efdeportes.com

Ginástica escolar: ênfase na força e resistência

Gimnasia escolar: el acento en la fuerza y la resistencia

 

Acadêmica/o do curso de Educação Física

da Universidade Federal de Santa Maria – RS

(Brasil)

Veronica Jocasta Casarotto

veronica_casarotto@hotmail.com

Cristian Leandro Lopes da Rosa

cristianlopes10@hotmail.com

 

 

 

 

Resumo

          O presente estudo objetiva descrever os tipos de força e resistência desenvolvidas na ginástica escolar bem como seus movimentos corporais, levando a reflexão da mesma como conteúdo curricular da Educação Física escolar. Este estudo possui o intuito de propiciar maior interesse a cerca da ginastica, estimulando e servindo de motivação para ser trabalhado durante as aulas despertando assim, o interesse dos alunos.

          Unitermos: Ginástica escolar. Força. Resistência.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 16, Nº 159, Agosto de 2011. http://www.efdeportes.com

1 / 1

Introdução

    Os conteúdos das práticas corporais são os elementos que proporcionam a cultura corporal, ou seja, a apropriação de várias formas de linguagens ou expressões corporais (Bregolato, 2002).

    Os conteúdos da educação física são as manifestações da linguagem ou expressão corporal, a partir dos elementos da cultura corporal, e se apresentam como: jogos, danças, desportos coletivos, ginásticas, e outros neles inseridos como lutas, mímicas, relaxamento, etc. (Bregolato, 2002).

    Salienta ainda o autor supracitado que, para efetivar uma educação com base na perspectiva histórico-crítico-social, o professor utiliza encaminhamentos metodológicos nos quais o aluno participa como sujeito do processo ensino-aprendizagem.

    Ao trabalhar os fundamentos técnicos dos conteúdos ginásticos, o professor solicita aos alunos que falem o que sabem e demonstrem os movimentos corporais.

    Quando os alunos desconhecem os movimentos corporais institucionalizados, o professor direciona o aluno a produzir e assim recriar este conhecimento.

    Nas várias possibilidades de elaborar novas formas de linguagem corporal, o professor induz o aluno a criar, portanto, produzir o próprio conhecimento.

    Sendo assim, podemos colocar a ginástica como o conjunto de exercícios corporais que visam ao desenvolvimento de qualidades físicas, mentais, afetivas e sociais do ser humano.

Ginástica escolar

    A ginástica é composta por exercícios generalizados e naturais. Generalizados porque engloba várias formas de realização: correr, saltar, lutar, arremessar, trepar, rolar, empurrar, defender, etc. Naturais porque estes movimentos são próprios da natureza humana sem a necessidade de serem construídos e sistematizados, inclusive as crianças brincam espontaneamente de correr, brincar, saltar, rolar, trepar.

    Com as vivências da ginástica, desenvolvem-se naturalmente as chamadas qualidades físicas como: resistência geral, coordenação, velocidade, equilíbrio, força, flexibilidade e ritmo.

    Dentre as qualidades físicas relacionadas à ginástica, estão a força e a resistência, que serão estudadas e caracterizadas no presente trabalho.

Força 

    É caracterizada como a habilidade de um músculo ou grupamento muscular de vencer uma resistência, produzindo tensão na ação de empurrar, tracionar ou elevar (Tubino, 1992 apud Bregolato, 2002). Existem diferentes tipos de forças que devem ser consideradas sob os aspectos de força geral e força específica. Por força geral entende-se a força de todos os grupos musculares independente de um esporte específico. Força específica refere-se àquela empregada em uma determinada modalidade esportiva. Dentre os tipos de força trabalhados na ginástica, destacam-se: Força máxima: que, representa a maior força disponível, que o sistema neuromuscular pode mobilizar através de uma contração máxima voluntária e força rápida: que, compreende a capacidade do sistema neuromuscular de movimentar o corpo ou parte dele, ou ainda objetos com uma velocidade máxima.

Resistência

    Na ginástica, temos vários tipos de resistência, que predominam de acordo com a modalidade escolhida.

    Dentre os tipos estão a Resistência de força: é a capacidade de resistência à fadiga em condições de desempenho prolongado de força; resistência aeróbica: é uma qualidade que permite manter por muito tempo esforços de intensidade média ou fraca (Bregolato, 2002); resistência anaeróbica: é a qualidade que permite manter durante o maior tempo possível esforços de intensidade forte ou muito forte (Bregolato, 2002); resistência muscular: refere-se à participação da musculatura num exercício, distinguindo-se em resistência geral e resistência localizada. A resistência geral faz referencia a mais de um sétimo a um sexto da musculatura esquelética total; é limitada pela capacidade dos sistemas respiratório e cardiovascular e pelo fornecimento de oxigênio. Esse tipo de resistência é expressa em função do consumo máximo de oxigênio. A resistência localizada refere-se a menos de um sétimo ou um sexto da musculatura esquelética total e é, paralelamente à resistência geral, determinada em grande parte pela força específica, capacidade anaeróbica, resistência de velocidade, de força e de força rápida. Enquanto a resistência geral influência significativamente a resistência localizada, reduzindo o desempenho, a resistência localizada não influência a resistência geral.

Conclusão

    A Ginástica, no âmbito da educação física escolar, toma parte não somente no sentido de visar à iniciação desportiva, mas sim no de objetivar o desenvolvimento de habilidades corporais/físicas que muitas crianças não possuem, trabalhando a cultura corporal de movimento e possibilitando a vivência desta por parte do aluno.

    Vale enfatizar que a manifestação corporal não é um ato físico isolado, ou seja, desintegrado dos aspectos humanos de pensar e sentir. O ser humano é corporeidade, o que significa que a ação é a expressão do pensamento e do sentimento. Assim, os termos relativos às qualidades físicas podem ser de “resistência: é resistir às dificuldades”, “velocidade de pensamento”, “força: coragem e ânimo”, dentre outros (Bregolato, 2002).

    Também vale destacar que ao término deste trabalho observamos que há várias formas de se trabalhar as capacidades físicas de força e resistência, de forma a executá-las sob a forma de brincadeiras, jogos e outras atividades, sem necessariamente precisar de um espaço específico ou materiais modernos.

Referências bibliográficas

  • BOMPA, TO. Treinando Atletas de Desporto Coletivo; tradução Juliana M. Pinheiro-São Paulo: Phorte, 2005.

  • BREGOLATO, RA. Cultura Corporal da Ginástica. Coleção Educação Física Escolar, Ed. Cone, Vol. 2, 2002.

  • FLECK, S; KRAEMER, W. Fundamentos do Treinamento de Força Muscular; tradução Jerri Ribeiro-Porto Alegre, Artmed, 2006.

  • SANTOS, C.R. Gymnica: 1000 exercícios, Ginástica Olímpica, Trampolin acrobático, mini-trampolin, acrobático. Rio de Janeiro, Ed. Sprint, 354 p., 2002.

  • TUBINO, Manoel José Gomes. As Dimensões Sociais do Esporte. São Paulo, 1992.

  • WEINECK, J. Treinamento Ideal; tradução Beatriz R. Carvalho-Manole Ltda. São Paulo, 2003.

Outros artigos em Portugués

  www.efdeportes.com/
Búsqueda personalizada

EFDeportes.com, Revista Digital · Año 16 · N° 159 | Buenos Aires, Agosto de 2011  
© 1997-2011 Derechos reservados