumentos (ALMEIDA, 2008). Com instrumentos seria a corrida de tora, que será explicada a seguir.

Corrida de Toras

    Conhecem-se hoje no Brasil seis etnias que praticam a corrida de toras: Xerente, Gavião, Xavante, Kanela, Krikati e Krahô, variando muito uma tribo para a outra (ALMEIDA, 2008). Os Gavião Kyikatejê do Pará, antes de iniciarem a corrida (denominada Jãmparti), colocam duas toras de aproximadamente 3 metros de altura, apoiadas na areia sobre extremidade de diâmetro maior, ornamentada com algodão, visto que essa tora apresenta uma diferença de diâmetro entre as extremidades. Os corredores, de mãos dadas, se posicionam ao redor das toras cantando e dançando, como preparação para atividade. Entre os Gavião, as toras são erguidas com a ajuda de todos os participantes e conduzidas por dois indígenas de cada vez, que as carregam nos ombros com a extremidade de maior diâmetro à frente. Para a passagem da tora há uma pequena pausa até que esteja segura por outros dois índios.

    Os Kanela, tanto homens quanto mulheres, correm com toras de aproximadamente 1 metro de comprimento por 30 centímetros de diâmetro. A tora é conduzida individualmente, com o acompanhamento de outros indígenas, que auxiliam o corredor equilibrando-a. A passagem é dinâmica e o condutor da tora realiza um giro colocando-a sobre o ombro do companheiro (ALMEIDA, 2008).

    Melatti (1976), em estudo realizado entre os Krahô, constatou que essa prática está sempre associada a um rito. Conforme os ritos variam-se as formas das toras, os grupos que disputam à corrida e o percurso.

Kanjire e Pinjire

    O kanjire e o pinjire, praticados pela tribo Kaingang, simulam campo de batalhas, onde dois grupos ficam frente a frente e arremessam mutuamente tocos. Possui um caráter belicoso, tendo o objetivo principal de adestrar para a guerra, que antigamente era freqüente. O kanjire é praticado durante o dia, enquanto o pinjire é realizado a noite, com os tocos em chamas. Os tocos são estocados pelas mulheres, que também possuem a função de recolher os feridos (JÚNIOR e FAUSTINO, 2009). Para mais informações ler o estudo de Borba (1908).

    Conforme relatado por Borba (1908) o resultado dos jogos geralmente são grandes ferimentos, contusões, olhos furados e dedos quebrados, mas nenhuma inimizade.

Processo de esportivização e alteração dos jogos tradicionais indígenas

    A adaptação e as transformações das tradições indígenas a partir do contato com o mundo dos não-índios expressam um processo de ressignificação de valores culturais, esse processo apresentado como mimesis por Fassheber (2006), opera na construção de novas relações sociais – uma nova forma de organização de equipes, torneios, torcidas, identidades e rivalidades.

    Kunz (2006) corrobora que os princípios do esporte trazem como conseqüência processos de seleção, de especialização e de instrumentalização. Assim, é importante analisar o processo de esportivização nos jogos tradicionais indígenas, pois é um fenômeno que altera a cultura corporal de movimento, ou seja, modifica as práticas corporais assumindo características do esporte de alto rendimento (GONZALEZ, 2006). Desse modo, para Almeida (2008), os jogos tradicionais foram esvaziados de seu sentido inicial, restando apenas traços das práticas corporais tradicionais, onde passaram a assumir as características básicas do esporte de alto rendimento.

    O processo de esportivização tende a padronizar sob formas de regras e regulamentos os jogos tradicionais indígenas para propiciar competição. Kunz (2006) afirma que uma característica predominante no jogo esportivizado é a sua essência competitiva. Nessa ótica, fica claro que os esportes praticados nos Jogos Indígenas, que serão apresentados posteriormente são jogos, brincadeiras ou práticas corporais tradicionais em que ocorreu um processo de esportivização.

Esportes modernos praticados por indígenas

    Inicialmente, é importante destacar que o esporte moderno é uma prática desvinculada de cerimônias ou festas religiosas. Assim, os esportes modernos tratam-se de esportes que não foram alterados de jogos tradicionais indígenas, mas sim trazidos de culturas diferentes para as aldeias.

    Dentre os esportes modernos mais praticados nas aldeias encontram-se o vôlei e principalmente o futebol, normalmente com espaços exclusivos para a sua prática (GRANDO et al., 2009a), sendo o terreno revestido de terra batida (ANSELMO, 2008) e freqüentemente encontrados no centro das aldeias (JUNIOR e FAUSTINO, 2009).

    Nas aldeias pesquisadas por Grando et al (2009a) o futebol é a atividade preferida e praticada por todos: homens, mulheres, adultos e crianças, além disso, promove a interação entre indígenas de diferentes etnias e os demais brasileiros, entretanto esta situação é insatisfatória para os mais velhos, relatando a preocupação com as suas manifestações culturais.

    Fassheber (2006) cita Bellos (2003) ao analisar que ao invés do futebol poder estar degenerando os costumes indígenas, os próprios índios estão mostrando a força da tradição indígena de se adaptar as novas realidades, e com isso juntando sua cultura com a prática do futebol a partir do ritual apresentado por Fassheber (2006).

Jogos dos povos indígenas brasileiros

    A iniciativa de levar um índio flecheiro aos Jogos Estudantis Brasileiros (JEB's) foi o ponto inicial para os Jogos do Povos Indígenas. Com uma idéia dos irmãos índios Terena, começou-se a trabalhar o conceito de Jogos dos Povos Indígenas. Os representantes, após reunião com o Ministério do Esporte, lançaram a idéia de se fazer uma Olimpíada (ROCHA FERREIRA et al., 2005), sendo a primeira experiência realizada em Anhanguera (GO), em 1996. A partir de então, adquiriu-se experiência e o formato dos jogos foi modificado.

    Os Jogos tem o objetivo de promover a cidadania indígena, a integração e o intercâmbio de valores tradicionais, com vistas a incentivar e valorizar as manifestações culturais próprias destes povos. Os Jogos dos Povos Indígenas tem como lema “O importante não é competir, e sim, celebrar” (ALMEIDA, 2008).

    Os jogos, propriamente ditos, aparentemente seguem rituais próximos aos eventos esportivos, tais como: (a) desfile de abertura, que se assemelham à abertura de jogos olímpicos, mas as etnias entram com roupas típicas, (b) a arena – local dos jogos, (c) tendas de artesanatos, (d) fórum social – com convidados indígenas e não indígenas nacionais e internacionais, visando debater temas tais como educação, saúde, ecologia e juventude, comunicações, utilização de energia solar e reflexões sobre os jogos e esportes indígenas (VÁSQUEZ et al., 2006).

    Grando et al (2009a) relatam em seu estudo a importância dos Jogos dos Povos Indígenas para os índios. Segundo ele, é um espaço de intercâmbio cultural entre as etnias indígenas e serve para diversos fins, como a difusão do conhecimento de outras formas culturais aos demais brasileiros; Permitem o conhecimento da história de outros parentes indígenas por envolver outros momentos culturais como as apresentações, pinturas e danças; Propicia a confraternização entre os povos e oferece oportunidade de conhecer melhor a cultura de outros indígenas, além de incentivar a juventude da nova geração a se interessar por aspectos relacionados aos eventos culturais dentro da própria cultura; Aumento do interesse dos jovens pela cultura e a valorização e manutenção do conhecimento pela mesma; Proporciona o desenvolvimento teórico e prático sobre o esporte do não-índio, com os quais mantêm relação permanente; Renova a relação de igualdade com a sociedade e possibilita o respeito das diferenças, promovendo a diversidade cultural étnica que caracteriza os indígenas brasileiros; Divulgação das suas atividades culturais e assim mantê-las, contribui para a formação dos jovens e para a união dos povos; Isso contribui no despertar do interesse da juventude em estar buscando saberes da cultura e desta forma transmitindo os valores culturais, mesmo que o que os move num primeiro momento é a viagem e os esportes.

    Mesmo com todos esses pontos positivos dos Jogos dos Povos Indígenas, existem algumas preocupações. Segundo Grando et al (2009a) existe uma preocupação dos mais velhos, já que estes não aprovam práticas que não são tradicionalmente da cultura indígena, relatando a preocupação com a manutenção das suas manifestações culturais. Apreensão também em relação à saída da aldeia para lugares desconhecidos, o que pode fascinar principalmente os jovens, e com isso contribuir para mudança dos valores culturais indígenas (GRANDO, 2009b).

    Além disso, segundo Almeida (2008), as práticas corporais constituintes deste evento parecem ser objeto de controversa, pois, na medida em que seu objetivo é o de promover o reconhecimento das manifestações culturais dos povos indígenas, a lógica do esporte de alto rendimento é colocada no conjunto destas práticas. Assim, percebe-se, portanto, a possibilidade desse evento cultural contribuir para o desenvolvimento de um processo de esportivização de práticas corporais tradicionais dos povos indígenas, o qual já foi tratado anteriormente neste trabalho.

    Nos Jogos dos Povos Indígenas, é praticado tanto esportes tradicionais indígenas, como esportes modernos que estão inseridos nas sociedades tribais. Aqueles esportes onde a prática é pouco regulamentada e praticada por poucas tribos, ficam apenas como modalidade de demonstração, dentre esses já foram apresentados o Futebol de Cabeça, Zarabatana, Luta corporal e o Rõkrã (esporte semelhante ao futebol, porém com tacos). Normalmente as modalidades competitivas são o Arco e Flecha, Cabo de Guerra, Canoagem, Atletismo, Corrida com Tora, Futebol, Arremesso de lança e a Natação.

Conclusão

    De acordo com o apresentado, fica claro que com a diversidade de culturas indígenas existentes no Brasil devido às diferentes etnias encontradas, há uma variedade de jogos praticados por diferentes tribos indígenas, entretanto, poucas pesquisas são encontradas na literatura sobre a grande diversidade de jogos e práticas corporais praticados por indígenas brasileiros.

    Com a aproximação dos não-índios, a cultura indígena se misturou principalmente com a cultura européia, o que trouxe modificações nas práticas corporais e jogos praticados por eles, assim, é importante analisar o processo de esportivização que acontece nas tribos indígenas.

Referências

  • ALMEIDA, A.J.M. Esporte e cultura: esportivização de práticas corporais nos jogos dos povos indígenas. 2008. 131 f. Dissertação (Mestrado em educação Física)-Universidade de Brasília, Brasília, 2008.

  • BARATA, G. Afirmação da identidade indígena no esporte. Ciênc. Cult., vol.59, n.1, p.56-57, mar, 2007

  • BORBA, T. Actualidade Indígena. Imprensa Paranaense. Curitiba, 1908.

  • FASSHEBER, J.R.M. Etno-desporto indígena: contribuições da Antropologia Social a partir das experiências entre os Kaingang. 2006. 170 f. Tese (Doutorado em Educação Física)- Faculdade de Educação Física, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2006.

  • FUNAI. Jogos dos povos indígenas. Disponível em: http://www.funai.gov.br/indios/jogos/novas_modalidades.htm, Acesso em: 04 abr, 2010.

  • GONZÁLEZ, F.J. “Projeto curricular e educação física: o esporte como conteúdo escolar”. In: Rezer, Ricardo (Org.). O Fenômeno esportivo: ensaios crítico-reflexivos. Chapecó: Argos, 2006.

  • GRANDO, B.S; OLIVEIRA, B.M; DE AGUIAR, E.T. Os saberes e práticas corporais indígenas e suas relações com os jogos indígenas, 2009a. Disponível em: http://www.unemat.br/pesquisa/coeduc/downloads/saberes_indigenas_jogos.pdf, Acesso em: 04 abr, 2010.

  • GRANDO, B,S; OLIVEIRA, B,M; DE AGUIAR, E,T. A produção do conhecimento sobre as práticas corporais indígenas e suas relações com os jogos indígenas do brasil. Anais do XVI Congresso Brasileiro de Ciências do Esporte e III Congresso Internacional de Ciências do Esporte. Salvador, 20 a 25 de setembro de 2009b.

  • HUIZINGA, J. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. 5. ed. São Paulo: Perspectiva, 2004.

  • JUNIOR, J.R.A.N.; FAUSTINO, R.C. Jogos Indígenas: O Futebol Como Esporte Tradicional Kaingang. Pensar a Prática. v. 12, p. 1-12, 2009.

  • KUNZ, E. Transformação ditádico-pedagógica do esporte. 7. ed. Ijuí: Unijuí, 2006.

  • MELLATI, J.C. “Corrida de toras”. Revista de Atualidade Indígena, Ano I, n. 1, p. 38-45, Brasília: Funai, 1976.

  • Ministério do Esporte. Apresentação dos Jogos indígenas. Disponível em: www.esporte.gov.br/sndel/jogosIndigenas/XJogos/apresentacao.jsp, Acesso em: 07 abr, 2010.

  • Ministério do Esporte. Modalidade dos Jogos indígenas. Disponível em: http://www.esporte.gov.br/sndel/jogosIndigenas/XJogos/modalidades.jsp, Acesso em: 07 abr, 2010.

  • RENSON, R.; VAN MELE, V. Traditional Games in South America. Schorndorf: Hofmann, 1992.

  • ROCHA FERREIRA, M.B; et al. Jogos tradicionais indígenas. In: COSTA, L. P. (Org.). Atlas do esporte no Brasil. Rio de Janeiro: Shape, p. 35-36, 2005

  • VÁZQUEZ, M.H.; GÓMEZ, A.S.K.; MARTIN, P.J.J.; VICENTE, D.B.R.; ROCHA FERREIRA, M.B.; CAMARGO, V.R.T. “Cultura de los Jogos dos Povos Indígenas”. In: Perspectivas actuales de la animación sociocultural. Cultura, tiempo livre y participación social. Victor J. Ventosa (coord.). Editorial CCS, Alcalá, 166/28028 Madrid, 2006.

  • VINHA, M. Texto integrante dos Anais do XVII Encontro Regional de História – O lugar da História. ANPUH/SPUNICAMP. Campinas, 6 a 10 de setembro de 2004.

Outros artigos em Portugués

  www.efdeportes.com/
Búsqueda personalizada

EFDeportes.com, Revista Digital · Año 16 · N° 159 | Buenos Aires, Agosto de 2011  
© 1997-2011 Derechos reservados