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Níveis de aptidão física e obesidade em escolares

do município de São Marcos, Rio Grande do Sul

Niveles de aptitud física y obesidad en escolares del municipio de Sao Marcos, Río Grande do Sul

 

*Acadêmica de Educação Física

**Professor do Curso de Educação Física

Universidade de Caxias do Sul

(Brasil)

Cheila Cristina Fantin*

Eduardo Ramos da Silva**

cheifantin@hotmail.com

 

 

 

 

Resumo

          Nos últimos anos, a prevalência de sobrepeso e obesidade tem aumentado de forma preocupante em todo o mundo. Objetivo: analisar o perfil de aptidão física relacionada à saúde de escolares de 6 a 10 anos de idade da rede pública da cidade de São Marcos. Metodologia: A amostra foi composta por 379 alunos de escolas estaduais e municipais de ambos os sexos. Foram coletados valores referentes à massa corporal e estatura para o cálculo do IMC, teste de flexibilidade, teste de força e resistência abdominal, teste de capacidade cardiorrespiratória, composição corporal (dobras do tríceps e panturrilha) e entrevista para a avaliação das variáveis: idade, sexo, se pratica atividade física fora do horário da escola, toma café da manhã e se possui algum problema que não lhe permita praticar atividade física. Para a análise foram evidenciados os resultados com sobrepeso e obesidade e o procedimento estatístico das variáveis foi o teste qui-quadrado de Pearson. Resultado: Verificou-se que participantes do sexo feminino têm uma maior porcentagem de sobrepeso ou obesidade do que no sexo masculino, do mesmo modo que as escolas estaduais apresentaram maior índice de sobrepeso e obesidade do que nas escolas municipais. Ficou evidenciado que os participantes da coleta que praticam atividades fora do ambiente escolar apresentaram uma menor prevalência de sobrepeso e obesidade sobre os que não as praticam. Conclusão: As prevalências de sobrepeso e obesidade desta população estudada se encontram elevadas e devem ser motivo de preocupação das escolas e da saúde pública da cidade.

          Unitermos: Sobrepeso. Obesidade. Aptidão física. Escola pública.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 16, Nº 159, Agosto de 2011. http://www.efdeportes.com

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Introdução

    A prevalência de sobrepeso e obesidade vem aumentando rapidamente no mundo, sendo considerado um importante problema de saúde pública tanto para países desenvolvidos como em desenvolvimento. Em 2002, estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontavam para a existência de mais de um bilhão de adultos com excesso de peso, sendo 300 milhões considerados obesos. Atualmente estima-se que mais de 115 milhões de pessoas sofram de problemas relacionados com a obesidade nos países em desenvolvimento. (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2010)

    O estilo de vida sedentário (inatividade física) e hábitos alimentares inadequados favorecem a instalação da obesidade que pode repercutir na saúde infantil e posteriormente na vida adulta. (RINALDI et al, 2008). Associado à outros fatores como hipertrigliceridemia, elevados níveis de HDL colesterol, hipertensão arterial e glicemia em jejum, a obesidade é considerada um importante fator predisponente à cardiopatias (ALVARENGA, 2009). Além disto, a obesidade também está associada à complicações ortopédicas, fraturas e dificuldades de mobilidade (WANG Y, MONTEIRO C. et al, 2002)

    Segundo Alves et al (2005) a prática de atividade física diminui o risco de aterosclerose e suas conseqüências (angina, infarto do miocárdio, doença vascular cerebral), ajuda no controle da obesidade, da hipertensão arterial, do diabetes, da osteoporose, das dislipidemias e diminui o risco de afecções osteomusculares e de alguns tipos de câncer (colo e de mama por exemplo).

    Segundo Fernandes (2009), a prevalência da obesidade em crianças e adolescentes tem aumentado em diversos países do mundo, inclusive no Brasil, estando fortemente relacionado a mudanças no estilo de vida e nos hábitos alimentares. O Rio Grande do Sul tem sido objeto de investigação no que diz respeito à incidência de sobrepeso e obesidade. Por exemplo, o estudo de Romagna et al, (2010) investigando crianças e adolescentes da cidade de Canoas em uma Unidade Básica de Saúde, constatou que aproximadamente 33,8% dos pacientes investigados (272 no total) eram classificados como obesos ou com sobrepeso.

    Em virtude da escassez de informações sobre índices de sobrepeso e obesidade em São Marcos, o presente estudo teve como objetivo analisar o perfil de aptidão física relacionada à saúde de escolares de 6 a 10 anos de idade da rede pública da cidade de São Marcos.

Procedimentos metodológicos

    O presente estudo teve como população alvo escolares pré-púberes (entre 6 e 10 anos) matriculados nas redes de ensino público da cidade de São Marcos. Segundo dados fornecidos pela direção das nove escolas da rede pública (05 municipais e 04 estaduais) a população escolar da faixa etária objetivada é de 749 alunos. O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Fundação Universidade Caxias do Sul.

    Com autorização das escolas, foi combinado um dia para a explicação e convite aos alunos para a participação do estudo e envio dos Termos de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLES) para aos pais ou responsáveis. Em outro dia foi agendado a realização da coleta de dados, onde poderiam participar os alunos que portassem o TCLE já assinado. Da população convidada para participar da pesquisa, 379 alunos aceitaram ou enquadraram-se nos critérios de inclusão (estar matriculado na rede pública de primeira a quarta série e ter faixa etária de 6 a 10 anos) ou retornaram do TCLEs, determinando assim a amostra de observação.

    Foi aplicado previamente um questionário individual (entrevista) para registro da idade, sexo, prática de atividade física extra-escolar, hábito alimentar no que se refere ao café da manhã e se possui algum problema que não lhe permita praticar atividade física. Em seguida, os alunos foram avaliados quanto a massa corporal e estatura utilizando-se uma balança manual Filizola com precisão de 0,1kg e estadiômetro da mesma marca com precisão de 1mm sendo em seguida calculado o Índice de Massa Corporal (IMC) a partir do protocolo proposto pelo Projeto Esporte Brasil da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (CONDE E MONTEIRO, 2006).

    A quantidade de gordura corporal foi calculada com base no protocolo proposto por Lohman (1987) utilizando-se as dobras de gordura da região do tríceps e da panturrilha coletadas com um plicômetro marca Cercorf®, Brasil. A flexibilidade foi mensurada utilizando-se o Banco de Wells marca Sanny®. A resistência abdominal foi avaliada pelo teste de repetições máximas dentro de 60 segundos e a capacidade cardiorrespiratória através do teste de 6 minutos, sendo estes realizados segundo o protocolo de Lorenzi (2006).

Análise estatística

    Os dados da coleta foram armazenados em um banco de dados no programa Excel 2007 for Windows e após o banco foi exportado para o programa SPSS versão 13.0 onde foi realizada a análise. Para a análise foram utilizados a estatística descritiva e o teste qui-quadrado de Pearson.

Resultados

    Na amostragem o total de participantes foram 379 alunos, 51% correspondente da população. Do sexo masculino obtive 162 alunos sendo 42,7% da amostra, enquanto do sexo feminino obtivemos 217 alunos sendo 57,3% da amostra.

    Em relação à escola estadual foram investigados 193 estudantes (50,9% do total) enquanto na escola municipal foram 186 (49,1%). Na tabela 1 a amostra é apresentada a partir dos gêneros e escolas observadas.

Tabela 1. Distribuição da amostra por gênero e escola.

    Nas dobras de tríceps e panturrilha foi de (25,44 ± 7,37), sendo estas classificadas em: abaixo 1,6%, normal: 71,8% e acima: 26,6%. No Índice de massa corporal (IMC) os resultados das médias e desvio padrão foram de (17,63 ± 3,30) e classificados em abaixo: 2,4%, normal: 66%, em sobrepeso: 21,4% e obesidade: 10,3%. Os dados referidos estão apresentados nas tabelas 2, 3 e 4.

Tabela 2. Médias e Desvio Padrão das variáveis

    Na tabela abaixo segue as classificações resultantes das dobras de tríceps e panturrilha, da flexibilidade, do abdominal e da corrida.

Tabela 3. Classificações das variáveis

    Na tabela 4 segue a classificação do Índice de massa corporal, sendo eles subdivididos em abaixo, normal, sobrepeso e obesidade.

Tabela 4. Classificação do Índice de Massa Corporal

    Na tabela 5 a análise da flexibilidade 81,5% dos alunos apresentou níveis acima do padrão esperado para sexo e idade. O abdominal seguiu o mesmo padrão, sendo que 83,4% apresentaram níveis superiores de desempenho. Por último, o desempenho observado na corrida indicou que 51,5% das crianças avaliadas apresentaram níveis acima da média populacional.

Tabela 5. Classificação da flexibilidade, abdominal e corrida da amostra em abaixo, bom e acima do padrão determinante. Segundo protocolo de (Lorenzi, 2006)

    Na tabela 6, a modalidade extra-escolar resultou com maior freqüência os participantes que praticam uma ou duas atividades extra-escolar, totalizando 61,7% e na classificação de não praticar nenhuma atividade extra-escolar, resultou em 38,3%, este dado pode ser menor em relação ao que pratica atividade extra, mas mesmo assim é uma grande porcentagem de participantes sedentários, logo poderão se tornar obesos e onde se deve ter uma maior atenção.

Tabela 6. Número de praticantes de atividade física regular extra-escolar

    Mesmo no teste Qui-quadrado de Pearson não ter indicado diferença significativa na relação entre o desempenho em corrida e sobrepeso/obesidade (p=0,136), observa-se na tabela 7 uma discreta inferioridade de eutróficos dentre os indivíduos pouco condicionados. O intervalo de confiança na corrida resultou em IC=(0,46-1,11) e riscos calculados igual à (28,1%).

    Na tabela 7 o grupo de crianças que não praticam nenhuma modalidade extra-escolar apresenta uma ocorrência de 34,5% de sobrepeso ou obesidade. Os avaliados que declararam praticar alguma modalidade extra-escolar, apresentaram índices semelhantes do problema (29,9%) sendo estatisticamente semelhantes (p=0,353). O intervalo de confiança entre a modalidade e o IMC resultou em IC=(0,52-1,26) e o risco calculado em (18,9%).

Tabela 7. Incidência de sobrepeso e obesidade entre as crianças classificadas acima e abaixo do nível médio de desempenho cardiopulmonar; Associação da prática de atividade física

extra-escolar com a predominância de sobrepeso ou obesidade; Classificação dos participantes relacionados às escolas e o IMC e Classificação do IMC entre meninos e meninas

    Nas escolas estaduais foram observados 61,7% de sujeitos eutróficos e nas escolas municipais o nível de sujeitos sem sobrepeso e obesidade foi de 75,3%. Em relação ao nível de significância o resultado foi (0,004) e no intervalo de confiança relacionando as escolas com IMC resultou em IC=(0,34-0,82) e risco calculado em (47,5%).

    As meninas apresentaram-se 35,9% mais obesas ou sobrepeso do que os meninos (25,9%) de todas as faixas etárias. Como vemos na tabela 7, o nível de significância foi baixo entre meninos e meninas foi de p=0,038, menor que p≤0,05. Na mesma tabela vemos o intervalo de confiança (IC= 1,02-2,50) e o risco em (60,3%) entre meninos e meninas.

Discussão

    Avaliar os componentes da aptidão física é de uma grande importância, mas existem poucas investigações que avaliaram estes componentes da AFRS (flexibilidade, abdominal em um minuto e capacidade cardiorrespiratória) em amostras representativas de escolares. A maior parte utiliza amostras por conveniência e envolve grupos específicos de escolares.

    Em um estudo realizado por (Dumith et al, 2008) no município de Rio Grande no Rio Grande do Sul, foram investigados 665 escolares utilizando como protocolo de avaliação o (Proesp-BR, 2009) onde os resultados da flexibilidade, do teste de abdominal em um minuto e da capacidade cardiorrespiratória (teste de corrida), concordou com o presente estudo de São Marcos, pois ambos os estudos obtiveram uma boa porcentagem de participantes acima do padrão em todos estes testes.

    O estudo feito em São Marcos concordou com o estudo realizado por (Mello et al 2010, em Marialva no Paraná). Neste estudo participaram 356 alunos, onde a prevalência de sobrepeso encontrada foi de 20% e a de obesidade de 7%, sendo 27% no total de sobrepeso e obesidade. Nos dados encontrados em São Marcos foram respectivamente 31,7% no total. A maioria dos alunos (72%) não praticava atividade física fora da escola e pouco mais da metade deles (53%) gastava mais de quatro horas por dia em atividades sedentárias. A participação da criança em atividades desportivas é parte do processo de socialização, pois, além dos benefícios para a saúde, oferece oportunidade de lazer e desenvolvimento de aptidões que melhoram a auto-estima e a confiança.

    Ficou evidenciado no estudo em São Marcos que participantes do sexo feminino têm uma maior porcentagem de sobrepeso ou obesidade do que no sexo masculino. De 35,9% para o feminino e 25,9% para o masculino. Sendo 78 participantes contra 42, quase o dobro de participantes. Também ficou evidenciado que participantes das escolas estaduais estão com maior porcentagem de sobrepeso ou obesidade do que nas escolas municipais, sendo respectivamente 38,3% contra 24,7% das coletas. No estudo de (Mello et al, 2010), verificou-se que na análise das prevalências de sobrepeso e obesidade de acordo com o sexo e a faixa etária, as meninas são classificadas com maior sobrepeso e quanto à obesidade foi verificada maior prevalência no sexo masculino. Portanto nesta parte do estudo, relacionado a sobrepeso e obesidade discordou em partes com o estudo em São Marcos, pois as meninas estão com maior índice de sobrepeso e obesidade. No estudo do autor Mello, os meninos foram classificados como alta prevalência de obesidade e as meninas como sobrepeso.

    Os dados obtidos em São Marcos discordaram do estudo realizado (SUÑÉ et al, 2007 na cidade de Capão da Canoa, no Rio Grande do Sul), pois a prevalência de sobrepeso e obesidade foi maior nas escolas municipais 25,7% do que nas escolas estaduais 17,1% e em meninos a prevalência de sobrepeso e obesidade foi maior 27,9% do que nas meninas 21,6%. Em outro estudo, Dórea et al (2008 em Jequié na Bahia), dos 342 escolares avaliados, tanto nos meninos quanto nas meninas apresentaram maior prevalência de baixos índices de adiposidade corporal do que índices elevados, sugerindo um quadro mais próximo da desnutrição do que de sobrepeso ou obesidade. Os resultados sugerem a necessidade de intervenção no estado nutricional de escolares de Jequié. Com isso, o estudo de São Marcos discordou do estudo de Dórea et al.

    Em Pelotas, Rio Grande do Sul foi realizado um estudo de Vieira et al (2008) com 20.084 alunos de escolas particulares, estaduais e municipais, onde foi verificado que o sobrepeso e a obesidade foram mais prevalentes entre os estudantes de escolas particulares em comparação com aqueles de escolas municipais e estaduais. Na cidade de São Marcos não foram realizadas coletas em escolas particulares, então se discordou com o estudo de Vieira. Foi verificado neste estudo de Vieira, que os valores altos de sobrepeso e obesidade estão relacionados às escolas particulares, pois estes têm maior facilidade e condição econômicas para a aquisição de alimentos ricos em açúcares e gorduras.

    No estudo de (Dumith et al, 2008) apesar de as escolas da rede pública e da zona rural dispor, em geral, de menos recursos e condições materiais do que aquelas da rede privada e da zona urbana, o desempenho dos alunos nos testes e medidas aplicados não teve grandes diferenças. O autor acredita que os professores de Educação Física tenha um papel fundamental em trabalhar e aprimorar esses componentes da aptidão física nas suas aulas.

    Algum dos problemas evidenciados no estudo realizado em São Marcos foi à alta prevalência de sobrepeso e obesidade resultando mais em meninas e em escolas estaduais. Outro problema foi que obtivemos muitos participantes do estudo não praticantes de atividades extra-escolares e assim pode ter mais chances de se tornar um adulto obeso do que os participantes que praticam alguma modalidade extra-escolar, surgindo especulações sobre este estudo.

    Uma sugestão para aplicabilidade de propostas para solucionar alguns destes problemas seriam palestras para pais, alunos e professores sobre a importância da prática de atividade física e alimentação adequada, para uma melhor qualidade de vida incentivando os alunos a praticar e desenvolver diversas brincadeiras. Outra opção seria trazer informações à escola sobre como fazer uma merenda mais saudável com mais frutas e verduras na alimentação das crianças, com o auxilio de uma nutricionista.

    Como foi evidenciado o sobrepeso e a obesidade mais em meninas, devemos destacar então a importância da conversa entre mãe e filha, sobre assuntos diversos do cotidiano, com um diálogo produtivo, onde suas dúvidas poderão ser explicadas e discutidas, pois isto irá favorecer ambas, em suas vidas e em seus relacionamentos.

    Alunos de escolas estaduais também estão com uma maior porcentagem de sobrepeso e obesidade, uma sugestão seria verificar como esta sendo preparada a merenda destes estudantes, outra seria como esta se desenvolvendo a prática nas aulas de Educação Física, se todos participam das aulas e se estas são produtivas, trazem alegria em praticá-las, produz gastos calóricos, ajudando também os alunos com menor capacidade cardiorrespiratória a desenvolver uma aptidão física melhor.

    O professor de Educação Física tem um papel fundamental na melhoria da saúde e da qualidade de vida das pessoas, os conceitos e ensinamentos que são transmitidos na escola têm uma importância significativa para a vida das pessoas, não só a preocupação da prática de atividade física, mas também os aspectos teóricos e práticos destas atividades possibilitando o seu desenvolvimento físico, mental, emocional e social.

Limitações

    Para a coleta de dados, foi realizada somente uma visita a cada escola, onde os alunos que se esqueceram do TCLE não teriam outra chance para trazê-los. Muitas crianças não quiseram participar da coleta ou os pais não as autorizaram. Devido a todas estas limitações obtive uma baixa porcentagem de participantes na coleta, sendo analisados somente 51% da população escolar de 6 à 10 anos de idade da rede pública de São Marcos.

Conclusão

    Os resultados encontrados revelam elevada prevalência de sobrepeso e obesidade nos escolares investigados, em relação que as meninas estão com estes altos índices ao contrário dos meninos e nas escolas estaduais encontramos também uma grande prevalência de sobrepeso e obesidade em relação às escolas municipais.

    Com isso aponta-se que, além da necessidade de mais estudos de prevalência dessa doença em crianças residentes em municípios de pequeno porte, como São Marcos, é recomendada a união de esforços por parte de diferentes segmentos, mas principalmente da escola e do setor de saúde, para programar medidas para prevenir e ou tratar a obesidade.

    Praticar uma ou mais atividades extra-escolar, neste estudo ficou evidenciado, que ajuda na manutenção da saúde e previne o sobrepeso e a obesidade. Para tanto destacar aqueles que não praticam nenhuma modalidade extra-escolar corre um grande risco de tornarem-se adultos com sobrepeso e obesidade.

    O incentivo e a consciência das crianças e os adolescentes para a prática de atividade física e a comportamentos adequados na alimentação é fundamental para que futuramente estes casos de sobrepeso e obesidade sejam extintos da vida dos escolares e posteriormente a dos adultos.

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