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Os benefícios da musculação para 

portador de deficiência visual com diabetes

Los beneficios de la musculación para portador de discapacidad visual con diabetes

 

*Discente do Curso de Graduação em Educação Física

na Universidade Estadual do Centro-Oeste, UNICENTRO, Irati, PR

**Docente do Curso de Graduação em Educação Física na UNICENTRO, Irati, PR

Pós – Graduando em Medicina do Esporte. UNICENTRO, Irati, PR

(Brasil)

James Mac Artur Bitencourt de Sá*

macpittbull@yahoo.com.br

Paulo Roberto Machinski**

teacher_p@ibest.com.br

 

 

 

 

Resumo

          O diabetes mellitus é doença metabólica que predispõe o indivíduo a diversas outras doenças, entre elas a perda da visão. Um estudo sobre tais doenças, bem como a prática da musculação pelos portadores é o tema do presente artigo.

          Unitermos: Diabetes mellitus. Musculação. Deficiência visual.

 

Abstract

          Diabetes mellitus is a metabolic disease that predisposes individuals to other diseases, including loss of vision. A study of these disorders, as well as practicing bodybuilding for patients is the subject of this article.

          Keywords: Diabetes mellitus. Bodybuilding. Visual impairment.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 16 - Nº 158 - Julio de 2011. http://www.efdeportes.com/

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1.     Introdução

    Deficiência visual é um termo empregado para referir-se a perda de visão que não pode ser corrigida com lentes por prescrição regular. Compreende tanto a cegueira total, ou seja, a perda total da visão nos dois olhos, quanto à visão subnormal que uma irreversível e acentuada diminuição da acuidade visual que não se consegue corrigir pelos recursos ópticos comuns (MOURA, 2006).

    A diabetes se refere a um conjunto de diversas doenças diferentes. Os tipos mais comuns de diabetes são o tipo 1, ou imunomediada diabetes melito, e o tipo 2, ou insulinorresistente diabetes melito. Um terceiro tipo, a diabetes melito gestacional, pode ocorrer durante a gravidez (AMERICAN DIABETES ASSOCIACION, 2002).

    A diabete é uma doença causada pela hipersecreção de insulina pelas células beta das ilhotas de langerhans situadas no pâncreas. As células beta se tornam mais suscetíveis aos vírus, o que favorece o desenvolvimento de anticorpos auto-imunes que destroem estas células. Este processo pode ocorrer rapidamente ou ao longo de vários meses ou vários anos. Em outros casos parece haver uma simples tendência hereditária para a degeneração das células beta, ou para defeitos na regulação da secreção e/ou ação da insulina (GUYTON & HALL; 1997); (FRONTERA, DAWSON & SLOVIK; 1999).

    O que caracteriza o diabete é um aumento da glicemia de jejum e pós-prandial, que resulta da diminuição da secreção de insulina absoluta (como no tipo 1), ou relativa (como no tipo 2), da diminuição da ação da insulina ou de ambas (FRONTERA, DAWSON & SLOVIK; 1999). Todas as causas de diabetes levam a hiperglicemia, que constitui a característica básica da doença (SILVEIRA NETO; 2000).

    Fatores ambientais contribuem para a resistência à insulina, e sugere-se que estes fatores devem interagir com uma predisposição genética para que ocorra o diabete (SILVEIRA NETO; 2000). Os mais importantes são a obesidade (particularmente a deposição de gordura intra-abdominal), inatividade física e idade avançada. A inatividade é considerada o principal fator a explicar o excesso de peso encontrado na sociedade moderna. Inúmeros estudos têm demonstrado estreita relação entre consumo calórico, obesidade e inatividade, tanto em crianças quanto em adultos. A obesidade diminui o número de receptores insulínicos nas células-alvo da insulina em todo o corpo, fazendo com que a quantidade de insulina disponível seja menos eficaz na promoção de seus efeitos metabólicos, e a presença de concentrações elevadas de glicose e/ou ácidos graxos livres podem comprometer adicionalmente a função das células beta (GUYTON & HALL; 1997); (FRONTERA, DAWSON & SLOVIK; 1999); (SILVEIRA NETO; 2000). A hiperfagia por si só, é responsável por alguns níveis de resistência à insulina, como se pode comprovar pelo declínio nos níveis de glicose plasmática ocorrido nos pacientes diabéticos do tipo 2 que se submetem a uma dieta de restrição calórica (SILVEIRA NETO; 2000).

    No diabete melito, a maioria das características patológicas pode ser atribuída a um dos três efeitos principais da falta de insulina, a saber: (1) menor utilização de glicose pelas células corporais com o conseqüente aumento da concentração sanguínea de glicose; (2) depleção de proteínas nos tecidos corporais; e (3) aumento acentuado da mobilização de gordura das áreas de armazenamento da gordura, produzindo metabolismo lipídico anormal e também o depósito de lipídios nas paredes vasculares (GUYTON & HALL; 1997).

    Na ausência de insulina ocorre a hidrólise dos triglicérides armazenados, liberando para o sangue circulante grande quantidade de ácidos graxos e glicerol, conseqüentemente a concentração plasmática de ácidos graxos livres começa a se elevar em alguns minutos (hiperlipidemia). O excesso de ácidos graxos no plasma promove a conversão pelo fígado de alguns ácidos graxos em fosfolipídio e colesterol, que leva ao rápido desenvolvimento de aterosclerose, arteriosclerose, cardiopatia coronária e lesões microcirculatórias, causando freqüentemente ataques cardíacos, acidentes vasculares cerebrais e outros acidentes vasculares em pessoas com diabetes (GUYTON & HALL; 1997; SILVEIRA NETO; 2000).

    A Educação Física, exerce papel fundamental, propiciando ao aluno a inclusão deficiente visual devido à possibilidade de trabalho de seus conteúdos de diferentes formas.

2.     Metodologia

    Como método de estudo, para a realização do artigo, utilizou-se a pesquisa qualitativa que supõe a pesquisa bibliográfica e a análise de informações e dados coletados no ambiente pesquisado para traçar os benefícios da musculação para portador de Deficiência Visual com Diabetes.

    Para tanto, Lüdke e André (1986) mencionam que a investigação cientifica realizada por intermédio da pesquisa qualitativa tem no ambiente natural sua maior concentração de dados e com características descritivas, sendo necessário um trabalho de coleta de informações por meio de instrumentos específicos, visto que o fenômeno analisado é influenciado pelo contexto em que está inserido.

    Para Bogdan e Biklen apud (LUDKE & ANDRÉ, 1986) a pesquisa qualitativa envolve a obtenção de dados direto do pesquisador com a situação estudada, enfatizando mais o processo do que o produto e se preocupa em retratar a perspectiva dos participantes. Observando o que descrevem os autores, a pesquisa em questão fez uso de leituras bibliográficas a respeito do tema, assim como observações e coletas de dados.

    Os procedimentos metodológicos que foram utilizados nessa abordagem qualitativa de acordo com Lüdke e André (1986 p.21) acontecem em três fases: "(...) uma primeira aberta ou exploratória, a segunda mais sistemática em termos de coleta e a terceira consistindo na análise e interpretação sistemática dos dados e na elaboração do relatório.”.

    Para que a pesquisa fosse efetivada, a mesma contou com a participação de 1 (um) indivíduo do sexo masculino portador de Deficiência Visual e Diabetes. As informações obtidas foram utilizadas sem revelar a fonte, preservando a identidade do sujeito pesquisado e da instituição na qual a pesquisa efetivou-se.

    Sendo assim resolvi estudar a mais sobre esse assunto, pois atualmente trabalho em uma academia de musculação, onde tenho um aluno do sexo masculino, com idade de 58 anos portador de deficiência visual (cego total), a mais de 5 anos, que é praticante de musculação desde que adquiriu sua deficiência. Esse aluno freqüenta a academia 3 vezes por semana, sendo que sempre a cada 6 meses ele faz a sua avaliação corporal.

    Para que fosse feito este trabalho, o aluno e sua família autorizaram a realização deste estudo e por ética prefiro não divulgar o seu nome neste trabalho.

3.     Fundamentação teórica

    Os pacientes portadores de diabetes representam um grupo susceptível a inúmeras complicações tanto crônicas quanto agudas, acarretando também na maioria dos casos problemas de repercussão psicossocial. A evolução do diabetes rumo às complicações crônicas está inteiramente relacionada com o mau controle da doença e, portanto, com a manutenção de níveis persistentemente elevados de glicemia; sendo assim, o controle rigoroso dos níveis de glicose no sangue é a principal estratégia para a prevenção das complicações do diabetes (SILVEIRA NETO; 2000).

    A principal morbidade da diabete está relacionada com as complicações em longo prazo da hiperglicemia crônica. Estas possíveis complicações podem ser divididas em complicações microvasculares como retinopatia (perda potencial da visão), falência renal (nefropatia), dano aos nervos periféricos (neuropatia), e danos ao sistema nervoso autonômico (neuropatia autonômica), e complicações macrovasculares como doenças cardiovasculares ateroscleróticas, vascular periférica e cerebrovascular, além de constantemente estarem associadas a outros fatores de risco ateroescleróticos mesmo em indivíduos não diabéticos como hipertensão arterial, hiperlipdemia, obesidade e resistência à insulina (FRONTERA, DAWSON & SLOVIK; 1999).

    Pessoas com diabete tipo 2 desenvolvem as mesmas complicações em longo prazo daquelas com diabete tipo 1 (incluindo retinopatia, nefropatia, neuropatia e doença macrovascular), e precisam ser triadas para esses problemas antes de iniciar um programa de exercícios (FRONTERA, DAWSON & SLOVIK; 1999).

    Segundo SILVEIRA NETO, os principais fatores de risco para o desenvolvimento de complicações macrovasculares e microvasculares são a hipertensão, a hiperlipidemia, a hiperglicemia, o sedentarismo e o tabagismo. Em todos estes fatores o professor de educação física pode interagir direta e/ou indiretamente através da mudança de comportamento de seu aluno, usando para isso a atividade física.

Benefícios da atividade física

    Desde 1922 vários autores verificaram a interação da insulina com a atividade física e os benefícios no tratamento do diabete. A partir de então a tríade dieta, medicamentos (quando necessário), e exercício, fundamentados em um processo educacional, formam o princípio do tratamento desta doença (SILVEIRA NETO; 2000).

    Exercícios são a parte mais divertida da terapia do diabete. Pense no quando "divertido" é espetar a si mesmo com uma agulha ou uma lanceta, tomar pílulas, ou ter que mudar sua dieta, provavelmente suprimindo algumas das suas comidas favoritas. Compare isto com um igualmente importante para sua saúde jogo de tênis, ou uma noite dançante, um passeio de bicicleta, uma caminhada, ou uma refrescante natação. Absolutamente sem discussão (GRAHAM; 1995). Toda e qualquer atividade física pode ser de grande valia para o diabético, sendo necessário sempre se levar em consideração o atual quadro de saúde em que o aluno se encontra.

    A maioria dos efeitos diretos da atividade física ocorre porque o exercício normaliza a glicose sanguínea, diminuindo a resistência de insulina e melhorando a sensibilidade a ela. Vários estudos têm demonstrado que o treinamento de exercício pode aumentar a ação da insulina ou diminuir a resistência à insulina, especialmente entre pessoas com alto risco para diabete ou com hiperinsulinemia.

    Outros estudos mostram que indivíduos fisicamente ativos têm menos probabilidade de desenvolver diabete do que indivíduos fisicamente inativos. O efeito da atividade física parece ser devido à adaptação metabólica do músculo esquelético (aumento da densidade capilar; maior capacidade oxitativa), ou a outras adaptações ao treinamento como um conteúdo aumentado de transportadores de glicose GLUT4 (FRONTERA, DAWSON & SLOVIK; 1999). Como conseqüência, a captação de glicose pelo músculo é incrementada, independentemente de alterações na concentração de insulina circulante (SILVEIRA NETO; 2000).

    Em adição à redução aguda da glicemia e ao aumento da sensibilidade à insulina, o exercício regular melhora vários dos fatores de risco reconhecidos de doenças cardiovasculares, como melhora do perfil lipídico (diminuição do LDL, aumento do HDL e diminuição do triglicérides) e da hipertensão, e indivíduos diabéticos têm um maior risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares (FRONTERA, DAWSON & SLOVIK; 1999); (CANCELLIÉRI 1999). A hipertensão está associada com um aumento da incidência e taxa de progressão de retinopatia diabética e neuropatia e, portanto, deve ser tratada de forma mais agressiva. É genericamente aconselhável que os pacientes que apresentem doenças microvasculares dos olhos e rins, já estabelecidas, não participem de exercícios que resultem em um aumento da pressão sistólica acima de 180 a 200 mmhg (SILVEIRA NETO; 2000).

    A prática regular de exercícios físicos pode acarretar uma diminuição da dosagem de insulina, e sua importância é fundamental nas terapias onde se objetiva uma menor dosagem de insulina a ser administrada pelo paciente insulino-dependente (SILVEIRA NETO; 2000).

    Os benefícios cardiovasculares e metabólicos do exercício são sustentados somente como resultado da soma dos efeitos das sessões de treinamento ou como resultado de mudanças, em longo prazo, na composição corporal (SILVEIRA NETO; 2000), e outro grande benefício da atividade física regular é seu efeito sobre a composição corporal, através do aumento do gasto de energia auxiliando a redução de peso, o aumento da perda de gordura e a preservação da massa magra. Aproximadamente 60% das pessoas com diabetes do tipo 2 são obesas no momento do diagnóstico. Provavelmente a distribuição central de gordura parece ser fator de risco primário adicional para o desenvolvimento do diabete tipo 2, uma vez que a adiposidade na área abdominal ao contrário da periférica eleva a probabilidade de que indivíduos desenvolvam resistência à insulina. A atividade física parece prevenir o diabete tipo 2 não apenas diminuindo a adiposidade, mas também afetando a resistência à insulina e a tolerância à glicose (FRONTERA, DAWSON & SLOVIK; 1999).

    SILVEIRA NETO relata em sua obra sobre o constante estresse psicológico pelo qual os recém descobertos diabéticos passam, e cita até mesmo como experiência pessoal (o autor é diabético tipo 1 desde os quatorze anos) o quanto à atividade física pode ser benéfica para o controle desde tipo de estresse; estresse este que pode ter conseqüências bastante negativas para o controle glicêmico. Parece que o estresse psicossocial exerce um efeito direto psicossomático nos mecanismos reguladores neuroendócrinos, que por sua vez, influenciam o controle metabólico. A prática de atividades física promove benefícios fisiológicos e psicológicos, sendo o aspecto de lazer e entretenimento proporcionado pela prática de atividades físicas e esportivas, altamente desejável.

    Segundo o mesmo autor, os parâmetros psicológicos passíveis de mudança com o exercício físico podem ser assim visualizados:

Dimensões

Mudanças

Depressão

Diminui

Bem-estar

Aumenta

Atitude positiva em relação ao trabalho

Aumenta

Autoconfiança

Aumenta

Autoestima

Aumenta

    Todos sabem que a prática de atividades físicas é de grande eficácia para a promoção da saúde e bem-estar, não diferente para pessoas portadoras de deficiências ou mobilidade reduzida.

    Quanto mais exercícios físicos fizerem mais o corpo corresponde e o retorno será uma vida saudável, independente e prazerosa. Mesmo aqueles que precisem de auxílio para realizar exercícios, devem ter sempre em mente que ele é o responsável pelos cuidados com seu corpo.

    Quanto mais exercícios físicos fizerem mais o corpo corresponde e o retorno será uma vida saudável, independente e prazerosa. Mesmo aqueles que precisem de auxílio para realizar exercícios, devem ter sempre em mente que ele é o responsável pelos cuidados com seu corpo.

    A prática de atividades físicas pelos portadores de deficiência proporcionará e poderá:

  • estimular a independência e autonomia;

  • melhorar a socialização com outros grupos;

  • melhorar a auto-valorização, a auto-estima e a auto-imagem;

  • a melhoria das funções organo-funcionais (aparelho circulatório, respiratório, digestivo, reprodutor e excretor);

  • melhoria na força e resistência muscular global;

  • melhora no equilíbrio estático e dinâmico;

  • manutenção e promoção da saúde;

  • desenvolvimento de habilidades motoras e funcionais para melhor realização das atividades de vida diária;

  • aprimoramento da coordenação motora global;

  • superação de situações de frustração;

  • experiência com suas possibilidades, potencialidades e limitações.

    A prática de exercícios físicos proporciona inúmeros benefícios para qualquer ser humano. Particularmente na diabete, os exercícios possuem qualidades marcantes tanto na prevenção quanto no tratamento (CANCELLIÉRI, 1999). Pacientes com diabetes freqüentemente têm múltiplos fatores de risco para doenças cardiovasculares, e um estilo de vida saudável, incluindo uma maior atividade física, é essencial para prevenir e tratar à diabete (FRONTERA, DAWSON & SLOVIK; 1999). É importante ressaltar que existem várias formas de se prescrever a atividade física ideal para o diabético sendo necessário, entretanto, que se conheçam os benefícios e os possíveis riscos relacionados a esta população.

4.     Analise e discussão dos dados

    Verificou-se por meio das observações e intervenções realizadas que a atividade física para o sujeito pesquisado proporciona seu melhor bem estar, e ajuda o mesmo a controlar seu nível de diabetes deixando ela sempre estável. Também ajuda nos movimentos do seu corpo, mais especificamente nas pernas, pois o mesmo relatou que em sua casa ele movimenta-se muito pouco, e caminha quase nada.

    Chegando na academia o aluno com a ajuda do professor vai até a esteira fazer seu aquecimento com uma caminhada de 30 minutos na velocidade 5.0 sendo esse o primeiro exercício dele, essa caminhada recomenda pelo seu médico particular.

    Após sua caminhada ele realiza seus alongamentos da melhor maneira possível. Depois vem para a sua série de exercícios nos aparelhos, acompanhado pelo professor que usa da comunicação verbal com ele através de passos e da lateralidade.

    Por ele estar a 5 anos já realizando essa atividade física recomendada pelo seu médico, o mesmo já sabe onde está os aparelhos onde ele realiza seus exercícios apenas necessitando do auxílio do profissional de educação física para que os aparelhos estejam arrumados.

    A sua série de exercícios de musculação segue conforme tabela abaixo:

Exercícios da musculação

Exercícios

Séries

Repetições

Carga (Kg)

Adutora

03

25

25 KG

B. Scott barra “W”

03

25

06 KG

Bíceps Scott

03

25

06 KG

Desenvolvimento pegada por trás

03

25

06 KG

Rosca direta

03

25

06 KG

Extensora

03

20

05 KG

Desenvolvimento sentado

03

25

30 KG

Voador costas

03

25

15 KG

    Após fazer seus exercícios ele retorna a sala de alongamentos e realiza todos os seus alongamentos novamente. Seu tempo de exercícios na academia é de aproximadamente 1h e 30 min., entre alongamentos aquecimentos a esteira e a realização dos exercícios.

    Também é realizada avaliação corporal com o aluno, onde é comparado seu peso corporal, a sua estatura e a relação cintura quadril do mesmo, sendo esses testes realizados a cada 06 meses.

    Os resultados seguem na tabela abaixo:

Tabela I. Composição corporal

Peso Corporal

Estatura

84.500

166.2

98.500

166.2

100.200

166.2

99.600

165.3

OBS: Os pesos comparados na tabela acima são de quando ele iniciou a musculação, sendo que o primeiro 

peso ele tinha acabado de adquirir sua deficiência visual, e os três últimos são das suas ultimas avaliações.

 

Tabela II. Relação cintura/quadril

Resultados R.C/Q

1,05

1,04

1,05

1,05

Homens: < 0,90 Mulheres: < 0,80

    E por fim também é realizado o seu controle de glicemia para que se possa avaliar sua saúde de uma forma melhor, exames esses realizados pelo seu médico particular. Os dados seguem na tabela abaixo:

Controle Glicêmico

Data

Pressão Arterial

Glicose

Medicamento

24/04

150/80

270

Insulina + NPH Frasco

07/09

140/80

280

2 NPH

05/12

170/90

278

2 NPH + Seringa+ 60 Litros

25/01

140/80

280

2 NPH + Seringa

04/03

150/80

278

2 NPH + Seringa

Conclusão

    Com isso, neste caso especifico deste aluno portador desta necessidade com essa doença, para ele a musculação é uma atividade importante e essencial para a sua saúde, seu bem estar e qualidade de vida, permitindo uma melhora na auto-estima e motivação. O treinamento para este aluno serve também para estabilizar o seu controle de glicemia, sua pressão arterial, permitindo assim a ele uma melhor qualidade de vida com a sua deficiência visual.

    Porém, para se obter um melhor resultado e uma perda de peso para este aluno, indica-se um novo tipo de treinamento de musculação, com uma nova avaliação corporal, sendo feita a cada 3 meses e também uma mudança nos seus exercícios do seu treinamento adaptadas a sua deficiência visual.

Referência

  • CANCELLIÉRI, Cláudio. Diabetes & atividade física. 1999.

  • FRONTERA, Walter R., DAWSON David M. & SLOVIK. Exercício físico e reabilitação 157:158; 202:214, 1999.

  • GRAHAM, Cláudia. The diabetes sports and exercise book. 1995.

  • Guia completo sobre diabetes da American Diabetes Association. 2002.

  • GUYTON, Artur c. & HALL, John E. Fisiologia humana e mecanismo das doenças. 557:564. 1997.

  • SILVEIRA NETO, Eduardo. Atividade física para diabéticos. 2000.

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