Efeitos do exercício físico no controle da pressão arterial Efectos de ejercicio físico en el control de la presión arterial |
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*Mestranda em Saúde Coletiva Instituto Luterano de Ensino Superior de Porto Velho/ILES ULBRA Grupo de Estudo do Desenvolvimento e da Cultura Corporal Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação Física **Mestre em Ciências da Saúde, lotado no DEF/UNIR Grupo de Estudo do Desenvolvimento e da Cultura Corporal ***Mestre em Educação Física, lotada no DEF/UNIR Grupo de Estudo do Desenvolvimento e da Cultura Corporal Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação Física ****Mestre em Educação Ambiental Instituto Luterano de Ensino Superior de Porto Velho/ ILES ULBRA Grupo de Estudo do Desenvolvimento e da Cultura Corporal Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação Física |
Eliane Elicker* José Roberto de Maio Godói Filho** Silvia Teixeira de Pinho*** Adriane Corrêa da Silva**** (Brasil) |
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Resumo O presente estudo teve como objetivo investigar o uso dos exercícios físicos como prevenção e tratamento da hipertensão arterial. Os benefícios dos exercícios físicos são muitos, por isso dá – se a importância do hipertenso manter – se em movimento, pois assim a baixa na pressão arterial é rapidamente percebida. Em meados dos anos 90, estudos mostravam que hipertensos eram restritos à prática de qualquer atividade que tivesse esforço físico acima do normal. Nesta revisão bibliográfica, investigou – se esta divergência literária, abordando temas sobre o assunto. Foi visto que o exercício físico é recomendado a hipertensos como forma de tratamento não farmacológico e possivelmente como o único remédio para o tratamento desse mal que vem aumentando cada vez no mundo inteiro. Com isso, o profissional de Educação Física como um orientador de atividades físicas, deve estar preparado e seguro sobre a prescrição e o acompanhamento de trabalhos com sujeitos hipertensos. Unitermos: Hipertensão. Exercício físico. Benefícios.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 16 - Nº 157 - Junio de 2011. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
O exercício físico é um importante fator contra o sedentarismo e diversas doenças, pois melhora não só a capacidade de se exercitar, como também a aptidão física e pode acarretar muitos benefícios para a saúde. Os indivíduos mais fisicamente ativos parecem ter índices menores de mortalidade por todas as causas, provavelmente em decorrência de uma diminuição de doenças crônicas, inclusive doença arterial coronária (TOPOL, 2005).
Ishitani et al. (2006), afirmam que no Brasil a falta da procura por exercícios físicos é um problema que vem assumindo grande importância. As pesquisas mostram que a população atual gasta bem menos calorias por dia, do que gastava há 100 anos, o que explica o aparecimento de diversas doenças, sendo a elevação brusca da pressão arterial a mais comum, fazendo com que o sujeito desenvolva hipertensão arterial (HA) ou pressão arterial alta.
Barreto et al. (2003), afirmam que alguns fatores contribuem para o aumento da pressão arterial. A hereditariedade, as condições de vida e principalmente o estilo de vida, como a ingestão excessiva de sal, sedentarismo, obesidade entre outros, são uns dos principais motivos para a pressão arterial elevar –se, tornando – o um fator de risco cardiovascular contribuindo para uma série de doenças coronárias, renais, acidente vascular cerebral, aneurismas, infarto agudo do miocárdio entre outros. É considerado um sujeito hipertenso quando sua pressão é maior ou igual que 140 mmHg (pressão sistólica) por 90 mmHg (pressão diastólica) ou popularmente conhecido como 14 por 9.
De acordo com Cooper (1990), a hipertensão pode ser considerada perigosa por freqüentemente não apresentar sintomas. A falta de alguma atividade aumenta as chances do indivíduo sofrer problemas cardíacos, assim como risco de morte.
A prática regular de exercícios físicos acompanha – se de benefícios que se manifestam sob todos os aspectos do organismo, principalmente em sujeitos hipertensos.
Os exercícios são benéficos para o tratamento em pessoas com hipertensão e devem ser utilizados no começo do tratamento, tendo em vista a redução de medicamentos, reduções significativas na pressão arterial e um aumento modesto na aptidão física (MONTEIRO et al., 2004).
A HA pode ser tratada de duas formas: com medicamentos (tratamento farmacológico) que controlam a pressão, e exercícios físicos (tratamento não farmacológico), sendo expressamente orientados por um profissional de Educação Física.
O presente estudo objetivou investigar os benefícios do exercício físico no controle da pressão arterial em hipertensos; identificar e analisar as respostas cardíacas depois do exercício físico em hipertensos; apontar as vantagens do exercício físico no cotidiano em hipertensos e apresentar e discutir as normas técnicas para o trabalho em hipertensos.
A pressão arterial não costuma ser medida diretamente, mas estimada com a utilização de um instrumento denominado esfigmomanômetro, que é composto por um manguito inflável de braço conectado a uma coluna de mercúrio. O manguito pode ser inflado por uma bomba de bulbo e sua pressão é medida por meio de elevação da coluna de mercúrio (POWERS E HOWLEY, 2000).
Quando a pressão sangüínea é tirada, o resultado na forma de dois números separados por uma barra, como por exemplo, 120 / 80. O primeiro número, o mais elevado, 120, é conhecido como a pressão sistólica do sangue. Este número sistólico reflete a força que é exercida contra a parede dos vasos enquanto o sangue é bombeado durante a contração ou batimento do coração. O segundo número, mais baixo, 80, é a pressão diastólica do sangue. A leitura diastólica refere – se ao nível da pressão existente nos vasos entre as batidas do coração, quando o músculo está relaxado (COOPER, 1990).
A hipertensão dá – se quando a pressão sistólica em repouso é superior a 140 mmHg ou quando a pressão diastólica em repouso é superior a 90 mmHg ou ambos. Uma medida isolada com valores altos de pressão arterial não significa que a pessoa tenha hipertensão arterial (FERREIRA, 2009).
A hipertensão pode provocar ruptura dos vasos sangüíneos cerebrais, dando origem aos acidentes vasculares cerebrais, bem como dos vasos renais, causando a insuficiência renal, ou dos vasos de outros órgãos vitais, produzindo cegueira, surdez, ataques cardíacos etc. Por outro lado, também pode representar carga excessiva para o coração, levando a sua insuficiência (GUYTON, 1988).
Existem muitos benefícios trazidos pela prática dos exercícios físicos em hipertensos. Souza (2001) destaca alguns benefícios: Melhoria da função pulmonar; Mais disposição pessoal; Melhoria da circulação sangüínea; Redução do estresse, ansiedade e depressão; Reduz o risco de desenvolver doenças cardíacas coronárias e chances de morrer disso; Diminui tanto o colesterol quanto os triglicerídeos e eleva o bom colesterol HDL; Diminui o risco de desenvolver pressão alta e reduz a pressão de quem já é hipertenso; Diminui o risco de desenvolver diabetes do tipo 2 (não depende de insulina); Reduz o risco de sofrer câncer de cólon; Ajuda na perda de peso; Melhora a aptidão física; Retardo do processo de envelhecimento.
Considerações finais
Concluímos este estudo, esclarecendo a real importância do exercício físico em sujeitos portadores de hipertensão arterial, demonstrando que o exercício juntamente com o tratamento farmacológico diminui números pressóricos e se praticado regularmente tem um controle na pressão arterial, diminuindo o tratamento farmacológico e pode se chegar ao tratamento apenas com exercícios físicos.
Verificamos que os portadores de hipertensão podem fazer exercícios aeróbicos e anaeróbicos desde que sejam orientados por profissionais adequados que tenham conhecimento amplo da sua área. Os fatores que elevam a hipertensão e o mecanismo para evitar essa doença, que vem cada vez mais aumentando no mundo inteiro.
É de extrema importância os profissionais de Educação Física discutirem este tema de estudo, pela quantidade de pessoas que não sabem e não procuram um tratamento adequado para tal enfermidade. Pesquisas comprovam que exercícios dinâmicos de leves a moderados, com intensidade de 40% a 60% do volume máximo de oxigênio, praticados pelo menos três vezes por semana se obtêm uma considerável baixa na pressão arterial, beneficiando também o sujeito em atividades diárias.
Referências
BARRETO-FILHO, J.A.S.; KRIEGER, J. E. Genética e hipertensão arterial: conhecimento aplicado à prática clínica. Revista Brasileira de Cardiologia. Estado de São Paulo 2003.
COOPER, Kenneth H. Controlando a hipertensão. 1ª edição. Editora Nórdica, 1990.
FERREIRA, J.A.C. Aspectos da utilização do treinamento de força em programas de reabilitação cardíaca. Ver. SOCERJ. Vol X, nº 4. 2007.
GUYTON, Arthur C. Fisiologia Humana. 6ª edição. Guanabara. Koogan, 1988.
ISHITANI, Leonice Harumi; FRANCO, Glaura da Conceição; PERPÉTUO, Ignes Helena Oliva; e FRANÇA, Elizabeth. Desigualdade social e mortalidade precoce por doenças cardiovasculares no Brasil. Revista Saúde Pública. Edição 40. Vol.4, 2006.
MONTEIRO, Maria de Fátima; FILHO, Dário C. Sobral. Exercício físico e o controle da pressão arterial. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. 2004.
POWERS, Scott K.; HOWLEY, Eduard T. Fisiologia do Exercício: teoria e aplicação ao condicionamento e ao desempenho. 3ª edição Barueri – SP. Manole Editora. 2000.
SOUZA, Valéria Alvin Igayara de. Atividade Física. Consultoria Fitness. Ano 2001. Disponível no site: www.uol.com.br/cyberdiet Acessado em 20/072010
TOPOL, Eric J. Tratado de Cardiologia. Rio de Janeiro. 2ª edição. Editora Guanabara Koogan S.A., 2005.
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