efdeportes.com

A importância da nutrição como auxiliar na 

melhoria do rendimento de jogadores de handebol

La importancia de la nutrición para colaborar en la mejora del rendimiento de los jugadores de balonmano

The importance of food to improve better performance on handball players

 

*Aluno do Curso de Especialização em Treinamento Desportivo

do CESUMAR, Maringá, PR

**Prof. Dr. do Curso de Educação Física do CESUMAR

(Brasil)

Joaquim Martins Junior**

jmjunior@cesumar.br

Rafael da Silva Cagliari*

ra19castor@hotmail.com

 

 

 

 

Resumo

          Este trabalho tem como objetivo conceituar a importância da nutrição esportiva, mostrando diferentes formas de alimentação, as fases da alimentação durante os treinos e a competição, e os benefícios e os riscos que podem causar nos esportes coletivos, com ênfase na modalidade esportiva handebol. Utilizamos como método de pesquisa, os trabalhos acadêmicos, livros, artigos para poder abranger a sua importância e também auxiliar os profissionais da área da saúde, e dos desportos a aplicar esse conhecimento com alunos e atletas de outras modalidades coletivas. Concluímos que a importância da nutrição esportiva com o handebol se baseia nos conceitos das diferentes fases da refeição, na qual o treinador e os atletas devem estar sempre buscando observar o que estão ingerindo, para não ocorrer de terem problemas de má ingestão, hipoglicemia e desidratação. Uma boa alimentação começa sempre dentro de casa, e também com a ajuda do treinador.

          Unitermos: Nutrição. Handebol. Performance.

 

Abstract

          This article aims to conceptualize the importance of sports nutrition, showing different ways of feeding, its phases during training and competitions, also benefits and risks which it may cause for team sports, emphasizing on handball sport. Used as a method for research, academic papers, books and articles, in order to cover its importance and also assist health and sports professionals to apply this knowledge with students and athletes of others team sports. We conclude that the importance of sports nutrition into the handball is based on the concepts of the different phases of feeding, in which the coach together with athletes should always be attentive to what they are eating, so, not to have problems of poor intake food, hypoglycemia and dehydration. Such of a good nutrition always begins at home, and also with the help of the coach.

          Keywords: Food. Handeball. Performance.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 16 - Nº 158 - Julio de 2011. http://www.efdeportes.com/

1 / 1

1.     Introdução

    A nutrição esportiva vem crescendo muito nos últimos anos, pela sua grande importância e obtenção de resultados nos esportes de alto nível. Muitos treinadores abriram espaço para que essa área auxiliasse de forma mais decisiva nos treinamentos dos atletas, ajudando a melhorar o bem estar e performance desses para os jogos e para a recuperação física pós jogos/treinos.

    A Falta de atenção para com a alimentação pode interferir no rendimento durante uma competição e o que é mais grave, causar problemas de saúde decorrentes da prática esportiva. Treinos constantes e competições podem causar desgaste e estresse para os quais o corpo não está preparado.

    Os cuidados com a falta alimentação correta dos atletas sempre foi a maior prioridade dos treinadores e preparadores físicos, essa preocupação não é muito recente, a nutrição já era aplicada no inicio dos tempos modernos, com a evolução das modalidades e também da busca da melhor performance. Com a crescente busca de melhorar os resultados e desempenho dos atletas, muitos profissionais aplicavam a nutrição básica – maior uso de carboidratos e menos gliceróis.

    A alimentação varia conforme a modalidade praticada, como também do indivíduo. A alimentação deve ser adequada não somente ao tipo de esporte, mas também à intensidade e duração da atividade, levando em consideração variável como a necessidade nutricional do indivíduo, de acordo com composição corporal e com o gasto energético do esporte praticado.

    Durante a prática esportiva o organismo utiliza de demandas de vitaminas e sais minerais para regular o metabolismo. Com isso, deve-se trabalhar com o atleta a refeição de meio tempo, na qual usa-se a ingestão de líquidos com soluções de carboidratos, sais minerais, para evitar que o atleta tenha um déficit no seu rendimento no jogo (FERNÁNDEZ; SAÍNZ; GARZÓN, 2002).

    O trabalho da nutrição esportiva vem ganhando espaço dentro dos esportes, na medida em que os esportes estão sempre evoluindo, a demanda dos treinos também está aumentando, obrigando assim os atletas a terem um melhor preparo físico, sendo que esse preparo também é auxiliado com a ajuda da nutrição.

    O handebol no Brasil é um dos esportes que vem crescendo em número de atletas e equipes, mas ainda assim, é pouco conhecido. Há poucos trabalhos desenvolvidos nesta linha, dentre estes, a minoria atingem sucesso no sentindo de torná-lo um esporte popular, mesmo assim, temos no ambiente educacional grande nomes de professores que vêm buscando trabalhar o handebol nas escolas e clubes, valorizando e fortalecendo esse vínculo com o handebol (CAGLIARI, 2007).

    Para desenvolver o estudo formulou-se a seguinte questão: Qual a relação e os meios de trabalho da nutrição esportiva para a performance dos atletas da modalidade handebol?

    Essas e outras questões emergentes deste estudo levaram-nos a necessidade de verificar os benefícios da nutrição para os jogadores de handebol.

2    Revisão de literatura

2.1.     Características do handebol

    Os esportes coletivos surgiram de práticas culturais dos antigos povos de várias etnias, cada uma com seu hábito e costume de realizar os jogos, sendo ela para cultura, para jogos de sacrifícios e para diversão entre as hierarquias que existia na época.

    A partir da Revolução Industrial na Inglaterra do século XVIII, o esporte passou a ter conotação de atividade organizada e balizada por regras que limitavam a ação dos participantes, além do caráter altamente competitivo das atividades. Esse movimento foi caracterizado pela ação de professores de colégios ingleses que participavam juntamente com seus alunos para garantir que os jogos não partissem para a violência e tivessem também um caráter educativo (ROSA JUNIOR e SILVA, 2006).

    Como também vale ressaltar que nas épocas antigas os esportes eram visto como uma forma de selecionar pessoas para o mercado de trabalho, que necessitava de pessoas fortes e saudáveis para fazer o serviço pesado das grandes fábricas. Thomas Arnold foi o pioneiro nessa atividade e, juntamente com outros pedagogos da época, formou as primeiras equipes e estruturou as primeiras federações esportivas de que se têm notícias (ROSA JUNIOR e SILVA, 2006).

    O handebol que conhecemos foi introduzido na Alemanha com o nome de “raftball”. Somente na Primeira Grande Guerra (1915 – 1918), foi-se o marco para a criação do handebol, o professor de ginástica o berlinense Max Heiser, criou o “torball” para as operárias da fábrica praticarem e quando os homens começaram a praticá-lo, o campo foi aumentando para as medidas do futebol (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE HANDEBOL, 2007).

    Em 1919 o professor alemão Karl Schelenz, teve como papel fundamental por reformular o “torball”, colocando alterações que ajudaram a criar o Handball, que é pratica até o presente. (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE HANDEBOL, 2010).

    Com o passar do tempo os esportes foram evoluindo, criando novas regras e conceitos com sua prática, para facilitar a divulgação, e despertar mais adeptos para praticá-la. Um dos pontos importantes para o crescimento das atividades foram as criações de torneios, campeonatos, e inclusão nos Jogos Olímpicos fazendo com que a população veja e se interesse em poder praticar os esportes coletivos, visando ainda mais a competitividade e também a saúde das pessoas.

    A popularidade do handebol de campo cresceu em toda a Europa e se desenvolveu em todo o mundo, atingindo seu ponto culminante com a inclusão nos Jogos Olímpicos realizados em Berlim – 1936 (FERREIRA, 1985).

    A aceitação e crescimento do handebol, para Nogueira (1970), se deve por atender mais diretamente aos interesses e habilidades dos praticantes, especialmente das crianças e dos jovens, pelo fato de oferecer maiores facilidades para acertar os arremessos ao gol, em virtude ser a bola lançada com as mãos contra um alvo (meta) de dimensões consideráveis (3m x 2m).

    Essa aceitação é muito vista, por exemplo, nos centros esportivos da Europa, onde ele é aproveitado e praticado como complemento do programa de preparação física dos futebolistas profissionais, em virtude da importância da sua contribuição em matéria de força, vigor, agilidade, destreza e resistência, associados às facilidades e alegria que acompanham sua prática (NOGUEIRA, 1970).

    Olhando o handebol no aspecto fisiológico, ele é considerado uma modalidade aeróbica mista, pois apresenta esforços aeróbico-anaeróbicos (principalmente em momentos de contra-ataque, retorno defensivo, volta ao contra-ataque, ação de finta e lançamento, bem como pela duração de uma partida) (BRASIL, 2005).

    O handebol, segundo Moreno (1994), é classificado como um esporte coletivo de invasão, com uso de espaço em comum e participação simultânea dos jogadores de ambas as equipes na procura do objetivo do jogo (fazer gol – evitar o gol).

    Netto (1982) destaca o handebol como uma fusão dos elementos que compõem o basquetebol e o futebol, tendo suas características e regras próprias, definindo como desporto de base, e desenvolvendo qualidades físicas, psíquicas e morais de forma que não necessita de exercícios complementares para compensações musculares.

    Esse pensamento de Netto (1982) de não precisar de exercícios para compensações musculares, já não é muito relativo, pois hoje em dia vemos que o handebol usa muito do trabalho de compensação muscular (trabalho de musculação) em seu preparo físico, pois os atletas em sua maioria apresentam o biótipo muscular muito forte, por se um esporte que usa de muito contato físico, força e velocidade.

    De acordo com Ruiz e Rodriguez (2001) apud Vasques et al. (2008), para alcançar melhores resultados é importante considerar os fatores que influenciam na capacidade do jogo: físicos (condição física geral e específica), técnico-táticos (técnica e tática de jogo), psíquicos (personalidade) e corporais (características morfológicas).

    Segundo Peñas e Graña (2000) apud FERREIRA (2010), as modificações nas regras do handebol têm provocado um aumento progressivo das exigências físicas no jogo devido à maior intensidade com que os jogadores realizam suas ações motoras. O handebol moderno é um jogo rápido, caracterizado por uma inacreditável performance atlética por parte dos jogadores. Uma partida de handebol tem duração de sessenta minutos divididos em duas metades durando trinta minutos cada. Durante este tempo os jogadores percorrem uma distância total que varia de dois mil a seis mil metros, baseada em diferentes situações como: posição na quadra, tática defensiva e ofensiva, característica do time, característica do jogo.

    Essas características do handebol fazem do seu jogo uma mistura dinâmica de velocidade e concentração, pois no ataque os jogadores procuram agir de forma rápida e precisa para poder fazer o gol, e depois voltar de forma breve para seu espaço de defesa para evitar levar o gol, mostrando um trabalho de concentração simultânea de atacar e depois defender no mesmo instante. Essa dinâmica de jogo faz do esporte exercer um trabalho físico muito forte e exige do atleta um bom preparo físico e mental.

    Complementando esse pensamento, Borsari (1970) afirma que o handebol é um esporte de velocidade e força, aliadas á habilidade, em que o jogador necessitará de bom desenvolvimento físico. Para isso, requer grande reserva de vigor físico e bom desenvolvimento muscular em todo o corpo.

    Em se tratando do aspecto psicológico, o jogador necessitará de muita personalidade, pois é uma luta constante pela bola, com muito contato pessoal, que exige muito controle, força de vontade, perseverança e disciplina (BORSARI, 1970).

    Dentro da dinâmica do jogo, o jogador que tem a bola tem por objetivo alcançar o alvo (o gol), enquanto o adversário, por conseguinte tem por função interceptar a bola. Para que essas funções aconteçam os jogadores desenvolvem estratégias (WERNER, 1989; BELKA, 1994; ROTH 2002; KRÖGER E ROTH, 2002) de jogo, que fazem parte das características táticas da modalidade.

    As capacidades táticas dos jogos esportivos coletivos são apresentadas a seguir em uma tabela (modificado, com base em KRÖGER E ROTH, 2002):

Parâmetro

Atividades/Tarefas Táticas nas quais:

Acertar o Alvo (fazer o gol)

Deve-se lançar, chutar, combater, disparar uma bola a um alvo, para que atinja um local escolhido.

Transportar a bola para o objetivo

Objetiva-se transportar, jogar, fazer a bola chegar a um objetivo determinado.

Jogo em conjunto (jogo coletivo)

O importante é receber a bola do colega ou passar a bola para este.

Se oferecer, se orientar (reconhecer espaços)

É importante reconhecer as chances para se jogar ao gol.

Criar superioridade numérica

O importante é, por meio do jogo conjunto com o colega, conseguir um ponto, gol, ou preparar o ponto, gol, para o outro (assistência).

Superar a ação do adversário

No confronto com o adversário consegue-se assegurar a posse da bola.

Quadro 1. Capacidades táticas dos esportes coletivos (BRASIL, 2005, p.148)

    O conjunto dessas capacidades táticas faz com que o atleta/aluno crie seu comportamento tático, que é o tudo aquilo que se relaciona com capacidades de expressões motoras associadas com as habilidades específicas adquiridas no nível das estruturas do rendimento esportivo. Alguns fatores (forças constitucionais de natureza interativa e funcional), em particular as técnicas e táticas coordenadas, são as principais variáveis da eficácia coletiva das equipes de handebol (SIMÕES, 2002).

    Para que esse trabalho tático seja realizado, deve-se dar importância ao profissional/treinador da modalidade, pois o aluno/atleta em sua fase de iniciação estará aprendendo esses conceitos, vivenciando essas práticas. Assim o trabalho do profissional se torna um ponto muito importante para a evolução do aluno, podendo assim revelar futuros grandes atletas.

2.2.     A importância da alimentação para o jogador de handebol

    A nutrição no esporte vem crescendo muito em sua importância, sendo que o seu trabalho em conjunto com a alimentação e suplementação poderá auxiliar os atletas a manter seu melhor desempenho físico, e até melhorá-las de acordo com as cargas de treinamento e dos recursos suplementares. Entretanto não é uma área que tem todos os conteúdos completos, pois está sempre crescendo em estudos científicos, ajudando assim, a melhorar o conhecimento de quem trabalha com o esporte.

    No passado, a nutrição esportiva focalizava somente os aspectos calóricos da dieta, tais como a porcentagem de carboidratos ou gorduras que se consideram apropriadas para um atleta. A performance depende de respostas hormonais que são controladas por um suprimento adequado de água e macronutrientes (proteínas, carboidratos e gorduras), bem como micronutrientes (vitaminas, minerais e fitoquímicos) (DINTIMAN; WARD; TELLES, 1999).

    Segundo Viveiros (1968) alimentação deve ser trabalhada de acordo com a finalidade de cada tipo de atividade, condições climáticas e o biotipo dos atletas como no caso do handebol. O biotipo dos atletas desta modalidade são de características de peso corporal maior, com muita força muscular e resistência muscular alta. É uma modalidade coletiva que trabalha toda a biomecânica do corpo, por exemplo, saltos, arremessos, rolamentos, deslocamento laterais, piques de contra ataque, contato físico constante. Assim o atleta deve estar preparado para suportar cargas de treinos que podem desgastá-los fisicamente.

    Segundo Fernández, Saínz e Garzón (2002), uma dieta para uma pessoa fisicamente ativa deve ser:

  • Rica em carboidratos complexos;

  • Rica em proteínas de alto valor biológico;

  • Adequada em ácidos graxos essenciais;

  • Suficiente em vitaminas, minerais, água e fibra.

    Para Viveiros (1968), a alimentação do atleta em fase de preparação, respeitado o princípio básico de manter sem alterações essenciais aquilo a que está acostumado a comer, deverá ser:

  • 15% de protídeos (cerca de 120 a 135 gr. de proteínas puras ou 500 calorias, repartindo-se equitativamente proteínas animais e vegetais);

  • 30% de lipídios (entre 100 a 120 gr. de gorduras, ou seja, 900 calorias);

  • 55% de glicídios (500 grs. De açúcares ou farináceos, correspondendo a 2.000 calorias);

  • 4 vitaminas básicas (A, B1, B2 e C) e 4 minerais (cálcio, ferro, fósforo e cobre).

    Segundo Settineri (1974), para um indivíduo normal, usa-se uma dieta de 3.000 a 3.500 calorias, distribuídas da seguinte forma:

  • 15% de protídeos;

  • 30% de lipídeos;

  • 55% de glicídios.

    Para esses autores, a importância dos carboidratos se deve por serem substâncias que proporcionam energia que pode ser rapidamente utilizada para compensar o gasto pela atividade física. O uso da proteína se deve por dois fatores, sendo o primeiro que ela se centra na regeneração dos tecidos destruídos pela realização de atividade física. E segundo pela importância dos aminoácidos essenciais para a regulação e o funcionamento orgânico, tanto de maneira direta, como por fazer parte de diferentes substâncias encarregadas dessas funções.

    Viveiros (1968); Settineri (1974) e Fernández, Saínz e Garzón (2002) resumem que os ácidos graxos são importantes para os processos de construção orgânica e de regulação funcional. As vitaminas e minerais está fundamentado no importante papel estrutural e funcional que essas substâncias desempenham e que repercutem na capacidade de resposta ao exercício físico. Como a água que desenvolve todas as reações físico-químicas como elemento estrutural do organismo. E por fim as fibras convertem-se em um elemento crucial para o correto funcionamento do trânsito intestinal dos alimentos, permitindo a adequada depuração de que necessita a pessoa depois da realização de uma atividade física.

    Devemos também estar atentos aos efeitos que o excesso desses macronutrientes pode causar aos atletas. De acordo com Dintiman et al. (1999), o excesso de carboidratos podem alterar no nível de insulina (hormônio anabolizante), sendo que quanto maior a quantidade de carboidratos, maior será a quantidade de insulina. Esse excesso pode causar no atleta: hipoglicemia; impedir a liberação da gordura corporal estocada para a energia, forçando os músculos a utilizar o glicogênio estocado a uma extensão maior que o necessário; impede que o fígado restaure os níveis de açúcar sangüíneo para manter uma fonte de energia estável para o cérebro. E caso o nível de insulina for muito baixo, os nutrientes necessários não serão direcionados para seus locais apropriados de utilização.

    Quanto à proteína ela influencia no nível do glucagon, que em excesso (ingestão excessiva da proteína) estimula uma condição catabólica que reduz basicamente os níveis de carboidratos e eventualmente estimula uma condição metabólica anormal conhecida como Cetose (DINTIMAN; WARD; TELLES, 1999).

    Segundo esses autores, a gordura que contém ácidos graxos essenciais, estes auxiliam na produção dos hormônios chamados de eicosanóides, que auxiliam no controle da transferência de oxigênio e a liberação dos outros hormônios, tais como hormônio do crescimento, que são necessários para o treinamento.

    Quando procuramos entender e trabalhar com a alimentação de um indivíduo devemos estar atentos a importância que esses macronutrientes e micronutrientes oferecem para eles, como os benefícios que proporcionam na atividade física e treinamentos e também o seu uso excessivo pode causar, assim facilitará num melhor desempenho do atleta no treino e nas competições.

    Dintiman, Ward e Telles (1999) defendem que quanto melhor a dieta, melhor a resposta hormonal resultante e quanto melhor a resposta hormonal, melhor será a performance física. Sendo que para alcançar isso, existem três janelas hormonais distintas para uma performance máxima (DINTIMAN; WARD; TELLES, 1999, p.223-224):

  • A primeira dessas janelas é o período de 30 a 45 minutos antes dos exercícios ou da competição. Nessa janela de pré-exercícios, deve-se iniciar as alterações hormonais que permitem que você diminua a insulina e, portanto, controle a gordura armazenada de maneira mais eficiente. O número de calorias consumidas deve ser pequeno (menos de 100) de modo que não desvie uma quantia significante de energia para a digestão, mas deve fornecer proteínas e carboidratos suficientes para iniciar a alteração dos níveis hormonais antes dos exercícios. Um exemplo de lanche útil consiste de 28 gramas de peito de peru e meia fruta.

  • A segunda janela hormonal ocorre imediatamente após os exercícios. Novamente, você quer comer um pequeno lanche de aproximadamente 100 calorias para determinar o equilíbrio hormonal adequado entre a insulina e o glucagon para a liberação máxima de hormônio do crescimento, que ocorre 15 a 30 minutos após os exercícios.

  • A janela final ocorre no período de duas horas após os exercícios. Nesse momento, você quer comer uma refeição completa (mas ainda manter um equilíbrio hormonal apropriado) para estabelecer os níveis de glicogênio muscular de uma maneira mais eficiente.

    Para Fernández, Saínz e Garzón (2002) o trabalho de alimentação para os treinamentos e competições em primeiro lugar deve ter uma dieta suficiente, equilibrada e saudável. Para esse controle é necessário que seja a educação alimentar trabalhada desde a fase da infância, para melhor controle. Mesmo não sendo na fase infantil o atleta deve manter um compromisso de aceitar o controle alimentar, pois com esse compromisso ajudará que alcance bom rendimento nos treinos e nas competições.

    O trabalho da alimentação em geral, depende do cotidiano do atleta: demandas dos treinos e competições, a rotina diária do atleta (estudos, trabalhos), podem exercer mudanças nos seus hábitos alimentares. O conhecimento da rotina do treino e de seu cotidiano ajudará a identificar e contornar os fatores que limitam o seu consumo dietético (PANZA; DI PIETRO; COELHO; ASSIS; VASCONCELOS, 2007). Como recomenda Ziegler et al. (2002 apud PANZA et al. ,2002), por exemplo, a ingestão de pequenas e freqüentes refeições de adequada quantidade de energia e nutrientes, pode auxiliar os atletas no atendimento de suas necessidades nutricionais, e ao mesmo tempo, prevenir distúrbios gastrintestinais durante o exercício, impedir excessiva ingestão de alimentos e evitar fadiga.

    Vemos que o trabalho da alimentação vem primeiramente na própria casa, dos nossos costumes e hábitos. Nesse ponto devemos procurar estar conhecendo o que estamos comendo, a quantidade que estamos ingerindo, assim para o melhor desempenho na modalidade de handebol, como em outras, faz-se necessário termos como prática nos treinos sugerir aos atletas que relatem um diário de seus hábitos alimentares.

    Para ajudar a alimentação dos atletas devemos propor uma listagem dos alimentos que eles podem ingerir, ou uma tabela de formas de alimentação mais adequada para ajudar na sua refeição pré e pós - treino, como também na refeição pré e pós - competitiva. Para início da alimentação do atleta (desde a infância) Mellion (1997) solicita o uso de um guia de alimentação, como por exemplo, a pirâmide alimentar:

Figura 1. Fonte: Google imagens

    Dentro desta pirâmide alimentar para facilitar o seu uso, Mellion (1997) ressalta também o uso de uma diretriz dietética usada mais para os americanos que se baseia em: comer alimentos variados; manter um peso saudável; escolher uma dieta baixa em gorduras, gorduras saturadas e colesterol; escolher uma dieta rica em vegetais, frutas e grãos; usar com moderação os açúcares; usar com moderação o sal e o sódio; e se ingerir bebidas alcoólicas, fazer com moderação (sendo que em nosso estudo, esse uso de bebida não é ideal para os atletas).

    Usando a base dessa diretriz e da pirâmide alimentar o treinador como mediador dos atletas, deve estar preparado para ajudar os atletas a controlar a sua alimentação nas fases do treinamento, como também nas fases da competição. Para isso ele deve ter em mãos conhecer a importância da refeição no treinamento e a alimentação antes da competição.

    Para facilitar o controle da alimentação dos atletas de handebol, Settineri (1974, p. 120 - 121) cita pontos importantes na alimentação em fase de treinamento:

  • Não alterar radicalmente os hábitos alimentares de um atleta em particular.

  • O reforço da dieta deve obedecer as proporções de 15% de protídeos, 30% de lipídeos e 55% de glicídios.

  • Deve controlar o peso do atleta em fase de treinamento.

  • As calorias a serem administradas são repartidas entre 4 refeições: desjejum, almoço, merenda e janta.

  • O atleta deve obedecer a um horário fixo para as refeições.

  • São contra – indicados os seguintes alimentos: miolo de pão, legumes secos, pastelarias, em particular recheadas com creme, álcool nas mais variadas formas, bebidas gaseificadas, vegetais com celulose em fibras grossas tais como a couve, repolho, aipo, pepino, nabo, cebolas, etc.; peixes gordos e conservas de peixes, frutos do mar, sopas de pescado, caldos de carne, miúdos, carnes de cordeiro (exceto as costelas e pernil), carne de porco (exceto frio e magro), caças, carnes recheadas ou preparadas com condimentos, e produtos de salsicharia, exceto o presunto magro.

  • Verificar a ingestão de água ou de águas minerais sem gás, ingeridas de preferência ½ hora antes da refeição ou 2 horas após a mesma.

    Segundo Fernández, Saínz e Garzón (2002), os horários de refeição e treinamento devem ser bem planejados. Respeitar um tempo aproximadamente de 3 horas entre refeição e atividade física intensa, assim como um tempo de uma hora entre a finalização de treinamento e uma ingestão significativa de refeição.

    Lembrando que Viveiros (1968) também alerta em evitar o trabalho digestivo que possa trazer sobrecarga adicional ao esforço da prova. Reforçando a importância de comer pelo menos três horas antes da competição.

    Esses horários não só devem ser praticados dentro de casa com a supervisão dos pais, mas também devem ser acompanhados com um relatório semanal, mensal, ou de outra forma a critério do treinador, pois esse controle facilitaria muitos treinadores e preparadores físicos a ter atletas mais bem condicionados e aptos a realizar o treino do dia a dia. Essa estratégia é uma dica muito importante que muito poucos profissionais utilizam quando estão treinando alunos das categorias de base.

    A refeição do atleta de forma geral, passa por quatro fases de acordo com Viveiros (1968), Settineri (1974) e Fernández et al. (2002) e são: refeição de treinamento, refeição de competição sendo ela interligada com as: refeição de recuperação, refeição de espera e refeição de meio-tempo.

    O objetivo principal desta refeição pré-competição (fase de treinamento) segundo McArdle, Katch, Katch (1998), consiste em fornecer ao atleta energia suficiente proveniente dos carboidratos e garantir uma hidratação ideal. Mellion (1997) reforça que fisiologicamente, essa alimentação não interfira com o estresse associado á performance atlética.

    Para a alimentação na fase anterior a competição, a sua manipulação está relacionada às necessidades energéticas requeridas para o tipo de prova ou treinamento. Para provas de endurance, os requisitos serão de reservas de glicogênio elevadas. Para provas ou treinamento de força, será preciso um aporte adicional de proteínas de fácil assimilação nas horas que antecedem a realização da atividade física (FERNÁNDEZ; SAÍNZ; GARZÓN, 2002).

    Já para o handebol, vemos que seus requisitos são de reservas de glicogênio moderada e de adicional de proteínas, pois essa modalidade engloba tanto as características de resistência muscular alta e de uso de força muscular intensa.

    As reservas de glicogênio muscular condicionam o rendimento físico, sendo na maioria em atividades de longa duração e de intensidade baixa – moderada. Utilizam-se dietas ricas de carboidratos nos dias prévios à competição.

    Para Fernández, Saínz e Garzón (2002), as dietas hiperglicídicas são as que possibilitam um maior aumento nas reservas de glicogênio. Níveis elevados de glicogênio muscular permitem aos desportistas ter um maior rendimento físico. Assim, em estudos realizados em atletas corredores, uma maior reserva inicial de glicogênio corresponde uma maior capacidade de suportar o esforço prolongado. Embora a velocidade inicial não apresente diferenças quando se comparam corredores com diferentes concentrações iniciais de glicogênio, a velocidade final é maior naqueles que começam com maiores reservas, o que lhes permitia manter a concentração de glicogênio acima dos níveis críticos que fazem perder ritmo na corrida (aproximadamente 3 g/kg de músculo).

    Quando se deseja aumentar as reservas de glicogênio, recomenda-se o regime hiperglicídico com o esvaziamento e desde que o atleta o tenha experimentado durante a temporada, antes que ocorra a competição. Em qualquer caso, dependerá da duração da prova, sendo aconselháveis essas manipulações dietéticas em provas de longa ou média duração (a partir de 30 a 40 minutos). Todos os tipos de manipulações dietéticas que buscam o incremento das reservas de glicogênio, e que podem ser realizadas pela pessoa adulta, são relativamente contra-indicados na criança, dado que para a idade infantil se estabelece mais a primazia na saúde da pessoa que o rendimento físico desportivo que se possa chegar a obter (FERNÁNDEZ; SAÍNZ; GARZÓN, 2002).

    Esse regime hiperglicídico para McArdle et al. (1998) e Settineri (1974) deve ser realizado com cuidado para não acarretar no aumento da produção de insulina, na qual pode causar a hipoglicemia no atleta.

    Os treinadores e profissionais da área do esporte devem tomar o cuidado rigoroso quanto a escolha da dieta dos seus atletas, pois nem todas as dietas podem alcançar o resultado esperado, podendo em alguns casos não obter em nada e de forma mais perigosa podendo causar algumas conseqüências na saúde dos atletas. As dietas especiais citadas pelos autores são para atletas que já tenham passado por uma pequena dieta de teste, já assim preparando o organismo dele para dietas mais fortes. Se for aplicada já em fase de campeonato essas dietas para atletas que não tenham passado por uma adaptação de uma dieta, isso pode ocasionar de ele não responder bem a essa alimentação prejudicando o seu rendimento.

    A dieta mais aconselhável pelos autores antes da competição são a de padrões normais do equilíbrio alimentar, evitando carnes e gorduras saturadas, como também comida muito condimentada. Assim a dieta é especificamente hiperglicídica (para atletas), devendo ser ingerida no máximo duas horas e meia hora antes da atividade.

    Algumas horas antes de realizar o jogo, o atleta começa a se sentir ansioso, fica receoso de jogar, aumenta a sua sede, sente dores estomacais, geralmente acontece mais com atletas iniciantes e também em atletas que estão voltando a jogar vindo de lesões. Mas não significa que só eles irão sofrer disso, pode também grandes atletas experientes também entram em um estado emocional forte, tendo muita ansiedade.

    Para evitar que esses estados quebrem seus rendimentos, Settineri (1974) e Fernández, Saínz e Garzón (2002) aconselham que eles façam uma ingestão de alimentos chamada de refeição de espera. Essa pode ser realizada de diferentes formas, de acordo com as preferências manifestadas por cada pessoa:

  • Exclusivamente ingerindo líquidos, tomados até cerca de 30 minutos antes da realização da atividade. Os líquidos mais aconselháveis a ser ingeridos são a água, sucos de frutas ou verduras diluídos a 50% e, em alguns casos, com levulose ou açúcar; as bebidas não devem ser carbonatadas, e para certas atividades desportivas e em pessoas habituadas, pode-se ingerir apenas meio café, para mobilizar mais rapidamente as gorduras.

  • Comidas semilíquidas, que são digeridas com facilidade e ajudam na hidratação e na incorporação energética, ao mesmo tempo que causam sensação de saciedade e aliviam a sensação de fome e vazio estomacal. Os preparados de comidas semilíquidas podem ser a título de exemplo, purês de verduras, frutas ou cereais diluídos, ás vezes elaborados ou misturados com iogurte.

  • Alimentos diversos que cada desportista escolhe porque tiram a sensação de fome e não lhe causam mal-estar digestivo. Nesse sentido, costuma ser comum a fruta fresca inteira, fruta secas, frutos secos ou algum tipo de bolacha, este último um elemento que, como outros ricos em carboidratos refinados, podem gerar certos problemas.

    Não se recomenda de forma alguma a ingestão de sacarose (açúcar branco), tabletes de glicose, nem qualquer outro alimento muito concentrado de glicose nos 30 a 40 minutos que antecedem a prova ou competição. A razão é que podem dar lugar a um quadro chamado de hipoglicemia reativa, que causará mal-estar físico e esgotamento prematuro durante a realização da atividade física. No nível do sistema nervoso central, essa hipoglicemia pode determinar perda de consciência.

    Para não causar males aos atletas, essa ingestão de espera, de acordo com os autores, requer um período de adaptação durante o treinamento da temporada. Em caso de crianças e adolescentes que apresentem comportamentos hiperativos ou que sejam muitos nervosos essa dieta de espera é muito recomendável, sendo que controlado e acompanhado por profissional da área.

    No handebol, durante a competição, os atletas vão sofrendo de desgastes musculares e perdas de líquidos, por ser um esporte que trabalha muito contato físico e de intensidade alta, como também se lembrar das condições do ambiente, se está em dias muitos quentes ou frios. Para que essa perda não seja muito forte, podendo prejudicar seu rendimento nos momentos finais do jogo, tem-se também o trabalho da alimentação durante a fase do descanso do atleta, que seria no pedido de tempo técnico, no momento que o árbitro para o jogo para atender o atleta machucado ou para limpeza da quadra.

    A refeição de meio tempo tenta conseguir: a) hidratar (para repor os líquidos perdidos pelo suor em situações meteorológicas quentes – embaixo de sol forte; e de alta umidade); b) proporcionar carboidratos (para combater a possível diminuição dos níveis de glicose sangüínea e evitar a hipoglicemia); c) alcalinizar (para combater a acidose metabólica causada pela atividade física, o que se consegue ingerindo águas carbonatadas); d) proporcionar sais minerais (para compensar a perda por suor). Recomendam-se de preferência caldos pouco salgados, soluções não-carbonatadas, soluções açucaradas (20g de glicose em 250 ml de água) e sucos de frutas (FERNÁNDEZ; SAÍNZ; GARZÓN, 2002).

    Para McArdle et al. (1998), a solução ideal para a refeição de meio tempo é a ingestão de líquidos com concentração de carboidratos entre 5% a 8%, pois essas concentrações iram permitir o reabastecimento dos carboidratos sem dificultar a captação de água, a homeostasia dos líquidos e a regulação da temperatura.

    Uma das fases mais importante na competição é a fase de recuperação depois do jogo, na qual o atleta deve tomar um cuidado especial na sua alimentação para poder auxiliar na aceleração da sua recuperação física. Essa fase de recuperação pode ser trabalhada de duas formas: depois do jogo ou no dia seguinte do jogo.

    A alimentação depois do jogo é conhecida como refeição de recuperação, de acordo com Settineri (1974), Fernández et al. (2002) tem as seguintes características: a) hiperídrica (para reidratar e facilitar diurese e, com isso, a evacuação de todos os produtos tóxicos produzidos durante a atividade); b) bicarbonatada (para compensar a acidez do meio interno); c) hipercalórica (com alimento de pouco volume, mas bastante nutritivos); d) hipoproteica (para não acumular mais nitrogênio daquele formado nos metabólitos nitrogenados); e) suficiente em vitaminas e minerais, sobretudo Na, K, Mg e Ca.

    A ingestão mais importante que nunca deve falta para os atletas é a de água. Beber água mesmo sem ter sede deve ser um hábito ensinado à criança dede muito cedo nas aulas de educação física ou em casa. Para evitar que tenha problemas de termorregulação e desidratação, sendo que isso pode implicar em golpes de calor e lesões musculotendinosas (FERNÁNDEZ; SAÍNZ; GARZÓN, 2002).

    Para Viveiros (1968), a importância do consumo de água se deve por ela auxiliar na eliminação rápida de produtos tóxicos de desassimilação, oriundos da fadiga. Sendo os sucos cítricos (laranja-lima, limão e lima) são excelentes meios líquidos para ser tomados na recuperação.

    Já Mellion (1997) refere que o atleta deve ingerir pelo menos oito copos de água por dia. Os atletas que suam muito ou são suscetíveis de desidratação devem consumir, duas horas antes do exercício, mais dois copos de água, seguidos de mais dois copos, entre quinze a vinte minutos antes do exercício.

3.     Conclusão

    Vemos que a alimentação no esporte é uma área muito grande e complexa quando tratamos em encontrar formas mais precisas de nutrição para auxiliar o atleta a obter melhores desempenhos no esporte. Nem toda a alimentação pode ajudar o atleta no seu exercício, e vemos a importância de conhecermos melhor o atleta/aluno, quando se trata dos seus hábitos alimentares.

    O handebol é um esporte dinâmico, que trabalha em conjunto com a força e a velocidade, obrigando o atleta a ter um porte físico ideal para a sua prática. A nutrição para a prática dessa modalidade é de fundamental importância, pois o nível de gasto energético é alto, pela sua intensidade de jogo. Com isso temos que trabalhar com cuidado as diferentes fases da alimentação: refeição de treinamento, refeição de competição, refeição de recuperação, refeição de espera e refeição de meio-tempo.

    Essas fases da alimentação é uma chave muito importante para o treinador e também para o atleta conhecer, é com ela que poderemos auxiliar no desempenho dos seus treinos e jogos. É importante o atleta passar suas informações do seu diário do dia a dia da sua alimentação, isso é o atleta têm que dizer para o técnico quais sãos os seus hábitos alimentares. Tendo em mãos a lista do que os seus atletas comem, ajudaria muito o treinador a observar que alimentos os atletas estão digerindo de forma correta, e quais alimentos estariam causando um baixo rendimento no atleta.

    Essa troca de informações nutricionais é um dos meios mais importantes que todo atleta e treinador devem estar exercendo. Pois vemos que hoje em dia muitos atletas estão se alimentando de forma livre, sem acompanhamento de nutricionista ou do treinador responsável. Esses hábitos por sua vez podem acarretar no atleta a insuficiência de nutrientes importantes para a obtenção de reserva de energia durante o jogo, como também no caso de o atleta ingerir em excesso pode causar hipoglicemia, mal estar, aumentando o seu nível de estresse no treino ou nos jogos. Muitos atletas seguem a risca uma dieta própria, objetivando mais para o seu bem estar e para a melhora do rendimento de sua prática esportiva.

    Com essa afirmação vemos que o trabalho de reeducação alimentar junto com a modalidade deve ter uma harmonia entre si, para poder ajudar os atletas a alcançar um bom desempenho nos seus jogos, como também ajudar a ter uma boa condição de saúde. Assim de forma geral, o trabalho da nutrição esportiva é de suma importância não só para o handebol, e sim para todas as modalidades. O profissional responsável deve procurar conhecer formas diferentes de alimentação que ele possa passar para os seus atletas, e também procurar conhecer melhor os hábitos dos seus atletas, essa união de conhecimento treinador e atleta, facilitaria num melhor desempenho do esporte.

    Sugere-se que tenha no âmbito das pesquisas acadêmicas, produções de trabalhos que mostrem diferentes métodos de alimentação em atletas, trabalhos com diferentes dietas alimentares. Para termos assim um maior acervo de conhecimento sobre a nutrição esportiva, ajudando ainda mais os profissionais da área da Saúde e da Educação Física em seus trabalhos com seus atletas.

Referências

  • BELKA, D. Teaching children games: Becomes a Master teacher. Champaign, IL: Human Kinetics, 1994.

  • BORSARI, José Roberto. Manual de Educação Física. São Paulo, 1970. Editora Pedagógica e Universitária Ltda, volume 1.

  • CAGLIARI, Rafael da Silva. A prática do handebol orientada por avaliações físico motoras. 2007. Tese (Licenciatura em Educação Física) – Universidade Estadual de Maringá, Maringá, 2007.

  • FERNÁNDEZ, M. D.; CASTILLO GARZÓN, M. J.; GUTIÉRREZ SAÍNZ, A. Treinamento físico – desportivo e alimentação: da infância à idade adulta. Tradução por Fátima Murad. Porto Alegre: Artmed, 2 ed., 2002.

  • FERREIRA, R. D’ Alonso. Demandas fisiológicas e treinamento aeróbio no handebol. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Nº 141, 2010. http://www.efdeportes.com/efd141/treinamento-aerobio-no-handebol.htm

  • KRÖGER, C.; ROTH, K. Escola da Bola: um ABC para iniciantes nos jogos esportivos. São Paulo: Editora Phorte, 2002.

  • __________. Manifestações dos Esportes/ Comissão de Especialistas de Educação Física [Ministério do Esporte] - Brasília. Esporte Escolar, Curso de Especialização, Unidade 5. Universidade Estadual de Brasília, CEAD, 2005.

  • McARDLE, William D.; KATCH, Frank I.; KATCH, Victor L. Fisiologia do exercício: energia, nutrição e desempenho humano. Tradução: Giuseppe Taranto. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 1998.

  • MELLION, Morris B. Segredos em Medicina Desportiva: respostas necessárias ao dia a dia em centros de treinamento, na clínica, em exames orais e escritos. Tradução: Luiz Irineu Cibils Settineri – Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.

  • NETTO, Francisco Camargo. Handebol. Porto Alegre: 4ª ed. rev. e aumentada; Prodil-Lial, 1982.

  • NOGUEIRA, Paulo. Pequenos Esportes: malha, bocha, handebol de campo, handebol de salão, bolão, boliche. São Paulo: Editora Cia Brasil, 1970.

  • PANZA, V. P.; COELHO, M. S. C. H.; DI PIETRO, P. F.; ASSIS, M. A. A.; VASCONCELOS, F. A. G. Consumo alimentar de atletas: reflexões sobre recomendações nutricionais, hábitos alimentares e métodos para avaliação do gasto e consumo energéticos. Rev. Nutr. vol.20 no.6 Campinas Nov./Dec. 2007.

  • ROSE JUNIOR, Dante De; SILVA, T. A. F. Modalidades Esportivas Coletivas Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.

  • SETTINERI, Luiz Irineu Cibils. A alimentação do atleta. Porto Alegre: Editora Movimento, 1974.

  • SIMÕES, Antonio Carlos. Handebol Defensivo: conceitos, técnicos e táticos. São Paulo: Editora Phorte, 2002.

  • VASQUES, D. G.; MAFRA, L. F.; GOMES, B. A.; FRÓES, M.Q.; LOPES, A. da Silva. Características morfológicas por posição de jogo de atletas masculinos de handebol do Brasil. Revista da Educação Física// UEM, v. 19, n.1, p.41-49, I. trim. 2008.

  • VIVEIROS, Dr. Marcello Benjamin de. Introdução à Moderna Ciência do Treinamento Desportivo. Divisão de Educação Física Ministério da Educação e Cultura. Brasília, DF. Edição Julho 1968.

  • WERNER, P. Teaching games: a tatical perspective. Joperd, vol. 60 (3), pag. 97-101, 1989.

Outros artigos em Portugués

  www.efdeportes.com/
Búsqueda personalizada

EFDeportes.com, Revista Digital · Año 16 · N° 158 | Buenos Aires, Julio de 2011  
© 1997-2011 Derechos reservados