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Estudo comparativo entre treinamento resistido 

convencional e treinamento resistido funcional em idosos

Comparative study of conventional resistance training and resistance training functional in elderly

 

*Acadêmico do Curso de Educação Física

Universidade Estadual de Goiás (UEG)

Escola Superior de Educação Física e Fisioterapia (ESEFFEGO)

**Doutora em Ciências Biológicas pela UFMG

Professora Adjunta da Universidade Estadual de Goiás (UEG)

Renan Borges Madeira*

Lílian Fernanda Pacheco**

lilianx@hotmail.com

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          O envelhecimento causa modificações nas estruturas do corpo com perda de certas valências físicas, o que torna necessária a prática de alguma atividade física, a fim de manter a saúde e retardar os danos provocados por essa condição. Assim, o objetivo deste trabalho foi comparar dois tipos de modalidades, o treinamento resistido convencional e o treinamento resistido funcional em indivíduos idosos e verificar se há maiores benefícios do treinamento funcional em relação ao convencional. Foram, aleatoriamente, formados 2 grupos, todos os indivíduos com idade superior a 65 anos. Um grupo (n=4) realizou o treinamento resistido convencional (musculação) por 8 semanas com freqüência de 3 vezes por semana e outro grupo (n=5) realizou o treinamento resistido funcional também por 8 semanas e com a mesma frequência. Testes e avaliações físicas foram realizados nos períodos antes e após o treinamento. Foi constatado que, de maneira geral, não houve diferença significativa entre os diferentes treinamentos de modo que não se pode afirmar que o treinamento funcional é superior em relação ao convencional. Assim, pode-se entender que para as valências estudadas a melhor a prescrição para que se contemplem todas as necessidades de trabalho dos indivíduos idosos é aliar os dois tipos de treinamento em um programa de exercícios físicos.

          Unitermos: Musculação. Treinamento resistido funcional. Idosos.

 

Abstract

          Aging causes changes in the structures of the body with loss of certain physical valences, which makes it necessary to practice any physical activity in order to maintain health and slow the damage caused by this condition. Thus, the purpose of this study was to compare two types of modes, the conventional resistance training and resistance training in older individuals and functional check for the greatest benefits of functional training in the conventional method. Were randomly formed two groups, all individuals aged over 65 years. One group (n = 4) performed conventional resistance training (weight training) for 8 weeks with a frequency of three times per week and another group (n = 5) performed functional resistance training for 8 weeks and also with the same frequency. Tests and physical evaluations were performed in the periods before and after training. It was found that, overall, there was no significant difference between the different training so that we can not say what functional training is superior to conventional. Thus, one can understand that the valences for the best studied the prescription for that address all business needs of older individuals is to combine the two types of training in an exercise program.

          Keywords: Conventional resistance training. Functional resistance training. Elderly.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 16, Nº 159, Agosto de 2011. http://www.efdeportes.com

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Introdução

    O treinamento resistido convencional ou musculação vem se tornando uma das formas mais populares de exercício físico e tem o objetivo de melhorar a aptidão física do indivíduo praticante (FLECK E KRAEMER, 2006). Para Tubino (1984), a musculação é um meio de preparação física utilizada para o desenvolvimento das qualidades físicas relacionadas com as estruturas musculares, acarretando benefícios como aumento de massa magra, ganho de força, ganho de potência muscular e também é muito útil para melhoria do desempenho físico (SIMÃO, 2007). Estes benefícios, dentre outros, trazem maior autonomia e qualidade de vida para os indivíduos em geral, principalmente aos idosos (FLECK E KRAEMER, 2006). Já o treinamento resistido funcional vincula-se às atividades da vida diária (AVD’s) e as atividades instrumentais da vida diária (AIVDs) (CAMPOS e NETO, 2004) além de estimular agilidade, coordenação motora, força muscular e flexibilidade (TEIXEIRA, 2008), possibilitando, ainda, a aplicação de padrões de movimentos mais elaborados, quando comparado com o treinamento resistido convencional (D´ELIA e D´ELIA, 2005).

    Com a chegada da velhice, são constatadas mudanças na composição corporal do indivíduo, que podem ocasionar danos físicos e lesões (SIMÃO, 2008). Assim, torna-se necessário para essa população, em especial, a prática de alguma atividade física, a fim de manter a saúde e retardar os danos provocados pelo envelhecimento.

    Tanto a musculação quanto o treinamento resistido funcional devem ser orientados por professores especializados da área de Educação Física, para que se tornem atividades saudáveis, como também seguras além de trazer inúmeros benefícios aos praticantes. Desse modo, as atividades cotidianas do idoso podem se tornar mais eficientes, devolvendo ao idoso o bem estar físico e consequentemente a auto-estima e vontade de viver (FLECK e KRAEMER, 2006).

    Assim, o principal objetivo deste estudo foi comparar o treinamento resistido funcional com o resistido convencional e identificar através de testes específicos se em idosos, há maiores benefícios de um tipo de treinamento em relação ao outro.

Materiais e métodos

Participantes

    Para a realização deste trabalho foram selecionados nove indivíduos com idade superior a 65 anos e frequentadores de uma Academia no Setor Bueno da cidade de Goiânia (GO, Brasil), os quais foram divididos em 2 grupos: a) aqueles submetidos ao treinamento resistido convencional (n=4) e b) ao treinamento resistido funcional (n=5).

    Para que esta seleção de indivíduos ocorresse de maneira coerente, alguns critérios foram estabelecidos:

Critérios de elegibilidade e caracterização dos grupos

    Os indivíduos que participaram da pesquisa foram recrutados através de divulgação que ocorreu na academia onde seria realizada a pesquisa. Após a divulgação, os interessados foram convidados a participar de uma reunião onde foram informados a respeito do projeto, seus objetivos e seu período de duração. Aqueles que desejaram participar foram entrevistados e submetidos à anamnese e algumas informações básicas foram colhidas para incluí-los ou não na pesquisa.

Foram incluídos no estudo

  • Indivíduos (homens e mulheres) com idade acima de 65 anos;

  • Indivíduos que não apresentavam problemas de ordem cardiológica;

  • Indivíduos que tivessem disponibilidade de freqüentar as sessões de treinamento pelo menos 3 vezes por semana; durante 8 semanas.

Foram excluídos do estudo

  • Indivíduos que não preencheram os critérios descritos acima;

  • Indivíduos que manifestem atualmente dor articular, dor torácica, vertigens;

  • Indivíduos que tenham sofrido insuficiência cardíaca congestiva;

  • Indivíduos com hipertensão não controlada (acima de 140x90 mmHg);

  • Indivíduos que por 3 sessões consecutivas faltaram ao treinamento.

Questões éticas que envolvem a pesquisa

    A elaboração da pesquisa foi baseada nas Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisa Envolvendo seres humanos (Resolução 196/1996, do Conselho Nacional de Saúde) (BRASIL, 1996) que assegura os direitos do sujeito em participar da pesquisa sem causar danos ou prejuízos, proporcionando ao participante autonomia diante do estudo, confidencialidade nos dados bem como respeito à sua dignidade. Após a entrevista e a coleta inicial de dados (através da anamnese), foi apresentado aos participantes da pesquisa um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), que define por escrito as finalidades da pesquisa, seus procedimentos de trabalho e inclusive possibilita ao indivíduo estar livre em escolher a participar ou não do referido estudo. Juntamente ao TCLE, há o termo de compromisso do aluno-pesquisador, no qual estão definidas as responsabilidades do mesmo, possibilitando aos participantes da pesquisa as devidas orientações a fim de garantir a máxima segurança na realização das atividades propostas pelo treinamento, além de disso, assegurar o cumprimento de um trabalho ético e com respeito às individualidades dos sujeitos.

    Todos os procedimentos foram conduzidos após o parecer favorável do COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA CEP da Universidade Federal de Goiás (CEP/UFG).

Procedimentos

    Antes do início do período de treinamento, os indivíduos foram submetidos a uma avaliação física, de acordo com o protocolo de Pollock et al. (1984), além do Teste de Aptidão Física para Idosos (TAFI) segundo Rikli e Jones (2008). O período de treinamento foi constituído de 8 semanas, com sessões três vezes por semana, sempre as segundas, quartas e sextas-feiras, com duração de 1 hora cada sessão. As atividades propostas foram previamente estabelecidas e específicas para cada tipo de treinamento.

    Ao final do período de treinamento foi realizada nova bateria de avaliações físicas e testes, a fim de comparar o período pré e pós-treino entre os diferentes grupos. Aspectos ligados as AVDs e as AIVDs também foram consideradas a partir do TAFI.

    A comparação consiste em analisar a melhoria das valências trabalhadas como força/potência; flexibilidade; condicionamento cardiorrespiratório e equilíbrio dinâmico/agilidade.

Análise estatística

    Os resultados referentes à comparação entre os 2 tipos de treinamento foram expressos como média ± erro padrão da média (X ± EPM) para cada variável em cada grupo. Para a comparação das variáveis entre os grupos na situação pré- e pós-treinamento foi empregado o teste de t de students com nível de significância de 0,05. O programa estatístico utilizado foi o Graph PadPrism 4.0 (GraphPad Software, San Diego, CA/USA).

Resultados

    Através dos resultados do pré e pós - treinamento foi possível estabelecer uma comparação entre as médias obtidas pelos indivíduos participantes de cada grupo em cada teste/avaliação. Estes dados abordam percentis, que são representações equivalentes de resultados obtidos nos testes do TAFI (Teste de Aptidão Física para Idosos).

    Os gráficos mostrados foram traçados através das médias dos percentis e de outras avaliações (redução do percentual de gordura, aumento de massa muscular, teste do banco de Wells).

    O gráfico 1 mostra as médias dos percentis do teste de levantar da cadeira, na fase de pré e pós-treinamento. Esse teste visa avaliar a força dos membros inferiores.

Gráfico 1. Teste de levantar da cadeira. *** p<0,001 vs Pré-teste

    Pode se observar que no Teste de levantar da cadeira, em relação ao pré teste (8,3±1,4) os indivíduos do grupo convencional (56,25±5,2) e o funcional (45 ± 10,6) apresentaram melhoras no desempenho. No entanto, não houve diferença significativa no pós-treinamento entre indivíduos dos dois grupos (convencional e funcional).

    O gráfico 2 faz referência em relação às médias dos percentis do teste de flexão de braço, na fase de pré-treinamento e pós-treinamento, lembrando que este teste visa avaliar a força de membros superiores.

Gráfico 2. Teste de Flexão de Braço. *p<0,05 vs Pré-teste, *** p<0,001 vs Pré-teste

    Nota-se que no Teste de flexão de braço, em relação ao pré teste (37,2±8,4) os indivíduos do grupo convencional (73,75±9,2) e funcional (89±3,7) apresentaram melhor desempenho. Entretanto, não houve diferença significativa no pós-treinamento entre indivíduos dos dois grupos (convencional e funcional).

    O gráfico 3 foi traçado a partir da tabela 21 do apêndice F, a qual representa as médias dos percentis do teste de marcha estacionária de 2 minutos na fase de pré e pós-treinamento. O referido teste visa avaliar a resistência aeróbia.

Gráfico 3. Teste de marcha estacionária de 2 minutos. *p<0,05 vs Pré-teste

    Constata-se que no Teste de marcha estacionária de 2 minutos, em relação ao pré teste (13,9±5,6) os indivíduos do grupo convencional (35±10,2) e do funcional (44±8,9) apenas o grupo que realizou treinamento funcional teve uma evolução significativa em relação à fase inicial.

    O gráfico 4 apresenta dados sobre as médias dos percentis do teste de alcançar as costas na fase pré e pós-treinamento. Este teste visa avaliar a flexibilidade de membros superiores.

Gráfico 4. Teste de alcançar as costas

    Pode-se observar que no Teste de alcançar as costas, em relação ao pré teste (30,6±8,9) os indivíduos do grupo convencional (56,25±16,6) e funcional (33±15,2) não apresentaram melhoras significativas de desempenho. O gráfico 5 aborda dados sobre as médias dos percentis do teste de levantar e caminhar, que avalia agilidade e equilíbrio dinâmico.

Gráfico 5. Teste de levantar e caminhar. **p<0,01 vs Pré-teste, *** p<0,001 vs Pré-teste

    Pode-se constatar que no Teste de levantar e caminhar, em relação ao pré teste (7,8±1,5) os indivíduos do grupo convencional (32,5±10,9) e do funcional (46±6,6) apresentaram melhora significativa no desempenho. Entretanto, não houve diferença significativa no pós-treinamento entre indivíduos dos dois grupos (convencional e funcional).

    No gráfico 6 podem-se observar as médias das reduções de gordura em termos percentuais (%), de pós-treinamento, sendo estas direcionadas para cada grupo de treinamento (convencional e funcional).

Gráfico 6. Redução do percentual de gordura pós treinamento entre indivíduos submetidos ao treinamento convencional e ao treinamento funcional

    Pode-se observar que embora a musculação pareça aumentar a perda do percentual de gordura (11,29±1,9) em relação ao grupo do treinamento funcional (7,9±1,3), essa redução não foi estatisticamente diferente.

    Já o gráfico 7 mostra as médias dos ganhos de massa magra em quilogramas (Kg), na fase de pós-treinamento.

Gráfico 7. Ganho de massa magra gordura pós treinamento entre indivíduos submetidos ao 

treinamento convencional e ao treinamento funcional. **p<0,01 vs Treinamento funcional

    A partir da observação deste gráfico, pode-se notar que os indivíduos idosos submetidos ao treinamento convencional (musculação) apresentaram um aumento significativo no ganho da massa magra (2,56±0,3) quando comparado com os idosos submetidos ao treinamento funcional (0,9±0,3).

    O gráfico 8 aborda dados sobre as médias de flexibilidade de membros inferiores em centímetro (cm), obtidas através do teste do banco de Wells, na fase de pré e pós-treinamento, lembrando que este teste visa avaliar a flexibilidade de membros inferiores e paravertebrais.

Gráfico 8. Teste do banco de Wells

    Pode-se constatar que no Teste do banco de Wells, em relação ao pré teste (16,7±2,1) os indivíduos do grupo convencional (20±3,9) e do funcional (18±2,5) não apresentaram melhoras significativas de desempenho, algo que também ocorreu no pós-treinamento, no qual não se observou diferenças significativas entre os indivíduos dos dois grupos (convencional e funcional).

Discussão

    A partir da análise de valências como força de membros inferiores e superiores, capacidade aeróbia, flexibilidade de membros superiores e inferiores, equilíbrio dinâmico e agilidade foi observado que o tanto o treinamento convencional como o funcional possibilitaram evoluções significativas dos indivíduos, se comparados a fase de pré-treinamento.

    No entanto, ao comparar as valências levando em consideração o tipo de treinamento foi constatado que ambos os grupos não apresentaram diferenças significativas em nenhuma das avaliações realizadas, de modo que não se pode afirmar que um treinamento foi superior em relação ao outro. A melhora obtida por aqueles que fizeram musculação, pode ser explicada já que o treinamento de força (musculação) acarreta benefícios como aumento de massa magra, ganho de força e no ganho de potência muscular (Simão, 2007; Marques, 2010). Já aqueles que foram submetidos ao treinamento funcional também apresentaram bons resultados, o que de acordo com Campos e Neto (2004) se deve ao fato de que o treinamento funcional propicia a melhoria das qualidades do sistema musculoesquelético.

    Como se sabe a amostra de indivíduos que participou desta pesquisa era sedentária. Quando um indivíduo é sedentário este necessita de uma preparação básica que oriente seus gestos motores de forma a facilitá-los, estando de acordo com os princípios do treinamento abordados por Gentil (2006), algo que era realizado pela musculação através de máquinas guiadas. No treinamento funcional, apesar de não terem sido utilizadas máquinas e dos exercícios serem predominantemente multiarticulares, mais globais e com maior movimentação, os gestos eram trabalhados através de uma progressão (do mais simples para o mais complexo) conforme abordagem de D’Élia e D’Élia (2005), que também possibilitou evoluções dos indivíduos

    Nos quesitos de força muscular (membros inferiores e superiores) e aumento de peso magro até poderia se esperar que a musculação obtivesse melhores índices, uma vez que possibilitava um trabalho mais isolado por grupo muscular, diferentemente do treinamento funcional que é multiarticular (D’ÉLIA e D’ÉLIA, 2005). Além disso, no treinamento convencional (musculação) eram utilizadas sobrecargas como anilhas, halteres, barras, máquinas, que possibilitam trabalhos próximos a capacidades máximas, os quais podem gerar mais hipertrofia muscular, enquanto que no treinamento funcional por se utilizar predominantemente como sobrecarga externa elásticos e o peso do próprio corpo, os trabalhos realizados podem não ser próximos as repetições máximas e sim submáximas, aspecto que pode interferir na hipertrofia muscular e consequentemente nos índices de força e aumento de peso magro, porém foi constatado que não houve diferença estatística a ponto de comprovar a explanação abordada acima, a não ser no quesito aumento de massa magra, no qual se notou uma ligeira vantagem da musculação, devido aos aspectos deste ser um trabalho que pode ser mais isolado por grupo muscular e que pode propiciar sobrecargas próximas as máximas,de acordo com Fleck e Kraemer (2008) e Simão (2007).

    Nos quesitos de flexibilidade de membros superiores e inferiores também não se observaram diferenças significativas nos resultados obtidos por ambos os treinamentos. Em relação à capacidade aeróbia, foi constatado que o grupo que realizou treinamento funcional obteve melhoras mais significativas em relação ao estágio inicial quando comparado ao treinamento funcional, já entre grupos no pós-treino não houve diferença significativa, lembrando que o trabalho aeróbio que complementava o treinamento convencional era realizado através de caminhadas na esteira, antes e após as seções de treinamento, enquanto que no treinamento funcional, tais atividades eram realizadas principalmente no início da aula através de atividades mais dinâmicas, principalmente através de circuitos.

    Tratando-se da redução do percentual de gordura, embora haja a hipótese que a musculação pode gerar excelentes resultados (FLECK e KRAEMER, 2008; MUNIZ, 2010), não se observou diferença significativa entre este treinamento e o funcional

    Por fim, no que se diz respeito à agilidade e ao equilíbrio dinâmico, nota-se novamente que ambos os grupos obtiveram melhoras, porém entre ambos os grupos no pós-treino não se constatou disparidades tão significativas, apesar de existir a hipótese que o treinamento funcional poderia ter apresentado resultados ligeiramente melhores em relação ao treinamento convencional, uma vez que este tipo de treinamento utilizava de princípios que possibilitavam maior dinâmica na seção de treino, além disso, era bastante estimulado a propriocepção, o equilíbrio dinâmico e estático através de exercícios que exigiam que os indivíduos trabalhassem em pé com auxílio ou não para se equilibrarem, de acordo com D’Élia e D’Élia (2005).

Conclusão

    Através deste estudo, pode ser constatado que ambos os treinamentos (resistido funcional e convencional) resultam em melhorias de valências físicas importantes de serem trabalhadas com indivíduos idosos. Não foi observada superioridade de um treinamento em relação ao outro, neste tipo de estudo, para esta amostra em específico, levando a entender que em um programa de atividade física para terceira idade é interessante a combinação das duas modalidades de treinamento, propiciando um trabalho que contempla todas as necessidades de tais indivíduos.

Referências

  • BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Conselho Nacional de Saúde. Normas de pesquisa envolvendo seres humanos. Res. CNS 196/96.; 4 Suppl:15-25, Bioética 1996.

  • CAMPOS, M. A.; NETO, B. C. Treinamento funcional resistido: para melhoria da capacidade funcional e reabilitação de lesões musculoesqueléticas. Rio de Janeiro: Revinter, 2004.

  • D´ELIA, R.; D´ELIA, L. Treinamento funcional: 6º treinamento de professores e instrutores. São Paulo: SESC - Serviço Social do Comércio, 2005. Apostila

  • FLECK, Steven J.; KRAEMER, William J. Fundamentos do Treinamento de Força Muscular. Porto Alegre: Artmed, 2006.

  • GENTIL, Paulo. Bases Científicas do Treinamento de Hipertrofia. Rio de Janeiro: Sprint , 2ª ed., 2006.

  • MARQUES, M. A. C. A força. Alguns conceitos importantes. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Nº 46, 2002. http://www.efdeportes.com/efd46/forca.htm

  • MUNIZ, Musculação, metabolismo basal e perda de gordura. Acessado em 21 de outubro de 2010.

  • RIKLI, R & JONES, C. Teste de Aptidão Física. Barueri-SP, Manole, 2008.

  • SIMÃO, Roberto. Fisiologia e Prescrição de Exercícios para Grupos Especiais. São Paulo: Phorte, 2008.

  • TEIXEIRA, Denílson. Prescrição do Exercício Físico e Envelhecimento, 2008. Disponível em www.fag.edu.br/professores. Acessado em 23 de Novembro de 2010.

  • TUBINO, Manoel José G. Metodologia Científica do Treinamento Desportivo. São Paulo: Ibrasa, 1984.

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