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Comparação entre o teste de Cooper e o Banco de McArdle para 

predição do VO2 máx: qual o mais indicado para jogadores de futsal

Comparación entre el test de Cooper y el de McArdle para la predicción 

del VO2 máx. ¿Cuál es el más conveniente para jugadores de futsal?

 

*Graduanda do Curso de Educação Física da Fundação

de Ensino e Pesquisa - FEPI de Itajubá MG

**Doutorando em Ciências do Desporto da Universidade
de Trás-os-Montes e Alto Douro Me. Professor e Coordenador
do Curso de Educação Física da Fundação de Ensino e Pesquisa, FEPI de Itajubá, MG

***Me. Professor e Coordenador do Curso de Educação Física da Universidade

Presidente Antonio Carlos - FUPAC de Itajubá MG

Amanda Veloso Ribeiro*

Alexandre de Souza e Silva**

Ronildo Antonio Martins***

me.ronildo@gmail.com

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          O futsal é um esporte que tem sido introduzido desde a tenra idade e apesar de se tratar de uma modalidade em que a tática, técnica e habilidades individuais são fundamentais, há uma preocupação especial com a condição física do atleta. Uma vez que a capacidade aeróbica é considerada como um dos pré-requisitos para o bom desempenho dos atletas desta modalidade. Assim, os testes tornam-se ferramentas indispensáveis para avaliar a condição de cada atleta. Por outro lado quando pensamos em testes logo nos vem a mente onde os mesmos poderão ser realizados em qual laboratório. Quando se tratar de seleção, basta ir um laboratório de fisiologia e realizar o teste sem problemas! Mas, e os times que estão iniciando ou não possuem recursos financeiros suficientes para utilizarem esses testes em laboratórios especializados, como ficam? Pensando nesta realidade o presente estudo teve como objetivo comparar dois testes de campo que averiguam o VO2 máx. Os testes de campo, além de poderem ser utilizados com segurança, são testes que apresentam baixo custo para sua aplicação e da mesma forma apresentam-se fidedignos em seus resultados. A comparação entre os testes aqui apresentados objetivou verificar qual dos dois pudesse apresentar um melhor resultado e desta forma ser utilizado preferencialmente por times que apresentam poucos recursos para utilizarem laboratórios especializados de fisiologia. Desta forma foram escolhidos os testes de Teste de Cooper e o teste do Banco de McArdle. O estudo teve duração de 08 semanas. Como ponto de partida para comparação entre os testes, os indivíduos foram submetidos a um programa de Treinamento Intervalado, a fim de verificar se o treinamento intervalado promoveu melhoras na capacidade aeróbica. Para participarem do estudo, todos os participantes concordaram em assinarem o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE). Fizeram parte do presente estudo 10 indivíduos do gênero masculino, jogadores de futsal do time Juventus de Itajubá. Ao final do estudo observou-se que embora ambos os testes tenham apresentados melhoras da capacidade aeróbica, o teste de Cooper apresentou melhor aplicabilidade para times de futsal que não possuem condições financeiras para utilizarem laboratórios especializados. O estudo foi aprovado de acordo com as normas de éticas e pesquisas com seres humanos (resolução específica No 196/96 do Conselho Nacional de Saúde) aprovados pelo Comitê de Ética do Centro Universitário de Itajubá - FEPI.

          Unitermos: Futsal. Teste de Cooper. Teste do Banco de McArdle. VO2 máx.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 16, Nº 159, Agosto de 2011. http://www.efdeportes.com

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Introdução

    O futsal é um esporte em ascensão e atrai muitos praticantes em todo mundo. Com a grande facilidade de encontrar espaços para sua prática, juntamente como o futebol de campo, ele é um dos esportes mais difundidos no Brasil, sendo jogado por mais de 12 milhões de brasileiros, segundo dados da Confederação Brasileira de Futebol de Salão, (CBFS - CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTSAL, 2009). O futsal assim como o futebol de campo, tem predominância do metabolismo aeróbico, entorno de 88% (BARROS NETO; GUERRA, 2004). Desta forma torna-se necessário a realização de testes que possam quantificar a capacidade individual de cada atleta a fim de que se possa prescrever um treinamento adequado para o time. Os praticantes de futsal necessitam de qualidades motoras como: a resistência aeróbia (VO2 máx), velocidade, resistência muscular localizada e potência muscular (SANTOS FILHO, 1995) além dessas qualidades motoras citadas, a agilidade, a flexibilidade, a coordenação, o ritmo e o equilíbrio (BARBANTI, 1988) devem ser trabalhadas para que os atletas desta modalidade possam apresentar-se em ótima condição para atuarem plenamente durante uma partida de futsal. Basicamente há locais para realizar os testes que visam avaliar esta variável (VO2 máx). Os testes laboratoriais e os testes de campo. No primeiro caso (laboratoriais), é de alto custo de forma a se tornar muitas vezes inviável para os pequenos clubes, enquanto que no segundo caso (os de campo), além de apresentarem baixo custo são de fácil aplicação. Normalmente os testes laboratoriais são realizados de forma máxima o que requer mais cuidado, pois há uma maior margem de risco para o avaliado durante a sua aplicação (ACSM, 1986, 2000). Já nos testes de campo são realizados de forma submáxima (70% a 90%) o que de certa forma nos oferece uma segurança a mais para sua aplicação (MARINS e GIANNICHI 1998). Os testes se mostram muito importantes para o atleta, pois só assim, poderemos avaliar as reais condições do mesmo (ASTRAND; RODAHL, 1980). Ainda sim, não basta fazer a avaliação, mas também utilizar um Método de treinamento adequado para melhorá-la como é o caso do Treinamento Intervalado (SANTOS ET AL, 2004). Dantas (2003) define o treinamento intervalado como sendo a aplicação repetida de estímulos de trabalhos alternados por estímulos de descanso de forma alternado. No primeiro momento o objetivo do estudo foi comparar o VO2 máx por meio de dois teste de campo (Cooper e Queens College Step Test) a fim de verificar qual dos dois métodos melhor se aplica para o time de futsal de Itajubá, tanto em relação ao custo como a especificidade do esporte. Neste caso clube de baixa renda os testes de baixo custo e específicos para o futsal, tornam-se de extrema para medir a potência aeróbica máxima de atletas, tornando-se uma ferramente de grande valor para avaliar as reais condições que os atletas se encontram (ELLIOT e MESTER, 2000). Embora nos últimos anos tenha surgido um grande número de laboratórios de fisiologia do exercício abordando novos recursos e diferentes metodologias para avaliar aprimorar a aptidão relacionada à saúde e capacidade do atleta (MCARDLE, KATCH E KATCH, 2007), seu custa ainda continua longe para muitos clubes. A literatura no informa que o primeiro trabalho realizado com objetivo de avaliar a capacidade funcional foi publicado por Master e Oppenheimer em 1929, utilizando uma escada de dois degraus. E por volta de 1954, novos estudos estabelecem as bases fisiológicas para o método, correlacionando o consumo de oxigênio com a FC em exercícios submáximos (TEBEXRENI; LIMA; TAMBEIRO; BARROS NETO, 2001). Sabendo que o VO2 máx. é a máxima taxa de oxigênio que o corpo pode consumir por minuto (ASTRAND; RODAHL, 1986). Pollock e Wilmore (1993) comentam que o consumo de oxigênio pode ser medido em laboratório, utilizando vários métodos, e como teste indireto o teste de Cooper mostrou-se como ótima ferramenta para a estimativa do VO2 máx. A realização de testes de aptidão física tornam-se ferramentas de grande valor não só para o treinador, mas também para o próprio atleta, uma vez que por meio dos testes os mesmo podem quantificar seu real estado de treinamento, dando a possibilidade de o treinador adequar o treinamento as necessidades do atleta e ou da equipe ACSM (2000) e no caso do atleta, servindo inclusive como motivação para melhorar seu desempenho durante o jogo. Uma forma de critério tradicional de avaliação da capacidade cardiorrespiratória é o método direto, este método envolve análises de amostras de ar expirado coletadas enquanto a pessoa realiza exercício com intensidade progressiva. Essa forma direta de medida do VO2 máx., é realizada por meio da utilização de ergômetros podendo utilizar cargas crescente ou não, objetivando a captação e análise dos gases (O2 e CO2) expirados durante o forço realizado pelo indivíduo ACSM (2000). Por necessitar de aparelhos sofisticados, estes testes tornam-se caros. O cálculo do VO2máx. obtido nos testes de campo são calculados baseados em equações que levam em consideração o tempo ou uma distância pré-estabelecidos por fórmulas pré estabelecidas ACSM (2000). Esta versatilidade permite ao treinador avaliar vários sujeitos ao mesmo tempo, permitindo assim, uma economia de tempo, fato que nem sempre é conseguido nos testes laboratoriais. Além de baixo custo e fácil aplicação o teste de Cooper é aceito pelos treinadores em geral ACSM (2000). Da mesma forma o teste do Banco de McArdle também é de simples aplicação e baixo custo diferenciando do teste de Cooper por pode ser realizado em locais fechados como uma sala (MCARDLE, KATCH e KATCH, 1996).

Treinamento Intervalado

    Billat, (2002) comenta que os primeiros trabalhos de cunho científico a utilizar o Treinamento Intervalado como ferramenta de avaliação de atletas datam de 1959, como os trabalhos de Reindell e Roskamm. Relembrando o período pré científico do treinamento esportivo momento histórico o qual deu-se início a formulação do Treinamento Intervalado, seus próprios criados o conceituaram um Sistema de Preparação cujo objetivo inicial fora idealizado para emprego para os corredores de fundo e meio fundo. Caracterizando-o como um trabalho realizado com a aplicação de um conjunto alternado de estímulos, fortes (estímulo de trabalho) e fracos (estímulos de descanso), auxiliado por adequado clima psicológico, controle fisiológico efetivo e trabalho prévio, e complementar de desenvolvimento, da potência muscular, tudo visando alcançar altas performances (TUBINO e MOREIRA, 2001; BOMPA, 2002). Embora seja um Método de treinamento surgido na década de 50, o Treinamento Intervalado se mostrou adaptável para ser empregado em qualquer esporte. Muitos estudiosos no assunto confirmam a eficácia da utilização do Treinamento Intervalado como instrumento para a preparação do atleta (VOLKOV, 2002). Uma das grandes vantagens da utilização do Treinamento Intervalado para a preparação dos atletas esta na possibilidade de realizar trabalhos com alta intensidade, o que normalmente fica difícil de ser realizado com os métodos contínuos de treinamento (MCARDLE, KACTH E KATCH, 2007). O Treinamento Intervalado caracteriza-se pela realização série de exercícios intercalados por períodos de recuperação. A formulação da sessão de treinamento deverá estar diretamente ligada ao objetivo pré-determinado, pois, só desta forma a intensidade, volume e tempo de recuperação que poderá variar de segundos a vários minutos, depende do objetivo a ser alcançado, pois as sessões poderão apresentar uma ampla variação das variáveis volume e intensidade (POWERS E HOWLEY, 2000; CASTELO et al, 2000; ACSM, 2003). Dependendo da formulação da sessão de treinamento a mesma poderá ster como objetivo a melhora da capacidade anaeróbica (esforços máximos – períodos de descansos curtos) como a capacidade aeróbica (esforços submáximos – períodos de descansos longos) Desta forma pode-se notar a versatilidade deste método de treinamento (Powers e Howley 2000). Em relação a forma de descanso o mesmo poderá ser realizado de duas forma. De forma ativa ou de forma passiva e a escolha de qual a utilizar dependerá de vários fatores co por exemplo a condição física do indivíduo e uma das grandes objetivos da aplicação dos estímulos de descanso está em possibilitar uma recuperação rápida e redução de uma possível fadiga precoce, possibilitando ao atleta suportar uma maior quantidade de trabalho físico (McARDLE, KATCH, KATCH, 2007; ASTRAND; CHRISTENSEN, 1960; LAMB, 1984; FOSS; KETEYIAN, 2002).

Materiais e metodos

    O estudo foi realizado em Itajubá - M.G. Brasil. O teste do Banco de McArdle foi realizado nas dependências Laboratório de Fisiologia do Exercício da Fundação de Ensino e Pesquisa de Itajubá (FEPI). O teste de Cooper foi realizado nas dependências Pista de atletismo do Itajubá Tênis Clube ITC.

Protocolos

    Para ter uma coleta de dados mais específica e fidedigna possível, os avaliados foram orientados a chegar ao local de avaliação com certa antecedência, seguindo os seguintes procedimentos: não comparecer ao teste em jejum; dormir pelo menos de seis a oito horas antes do teste; evitar o uso de sedativos; evitar fumar pelo menos quatro horas antes da realização do teste; evitar qualquer tipo de atividade física no dia do teste; apresentar-se com roupas adequadas (camiseta, short e tênis).

Teste do Banco de McArdle (Queens College Step Test)

    O banco de McArdle tem com finalidade avaliar a aptidão cardiorrespiratória do indivíduo, de forma simples e econômica. O teste do Banco de McArdle tornou-se um ótimo instrumento para avaliação do VO2 máx. A FC torna-se um parâmetro de comparação no período pós-teste (recuperação) após o indivíduo subir e descer do banco. Ao final do teste (subida e descido do banco) a FC é mensurada e o resultado aplicado em equações específicas a fim de averiguar o nível de a capacidade aeróbica (VO2 máx) dos mesmos (McARDLE, KATCH; KATCH, 2001).

Características do instrumento

    O banco deverá apresentar uma altura de 40.3 cm. Os movimentos de subir e descer do banco são realizados ao ritmo (compasso) de um metrônomo. Este ritmo para os homens deverá corresponde a 24 passos por minuto (96 bpm) enquanto que para as mulheres, 22 subidas e descidas completas por minuto (88 bpm).

Procedimentos para realização dos testes

    Antes de o teste começar foi demonstrado de forma prática pelo profissional como se procede a realização do teste, logo após a explicação detalhada, cada indivíduo realizou dois movimentos para o primeiro contato com o aparelho. Após todos os indivíduos terem o primeiro contato com o aparelho, deu-se início ao teste propriamente dito. O teste foi realizado por um período de três minutos, ao findar o teste foi coletada a FC nos primeiros cinco segundos e depois aos vinte segundo. A FC foi mensurada por quinze segundo (1/4 de minuto) e multiplicada por quatro para obtenção da FC que foi utilizada no cálculo do VO2 máx., (McARDLE, KATCH; KATCH, 2007):

Formula utilizada para cálculo do VO2máx do Banco de McArlde

  • HOMEM: VO2 max [ml(kg.min)-1] = 111,33 - [0.42 x FC(bpm)]

  • MULHER: VO2 max [ml(kg.min)-1] = 65.81 - [0.1847 x FC(bpm)]

    A precisão de predição, do teste do Banco de McArlde cerca de 95 % do VO2 máx. real do indivíduo (McARDLE, KATCH; KATCH, 2001).

Teste de Cooper

    Bem como o teste do banco, o objetivo do teste de Cooper é avaliar a capacidade aeróbica de forma indireta fazendo uso de fórmulas já existentes. O teste é realizado numa pista de atletismo. Utiliza-se um cronômetro para marcação do início e término do teste (doze minutos). O indivíduo é orientado que partir do sinal pré-estabelecido, que deverá correr de forma ritmada por um período de doze minutos, parar somente ao sinal do avaliador e permanecer no local, até que seja confirmado o número de voltas e a metragem final (local onde o indivíduo parou). Para um maior controle o do tempo o avaliador deverá avisar ao avaliado quando faltar um minuto para o término do teste. Durante os 12 minutos, o indivíduo pode caminhar e até mesmo parar para descanso, caso queira ou necessite. (GUEDES; GUEDES, 2006). Após coletada a distância total (metros) que o indivíduo atingiu nos doze minutos de teste, estima-se o VO2máx.

Formula utilizada para cálculo do VO2 máx no Teste de Cooper

  • VO2 máx. (ml/kg/min) = [ distância (m) – 504, 9 ] /44,73

    O resultado que cada indivíduo obteve no teste, foi comparado na tabela (protocolo), a fim de verificar a real condição aeróbica de cada um dos avaliados.

Protocolo Treinamento IntervaladoIT Lento (DANTAS, 2003).

    Sessão de Treinamento: Após os atletas realizarem todos os testes, os mesmos passaram por um período de 02 meses realizando um treinamento intervalado como se segue:

    A sessão teve uma duração total de 45 minutos, sendo dividida em três partes.

    Na primeira parte da sessão foi realizado um aquecimento geral, utilizando exercícios calistênicos seguidos por exercícios de flexibilidade estática.

    Na segunda parte foi realizado o Treinamento Intervalado propriamente dito, seguindo as especificações abaixo:

E (estímulo) = Correr 400 metros;

T (duração do estímulo) = 60% do máximo;

R (números de repetições) = 06 repetições;

I (intervalo de descanso em bpm) = retorno dos batimentos cardíacos a 120 bpm,

A (tipo de descanso realizado) = realizar caminhada, trote

    Terceira parte os indivíduos realizaram exercícios um descanso ativo mediante a realização de um trote e em seguida realizaram exercícios de solturas com finalidade de acelerar o relaxamento da musculatura.

    Fizeram parte do presente estudo 10 jogadores de futsal do time Juventus de Itajubá, voluntários, do gênero masculino, com idade de 16 ± 0,47 anos, altura de 1,71 ± 0,08 cm, peso de 64 ± 9,56 kg. Após tomar ciência dos objetivos do estudo, os sujeitos assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido, sendo obedecidas todas as normas éticas de pesquisas com seres humanos (resolução específica No 196/96 do Conselho Nacional de Saúde) aprovados pelo Comitê de Ética do Centro Universitário de Itajubá – FEPI.

Análise estatística

    Foi utilizada estatística descritiva (média ± desvio-padrão) para caracterização da amostra. A verificação de diferenças para a variável dependente (VO2 máx.) entre os testes de Cooper e Banco de McArdle e o total da amostra, foi estabelecida a partir do teste t pareado. As mostras pareadas com nível de significância p≤0,05, para verificação do grau de correlação utilizou-se correlação de Pearson. O pacote estatístico usado para esses fins foi GraphPad Instat.

Resultados

Quadro 1. Pré-teste, cálculo do VO2 máx., dos indivíduos, por meio da aplicação do Teste de Cooper e o Teste do Banco de McArdle, antes de realizarem o T.I. (N=10)

Nome

Teste de Cooper

Teste Banco de McArdle

Indivíduo A

84,9

60,9

Indivíduo B

50,8

37,4

Indivíduo C

66,2

47,5

Indivíduo D

63,5

49,1

Indivíduo E

79,6

50,4

Indivíduo F

66,6

40,7

Indivíduo G

77,0

44,1

Indivíduo H

70,3

39,0

Indivíduo I

59,7

48,3

Indivíduo J

45,6

44,1

Média

66,4

46,1

DP

12,36

6,8

 

Quadro 2. Pós-teste Cálculo do VO2 máx., dos indivíduos, por meio da aplicação do Teste de Cooper e do Teste Banco de McArdle, após realizarem o I.T. (N=10)

Nome

Teste de Cooper

Teste Banco de McArdle

Indivíduo A

91,6

61,7

Indivíduo B

67,9

42

Indivíduo C

68,5

48,3

Indivíduo D

84,5

52,5

Indivíduo E

97,7

54,2

Indivíduo F

72,5

44,1

Indivíduo G

84,9

55

Indivíduo H

86,8

43,7

Indivíduo I

88,1

53,3

Indivíduo J

68,9

47,4

Média

81,1

50,2

DP

10,7

6,1

 

Quadro 3. apresenta os aumentos percentuais do VO2 máx. alcançados após a realização do treinamento Intervalado para P<0,05. (N=10)

Nome

Teste de Cooper

Teste Banco de McArdle

Indivíduo A

7,89

1,31

Indivíduo B

33,66

12,29

Indivíduo C

3,47

1,68

Indivíduo D

33,07

6,92

Indivíduo E

22,73

7,53

Indivíduo F

8,85

8,35

Indivíduo G

10,25

24,71

Indivíduo H

23,47

10,05

Indivíduo I

47,57

11,54

Indivíduo J

51,09

7,48

Média

24,20

9,10

DP

16,80

6,50

 

Gráfico 1. Pareado com a média e o desvio padrão, concluiu que os valores do VO2 máx. do pré e 

pós-testes, neste caso, o de Cooper foi de P = 0,0004, sendo considerado significante (P < 0,05).

 

Gráfico 2. Através da forma pareada com a média e o desvio padrão, foi observado que P = 0,0013 

considerado muito significante (P < 0,05). Portanto os resultados foram significativos.

 

Gráfico 3. Para P = 0,0238 considerado significante em relação a porcentagem de aumento do teste de Cooper e Banco de McArdle no Pós Teste, sendo que P< 0,05.

Discussão

    Após a comparação dos dados obtidos nos pós-testes com os dos pré-testes de Cooper verificou-se que houve um aumento significativo do VO2 máx. para P=0,0004, enquanto que no Teste do Banco de McArlde, também significativo apresentou o valor de P=0,0013. Da mesma forma pode ser observado um aumento na média percentual do teste de Cooper de 24,2% e do Banco de McArdle de 9,1%. Dourado (2001) nos relata que é muito difícil expressar objetivamente qual é o melhor e mais apropriado instrumento de medida, visto que as respostas fisiológicas se apresentam de forma específica para os diferentes exercícios e deve ser considerada como uma limitação. Em seu estudo, Casajus e Castagna (2007), comenta que a performance após teste de Cooper de 12 minutos foi moderadamente correlacionada com o VO2 máx (r= 0,46; p<0,001), concluindo que o VO2máx e teste de 12 minutos têm sido apresentadas com frequência em estudos mostrando uma forte relação com a performance nas provas de corridas. Este fato vem reforçar os resultados no Teste de Cooper encontrados em nosso estudo Existe uma margem de erro de predição do VO2 máx que pode variar de 10% a 20%, mas estes erros podem diminuir se seguirem padronizações e se forem aplicados, neste caso, os testes de forma mais correta para cada situação (DUARTE, 2001). Segundo Bello JR. (1998), estudando jogadores de futsal da categoria juvenil, que apresentaram valores de 48,26 ml.kg-1.min-1 ou 2,93 l.min-1 ou seja, em indivíduos treinados os valores do consumo máximo de oxigênio para grupos são maiores do que os valores esperados em grupos não treinados. De acordo com nossos resultados o aumento do VO2 máx. no teste de Cooper, foi de 24,2%. Kemper (1991) estudou adolescentes durante o período escolar encontraram um aumento de 25% no VO2 máx relativo e absoluto. Denadai (1996) aplicou o teste de 12 minutos em um grupo treinado e um grupo controle, demonstrando aumentos entorno de 5,54% e 14,11%, que provavelmente pode ser atribuído à melhora da economia de movimento e não ao aumento no consumo máximo de oxigênio.

Conclusão

    Levando em consideração que vários fatores são determinantes para o desempenho do atleta e que o VO2 máx., tem sido um dos parâmetros que merece destaque para preparação de atletas na atualidade, observamos que os testes de VO2 máx., realizados de forma indireta como os apresentados neste estudo, apresentam uma relação muito próxima com os testes de VO2 máx., realizados em ambientes laboratoriais. Ao final do estudo pode se concluir que o Teste de Cooper, além de mostrar aumentos percentuais maiores que o Teste do Banco de McArdle, também se mostrou mais específico. Assim, ao final do estudo concluiu-se que o Teste de Cooper é uma excelente alternativa para avaliação do VO2 máx. de jogadores de futsal, pois, além de ser, de baixo custo e de fácil aplicação apresenta-se mais próximo da realidade do jogo.

Referências

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