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O conhecimento das gestantes sobre a fisioterapia obstétrica

El conocimiento de las embarazadas sobre la terapia física obstétrica

 

*Fisioterapeutas

**Fisioterapeuta. Docente da Universidade

do Contestado Campus Concórdia, SC

(Brasil)

Raquel Priscila Weber*

Carlos Eduardo Fassicollo*

Carla Stefanello Zanon**

eduardo.fassicollo@hotmail.com

 

 

 

 

Resumo

          A gestação determina modificações no organismo da mulher acompanhadas de sinais e sintomas próprios. A fisioterapia ajuda que a gestante tenha uma gestação saudável, influenciando positivamente na auto-estima, consciência corporal, condicionamento físico e maior segurança na hora do parto, além de contribuir no pós parto. Este estudo teve como objetivo verificar o conhecimento sobre a fisioterapia obstétrica das gestantes que freqüentam a Unidade Sanitária Central da cidade de Concórdia, SC, relacionando com o conhecimento sobre a preparação das mamas para amamentação, com a fisioterapia na preparação do parto, com atuação nos principais sintomas da gestação, e com atuação da fisioterapia no período pós natal. Participaram deste estudo 30 gestantes. Após a análise dos dados, verificou-se que a maioria das gestantes tem conhecimento que a fisioterapia pode ser eficaz para amenizar desconfortos, ou dores, e também que pode ser útil para a mulher no período pós natal.

          Unitermos: Gestação. Parto. Fisioterapia.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 16, Nº 159, Agosto de 2011. http://www.efdeportes.com

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Introdução

    Segundo Corrêa (1999), a gestação determina modificações variáveis no organismo da mulher, geralmente acompanhadas de sinais e sintomas próprios, típicos. Essa sintomatologia modifica-se à medida que a gravidez evolui.

    De acordo com Polden e Mantle (2005), as mudanças na gravidez são orquestradas pelos hormônios, contudo a progesterona, o estrogênio e a relaxina parecem ser os mais importantes.

    Sendo assim, a fisioterapia em gestantes tem como objetivo cuidar do corpo da mulher, com as transformações fisiológicas, estruturais e emocionais nos nove meses oferecendo uma melhor qualidade de vida nesse período tão importante na vida da mulher. O fisioterapeuta pode elaborar um plano terapêutico específico e individual para melhorar a resistência física e flexibilidade no pré-parto e pós-parto, respeitando as possíveis intercorrências na gestação. (PETTERMANN, 2008).

    O objetivo do trabalho foi verificar o conhecimento das gestantes sobre a fisioterapia obstétrica

    No entanto, podemos observar que ainda é pequeno o número de gestantes que realiza algum tipo de tratamento fisioterapêutico durante a gestação, muitas vezes pela falta de informação, passa a ter uma gestação com menos qualidade de vida, Sendo assim, este trabalho tem como fins, observar o nível de conhecimento das gestantes sobre a fisioterapia obstétrica em vários aspectos, entre eles, tratamento de qualquer tipo de dor, preparação das mamas para a amamentação e preparação para o parto natural.

Métodos

    A população foi composta por 200 gestantes que fizeram as consultas pré-natais na Unidade Sanitária do Centro de Concórdia, SC. A amostra do estudo foi de 30 gestantes da população.

    Os dados foram coletados através de um questionário, elaborado pela orientadora e pela acadêmica, contendo questões fechadas sobre conhecimento da fisioterapia obstétrica.

    Esta coleta foi realizada pela pesquisadora, de acordo com a disponibilidade da mesma no período matutino, com início as 06:30 horas da manhã, pois é neste mesmo horário em que há um maior número de gestantes na Unidade, pelo fato da maioria das consultas médicas serem feitas logo no início da manhã.

Resultado e discussão

Gráfico 1. Referente ao percentual de gestantes possuem conhecimento 

sobre a fisioterapia durante a fase gestacional

 

Gráfico 2. Referente ao percentual de gestantes que possuem conhecimento 

sobre a atuação da fisioterapia na preparação das mamas para a amamentação

 

Gráfico 3. Referente ao percentual de gestantes que possuem conhecimento 

sobre a atuação da fisioterapia nos principais sintomas relacionados à gestação

 

Gráfico 4. Referente ao percentual de gestantes que possuem conhecimento 

sobre a atuação da fisioterapia para preparação do parto

 

Gráfico 5. Referente ao percentual de gestantes que possuem 

conhecimento sobre a atuação da fisioterapia no período pós natal

    Segundo Santos (2007), o trabalho da fisioterapia obstétrica, fazendo parte da equipe multidisciplinar, tem a intenção de melhorar a qualidade de vida da grávida tanto no pré como no pós-parto imediato e/ou tardio. E ainda, a fisioterapia tem por finalidade preparar fisicamente a gestante para que possa enfrentar convenientemente a mudança fisiológica que nela vai produzir, para que possa, assim, aproveitar ao máximo a sua gestação.

    Em um estudo feito pelo mesmo autor acima, apenas 06 gestantes das 48 entrevistadas, responderam que já conheciam a fisioterapia para gestante e que embora conhecessem, não tiveram oportunidade e/ou não sabiam como usufruir desse recurso.

    Stephenson (2004), o fisioterapeuta pode atuar como um instrutor e que tem papel bastante importante ao levar orientações e informações sobre gravidez, parto, pós parto e amamentação.

    Segundo Tomé (2008) não basta a mulher estar informada das vantagens do aleitamento materno e optar pela amamentação, muitas vezes ela precisa contar com o apoio de um profissional habilitado a ajudá-la.

    Ainda para Tomé (2008), durante a assistência pré-natal a gestante deve ser orientada respeitando sua individualidade e suas expectativas para amamentação. O preparo físico das mamas pode se avaliado de acordo com a condição evolutiva gestacional. No exame físico, o fisioterapeuta faz a avaliação das mamas, verificando-se a simetria mamária, observando se a protusão mamilar é suficiente para um eficiente processo de amamentação e, ainda, se existe presença de nódulos e outras alterações.

    Polden e Mantle (2005) ressaltam que, para uma mamada eficaz, é necessário, melhorar a posição do bebê, um bom apoio para o seio, exposição dos mamilos à luz solar.

    Segundo Tomé (2008) as mães podem enrijecer os mamilos durante a gravidez preparando-os para a amamentação beliscando-os rolando-os entre os dedos e esfregando-os suavemente com uma toalha.

    De acordo com Barbosa (2010), as atitudes, a maneira como a parturiente usa seu corpo, e o modo de se comportar durante o trabalho de parto, dependem das informações recebidas no pré-natal, do contexto socioeconômico e de sua personalidade.

    De acordo com Coelho et al (2001), o fisioterapeuta pode contribuir para a qualidade do trabalho de parto. Em suas práticas, suas técnicas têm mostrado resultados muito satisfatórios, contribuindo para um trabalho de parto mais rápido, com menos dor e mais qualidade. Assim o fisioterapeuta, como membro da equipe multidisciplinar do centro obstétrico, contribui para que a parturiente possa vivenciar com plenitude este momento tão esperado, o apogeu da gravidez e o começo da maternidade.

    Simões (2008) ressalta que neste contexto, se insere a proposta da assistência fisioterapêutica durante o trabalho de parto para atuar entre outros profissionais da equipe multidisciplinar no Centro Obstétrico e propiciar por meio de seus recursos o bem estar físico e emocional visando um parto humanizado, pelo alívio das dores, tensões e preocupação.

    Para Santos (2007) o trabalho do fisioterapeuta consiste na prevenção e tratamento se alterações nos sistemas músculo-esqueléticos, respiratório e circulatório, englobando também as orientações gerais.

    De acordo com o mesmo autor, o fortalecimento do assoalho pélvico, conscientização proprioceptiva e cinestésica desses músculos e reeducação postural irão atuar na prevenção da incontinência urinária de esforço no pós-parto e ao retorno das funções vitais.

    Segundo Sato (2010), os objetivos da fisioterapia no pós parto são: prevenir complicações pulmonares, aumentar a ventilação nos pulmões após a anestesia, aumentar a força e restaurar o tônus muscular, avaliar existência de diástase do reto abdominal, restaurar força do assoalho pélvico, desenvolver força nos membros superiores para os cuidados com o bebê, prevenir lesões, prevenir aderências, aumentar a capacidade de lidar com as alterações emocionais e físicas, melhorar o sentimento de bem-estar e reduzir algias.

Conclusão

    Diante do exposto foi possível constatar que a maioria das gestantes não obtém conhecimento da importância da fisioterapia durante a fase gestacional, durante o parto, e na preparação das mamas para a amamentação.

    Com base nisso seria importante mais estudos e divulgações sobre as várias atuações da fisioterapia neste momento tão especial da vida de uma mulher. Sugiro que sejam feitas divulgações, palestras, e mais estudos, certamente farão com que cada vez mais gestantes e profissionais da área da saúde, estejam cientes do que a fisioterapia pode estar realizando.

Referências

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