Relação das lesões sofridas por jogadores de futebol com o excesso de treinamento e competições Relación entre las lesiones sufridas por jugadores de fútbol con el exceso de entrenamiento y competencias |
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Licenciado e Bacharel em Educação Física (FAGOC) Acadêmico do Curso de Especialização em Futebol (UFV) (Brasil) |
Filipe de Oliveira Fernandes |
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Resumo Toda a mudança ocorrida no futebol atualmente, fez com que esta modalidade deixasse a técnica em segundo plano e privilegiando os componentes físicos. O excesso de treinos e jogos passou a exigir muito do físico do atleta, que passou a ter que ser forte, ágil e veloz, aumentando a probabilidade da ocorrência de lesões. As lesões musculares passaram a ser freqüentes no futebol, em especial as lesões nos membros inferiores. O objetivo deste estudo é fazer um levantamento sobre a correlação entre as lesões em atletas de futebol, os treinamentos e as competições. Unitermos: Futebol. Lesões. Treinamento e competições.
Abstract All the change in football today, has made this kind to leave the technical background and focusing on physical components. Too much practice and games started to require a lot of physical athlete, who now has to be strong, agile and fast, increasing the likelihood of injury. Muscle injuries have become common in football, especially the lower limb injuries. The aim of this study is to survey the correlation between injuries in soccer, training and competitions. Keywords: Soccer. Injuries. Training and competitions.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 16 - Nº 158 - Julio de 2011. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
Devido à complexidade do futebol, que exige muito fisicamente, os jogadores sofrem com uma série de ameaças ao físico, que se agravam pelos inúmeros fatores que podem influenciar como o contato físico, gramados, dentre outros.
Segundo Villardi apud Barros e Guerra (2004), o número de lesões em consequência da prática do futebol vem se tornando significativamente maiores, seja em indivíduos que praticam de forma recreacional quanto em atletas profissionais.
Nas últimas décadas o tratamento das lesões passou a ser mais eficiente, reduzindo o tempo de recuperação dos atletas lesionados. Por serem freqüentes, as lesões preocupam não só os atletas, mas também técnicos e dirigentes, pois os prejuízos não são somente de ordem física e psíquica, como de ordem financeira, atingindo também o clube. Ouriques (1999) explica que as lesões podem acontecer na fase de treinamento ou na fase de competição; ocorrendo com menos intensidade e gravidade na fase de treinamento, pois na fase de competição o atleta sempre busca vencer adversários.
A lesão sempre está associada ao tipo de esporte que se pratica, sendo que os desportos de contato são aqueles que apresentam maior risco, segundo Almeida (1991). Um fator relevante é a transformação que o futebol sofreu, deixando de ter estilo clássico e passando para o futebol força, onde atacantes sofrem mais marcações, muitas vezes violentas.
Atingir um ponto equilibrado entre preparação física e as exigências do atleta não é tarefa fácil. Apesar dos avanços da medicina desportiva, que permitiu se conhecer melhor a fisiologia do esforço tem-se o excesso de competições e treinamentos, que deixam os atletas, muitas vezes, no limite de ocorrências das lesões (COHEN, et al, 1997).
Não se pode deixar de mencionar que as lesões podem ocorrer fora do ambiente de treinamento e competições, mas neste estudo o problema que será levantado é sobre a correlação existente entre as lesões, os treinamentos e o excesso de competições em atletas de futebol.
Objetivo
Fazer um levantamento sobre a correlação entre as lesões em atletas de futebol, os treinamentos e as competições.
Métodos
Natureza da pesquisa
A natureza da pesquisa é qualitativa, isto é, remete à interpretação dos fatos e não emprega procedimentos estatísticos como centro do processo de análise do problema. Esse método, segundo Oliveira (2002) não enumera ou mede unidades ou categorias homogêneas, mas permite descrever a complexidade de uma determinada hipótese.
Lakatos et al. (2003) explicam que esse tipo de pesquisa não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas. O ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados e o pesquisador é o instrumento-chave. Oliveira (2002) ensina que, na pesquisa qualitativa, é preciso muita leitura sobre o tema, descrevendo e relatando o que autores diversos escrevem sobre o assunto.
Classificação da pesquisa
Quanto aos fins, a pesquisa é descritiva, utilizando as características de um grupo específico, jogadores de futebol, para descobrir possíveis associações entre variáveis que possam dar causa às lesões. Na opinião de Silva e Menezes apud Guerra (2009, p. 57), a pesquisa descritiva tem como intuito observar, identificar as características de determinada população ou fenômeno, analisar e correlacionar fatos sem manipulá-los.
Quanto aos meios, a pesquisa é bibliográfica. Segundo Marconi (2002) a pesquisa bibliográfica caracteriza-se como uma pesquisa de fontes secundárias, e afirma que ela abrange toda bibliografia já tornada pública em relação ao assunto pretendido. Segundo Gil (2002), uma pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído, principalmente, por livros e artigos científicos.
Procedimento
O procedimento técnico da pesquisa é o levantamento de dados, ou seja, uma pesquisa bibliográfica, com base em material específico: livros, artigos científicos, internet, dissertações e teses.
O futebol força
O futebol jogado na atualidade mudou de estilo. Passou a exigir mais vigor físico, aumento de massa muscular e mais velocidade, o que tem gerado inúmeras lesões de diferentes níveis. As mudanças ocorridas, ou seja, essa necessidade de força passou a requerer treinamento intensivo, provocando esforços maiores das articulações, aumentando a tendência de lesão.
Segundo Abdala apud Campos (2009), o futebol arte do passado tornou-se o futebol vigor. Antigamente os atletas podiam realizar jogadas mais pensadas. Agora, os clubes só se preocupam em deixar o jogador mais forte, o que causa mais lesões ano a ano.
Apesar de tantas mudanças no estilo do futebol, o número de desportistas aumentou e trouxe também um aumento no número de lesões, como traumas, dores, entorses e lesões por causa de carga excessiva de treinamento ou competições (overtraining). Esse crescimento ocasionou o aumento de pesquisas sobre o tema das lesões, com o objetivo de identificar as causas e apontar possíveis métodos de prevenção.
Métodos preventivos objetivam resguardar a saúde do atleta, a melhora de seu desempenho e evitar que o mesmo se afaste de suas atividades desportivas por causa das lesões. Além desse fato, o que se busca também é evitar prejuízos, pois como informa Burigo (2010), o futebol é um mercado extremamente rentável e que recebe altos investimentos, com gastos em torno de 20 milhões de dólares com atletas ausentes devido a algum tipo de lesão.
Sabe-se que em esportes de contato o risco de lesões é bem maior. No futebol, por suas próprias características, as lesões representam cerca de 50 a 60% das lesões desportivas, por isso é tão importante prevenir as lesões nessa prática esportiva, apesar de ser difícil, mas não impossível se empregado um bom programa personalizado de treinamento.
Segundo Burigo (2010), os exercícios de fortalecimento específicos, de equilíbrio e um bom planejamento do período de treinamento, são essenciais para um bom trabalho de prevenção. As condições do material usado e a qualidade do campo também fazem parte desse processo.
Lesões no futebol
Gonçalves (2000) esclarece que a freqüência e a gravidade das lesões, em especial no futebol, se transformaram numa preocupação central dos intervenientes desportivos. Este número elevado de lesões é conseqüência da popularização do esporte, do esforço do atleta e de alguns tipos de ações, como o remate. O autor ainda destaca que o permanente contato físico é o principal fator da ocorrência de lesão no futebol.
Na definição de Andreoli et al. (2003) lesão é um dano causado por traumatismo físico sofrido pelos tecidos do corpo. Gantus e Assumpção (2002) explicam que praticar esporte aumenta o risco de lesões e que os atletas podem se lesionar tanto na fase de treinamento, quanto em competição.
Lorete (2007) define lesão como sendo uma alteração ou deformidade tecidual que difere do estado normal do tecido, podendo atingir vários níveis de tecidos e os mais variados tipos de células. O autor explica que elas ocorrem, dentre outras razões, por excesso de uso de um determinado gesto motor, ou até por gestual motor realizado de forma incorreta.
A definição de lesão no futebol, para Soares (2007), é ocorrência de todo tipo, traumática ou de sobre uso, que incapacita o jogador, obrigando-o a interromper sua atividade por determinado espaço de tempo.
Schenck (2003, p. 128) explica que, “em se tratando de atletas, as lesões esportivas podem ser descritas como uma síndrome dolorosa que atue impedindo-os de desempenhar suas atividades esportivas, ou ainda, prejudicando sua performance”.
As lesões esportivas podem ser classificadas quanto a prática esportiva e quanto a fase de ocorrência. Na primeira fase elas podem ser típicas (freqüentes na prática esportiva) e atípicas (acidentais); já na fase de ocorrência, podem ocorrer no treinamento ou na competição, segundo Lopes et al. (1993).
Gonçalves (2000) afirma que o contato físico permanente entre jogadores de futebol, é considerado fator para elevada ocorrência de lesões. Corroborando com essa afirmação, Silva et al. (2005) destaca que o futebol apresenta números elevados de lesão por se tratar de uma modalidade de grande contato físico, além de movimentos curtos, rápidos e não contínuos.
No futebol, as lesões ocorrem com predominância nas articulações e nos tecidos moles (músculos e tendão) e na maioria das vezes nos membros inferiores. Estudos já comprovaram que o tipo de lesões mais observadas no futebol são contusões, entorses articulares, luxações e outras (GONÇALVES, 2000). Albert (1993) apud Gonçalves (2000), em estudo sobre a ocorrência das lesões, constatou que entorses e roturas musculares eram as lesões de maior gravidade e que obrigavam o atleta a se afastar por mais de uma semana.
Segundo Quintana (2010), estudo realizado na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em oito times profissionais, identificou que lesões por choque entre jogadores, conhecidas como contusões, representam 24,1% contra 39,2 de lesões musculares, 17,9 de torções e 13,4 de tendinites. No estudo também foi possível constatar que a grande maioria das lesões ocorreu em membros inferiores (72,2%), distribuindo-se da seguinte forma: 34,5% na coxa; 17,6% no tornozelo e 11,8% no joelho. Corroborando com esta informação, Gonçalves (2000) verificou que a coxa é a região anatômica mais afetada, e que o contato direto entre os jogadores e com a bola, mais as características dos jogos parecem ser o que torna os membros inferiores mais vulneráveis.
Pedrinelli apud Cohen et al. (1997) afirma que as lesões nos jogadores de meio campo e ataque acontecem mais, predominando as de membros inferiores. Estes atletas, segundo Gould apud Leite e Neto (2003), se lesionam tanto porque são mais exigidos fisicamente que atletas de outros setores, além disso, fazem movimentos rotacionais excessivamente e correm distâncias maiores na velocidade submáxima, se expondo mais ao risco de lesões. Na figura 1 é possível verificar a localização das lesões mais freqüentes durante a prática de futebol e quem mais se machuca.
Figura 1
Fonte: TATSCH, 2006. Disponível em: http://www.jornalpequeno.com.br/2006/8/21/Pagina40688.htm.
As lesões mais freqüentes no futebol, segundo o Manual Merck (2008) são as distensões dos tornozelos, distensões dos músculos da perna, fraturas, lesões do joelho e cabeça. Rodrigues (1994) ensina que as distensões musculares são pré-dispostas por uma distonia muscular aguda, por um súbito aumento, inesperado e brutal da tensão do músculo ou parte dele, com esforço maior que sua capacidade de resistir. Segundo Passos (2007), quanto à localização, a lesão ocorre em diversas partes do corpo, como tornozelo, coxa, pé, joelho, região inguinal, entre outras. Mas, também na cabeça, tronco e membros superiores (GONÇALVES, 2000).
Quintana (2010) explica que o músculo da coxa compõe-se de várias fibras que, quando ocorre o movimento, escorregam umas sobre as outras. Se este movimento não for harmônico ocorre um estiramento. Segundo Dutra e Teixeira (2010) os fatores que podem levar ao estiramento são, dentre outros, deficiências de flexibilidade, fatores relacionados ao treinamento e sobrecarga e fadiga muscular. A figura 2 exemplifica uma das lesões mais freqüentes na prática esportiva.
Figura 2
Fonte: Disponível em: http://www.luzimarteixeira.com.br/2010/10/estiramento-muscular-durante-a-pratica-de-atividade-fisica/
Os tornozelos sofrem muito com a movimentação rápida do futebol moderno, ficando mais vulneráveis às pancadas e aos buracos do campo. As lesões que mais acometem os tornozelos dos atletas são entorses nos ligamentos, provocadas por uma excessiva distensão dos ligamentos e das restantes estruturas que garantem a estabilidade da articulação, conforme figura 3.
Figura 3
Fonte: Disponível em: http://www.diaadia.pr.gov.br/temasatuais/modules/conteudo/conteudo.php
Nos joelhos, os responsáveis pelas lesões são os movimentos de rotação. As lesões mais freqüentes são rompimentos total ou parcial, do menisco, do ligamento cruzado anterior e do ligamento colateral-tibial, conforme demonstra a figura 4. No futebol, o joelho é repetidamente lesionado, pela própria condição de articulação altamente solicitada e exposta a traumas.
Figura 4
Fonte: Disponível em: http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://1.bp.blogspot.com
Soares (2007) ensina que as lesões de contato, apesar de serem mais comuns no futebol, deixam o atleta na inatividade por um período menor, enquanto as lesões de sobreuso afastam o atleta por mais tempo. Estudos realizados por Ekstrand (2004) apud Passos (2007) na Euro 2004 comprovaram que 51% das lesões ocorreram por contato entre os jogadores, contra 41% na ausência de contato físico. Segundo o autor, a grande proporção de lesões sem contato físico, pode indicar que os atletas não estejam agüentando as exigências do jogo, ou que não se recuperaram de competições anteriores ou de outras lesões.
Treinamentos e competições
Conforme Santos et al. (2001) explica, não importando o tipo de lesão desportiva, elas resultam de uma complexa interação de fatores de risco. Em algumas modalidades esportivas as lesões podem originar-se de fatores de risco extrínsecos, outros por fatores intrínsecos, ou mesmo pela combinação de ambos.
O aumento do número de horas de treinamentos e competições no futebol tem sido considerado causadores de lesões (MANUAL MERCK, 2008). Segundo Silva apud Leire (2003), o treinamento dos jogadores de futebol, nos últimos anos, tem sofrido modificação substancial se comparado ao que era há décadas. O risco de se lesionar aumentou com o nível competitivo. O número de competições e as horas dedicadas aos treinamentos aumentaram devido à modificação dos conceitos para a prática do futebol.
Matsudo apud Brunoro e Afif (1997) considera que o ser humano às vezes é tratado como máquina. No futebol, em especial no brasileiro, o calendário sobrecarregado dos jogos obriga o atleta a disputar várias partidas por ano, o que gera também excesso de treinamento. Os primeiros sinais que aparecem por causa desse excesso são as lesões (COHEN, 2002).
Para Camargo e Beting (2008), esse número excessivo de jogos exigidos pelo calendário faz com que os atletas tenham menos tempo para trabalhar sua recuperação, o que dificulta a manutenção de sua condição física. Segundo Palacio et al. (2007) o excesso de treinos e jogos requer muito da capacidade física dos jogadores. Sobre o tema, Kunze (1987) esclarece que o futebol obriga seus competidores a se expor ao limite máximo de exaustão e, por conseqüência, provoca lesões. Outro ponto que se destaca é o fato da grande competitividade durante os treinos técnico-táticos, o que favorece a incidência de lesões.
De acordo com o entendimento de Leite e Cavalcanti Neto (2003), o futebol exige muitas qualidades físicas e motoras e isso não dependente da posição que o atleta ocupa no campo. Força explosiva da musculatura de membros inferiores, velocidade, agilidade e flexibilidade são só algumas das exigências para os atletas (GOMES e SILVA, 2002).
Em estudos feitos por Reilly (2003), constatou-se que o aumento na duração e intensidade nos treinos, excesso de treinos ou aquecimento muscular inadequado constituem erros que podem ocasionar lesões nos atletas de futebol. Por vezes as lesões provocam diminuição no rendimento do atleta e até mesmo sua saída precoce da prática esportiva.
Weineck (2000) explica que os jogadores de futebol passam por três fases durante uma temporada. A primeira delas, no início da temporada, faz com que o atleta tenha uma sobrecarga aeróbica em seu treinamento. Na segunda fase, ou seja, no período competitivo, os treinamentos táticos são prioridade e as sobrecargas aeróbicas são deixadas em segundo plano. Isto, somado ao excesso de jogos, ocasiona maior índice de lesões no atleta. No final da temporada, terceira fase, o principal responsável pelas lesões, segundo Barros e Guerra (2004), é o desgaste fisiológico do atleta após tantos treinos e jogos.
Estudos apontam que jogadores pertencentes a equipes que treinam e jogam muito são mais suscetíveis a lesões (GONÇALVES, 2000). Soares (2007) explica que no futebol atual existe um fenômeno chamado de sobre treino, que se caracteriza por grande quantidade de jogos sem um período adequado para a recuperação do atleta. O autor revela que o atleta submetido a treino intenso ou jogo tem seu aparelho locomotor sujeitado a estresse mecânico e metabólico e, para que o atleta se recupere desta agressão é necessário de um a três dias; por isto o excesso de treino e jogos é extremamente prejudicial para os atletas.
Segundo o Manual Merck (2008) a grande maioria das lesões musculares acontece por causa de treino incorreto. O atleta, muitas vezes, não permite uma recuperação adequada ao fim de um período de treino. Com treinos intensos forçam-se os músculos e lesionam-se algumas fibras musculares e outras consomem a energia disponível que foi armazenada sob a forma de glicogênio. Quando isto acontece é preciso mais de dois dias para que estas fibras sarem e substituam o glicogênio. Assim, para prevenir lesões é preciso intervalos de pelo menos dois dias entre treinos (MANUAL MERCK, 2008).
Mendes (2009) explica que o excesso de treinamento, entre outros sintomas, apresenta taxações de fadiga, alterações agudas e crônicas nas respostas dos processos inflamatórios. Isso quer dizer que este excesso ocasiona vários fatores que predispõe um atleta a lesões. O autor esclarece que as lesões musculares ocorrem mais no estado de supertreinamento, por causar um estresse na região por uso excessivo e, ainda por períodos de recuperação que não são suficientes.
Conclusão
O futebol é um esporte praticado por atletas de todas as faixas etárias e de diferentes níveis. Sua característica marcante é ser uma modalidade de grande contato físico, além de movimentos curtos, rápidos e não contínuos; motivos que fazem com que o esporte apresente grande número de lesões. Outro fator de destaque é que o futebol sofreu inúmeras mudanças, principalmente quanto às exigências físicas dos atletas, deixando de ser futebol arte, passando a ser futebol força.
Os atletas estão, cada vez mais, treinando muito perto de seus limites de exaustão, ficando mais predispostos às lesões. O excesso de treinamento e a grande quantidade de jogos têm, comprovadamente, influenciado no acontecimento das lesões nos jogadores de futebol.
O estudo constatou que as lesões dos membros inferiores são as mais freqüentes, sendo que coxa, joelhos e tornozelos são os mais afetados em atletas de futebol. As lesões mais observadas em vários estudos foram, dentre outras, as contusões, entorses articulares e luxações. Importante destacar que estudos que visem à prevenção das lesões são fundamentais para profissionais da área e atletas.
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