A prática de isostreching afeta positivamente  o equilíbrio em indivíduos saudáveis La práctica del isostreching afecta positivamente el equilibrio en personas saludables
	*Aluna especial das disciplinas Metodologia da Pesquisa e Desenvolvimento Humano na Universidade do Estado de Santa Catarina. Graduação em Fisioterapia pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná **Graduação em Educação Fisica, especialização em Fisiologia e Prescrição de Atividade Física à Saúde e mestrado em Ciências do Movimento Humano pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). Doutorando em Ciências do Movimento Humano pela UDESC ***Graduação em Fisioterapia pela Universidade Estadual de Londrina Mestrado em Engenharia Elétrica e Informática Industrial pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Doutorado em Ortopedia, Traumatologia e Reabilitação pela Universidade de São Paulo ****Cursando pós-graduação Latu Sensu em Fisioterapia em Terapia Intensiva (UTI adulto, UTI pediátrica/ neonatal e Pronto-Socorrro - HUOP) Graduação em Fisioterapia pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná *****Cursando o curso de Fisioterapia na Universidade Estadual do Oeste do Paraná	Daiane Lazzeri de Medeiros* Ricardo Brandt** Gladson Ricardo Flor Bertolini*** Janaína Cristina Scalco**** Gisele Trivellato Navarro***** Marcos Koiti Nakanishi***** daialazzeri@hotmail.com (Brasil)
	Resumo           A presente pesquisa teve como objetivo avaliar o efeito de uma única intervenção de isostretching sobre o equilíbrio em indivíduos saudáveis. Trata-se de um ensaio clínico aleatório com 10 voluntários saudáveis, com idade entre 20 e 40 anos, separados em dois grupos: controle (CTL) e isostretching (ISO), com cinco voluntários em cada grupo. O grupo ISO realizou uma única intervenção de 40 minutos de isostretching. O grupo controle apenas realizou o teste de equilíbrio. O método utilizado para avaliação foi o SEBT, um teste de equilíbrio unilateral e funcional. Em nosso estudo podemos verificar uma melhora significativa quando comparamos as avaliações realizadas antes da intervenção de isostretching com as realizadas após a intervenção, avaliadas por meio do SEBT. Pode-se perceber que uma única aplicação de isostretching durante quarenta minutos causa resultados positivos nas reações de equilíbrio em indivíduos saudáveis.           Unitermos: Isostretching. Equilíbrio. Propriocepção.
	EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 16, Nº 159, Agosto de 2011. http://www.efdeportes.com

1 / 1

Introdução

    A boa postura é um dos requisitos que ganha destaque quando o tema é a prevenção, a manutenção ou a recuperação da saúde e do bem-estar corporal (VIEIRA, SOUZA, 2009). A postura ereta, estática e dinâmica resulta do equilíbrio entre as forças que agem no centro de gravidade e as forças dos grupos musculares antigravitacionais, que se contraem e atuam em sentidos contrários (MORAES, 2005; LIANZA, 2001).

    Segundo Enoka (2000) a postura é uma resposta neuromecânica que se relaciona com a manutenção do equilíbrio, é um sistema que está em equilíbrio mecânico quando a somatória de forças que atuam sobre ele é igual a zero. O equilíbrio ou manutenção da estabilidade está relacionado ao balanceamento entre forças internas e externas, que agem no corpo durante a realização de ações motoras. O funcionamento do sistema postural envolve a necessidade de coordenar e controlar os segmentos corporais com base nas informações sensoriais e motora (SANGLARD, 2007).

    Barela (2000) afirma que oscilações constantes ocorrem mesmo quando uma pessoa procura manter-se em pé o mais estável possível. Do ponto de vista mecânico, o corpo nunca está em uma condição de perfeito equilíbrio, pois as forças sobre ele são nulas momentaneamente, ou seja, o corpo humano está em constante desequilíbrio, numa busca incessante por equilíbrio (DUARTE, FREITAS, 2010).

    Marsico et al. 2002 afirmam que a posição ereta se configura como a “posição de repouso ou equilíbrio” favorecida pelo perfeito sinergismo entre os músculos agonistas e antagonistas que com sua tensão harmoniosa mantêm o corpo em um estado de repouso dinâmico.

    O controle postural está envolvovido por diversos fatores, como o estado de saúde, características antropométricas, condição física, idade e ambiente, quanto melhor compreender seu funcionamento, maior facilidade em diagnosticar qualquer alteração postural (DUARTE, FREITAS, 2010). Fatores como fraqueza muscular e posturas incorretas ocasionam desequilíbrios musculares, podendo levar as disfunções posturais (MORAES, 2005). Para prevenir ou tratar tais alterações, o uso de técnicas de alongamento global está sendo cada vez mais utilizado. Uma dessas técnicas é o isostretching, que prepara e protege a musculatura de uma retração que possa vir a sofrer por falta de atividade física adequada, sendo indicada para todas as idades e capacidades físicas (BELOUBE et al, 2003).

    O isostretching foi desenvolvido na França em 1974 por Bernard Redondo e consiste na manutenção de posturas de alongamento durante uma expiração prolongada, enquanto o indivíduo realiza uma contração isométrica excêntrica da musculatura vertebral profunda (REDONDO, 2001; BRANDT, RICIERI, GRIESBACH, 2004).

    O método do Isostretching pode auxiliar o tratamento dos desequilíbrios posturais, tem como objetivo promover uma maior mobilidade articular, tonificar a musculatura e melhorar o funcionamento corporal, contribuindo para a melhora da postura, do equilíbrio e, conseqüentemente, da qualidade de vida, exemplificando um método sistemático de restituição do equilíbrio (SANGLARD, PEREIRA, 2005).

    Conforme citado pelo próprio autor do método: “ele é de fato no sentido próprio uma ‘arte de abrandar e fortificar o corpo, através de exercícios propícios’, uma ginástica postural, global, ereta”. Postural, porque é executado dentro de uma posição vertebral correta, global, porque todo o corpo trabalha à cada exercício e ereto porque pede a coluna o autocrescimento (REDONDO, 2001).

    O SEBT (Star Excursion Balance Test) permite avaliar a alteração de equilíbrio, por ser altamente confiável e válido para a pesquisa (SUDA, 2009). Para realizar a avaliação, o sujeito deve conseguir manter uma base estável de apoio unilateral, enquanto chega-se em 8 direções com o outro membro (GRIBBLE, 2004).

    Esta pesquisa tem como objetivo avaliar o efeito de uma única intervenção de isostretching sobre o equilíbrio, pelo método SEBT.

Método

    Trata-se de um ensaio clínico aleatório para avaliar o efeito de uma sessão de isostretching em 10 voluntários com idade entre 20 e 40 anos, de ambos os sexos sem diagnósticos de doenças musculoesqueléticas prévias.

    Os participantes da pesquisa foram separados em dois grupos: Isostretching (ISO) e Controle (CTL) de 5 pessoas em cada, através de sorteio. O grupo ISO realizou uma única intervenção de 40 minutos de isostretching. O grupo controle apenas realizou o teste SEBT.

    O método utilizado para avaliação foi o Star Excursion Balance Test (SEBT) (OLMSTED, CARCIA, HERTEL e SHULTZ, 2002). Sendo este um teste de equilíbrio unilateral e funcional, que integra uma postura única de um membro inferior, com um alcance máximo do outro membro. A avaliação com o SEBT foi realizada com o indivíduo em pé, no centro de encontro das oito linhas. Estas foram nomeadas em relação à direção do alcance do membro inferior: ântero-lateral (AL), anterior (A), ântero-medial (AM), medial (M), póstero-medial (PM), posterior (P), póstero-lateral (PL) e lateral (L). Para realizar a marcação do alcance máximo foi utilizada tintura vermelha na ponta do hálux dos participantes e medidas com uma fita métrica. O teste foi realizado três vezes em cada membro, os resultados foram anotados em uma tabela e calculada a média destes.

    Foram realizadas quatro avaliações em cada indivíduo: a primeira avaliação um dia antes do isostretching; a segunda antes da sessão e a terceira imediatamente após a aplicação do isostretching; a quarta avaliação um dia após a aplicação do isostretching.

    Todos os voluntários receberam informações e esclareceram dúvidas sobre a participação do estudo, e, previamente ao início da aplicação do procedimento de intervenção, houve uma explicação dos quesitos básicos para a execução correta das posturas e da respiração adequada.

Posturas utilizadas

Sentado

• Participante sentado com os membros inferiores abduzidos, extensão de joelho, dorsiflexão; Palma das mãos unidas orientadas para o teto.

• Participante sentado com membros inferiores unidos paralelamente em extensão, dorsiflexão; Membros superiores abduzidos, flexão de ombro (90º), extensão máxima do punho.

Deitado

• Participante em decúbito dorsal, membros inferiores estendidos, dorsiflexão; Mãos unidas com flexão de ombro (180º) orientadas ao teto e extensão de cotovelo;

• Variação da postura anterior com flexão de quadril (90º).

Em pé

• Participante na posição ortostática, membros inferiores afastados e semi fletidos, Membros superiores estendidos com as mãos entrelaçadas.

• Participante com flexão anterior de tronco (90º), cabeça em posição neutra e olhar fixo para o chão; Membros superiores com rotação interna, flexão de cotovelos com as mãos unidas, orientadas para o chão.

    Para comparar as médias dos grupos, foi utilizada análise de variância (ANOVA), que foi feita de maneira in­dependente para cada uma das condições experimentais definidas: Um dia antes, antes da aplicação, imediatamente após e um dia após.

Resultados

    A partir das avaliações realizadas nos grupos que praticaram (ISO) e não praticaram (CTL), um dia antes a sessão do isostretching, antes e imediatamente após a sessão e um dia após, foram obtidos resultados apresentados na tabela 1.

    Analisando todas as direções verificadas através do SEBT, é possível perceber um aumento significativo na distância máxima em quase todas as avaliações, tendo nas avaliações antes de realizar a sessão de isostretching média menor se comparado com as avaliações após a sessão.

    Quanto ao grupo controle, que não realizou a sessão de isostretching, não existe aumentos significativos nas avaliações realizadas do SEBT. Apenas percebe-se um discreto aumento na segunda avaliação na direção póstero-lateral.

Discussão

    O isostretching é uma técnica relativamente nova no Brasil que vem sendo difundida em escolas e cursos de especializações, que busca devolver a capacidade muscular que se apresenta em desequilíbrio através de contração isométrica de abdominais, glúteos, quadríceps e assoalho pélvico, alongamento muscular, além de uma expiração lenta e prolongada. (MACEDO, DEBIAGI, ANDRADE, 2010). Apesar de o método ser utilizado por fisioterapeutas na prática clínica com êxito há poucos achados na literatura sobre a utilização e benefício talvez pela dificuldade em agregar voluntários que mantém o compromisso de manter o tratamento proposto até o final (OLIVEIRA, 2004).

    Em nosso estudo avaliamos a alteração do equilíbrio através do SEBT, e este mostrou-se um instrumento eficaz e de fácil manuseio. Meneguini et al., (2009) realizaram avaliação proprioceptiva de 14 atletas amadoras de voleibol através do SEBT, e este demonstrou ser atual, de fácil aplicação, não instrumental e com relação custo-benefício satisfatória, mostrando-se efetivo para avaliar a ativação proprioceptiva.

    Os resultados de nossa pesquisa apontam para uma melhora no equilíbrio nas avaliações realizadas antes e após a realização de uma única sessão (40 minutos) de isostretching, esse ponto suscitam discussões sobre o benefício desta prática sobre o equilíbrio em indivíduos saudáveis. Nosso resultado vem de encontro ao de Sanglard et al., (2007), qual após 24 sessões de isostretching, observou melhora na capacidade de alcance funcional. O autor justifica que essa melhora após a prática se justifica pelo aumento de força muscular, melhora da consciência postural e mecanismos proprioceptivos.

    Esse benefício observado pode ser proveniente do alinhamento da coluna vertebral que segundo Monte-Raso et al. (2009), independe do número de sessões realizadas.

    Em um estudo de Carvalho, Assini (2008) observaram uma melhora na capacidade funcional a partir da quinta sessão de isostretching, esta pode estar ligada ao aprimoramento da força muscular associado a maior ativação e controle neuromuscular abdominal melhorando a performance da marcha conseqüente à maior estabilização do tronco.

No grupo controle, que não realizou sessões de isostretching, encontrou-se apenas em uma direção alterações significativas. Esse resultado pode ser em decorrência de uma melhor capacidade, proveniente da repetição do teste SEBT, fazendo com que o avaliado melhore seu equilíbrio em função do aprendizado.

    A manutenção do equilíbrio está relacionada às funções dos sistemas nervoso, sensorial e motor. O sistema sensorial fornece informações sobre a posição de segmentos corporais em relação a outros segmentos e ao ambiente, o sistema motor é responsável pela ativação correta e adequada de músculos para realização dos movimentos, e já o sistema nervoso central integra informações provenientes do sistema sensorial para, então, enviar impulsos nervosos aos músculos que geram respostas neuromusculares (DUARTE, FREITAS, 2010).

Conclusão

    Pelos resultados obtidos verificamos que uma única intervenção de isostretching demonstrou ter efeito na melhora equilíbrio postural em indivíduos saudáveis. Uma dificuldade encontrada no nosso estudo foi a de justificar os achados com pesquisas específicas que utilizaram o SEBT. Desta forma, várias hipó­teses sobre os resultados foram levantadas, embora o efeito positivo da intervenção tenha sido evidenciado neste trabalho. Assim, em virtude da freqüente aplicação clínica do isostretching, dos poucos subsídios científicos para sua fun­damentação e dos vários mecanismos de ação pressupostos, vê-se a necessidade de novas pesquisas ampliando o conhecimento na área.

Referências

• BARELA, J. A. Estratégias de controle em movimentos complexos: ciclo percepção-ação no controle postural. Revista Paulista de Educação Física, v. 3, p. 79-88, 2000.

• BELOUBE, D. P.; COSTA, S. E. M.; BARROS, J. E. A.; OLIVEIRA, R. J. D. P. O método isostretching nas disfunções posturais. Fisioterapia Brasil, v. 4, n. 2, p. 73-5, 2003.

• BRANDT, A. C.; RICIERI, D. V.; GRIESBACH, E. L. Repercussões respiratórias da aplicação da técnica de isostretching em indivíduos sadios. Fisioterapia Brasil, v.5, n. 2, p. 103-9, 2004.

• CARVALHO, A. R.; ASSINI, T. C. K. A. Aprimoramento da capacidade funcional de idosos submetidos a uma intervenção por isostretching. Revista Brasileira de Fisioterapia, v. 12, n. 4, p. 268-73, 2008.

• DUARTE, M.; FREITAS, S. M. S. F. Revisão sobre posturografia baseada em plataforma de força para avaliação do equilíbrio. Revista Brasileira de Fisioterapia, v. 14, n. 3, p. 183-92, 2010.

• ENOKA, R. M. Bases neuromecânicas da cinesiologia. 2º ed. São Paulo: Manole, 2000.

• GRIBBLE, P. A.; HERTEL, J.; DENEGAR, C. R.; BUCKLEY, W.E. The effects of fatigue and chronic ankle instability on dynamic postural control. Journal of Athletic Training, v. 34, n. 4, p. 321-329, 2004.

• LIANZA, S. Medicina de Reabilitação. 3º ed. Rio Janeiro: Guanabara Koogan, 2001.

• MACEDO, C. S. G.; DEBIAGI, P. C.; ANDRADE, M. A. Efeito do isostretching na resistência muscular de abdominais, glúteo máximo e extensores de tronco, incapacidade e dor em pacientes com lombalgia. Fisioterapia em Movimento, v. 23, n. 1, 113-120, 2010.

• MARSICO, V.; MORETTI, B.; PATELLA, V.; SERIO, S. D.; SIMONE, C. Analisi baropodometrica del passo in soggetti sani anziani ed in pazienti gonartrosici prima e dopo intervento di artroprotesi di ginocchio. Giornale italiano di medicina del lavoro ed ergonomia, v. 24, n. 1, p. 72-83, 2002.

• MENEGHINI, T.; REMPEL, C.; BARNES, D. D.; DUARTE, F.; PÉRICO, E. Avaliação da ativação proprioceptiva em atletas amadoras de voleibol. ConScientiae Saúde, v. 8, n. 1, p. 47-55, 2009.

• MORAES, S. M. S. O método isostretching no tratamento da hipercifose torácica. Fisioterapia Brasil, v. 6, n. 34, p. 311-315, 2005.

• MONTE-RASO, V. V.; FERREIRA, P. A.; CARVALHO, M. S. C.; RODRIGUES, J. G.; MARTINS, C. C.; IUNES, D. H. Efeito da técnica isostretching no equilíbrio postural. Fisioterapia e Pesquisa, v. 16, n. 9, p. 137-42, 2009.

• OLMSTED, L. C.; CARCIA, C. R.; HERTEL, J.; SHULTZ, S. J. Efficacy of the star excursion balance tests in detecting Reach deficits in subjects with chronic ankle instability. Journal of Athletic Training, v. 37, n. 4, p. 501-506, 2002.

• OLIVEIRA, A. P.; SOUZA, D. E. Tratamento fisioterapêutico em escoliose através de técnicas de isostretching e manipulações osteopáticas. Terapia Manual, v. 2, n. 3, p. 104-13, 2004.

• REDONDO, B. Isostretching. São Paulo: Skin; 2001.

• SANGLARD, R. C. F.; PEREIRA, J. S. A Influência do Isostretching nas Alterações dos parâmetros da marcha em idosos. Fisioterapia Brasil, v. 6, n. 4, p. 255-60, 2005.

• SANGLARD, R. C. F.; PEREIRA, J. S.; HENRIQUES, G. R. P.; GONCALVES, G. B. A influência do isostretching nas alterações do equilíbrio em idosos. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, v.15, n. 2, p. 63-71, 2007.

• SUDA, E. Y. Análise da performance funcional em indivíduos com instabilidade do tornozelo: uma revisão sistemática da literatura. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 15, n. 3, p. 233-37, 2009.

• VIEIRA, A.; SOUZA, J. L. Boa postura: uma preocupação com a estética, a moral ou a saúde? Revista Movimento, v. 15, n. 1, p. 145-165, 2009.

Outros artigos em Portugués

	Búsqueda personalizada
EFDeportes.com, Revista Digital · Año 16 · N° 159 | Buenos Aires, Agosto de 2011   © 1997-2011 Derechos reservados