efdeportes.com

Comparação entre testes aeróbios realizados 

em solos distintos em atletas de futebol de areia

Comparación entre pruebas aeróbicas realizadas en superficies distintas con jugadores de fútbol playa

 

*Discentes **Docente

do Programa de Pós-graduação em Treinamento Desportivo e Fisiologia do Exercício

Universidade Castelo Branco (UCB) / Meta Produções e da Universidade

Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Rio de Janeiro, Rio de Janeiro

(Brasil)

Luiz Escobar*

Fabíola Conceição Martins*

Bruno Germano Leite de Oliveira*

José Henrique**

luiz.escobar@gmail.com

 

 

 

 

Resumo

          O objetivo do estudo foi comparar a condição aeróbica através de testes de aptidão física realizados em diferentes solos. A amostra foi composta por 10 atletas da Seleção Carioca de Futebol de Areia. Para efeitos comparativos, as variáveis analisadas foram: distância máxima percorrida, velocidade máxima, freqüência cardíaca máxima (freqüencímetro) e consumo máximo de oxigênio (Teste de Cooper e teste de aptidão aeróbia em grama e areia proposto por Pinnington e Dawson (2001)). Os dados foram submetidos à estatística descritiva e ao teste de Wilcoxon. Concluiu-se que o tipo de solo interfere nos indicadores associados aos testes aeróbios. Porém, a diferença entre as médias de consumo máximo de oxigênio não foi significativa o que sugere semelhanças entre os testes aeróbios, podendo ser empregados para prescrição de treinamento nessa amostra de atletas de futebol de areia.

          Unitermos: Futebol de areia. Consumo máximo de oxigênio.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 16 - Nº 158 - Julio de 2011. http://www.efdeportes.com/

1 / 1

Introdução

    O futebol de areia é um esporte coletivo que requer de seus jogadores variadas valências físicas devido às exigências da própria modalidade esportiva e do solo em que é praticado (BARBOSA, 1998; PEREIRA; AZEVEDO; SOARES, 2007; SILVA et al., 2005). O desenvolvimento de pesquisas tem proporcionado bases consistentes para a evolução do esporte. O processo de validação e a garantia de fidedignidade dos testes voltados à avaliação funcional, cardiorrespiratória, neuromuscular, antropométrica e psicológica se tornaram importantes instrumentos de auxílio na preparação de atletas de alto rendimento (OSIECKI et al., 2007).

    Apesar de um retrospecto do futebol de areia brasileiro de muitas vitórias em campeonatos, Silva et al. (2005) atentam para a carência de informações acerca da modalidade, sendo oportuno o desenvolvimento científico sobre os aspectos físico, técnico, tático e psicológico devido ao solo em que o futebol de areia é praticado.

    Segundo a literatura, o futebol, o futsal e a modalidade variante, o futebol de areia, são esportes que apresentam a resistência aeróbia como uma das principais qualidades físicas inerentes à sua prática devido à movimentação constante em intensidade moderada durante longo período de tempo, traduzindo, assim, a necessidade da manutenção de níveis ótimos de aptidão cardiorrespiratória (LEAL JUNIOR et al., 2006; PEREIRA; AZEVEDO; SOARES, 2007; SILVA et al., 2005).

    Testes de corrida em pista ou esteira rolante são comumente empregados para avaliação desta valência física no futebol e futsal (Dantas, 2003; Garret JUNIOR et al., 2003; Hoff, 2005; Stølen, 2005).

    No entanto, Fazolo et al. (2005) mencionam que as transferências de elementos técnicos, físicos e táticos de tais esportes similares podem não ser pertinentes no futebol de areia. Para corroborar, Lejeune, Willems e Heglund (1998) mencionam que o ato de correr na areia requer 1,6 vez mais dispêndio energético em comparação à corrida realizada em pista, supostamente em função de maior solicitação do trabalho mecânico dos músculos e tendões. Segundo Pinnington et al. (2001), o gasto energético médio entre corredores amadores foi significativamente inferior em solo rígido quando comparado ao valor auferido em areia (8,94 VS. 13,20 METs; P<0,01), o que poderia representar, respectivamente, um gasto energético de cerca de 10,4 calorias e 15,4 calorias por minuto, considerando a massa corporal média de um brasileiro adulto, ou seja, 70 quilogramas (CDC, 2000).

    McArdle, Katch e Katch (2008) afirmam que para a mensuração das qualidades físicas do atleta, os princípios avaliativos do desempenho devem ir ao encontro da sensibilidade e especificidade do esporte. Assim, supõe-se que o emprego de protocolos específicos para avaliação em solo arenoso seja necessário à obtenção de maior fidedignidade dos resultados, servindo de base para a prescrição ótima do treinamento de atletas de futebol de areia.

Objetivo

    Comparar a condição aeróbica através de testes de aptidão física realizados em diferentes solos.

Metodologia

Modelo do estudo

    O presente estudo se caracteriza como descritivo e comparativo, na medida em que apresenta uma comparação entre os testes aeróbios realizados em pista, grama e solo arenoso.

Amostra

    Foram selecionados atletas de alto rendimento da seleção carioca de futebol de areia com idades compreendidas entre 19 e 36 anos (25 ± 5,98). Os 10 atletas que concordaram em participar da pesquisa foram informados sobre os objetivos do estudo e dos testes empregados na pesquisa mediante apresentação e assinatura de um termo de consentimento livre e esclarecido aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade Castelo Branco, parecer nº 30/2006, conforme definido na Resolução 196/96.

Procedimentos

Antropometria

    Para mensuração da massa corporal e estatura, foi utilizada uma balança Filizola®, modelo PL-180, e um estadiômetro de parede Sanny® com leitura de até 220 centímetros. Os procedimentos para a mensuração da massa corporal total (MCT) obedeceram aos seguintes critérios: uso de roupas leves (sunga), pés descalços, posição ortostática imóvel e de costas para o visor da balança. Para a mensuração da estatura, a cabeça foi mantida em posição anatômica para a determinação do vértex pelo plano de Frankfurt (Fontoura; FORMENTIN; ALVES, 2008; Monteiro; Farinatti, 1999; Telles; Prada, 2007).

Composição corporal

    Foi utilizado o adipômetro Lange modelo científico para obtenção dos valores de dobras cutâneas, sendo a densidade corporal e, logo, o percentual de gordura calculados através do somatório das medidas das dobras peitoral, abdome e coxa, tomadas pelo lado direito do avaliado. O método foi realizado três vezes, sendo que na ocorrência de diferenças de medidas, adotou-se a média para o cálculo do valor estimado (Pollock; Wilmore, 1993).

Teste de Cooper (pista) (TCP)

    Foi mensurado o consumo máximo de oxigênio (VO2 máx.) através da obtenção do valor de distância máxima percorrida em um tempo fixo pré-estabelecido de 12 minutos e aplicada na seguinte fórmula: [(Distância percorrida (metros) - 504,9) / 44,73]. O teste foi aplicado em uma pista de atletismo com medidas oficiais.

Teste de aptidão aeróbia em grama (TAG) e areia (TAA) de Pinnington e Dawson (2001)

    Foi estimado o VO2 máx. em dois solos distintos através do cálculo com base em fórmulas específicas para corrida em grama (-1.335+0.227x) e em areia com pés descalços (17.432+0.192x), onde x corresponde à velocidade de corrida em metro por minuto (m/min.). Para ambos os protocolos, pode ser fixado um período de execução de 10 e 14 minutos. Porém, foi empregado o tempo fixo de 12 minutos e a conversão da velocidade em quilômetros por hora (Km/h) para posterior comparação com o Teste de Cooper.

    O espaço físico foi delimitado em 100 metros de distância de forma retilínea fracionado a cada 10 metros. Ao final de cada volta, os atletas foram orientados a não realizar desacelerações acentuadas. Ao término do teste, a velocidade máxima percorrida foi mensurada. Os testes TAG e TAA foram empregados em um campo de futebol com medidas oficiais e uma praia do Rio de Janeiro, respectivamente.

Freqüência cardíaca máxima

    A medida de freqüência cardíaca máxima (FC máx.) foi obtida através do cardiofreqüencímetro Polar Eletro®Oy Team System, Finlândia. O transmissor foi colocado junto ao peito dos atletas previamente à realização dos testes aeróbios. A mensuração da FC máx. se deu no exato momento do encerramento de cada teste aeróbio (COELHO et al., 2008; Fontoura; FORMENTIN; ALVES, 2008).

Limitação do estudo

    Os testes aeróbios foram realizados no período da manhã em condições climáticas adequadas, com cerca de até 60% de umidade relativa do ar e temperatura em torno de 21ºC e 23ºC (Fontoura; FORMENTIN; ALVES, 2008). Foi respeitado um intervalo de 72 HORAS entre os testes por ser considerado necessário à reposição dos substratos energéticos que, do contrário, poderia resultar em maior esforço biomecânico subestimando o resultado (Bompa, 2005; Maior; Lima, 2008). Os atletas foram notificados dos seguintes procedimentos pré-teste: não realizar atividades extenuantes 24 horas antes dos testes; não ingerir bebida alcoólica, cafeína e fumar por pelo menos 3 horas antes dos testes; usar roupas leves durante a avaliação e dormir de 6 a 8 horas no dia anterior ao dos testes (ASCM, 2005).

Análise estatística

    O tratamento estatístico foi realizado mediante o programa Statistical Package for the Social Science (SPSS) versão 15.0.

    A análise estatística descritiva foi empregada para a obtenção das medidas de tendência central e dispersão.

    Foi utilizado o teste de Wilcoxon para identificar diferenças relevantes entre as medidas de distância percorrida, velocidade, FC máx. e VO2 máx. (p<0,05) auferidas em pista, grama e areia.

Resultados e discussão

Tabela 1. Valores descritivos de idade, antropometria e composição corporal

    Considerando a amostra de atletas de alto rendimento, o valor médio de composição corporal se encontrou em um nível bom, próximo ao de excelência, sendo 8 a 10% entre homens de 18 e 25 anos (POLLOCK; WILMORE, 1993). Mesmo nível (bom) também foram encontrado por Telles e Prada (2007) em atletas da seleção de futebol de areia do Distrito Federal para a idade (27,5 ± 3,74 anos), com média e desvio padrão de 11,15 ± 2,75 de percentual de gordura.

    Mediante o teste de Wilcoxon, foram constatadas diferenças significativas entre a distância percorrida e velocidade quando auferidas em pista, grama e areia. Os valores alcançados em areia foram significativamente inferiores em relação à pista e grama. Os valores de P da FC máx. e do VO2 máx. não se mostraram estatisticamente significativos entre os três solos (Tabela 2).

Tabela 2. Valores descritivos e comparativos de distância, velocidade, freqüência cardíaca máxima 

e consumo máximo de oxigênio obtidos com testes aeróbios realizados em diferentes solos

    Conforme a tabela 2, o solo arenoso parece amortecer o impacto durante a corrida, dificultando o deslocamento e refletindo em menores valores de distância percorrida e velocidade atingida. Para Lejeune, Willems e Heglund (1998), a caminhada e corrida em areia resultam de 1,6 a 2,5 e em 1,15 mais esforço biomecânico, respectivamente, do que aquela realizada em pista. A instabilidade e menor resistência oferecida pela areia geram uma sobrecarga na articulação do tornozelo causando maior esforço no momento de empurrar, já que se torna necessária a maior movimentação da flexão do quadril e joelho (GIATSIS et al., 2004). Em solos firmes como de concreto e grama, a energia despendida para realização dos movimentos articulares parece ser reutilizada na musculatura extensora dos membros inferiores, aumentando a eficiência do movimento (MURAMATSU et al., 2006).

    Ao contrário desse estudo, Pinnington e Dawson (2001) identificaram que somente um atleta foi capaz de manter a velocidade de 11 Km/h em uma corrida em areia pelo tempo de 12 minutos, tendo a maioria dos atletas alcançado o máximo de 10 Km/h. Lejeune, Willems e Heglund (1998) também relataram que, mesmo com atletas bem treinados, não foi possível ser mantida velocidade de corrida superior a 9,9Km/h em areia pelo mesmo período.

    Ao empregarem o teste de Cooper em atletas de futebol de campo, Pereira, Azevedo e Soares (2007) encontraram uma média de VO2 máx. superior àquela observada nesse estudo (54,7 ± 5,03 VS. 52,5 ± 3,32), sendo ainda superior a encontrada no teste TAA (54,25 ± 3,47). Tal fato pressupõe um maior incremento da capacidade aeróbia em treinamentos realizados em solos arenosos em comparação aos feitos em pista, ainda que diferenças significativas possam não ocorrer em situações de esforço máximo entre atletas bem condicionados fisicamente (CETOLIN et al., 2010).

Conclusão

    Foi possível observar que tipo de solo (pista, grama e areia) interfere nos indicadores associados aos testes aeróbios. As médias de velocidade encontradas para cada teste sugerem valores aeróbios máximos ótimos, ou seja, em situação de estado de equilíbrio podendo ser mantida por longo período em atletas. Portanto, não se recomenda a transferência de indicadores obtidos em pista e grama para areia, uma vez que não pode ser possível a manutenção de um valor fixo de velocidade de corrida nos três testes.

    Não obstante, as médias de VO2 máx., sem relevância estatística, pressupõem semelhanças entre os testes aeróbios, considerando uma velocidade ótima distinta para cada tipo de solo. Esta constatação viabiliza a escolha de um dos protocolos levando em consideração as condições climáticas e disponibilidade do espaço físico (solo) sem que isso resulte em importantes interferências de resultados de capacidade aeróbia e, logo, na prescrição de treinamento dos atletas de futebol de areia dessa amostra, mesmo não sendo realizado apenas teste em solo que mais se aproxima da realidade da prática da modalidade esportiva (areia).

Referências

  • American College of Sports Medicine (ACSM). ACSM´s guidelines for exercise testing and prescription. 7th ed. Baltimore: Lippincott Williams and Wilkins, 2005.

  • Barbosa, M.O.S. Beach soccer: da iniciação à competição. Rio de Janeiro: Sprint, 1998.

  • Bompa, T.O. Treinando atletas de desporto coletivo. São Paulo: Phorte, 2005.

  • Centers for Disease Control and Prevention (CDC). Clinical growth charts. 2000. Disponível em: http://www.cdc.gov/growthcharts. Acesso em: 14 ago. 2009.

  • CETOLIN, T. et al. Diferença entre intensidade do exercício prescrita por meio do teste TCAR no solo arenoso e na grama. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum, v.12, n.1, p.29-35, 2010.

  • Coelho, D.B. et al. Intensidade de sessões de treinamento e jogos oficiais de futebol. Rev Bras Educação Física e Esporte, v. 22, n. 3, p. 211-8, 2008.

  • Cooper, K.H. Means of assessing maximal oxygen intake. JAMA, v.203, p. 201-4, 1968.

  • Dantas, E.H.M. A prática da preparação física. Rio de Janeiro: Shape, 2003.

  • Fazolo, E. et al. A Dermatoglifia e a somatotipologia no alto rendimento do beach soccer – seleção brasileira. Rev Educação Física, v. 130, p. 45-51, 2005.

  • Fontoura, A.S.; FORMENTIN, C.M.; ALVES, E. Guia prático de avaliação física: uma abordagem didática, abrangente e atualizada. São Paulo: Phorte, 2008.

  • Garret JUNIOR, W.E. et al. Ciência do exercício e dos esportes. Porto Alegre: Artmed, 2003.

  • Giatsis, G. et al. Biomechanical differences in elite beach-volleyball players in vertical squat jump on rigid and sand surface. Sports Biomech, v.3, n.1, p.145-58, 2004.

  • Hoff, J. Training and testing physical capacities for elite soccer players. J Sports Sciences, v. 23, p. 573-82, 2005.

  • Leal Junior, E.C. et al. Estudo comparativo do consumo de oxigênio e limiar anaeróbio em um teste de esforço progressivo entre atletas profissionais de futebol e futsal. Rev Bras Med do Esporte, v. 12, n. 6, p. 323-6, 2006.

  • Lejeune, T.M.; Willems, P.A.; Heglund, N.C. Mechanics and energetics of human locomotion on sand. J Experimental Biol, v. 201, p. 2721-80, 1998.

  • Maior, A.S; Lima, L.G.M. Respostas agudas hemodinâmicas relacionadas ao teste de Cooper em militares. Rev SOCERJ, v. 21, n. 2, p. 80-7, 2008.

  • McArdle, W.D.; Katch, F.I.; Katch, V.L. Fisiologia do exercício: energia, nutrição e desempenho humano. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.

  • Monteiro, W.; Farinatti, P.T.V. Fisiologia e avaliação funcional. 3. ed. Rio de Janeiro: Sprint, 1999.

  • Muramatsu, S. et al. Energy expenditure in maximal jumps on sand. J Physiol Anthropol, v.25, n.1, p.59-61, 2006.

  • NIEMAN, D.C. Exercício e saúde. São Paulo: Manole, 1999.

  • Osiecki, R. et al. Parâmetros antropométricos e fisiológicos de atletas profissionais de futebol. Rev Educação Física/ UEM, v. 18, n. 2, p. 177-82, 2007.

  • PEREIRA, R.V; AZEVEDO, R.N.; SOARES, A.J. Beach soccer: métodos e técnicas da iniciação ao alto rendimento. Rio de Janeiro: Colina, 2007. 

  • Pinnington, H.C.; Dawson, B. The energy cost of running on grass compared to soft dry beach sand. J Sci Med in Sport, v. 4, n. 4, p. 416-30, 2001.

  • Pinnington, H.C. et al. The validity and reliability of VE, FEO2 and FECO2 values measured using the Cosmed K4 b2 portable, respiratory gas analysis system. J Sci Med in Sport, v. 4, n. 3, p. 324-35, 2001.

  • Pollock, M.L.; Wilmore, J.H. Exercícios na saúde e na doença: avaliação e prescrição para prevenção e reabilitação. 2. ed. Rio de Janeiro: MEDSI, 1993.

  • Silva, A.R.S. et al. Comparação entre métodos invasivos e não invasivo de determinação da capacidade aeróbia em futebolistas profissionais. Rev Bras Med e Esporte, v. 11, n. 4, p. 233-7, 2005.

  • Stølen, T. et al. Physiology of soccer: an update. Sports Medicine, v. 35, n. 6, p. 501-36, 2005.

  • Telles, M.X; Prada, F.J.A. O somatotipo dos atletas da seleção de beach soccer do Distrito Federal. 2007. 13f. Monografia - Graduação em Educação Física - Universidade Católica de Brasília (UCB). 2007.

Outros artigos em Portugués

  www.efdeportes.com/
Búsqueda personalizada

EFDeportes.com, Revista Digital · Año 16 · N° 158 | Buenos Aires, Julio de 2011  
© 1997-2011 Derechos reservados