Equipamentos de esporte e lazer na cidade: planejamento dos parques urbanos do Recife, PE, Brasil Equipamientos de deporte y tiempo libre en la ciudad. Planeamiento de los parques urbanos de Recife, PE, Brasil |
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*Mestre em Gestão pela Faculdade de Desporto da Universidade do Porto. Professor da Faculdade Maurício de Nassau e da Faculdade Salesiana do Nordeste. **Faculdade Maurício de Nassau (Brasil) |
Carlos Augusto Mulatinho de Queiroz Pedroso* carlosaugustomulatinho@hotmail.com Felipe Francisco Pereira da Silva** |
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Resumo O esporte constitui uma construção cultural da sociedade e seus valores estão agregados à sua prática. Para garantir que o esporte cumpra seu papel enquanto elemento fundamental para a qualidade de vida da população é essencial a existência de espaços esportivos adequados. Sendo assim, este estudo enfatiza a importância dos equipamentos de esportes no cotidiano dos cidadãos, e é possível verificar a inegável influência destes na cultura e no desenvolvimento urbanístico da cidade. Esta pesquisa tem como objetivo identificar o planejamento de equipamentos esportivos, além de analisar e descrever os nove parques urbanos da cidade, verificando as distribuições desses equipamentos perante as seis Regiões Político-Administrativas (RPA) do Recife-PE. Trata-se de uma pesquisa documental e descritiva, consubstanciada em Lakatos e Marconi (2006). Os resultados obtidos apontam para uma deficiência no que diz respeito aos procedimentos de planejamento apresentado por Constantino (1999). Destaca-se ainda a má distribuição dos equipamentos na malha urbana da cidade. Quanto aos resultados referentes às normas de m²/habitantes estes equipamentos são classificados em níveis baixos, o que demonstra a ausência de equipamentos suficientes para a população desta cidade. Sendo assim, é possível concluir, com base nas referências estudadas, a necessidade de rever o planejamento de equipamentos esportivos da cidade do Recife-PE, neste caso específico, os parques urbanos da cidade, e propor a elaborações de novos projetos de políticas públicas, balizado nas reais demandas da população e com o intuito de qualificar ainda mais os espaços de esporte e lazer na cidade. Como contribuição, o estudo apresenta informações que podem subsidiar os procedimentos de planejamento dos parques urbanos da cidade. Unitermos: Cidade. Planejamento. Parques urbanos.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 16 - Nº 158 - Julio de 2011. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
De acordo com Pedroso (2010) é nos espaços da cidade e na vida cotidiana das pessoas que o esporte desenvolve seus valores e manifestações. Além de o esporte produzir práticas sociais inegáveis para a sociedade, e para que isso se realize perpassa pela existência de espaços esportivos na cidade.
Nesse aspecto, é necessário que a cidade ofereça uma diversidade de equipamentos desportivos, uma vez que esses equipamentos devem possibilitar maior acessibilidade da população à prática desportiva. Para que isso se torne realidade, é importante que o poder público cumpra seu papel social e político, planejando, construindo e mantendo os equipamentos levando em consideração as necessidades da população (Constantino, 1994; Graça, 1998).
Com base na importância que os parques representam aos seus freqüentadores, o estudo visa despertar a necessidade da comunidade acadêmica em compreender o processo de planejamento que se encontra em torno das áreas esportivas destacando a obrigação do poder público com a sociedade em criar e promover cada vez mais melhorias e acesso.
Constantino (2004) destaca que, para a sociedade ter acesso aos equipamentos esportivos de maneira que venha aproveitar adequadamente, o poder público deve cumprir seus deveres que seria de realizar novas construções, planejar melhorias e promover manutenções periodicamente.
Segundo Cunha (2007), o papel de um equipamento esportivo é proporcionar metodicamente uma alternativa de espaço para a prática esportiva em uma localidade especificada. Portanto, este estudo busca desenvolver os conceitos de planejamentos de equipamentos esportivos a partir da literatura existente, e com isso contribuir para que se tenha êxito nos projetos de equipamentos esportivos desenvolvidos em prol das comunidades, por fim também apresenta-se como objetivo a descrição dos parques urbanos da cidade em estudo, responsáveis por possuírem grande variedade de equipamentos de esportes e lazer dentro da cidade.
Metodologia
Metodologia é um conjunto de métodos sistemáticos e coerentes que permite alcançar os objetivos propostos num estudo, ou seja, é um “caminho” que o pesquisador percorre para construir e tornar os conhecimentos válidos. (PEDROSO, 2010)
De acordo com as opções metodológicas, este estudo adota como base de informações dois procedimentos: a pesquisa documental e descritiva. Correlacionando assim conceitos de autores que exploram a mesma temática.
De acordo com Lakatos e Marconi (2006) a pesquisa documental é caracterizada pela fonte de coleta de dados, pois está restrita a documentos escritos ou não, constituindo o que se denomina de fontes primárias. Estas podem ser feitas no momento em que o fato ou fenômeno ocorre, ou depois. Já a pesquisa descritiva procura descobrir, com a precisão possível, a freqüência com um fenômeno ocorre, sua relação e conexão, com os outros, sua natureza e características, correlacionando fatos ou fenômenos sem manipulá-lo. (Cervo; Bervian, 1996, p. 49).
O estudo envolveu o planejamento de equipamentos esportivos e lazer dos 9 parques urbanos públicos do Recife-PE, que se encontram distribuídos nas RPA (Regiões Político-Administrativas) da cidade, que atualmente possui uma população de 1.561.659 habitantes segundo estimativas do IBGE 2009.
A pesquisa foi realizada no período de agosto a outubro de 2010, através de referências do acervo da URB (Empresa de Urbanização do Recife), artigos científicos, dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), vistorias e fotografias.
A partir dos dados obtidos proveniente do estudo realizado, utilizou-se como analise a estatística descritiva possibilitando a construção de tabelas, através do programa de planilha eletrônica e de cálculos (Excel), realizando assim uma analogia entre os parques e os seus equipamentos esportivos. Com base nesses resultados serão elaboradas conclusões sobre pontos que podem ou devem ser melhorados em benefícios da sociedade existente nas áreas estudadas.
Planejamento de equipamentos esportivos
Primeiramente, antes de conceituar e discutir o planejamento de equipamentos de esportes e lazer é fundamental compreender o objeto de estudo desta pesquisa.
Equipamentos e espaços esportivos são caracterizados de forma urbana e inseridos na cidade com o objetivo direto de desenvolver a prática esportiva, além de expressarem de forma bastante peculiar a população praticante daquele espaço. (CUNHA, 2007)
Espaços e equipamentos esportivos segundo o IBGE (2006) são:
[...] conjunto de instalações implantado em uma área contínua ou em áreas descontínuas, neste último caso desde que em áreas anexas ou muito próximas. No equipamento esportivo, além das instalações esportivas, podem existir instalações destinadas a serviços e apoio à prática do desporto (ambulatório, depósitos, áreas administrativas, refeitórios, alojamentos, restaurantes/lanchonetes, auditórios etc.). (IBGE, 2006, p. 160).
Portanto, para que os equipamentos e espaços esportivos tenham a finalidade de promover à prática esportiva direcionada a comunidade existente é primordial que, o Estado elabore um planejamento de acordo com as necessidades identificadas em cada bairro, pois Segundo Constantino (1999):
“O planejamento em matéria de espaços para o desporto deve significar o atender todas essas necessidades e à indispensável definição de prioridades. E para isso, é necessário dotar a decisão política de estudos adequados sobre a realidade desportiva local, de modo a que se conheça a situação num dado momento e a sua previsível evolução.” (Constantino, 1999, p. 82).
Sendo assim planejamento é um procedimento contínuo e dinâmico que consiste em um conjunto de ações intencionais, integradas, coordenadas e orientadas para tornar realidade um objetivo futuro, de forma a possibilitar a tomada de decisões antecipadamente. Essas ações devem ser identificadas de moda a permitir que elas sejam realizadas de forma adequada e sistematizada considerando aspectos como o prazo, custos, qualidade, segurança, desempenho e outras condicionantes. (NOGUEIRA et al, 2008)
De acordo com Perez (1992, p. 40), o planejamento de equipamentos desportivos deve eliminar os excessos, evitar a duplicidade e construir equipamentos para o futuro, contribuindo decisivamente para o cotidiano da cidade e do cidadão.
Pois para que se possa obter um elevado grau de assertividade nas tomadas de decisões planejadas, Pires (2007) aponta algumas importâncias que justificam a necessidade de se cumprir o planejamento:
Detecção antecipada dos problemas;
Existência de um diagnóstico da situação;
Visão de conjunto;
Controle sobre o futuro;
Evitar atuações isoladas e desarticuladas;
Determinação de prioridades;
Obrigatoriedade de estabelecer objetivos;
Mobilização das pessoas pela participação;
Coordenação da gestão corrente;
Rentabilização de equipamentos.
Por fim é importante destacar a existência de métodos para balizar o planejamento destes equipamentos, dos quais serão utilizados posteriormente para avaliar os parques na cidade do Recife-PE.
De acordo com Constantino (1994) esse métodos são:
Método urbanístico ou dos “standards” – tal método consiste na aplicação direta de um cálculo matemático em que se multiplica um determinado coeficiente de área útil desportiva por habitante de uma determinada região geográfica.
Método dos ajustes locais – consiste em avaliar as carências de instalações desportivas existentes, comparando várias regiões, e tenta superar os déficits por meio do nivelamento dessas regiões, tomando como referência a zona mais bem equipada.
Método sociológico – consiste na observação e análise do comportamento social da população mediante os aspectos desportivos, e assim busca coincidir a oferta de equipamentos desportivos com o que se supõe ser a oferta não satisfeita.
Visando a importância do planejamento de equipamentos esportivos para a sociedade como toda é fundamental que este seja “formulado em consonância o plano geral de desenvolvimento urbano da cidade”, ou seja, o plano diretor da cidade. (TELLES, 2006)
Desta maneira o plano diretor da cidade do Recife-PE apresenta no seu artigo 39 a Política Municipal de Esportes, Lazer e Recreação, que estabelece as seguintes diretrizes:
Art. 39 [...]
I - consolidação do esporte, do lazer e da recreação como direito dos cidadãos e dever do Estado;
II - garantia do acesso universal e integral às práticas esportivas, promovendo o bem-estar e a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos;
III - integração da Política Municipal de Esportes, Lazer e Recreação com as demais políticas setoriais;
IV - implantação de programas estruturadores de esporte e lazer voltados ao fortalecimento da noção de cidadania;
V - implementação da prática de esportes nas escolas de ensino fundamental e médio; 71
VI - garantia de acesso aos equipamentos esportivos municipais pelas pessoas com deficiência;
VII - identificação das áreas que necessitam de equipamentos de esporte e lazer, mediante elaboração de diagnósticos e metas de atendimento;
VIII - priorização da implantação e manutenção de unidades esportivas em áreas com população de baixa renda; e,
IX - garantia da manutenção de todas as unidades esportivas localizadas em espaços e prédios públicos municipais. (Prefeitura da Cidade do Recife, 2008).
Com base no artigo 39 do plano diretor da cidade é notório os direitos da população áreas carentes de equipamentos e se estes estão acessíveis aos portadores de necessidades especiais, como também destaca a importância de um planejamento gestor para que sejam atendidas prioritariamente as unidades esportivas situadas nas comunidades classificadas como baixa renda.
Porém em relação à garantia prevista no artigo 39 que garante uma maior atenção a população de baixa renda e uma distribuição que promova um acesso estruturado a todos, algumas pesquisas vão de encontro ao que se propõe o artigo.
Pois na cidade do Recife pode-se observar através da pesquisa de Carneiro e Mesquita (2000) que grande parte dos equipamentos de esportes e lazer está localizada no bairro de Boa Viagem área considerada nobre da RPA-6. Dentre esses equipamentos são citados os parques, quadras polivalentes e campos de pelada.
Telles (2006) destaca a importância de criar-se um comitê de planejamento que tem como objetivo “analisar, discutir e implementar as contribuições de indivíduos que direta ou indiretamente estarão envolvidos no desenvolvimento, operação e uso da futura instalação”. Esse comitê deve ser formado segundo o autor pelos seguintes profissionais:
[...] engenheiros, professores de Educação Física, técnicos esportivos, consultores em instalações, gestores, especialistas em finanças, acústica, energia, iluminação etc., como também os próprios usuários (atletas, dirigentes esportivos, líderes locais e comunidade). (Telles, 2006, p. 754).
Portanto é essencial que se cumpra o plano diretor da cidade, uma vez que este garante a população de modo geral, o acesso a equipamentos e espaços esportivos podendo ser parques, praças, quadras poliesportivas ou campo de peladas, havendo sempre uma distribuição proporcional dos equipamentos, é importante que ocorra um planejamento bem elaborado com profissionais gabaritados que sejam capazes de diagnosticar as necessidades específicas das comunidades.
Nesse sentido Sisquella (1992), destaca como roteiro a ser considerado sobre equipamentos esportivos de uma cidade algumas diretrizes:
Determinação da relação entre espaços desportivos e habitantes;
Distribuição territorial das instalações;
Indicadores de m²/habitantes.
A partir das diretrizes propostas pelo autor é fundamental compreender a distribuição dos equipamentos e espaços esportivos na cidade do Recife-PE e como este se encontra em relação ao indicador de m²/habitantes.
Apresentação e discussão dos resultados
O Recife, das capitais estaduais atuais, é a mais antiga do Brasil e possui uma área de 220 km2 e compreende atualmente 94 bairros distribuídos em 6 Regiões Político-Administrativas (RPA). (RECIFE, 2006). A Lei Municipal n.º 16.293, de 22 de janeiro de 1997 determinou a divisão do município em microrregiões, abrangendo todos os bairros do município (Figura 2).
Figura 1. Regiões Político-Administrativas (RPA) do Recife
Fonte: Site da Prefeitura do Recife
De acordo com o inciso 1º da Lei Municipal n.º 16.293/97, pode-se destacar que este método de divisão microrregional auxilia no planejamento de políticas públicas voltadas para a melhoria do município, fazendo com que seja diagnosticado com mais rapidez a deficiência de cada microrregião.
Visando o método de divisão das RPA no município, pode-se destacar a importância da mesma para identificar a distribuição dos parques urbanos da cidade do Recife-PE, pois atravéz destas identificações nota-se as regiões beneficiadas com equipamentos de esportes e lazer. Na Tabela 1 é possível observar o parâmetro entre as Regiões Políticos-Administrativas (RPA) e as distribuições dos parques.
Tabela 1. Divisão Territorial dos Bairros do Recife-PE
Os parques urbanos são espaços livres públicos com função predominante de recreação, ocupando na malha urbana uma área em grau de equivalência superior à da quadra típica urbana, em geral, apresentando componentes da paisagem natural - vegetação, topografia, elemento aquático - como também edificações destinadas a atividades recreativas, culturais e/ou administrativas (CARNEIRO & MESQUITA, 2000).
Ou seja, os parques urbanos propiciam lazer, recreação e um alto nível de qualidade de vida aos habitantes da cidade.
De acordo com Dumazedier (1976), o lazer é um conjunto de ocupações às quais os indivíduos pode entregar-se de livre vontade, seja para repousar, seja para divertir-se, recrear-se e entreter-se ou, ainda, para sua informação ou formação desinteressada, sua participação social voluntária ou sua livre capacidade criadora após livrar-se ou desembaraçar-se das obrigações profissionais, familiares e sociais. (Dumazedier, 1976, p. 333)
Segundo Carneiro e Mesquita (2000) existem 8 parques urbanos na cidade do Redcife-PE, porém em novembro de 2006 foi sancionada a Lei Nº 17.271 que estabelece a ementa que denomina de “Parque Dona Lindu” o próximo parque municipal a ser criado no município, totalizando assim 9 parques urbanos na cidade do Recife-PE.
A partir das referências estudadas é fundamental conhecer as realidades existentes acerca dos equipamentos esportivos, neste sentido será descrito as características fundamentais de cada parque urbano da cidade do Recife-PE.
Parque 13 de Maio
É o primeiro parque urbano histórico do Recife, idealizado pelo engenheiro Domingos Ferreira que remonta ao século passado as intenções de criação do passeio público, que veio a ser o jardim 13 de Maio e finalmente, parque 13 de Maio, um espaço que foi alvo de vários projetos de influência européia, e contou com a participação de técnicos de origem inglesa, francesa, italiana e espanhola, num período compreendido entre 1860 e 1923, vindo somente a ser inaugurado como tal no dia 30 de agosto de 1939, quando da celebração do 3º congresso eucarístico nacional. (CARNEIRO E MESQUITA, 2000)
Situado em uma área bastante central da cidade medindo 69.000,00 m2, localizado no bairro de Santo Amaro, fazendo parte da RPA 1, com a população de 78.098 habitantes (IBGE, 2000), de fácil acesso e servido por estratégica rede de transportes coletivos, conta com inúmeras paradas locais e intermunicipais, impondo-se como contraponto de claridade e verdura, em meio ao intenso movimento urbano.
A sua estrutura é composta de equipamentos de esportes e lazer, tais como:
Pista de Cooper de 1.000 metros de extensão (para a realização de corridas e caminhadas);
Equipamentos recreativos para crianças (Com: balanços, escorregos e cavalinhos de ferro);
Área para jogos de tabuleiros cobertos;
Estacionamento de bicicletas;
Fontes e lago;
Monumentos e Esculturas;
Minizoológico (com Araras Azuis, Seriemas, Macacos Prego, Pavões, Papagaios, Pombos, Patos, Tartarugas e Maitaca-de-Maximiliano).
Sanitários (masculino e feminino).
É importante destacar que no parque 13 de Maio é comum haver eventos culturais e recreativos, como: comemorações do Dia da Criança e do Dia do Trabalho, e manifestações por direitos de minorias, questões de gênero, de meio ambiente, além de campanhas de utilidade pública. (MEUNIER, 2009)
Sendo assim o parque 13 de Maio que foi alvo de projetos de influência européia contendo em sua concepção o modelo arquitetônico renascentista, é referência para a população recifense, pois além do indivíduo está em contato com a natureza em pleno centro urbano da cidade e possível praticar atividades de esportes e lazer.
Parque da Jaqueira
É o maior e mais arborizado parque, projetado por Reginaldo Estêves e Carlos Bellandi, inaugurado em Março de 1985, situado as margens do Rio Capibaribe, confrontando, no lado oposto, com a Praça Souto Filho. (CARNEIRO E MESQUITA, 2000) Pode-se destacar a sangrenta guerra liderada por Felipe Camarão na tentativa de expulsar o exército holandês que tinha o objetivo de tomar o Forte do Arraial do Bom Jesus atualmente conhecido como Sítio da Trindade, localizado no bairro de Casa Amarela.
Com extensão de 70.000,00 m2 o parque da Jaqueira esta localizado no bairro da Jaqueira, fazendo parte da RPA 3, que tem uma população de 283.525 habitantes (IBGE, 2000) e é considerado como o bairro mais nobre do Recife possuindo imponentes prédios de luxuosos apartamentos e flats, sendo habitado predominantemente pelas classes média e alta. O parque da Jaqueira é o parque mais popular da cidade e um dos mais bem cuidados, pois desde sua implantação, conta com a Sociedade Protetora dos Amigos da Jaqueira, SODEPAJA, à qual se deve um regulamento de uso do parque juntamente com a sua vigilância permanente no que se refere à manutenção. (CARNEIRO E MESQUITA, 2000)
A sua estrutura é composta de equipamentos de esportes e lazer, tais como:
Pista de Cooper com extensão de um 1.000 metros (para a realização de corridas e caminhadas);
Equipamentos recreativos para crianças (balanços, gangorras, escorregos);
Área reservada para a prática de bicicross;
Estacionamento de bicicletas;
Área para pratica de musculação (com supinos, alteres, barras fixas e bancos para abdominais);
Área para ginástica (Projeto Academia da Cidade);
Área para a prática de patinação e skate;
Capela (Nossa Senhora da Conceição da Jaqueira);
Fraldário e sanitários (masculino e feminino).
É importante destacar que no parque da Jaqueira é comum haver eventos voltados para a saúde como, por exemplo: O Dia Nacional de Combate a Hipertensão Arterial, que conta com uma equipe multidisciplinar de profissionais de saúde. (DIÁRIO DE PERNAMBUCO, 2010)
Parque Arraial Velho do Bom Jesus
É um sítio histórico de grande importância, pois o antigo arraial foi cenário da guerra contra os holandeses e restam do antigo reduto a memória de sua resistência heróica em um fosso preservado no centro do parque conhecido como Sítio da Trindade, foi convertida em logradouro público em 1958. (CARNEIRO E MESQUITA, 2000)
Notar-se uma relação entre o parque do Arraial do Velho Bom Jesus e o parque da Jaqueira, pois ambos foram marcados por fatos históricos como a guerra da invasão holandesa contra os portugueses que marcou Pernambuco, particularmente a cidade do Recife.
No ano de 1988 através de um projeto, de Maria Alice Rigaud e Ângela Barreto foi instituído como parque. Atualmente abrange uma área de 46.000,00 m2, localizado no bairro de Casa Amarela, fazendo parte da RPA 3, com a população de 283.525 habitantes (IBGE, 2000).
A sua estrutura é composta de equipamentos de esportes e lazer, tais como:
Pista de Cooper de 450 metros (para a realização de corridas e caminhadas);
Equipamentos recreativos para crianças (balanços, gangorras, escorregos e cavalinhos de ferro);
Área para ginástica (Projeto Academia da Cidade);
Barras fixas, bancos para abdominais e barras para alongamentos;
Chalé de 600 m², (utilizado para atividades culturais, como o teatro infantil e as festas nos períodos juninos e natalinos);
Anfiteatro para apresentações;
Sementeira administrada pela Prefeitura do Recife;
Sanitários (masculino e feminino).
Trata-se de um local arborizado e com atividades de esportes e lazer, como as oficinas da Secretaria de Educação, com: artes, teatro e danças, além de exposições o local também serve de ponto de encontro de jovens e adultos. (PREFEITURA DA CIDADE DO RECIFE, s.d)
Parque de Santana
Situado as margens do Rio Capibaribe é um parque bastante arborizado, repleto de árvores amazônicas, preservadas seguindo um alinhamento central formando uma cortina verde diagonalmente disposta que distribui os espaços de estar. Projetado por Tânia Schwamber, Liana Mesquita, Elza Ferreira, Fátima Farias, Ângela Barreto, Adolfo Jorge e Antônio Amaral, inaugurado no ano de 1985, possui uma área de 42.000,00 m2, localizado no bairro de Santana, fazendo parte da RPA 3, com uma população de 283.525 habitantes (IBGE, 2000), próximo ao terminal de ônibus de Estrada dos Remédios.
Já foi considerado quintal das habitações de alta renda e espaço de recreação da população de baixa renda que habita, do outro lado do rio no bairro da Torre.
A sua estrutura é composta de equipamentos de esportes e lazer, tais como:
Pista de Cooper com 629 metros de extensão (para a prática de caminhadas e corridas);
Equipamentos recreativos para crianças (balanços, escorregos e labirintos de concreto);
Área para ginástica;
Barras fixas, bancos para abdominais e barras para alongamentos;
Mini-campos de futebol;
Quadra polivalente;
Ciclovia;
Estacionamento;
Áreas para piquenique;
Sanitários (masculino e feminino).
Parque Arraial do Novo Bom Jesus
Conhecido como Parque do Forte onde serviu como base de operações do exército libertador para armazenar as munições de guerra e bocas das forças de resistência portuguesas contra a invasão holandesa.
Projetado por Liana Mesquita e Ângela Barreto, inaugurado em 1988, o Parque do Forte possui uma área de 30.321,00 m2, localizado no bairro do Cordeiro, fazendo parte da RPA 4 com uma população de 253.015 habitantes (IBGE, 2000), próximo ao terminal de ônibus da Avenida do Forte.
Possui uma vegetação revestida por um simples gramado, mangueiras, tamarineiras e sombreiros.
A sua estrutura é composta de equipamentos de esportes e lazer, tais como:
Pista de Cooper com 1.000 metros de extensão (para a prática de caminhadas e corridas);
Equipamentos recreativos para crianças (balanços, escorregos e labirintos de concreto);
Campo de futebol;
Quadra polivalente;
Áreas para jogos de tabuleiros;
Área para ginástica (Projeto Academia da Cidade);
Barras fixas, bancos para abdominais e barras para alongamentos.
Parque Arnaldo Assunção
Projetado por Beatriz Varejão e Tereza Coelho e inaugurado em 1987, possui uma área de 24.000,00 m2, localizado no bairro do Engenho do Meio, fazendo parte da RPA 4, com uma população de 253.015 habitantes (IBGE, 2000), próximo a igreja católica e ao mercado público.
Apresenta um terreno bastante irregular com áreas de pouca utilização e com uma vegetação de árvores de pequeno e médio porte (sombreiros, acácias e palmeiras). (CARNEIRO E MESQUITA, 2000)
A sua estrutura é composta de equipamentos de esportes e lazer, tais como:
Pista de Cooper com extensão não identificada (para a prática de caminhadas e corridas);
Equipamentos recreativos para crianças (balanços, gangorras, cavalinho de ferro e escorregos);
Área para ginástica (Projeto Academia da Cidade);
Barras fixas, bancos para abdominais, rampas, escadas;
Áreas para jogos de tabuleiros;
Quadra polivalente;
São desenvolvidas atividades direcionadas a população como missa campal no período natalino.
Parque do Caiara
Possui uma área de 180.000,00 m2, localizado no bairro da Iputinga as margens do Rio Capibaribe, fazendo parte da RPA 4, com uma população de 253.015 habitantes. (IBGE, 2000)
Segundo a URB (Empresa de Urbanização do Recife) sua estrutura é composta de equipamentos de esportes e lazer, tais como:
Pista de Cooper com extensão não identificada (para a prática de caminhadas e corridas);
Campos de Futebol;
Quadras polivalentes;
Sanitários (masculino e feminino).
Porém de acordo com a URB (2010) o parque do caiara encontra se atualmente em total abandono necessitando de grandes reparos em suas instalações. Segundo Bittar (1992) “já evidenciava esse problema, em que os equipamentos esportivos estavam abandonados nas regiões populares e periféricas, enquanto o mesmo não ocorria nas áreas nobres”.
Parque Robert Kennedy
Conhecido como Praça da Juventude, Praça da SUDENE ou Praça do Sargento foi projetado por Elza Ferreira e Marcelo Figueiredo em 1988 e inaugurado em 1991, possuindo uma área de 18.000,00 m2 com árvores de pequeno porte distribuídas em seu território, esta situado no bairro do IPSEP, fazendo parte da RPA 5, próximo ao terminal de ônibus da Vila da Sudene e possui uma população de 248.483 habitantes (IBGE, 2000).
A sua estrutura é composta de equipamentos de esportes e lazer, tais como:
Pista de Cooper com 900 metros de extensão (para a prática de caminhadas e corridas);
Equipamentos recreativos para crianças (balanços e escorregos);
Área para ginástica (Projeto Academia da Cidade);
Barras fixas, bancos de abdominais e barras de alongamento;
Campo de futebol;
Áreas de jogos de tabuleiros;
Pista de bicicross;
Pista de skate e patins;
Chalé com mesas e bancos;
Almoxarifados.
Parque Dona Lindu
Foi um projeto do arquiteto Oscar Niemeyer, que abrange uma área de 27.166,68 m2, localizado no bairro de Boa Viagem, fazendo parte da RPA 6, com uma população de 353.798 habitantes (IBGE, 2000).
A sua estrutura é composta de equipamentos de esportes e lazer, tais como:
Pista de Cooper com 500 metros de extensão (para a prática de caminhadas e corridas);
Equipamentos recreativos para crianças (balanços, escorregos e gangorras);
Quadra polivalente;
Área para ginástica;
Barras fixas, bancos para abdominais e barras para alongamentos;
Ciclovia;
Pistas para skate;
Teatro coberto (com capacidade para 540 espectadores);
Pavilhão para exposições;
Restaurante;
Estacionamento;
Fraldário e sanitários (masculino e feminino).
Deve-se salientar que apenas a primeira etapa do parque foi inaugurada para a população no dia 30 de Dezembro de 2008. (PREFEITURA DO RECIFE, 2008)
Segundo Galender (1982) o parque se constituiu ao longo da história das cidades brasileiras como o principal espaço livre urbano. Sendo assim os parques públicos são áreas planejadamente distribuídas nos municípios, destinadas para diversas práticas de esporte e lazer onde estes possuem equipamentos que proporcionam entretenimento.
De acordo com Santos e Miotto (2004):
Na maioria das cidades brasileiras há uma distribuição desigual deste bem social que é o acesso ao lazer esportivo através dos parques públicos. A pressão imobiliária fez com que grande parte dos vazios urbanos fosse ocupada por construções. Esta pressão aliada à falta de planejamento ambiental impediu que, principalmente as regiões mais populosas, tivessem acesso a áreas verdes, sejam elas praças ou parques. (Santos e Miotto, 2004)
Portanto, se faz necessário a criação de novos parques urbanos na cidade do Recife-PE, para que os demais bairros que não possuam esses espaços sejam contemplados e sua população tenha acessos a equipamentos esportivos podendo ter uma nova opção de lazer e uma melhora na qualidade de vida.
Segundo Lira (2002), “a criação de parques em áreas urbanas é uma forma simples e prática de resolver problemas de poluição sonora e do ar, amenizar o clima e, entre outras funções” como despertar o interesse em praticar atividades físicas ou esportivas ou até mesmo garantir o equilíbrio emocional dos freqüentadores.
Com base nos diversos estudos dos países membros do Conselho Europeu, foi estabelecido um indicador que classifica em 5 níveis as áreas esportivas úteis das cidades. Este coeficiente é medido em m²/habitantes.
Tabela 2. Indicador de equipamentos esportivo por habitantes
De acordo com a Tabela 3, é possível fazer uma analogia entre os 9 parques existentes na cidade do Recife detectando os níveis de cada espaço.
A partir dos estudos desenvolvidos nos países europeus, é possível verificar os níveis das áreas esportivas úteis dos parques urbanos do Recife e identificar os significados acerca destes coeficientes.
Tabela 3. Indicador de Equipamentos Esportivos por Habitantes nos Parques de Recife
Tendo como base o indicador do conselho europeu (2001), afirmar-se que a relação m2/habitantes nos parques da cidade do Recife-PE encontra-se em níveis preocupantes, pois estão classificados a abaixo da média.
De acordo com Sisquella (1992) esse indicador de m2/habitantes é de suma importância para a implementação dos equipamentos esportivos nos espaços públicos porque é através dele que se obtém um resultado que a segura a distribuição adequada para cada comunidade.
Segundo Santos (2007) “na maioria das cidades brasileiras há uma distribuição desigual dos espaços públicos de lazer e conseqüentemente o acesso a áreas esportivas”.
Pode-se afirmar que os espaços voltados para os esportes e lazer na cidade do Recife, não são distribuídos e nem possuem áreas proporcionais para a população onde os mesmos se encontram, essa situação se destaca quando se analisa as regiões político-administrativas e nota-se a ausência de parques urbanos na RPA 2 onde a mesma possui 18 bairros localizados na região norte da cidade.
A Figura 2, mostra o mapa do Atlas de Desenvolvimento Humano da Cidade do Recife modificado, destacando as RPA e seus respectivos parques.
Figura 2. Mapa das RPA com as Distribuições dos Parques
Fonte: Autoria Própria
Considerações finais
O estudo analisou como se da o planejamento de equipamentos de esportes na cidade do Recife-PE, destacando os parques urbanos, considerando o plano diretor da cidade, instrumento este que diz respeito aos direitos da população e a obrigação do município em promover o acesso aos equipamentos que estimulem à prática esportiva.
De acordo com os dados estudados, percebe-se que os resultados relacionados à distribuição dos equipamentos e do m2/habitante são insatisfatórios e que se opõe ao artigo 39 do plano diretor da cidade.
É possível destacar a falta de um planejamento mais elaborado voltado para as áreas e equipamentos esportivos da cidade oferecendo uma melhor distribuição entre as Regiões Político-Administrativas, respeitando e levando em considerações as características da população residente.
A partir dos dados fica evidente a necessidade da construção de novos parques urbanos e a reformulação dos existentes, pois Recife é considerada a 4° metrópole urbana do país com 94 bairros e possui apenas nove parques com estruturas inadequadas, impossibilitando o acesso adequado a população.
É possível constatar a ausência de equipamentos em determinadas regiões, e níveis considerados fracos e até mesmo a inexistências de espaços. Os resultados em relação ao m2/habitantes classificam os equipamentos em níveis baixos, porém pode se afirmar que o parque da Jaqueira e Dona Lindu são umas das poucas áreas conservadas, pois esses espaços possuem maiores atenção por parte do poder público por ser localizados em bairros nobres contendo equipamentos com melhores qualidades que os demais parques da cidade, já que no parque da jaqueira possui grupo de apoio a que se diz respeito à manutenção do parque, além de conter empresas privadas realizando serviços como limpeza e segurança, ações que não são percebidas nos outros parques urbanos da cidade.
Sendo assim, é fundamental dotar o Recife de equipamentos e áreas de esporte e lazer, a fim de desenvolver a prática esportiva e física perante a sociedade, além de proporcionar uma melhor qualidade de vida à população, e ser uma forte aliada contra a violência urbana e uma ferramenta importante da inclusão social.
Portanto é de suma importância que o poder público elabore políticas que direcione uma maior atenção não só apenas as áreas consideradas nobres como as de baixa renda, uma vez que é nelas que se encontram os maiores problemas relacionados ao desenvolvimento social da cidade, ou seja, o desenvolvimento pleno da cidadania.
Para que esses equipamentos e espaços direcionados ao esporte e lazer venham realizar suas determinadas funções é necessária uma gestão especificamente voltada para os parques urbanos e que sejam formados por profissionais especializados na área, principalmente professores de educação física em conjunto com administradores, engenheiros, arquitetos. O desafio é tornar esses espaços em peças fulcrais no cotidiano da população a partir de uma democratização do esporte e lazer na cidade.
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EFDeportes.com, Revista Digital · Año 16 · N° 158 | Buenos Aires,
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