Métodos de treinamento empregado pelos treinadores nas escolinhas de futsal do município de Caratinga, MG e o desenvolvimento da inteligência tática Métodos de entrenamiento utilizados por los entrenadores en las escuelas de futsal del municipio de Caratinga, MG y el desarrollo de la inteligencia táctica |
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Universidade Norte do Paraná Londrina, PR (Brasil) |
Gleison José Damasceno Denilson de Castro Teixeira |
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Resumo O futsal é um dos esportes que mais cresce em âmbito nacional e internacional apresentando como característica, um jogo de ambiente aberto, imprevisível e consequentemente, os jogadores que o praticam tem que resolver problemas o tempo todo. Sendo assim, os treinadores têm que direcionar as sessões de treinos para desenvolver a tomada de decisão e solucioná-los. Este estudo teve como objetivo verificar se os métodos de treinamento empregado pelos treinadores nas escolinhas de futsal da cidade de Caratinga-MG desenvolve a inteligência tática dos jogadores. Para isto, foram pesquisados 4 treinadores, representando 80% dos profissionais que atuam na cidade de Caratinga-MG, todos do sexo masculino. Foi elaborado um questionário contendo perguntas referentes ao conhecimento sobre os métodos existentes na literatura do desporto futsal e ao mesmo tempo, observadas sessões de treinos empregados pelos mesmos para verificação de qual(s) método (s) foi realizado. Os principais resultados encontrados foram: os treinadores (75%) conhecem como método, um processo para atingir um determinado objetivo; todos os treinadores utilizam como atividades nas sessões de treinos, o coletivo ou o jogo de 5x5; o método utilizado por todos os treinadores foi o global ou de confrontação. Com os resultados obtidos, chegou-se a conclusão que, os métodos empregados pelos treinadores nas escolinhas de futsal da cidade de Caratinga-MG desenvolve a inteligência tática dos jogadores por ser similar a situação real de jogo, levando os jogadores a tomada de decisão e conseqüentemente para uma melhor capacidade de jogo. Unitermos: Futsal. Métodos de treinamento. Inteligência tática.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 16 - Nº 156 - Mayo de 2011. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
Atualmente, um dos desportos que mais cresce em número de adeptos no Brasil e no mundo, é o futsal. Nicolino (2008) conceitua o futsal como um esporte coletivo, acíclico, dividido por categorias de idade, podendo ser praticado por principiantes ou não, com regras próprias de forma recreativa, educativa ou competitiva.
Santana (2005) diz que o futsal, esporte que surgiu da fusão entre o futebol de salão e o futebol cinco, no final da década de 80 do século XX desenvolveu-se substancialmente nos últimos dez, doze anos. Muito disso, deve-se às significativas alterações ocorridas nas suas regras. Estas teriam feito do futsal, em comparado ao futebol de salão, um esporte mais dinâmico, competitivo e atraente.
Com esta popularidade do desporto, surgem várias escolinhas de futsal, na qual o treinador tem de ser conhecedor profundo da modalidade e saber instruir as sessões de treinos usando os métodos de treinamento: analítico, global, misto e suas variações. É importante destacar, porém, que todos apresentam vantagens e desvantagens instalando a dificuldade de qual método é mais adequado ou eficiente para que os alunos possam aprender a prática e consequentemente sua possível evolução. Neste intuito, menciona Costa (2003), que o método de ensino adequado é o caminho mais rápido para se atingirem objetivos e metas essenciais de qualquer modalidade esportiva.
O jogo de futsal representa um ambiente imprevisível e caso o treinador não direcione o treino similar a situações reais de jogos, os alunos serão apenas reprodutores de gestos técnicos que atacam e defendem sem saber o que fazer e como fazer para alcançar êxito nas partidas. Desta forma, o aprendiz não será capaz de tomar decisão adequada, caso não realize em seus treinos, métodos que possam desenvolver sua inteligência tática quando enfrentar problemas mediante os jogos. Nesse sentido, Garganta e Oliveira (1996 apud SAAD, 2002) referem-se ao domínio das técnicas específicas e a capacidade de tomada de decisões, como fatores dependentes da adequabilidade às situações de jogos.
Neste intuito, justifica-se o estudo, para instigar os profissionais da área, a direcionarem seus métodos de treinos oportunizando os jogadores a resolverem problemas durante os jogos, tirando da zona de conforto para atingir tomada de decisões de acordo com a leitura do jogo formando jogadores inteligentes tanto intra como extra quadra, pois se verifica que os livros didáticos trazem os métodos de ensino de forma separada, entendendo-se que os treinadores devem seguir esta linha formando jogadores reprodutores de movimentos. Sendo assim, após este estudo, os treinadores terão uma visão de uma maneira didática para trabalhar com futsal de forma mais produtiva e desenvolvendo a inteligência tática neste contexto complexo e imprevisível do futsal, pois o mesmo se torna cada vez mais atraente e competitivo exigindo de seus praticantes um melhor nível de rendimento com relação aos aspectos cognitivos, psicológicos e motores para resolução de problemas mais complexos.
Portanto, este estudo tem como objetivo verificar se os métodos de treinamento empregado pelos treinadores nas escolinhas de futsal da cidade de Caratinga-MG favorecem a inteligência tática.
Breve histórico e evolução do Futsal
Quando se relata sobre histórico do futsal, a primeira pergunta que normalmente se faz é: qual a origem deste desporto?
Teixeira Júnior e Figueiredo (1996 apud TENROLLER, 2004) defendem que o futsal surgiu no Brasil, enquanto que os estudiosos Apolo (1995) Lucena (1994) e Zilles (1987) atribuem tal origem ao Uruguai. Para Lopes (2004), a possível paternidade do futsal é da Inglaterra, onde se desenvolveu uma espécie de futebol praticado em salões ingleses por volta de 1885, quando o futebol de campo se profissionalizou, sendo jogado então, o Drible Game que aos poucos foi tomando forma e espalhando-se até que na década de 1930, surgiram oficialmente os primeiros relatos escritos do futebol de salão.
Neste contexto, pode-se afirmar que, o futebol de salão surgiu no Uruguai em 1930 com o Juan Carlos Ceriani, que criou as primeiras regras e na mesma década, Asdrúbal Monteiro, João Lotufo e José Rothier trouxeram para o Brasil estas regras sendo difundida de forma muito rápida, ou seja, criado no Uruguai e difundido para todo o mundo através do Brasil.
Sobre sua evolução, menciona Lopes (2004), que em 1958 o futebol de salão se oficializou no Brasil; em 1970, foi criada a FIFUSA (Federação Internacional de Futebol de Salão), entidade maior que organizavam pan-americanos e mundiais de clubes e seleções.
Em 1979, segundo Tenroller (2004), aconteceu à extinção da CBD (Confederação Brasileira de Desporto) sendo fundada a CBFS (Confederação Brasileira de Futebol de Salão), que possibilitou grandes eventos em nível nacional e internacional.
Em 1990, houve a principal mudança no cenário deste desporto, pois a FIFUSA que dirigia o futebol de salão fez uma fusão com o futebol de cinco da FIFA (Federação Internacional de Futebol e Amadores), padronizando as regras e mudando a nomenclatura para FUTSAL que é o nome atualmente utilizado, mas que ainda em alguns países ou até mesmo no Brasil, por questões culturais se fala em futebol de salão (LOPES; TENROLLER 2004).
O Brasil é um dos principais destaques da modalidade no mundo; atualmente é Hexa-campeão mundial de seleções (1982, 1985, 1989, 1992, 1996 e 2008). Seus principais rivais são os sul-americanos Argentina e Paraguai e os europeus: Itália e Espanha.
Métodos de treinamento no futsal
O futsal é uma modalidade que possui características de contexto aberto, imprevisível sendo classificado dentro dos Jogos Esportivos Coletivos por apresentar os denominadores comuns: uma bola; um espaço físico para realização da disputa; existe um alvo a atacar e outro a defender; há regras a respeitar; existem colegas para cooperação e adversário cuja oposição importa vencer (SAAD, 2002).
Na literatura, encontram-se alguns métodos que são utilizados pelos professores das escolinhas de futsal para o processo de ensino-aprendizagem durante as sessões de treinos.
Método, de acordo com Ferreira (1986, apud TENROLLER, 2004), vem do grego méthodos, caminho para chegar a um fim e ainda, caminho pelo qual se atinge um objetivo, sendo processo ou técnica de ensino.
Canfield (1981 apud TENROLLER, 2004) completa que sugerem formas organizadas e sistemáticas de cientificamente criar ambientes de aprendizagem que conduzem a resultados favoráveis.
Podemos citar os métodos analítico, global e misto, suas variações e classificações conforme especificações a seguir:
Princípio do método analítico ou parcial
Xavier (1986, apud TENROLLER, 2004, p. 51), “Este método consiste em ensinar destrezas motoras por partes para, posteriormente, uni-las”.
De acordo com Santana (2005), esse modelo surgiu, primeiramente, nos esportes individuais. É, particularmente, representado pelo método parcial e assume várias definições que apontam para um mesmo ponto: as habilidades são treinadas fora do contexto de jogo para que, depois, possam ser transferidas para as situações de jogo.
Um fragmento do conteúdo específico do futsal subdivide-se em dois grupos de
elementos técnicos, a fim de facilitar o aprendizado das especificidades de
jogadores de quadra e dos goleiros. Desta forma, temos os elementos das
Técnicas Individuais dos Jogadores de Linha e elementos das Técnicas
Individuais do Goleiro (ambos subdivididos em ações com bola e sem bola),
conforme elencados e apresentados sinteticamente, segundo Rezer (2003):
Técnicas Individuais dos jogadores de linha: domínio; passe;
recepção; condução; drible; chute; marcação; finta; antecipação;
cabeceio; bloqueio;
Técnicas Individuais do goleiro: empunhaduras; defesas baixas; defesas
altas; arremessos/lançamentos; saídas de gol; domínio; passe; recepção;
chute.
Para Costa (2003), podemos classificar os exercícios no método analítico de acordo com o número de fundamentos envolvidos na sua realização, visando uma melhor distribuição no momento de organizar uma seqüência pedagógica ou série:
Exercício Simples:
Exercícios Combinados:
Para Santana (2005), quando falamos em métodos parciais, métodos analíticos, exercício por partes, atividades centradas na técnica, geralmente estão considerando o princípio analítico-sintético. Reis (1994, p. 9), o define como “[...] aquele em que o professor parte dos fundamentos, como partes isoladas, e somente após o domínio de cada um dos fundamentos o jogo propriamente dito é desenvolvido”.
Desvantagens do método analítico
O ambiente do método parcial muitas vezes é desaconselhável de acordo com Rezer (2003), porque se observa o abuso da verbalização, sobretudo para pedir a bola. Outra característica marcante é a extrema aglutinação em torno da bola e a elevada utilização da visão centralizada. Como característica marcante, evidencia-se a centralização da atenção na bola e problemas de compreensão do jogo.
Dentro da forma de trabalho citado acima, as variáveis negativas podem ser, segundo Costa (2003):
Não possibilita o jogo por imediato, por conseqüência, não motiva a sua prática;
Cria-se um ambiente que não há criatividade por parte dos alunos;
Pode proporcionar um ambiente monótono e pouco atraente;
Por se trabalhar as habilidades motoras, o método parcial não consegue criar situações de exigências próprias do jogo.
Para Garganta (1995) apud Rezer (2003), não pode ser desenvolvido apenas através de soluções impostas, ou seja, centrada apenas na técnica, pois as ações se tornam mecanizadas, e a criatividade (extremamente importante na resolução de problemas), ainda não encontrou melhor forma de se desenvolver em sua plenitude do que através de situações lúdicas de descoberta.
Vantagens do método analítico
Na mesma perspectiva, as variáveis positivas da forma de ensino deste método podem ser de acordo com Costa (2003):
Possibilitar o treino motor correto e profundo de todos os elementos da técnica do jogo;
Possibilitar ao professor aplicar correções imediatas à realização de um gesto técnico errado por parte do aluno;
Acompanhar os progressos de aprendizagem sob a forma de avaliação de desempenho é facilmente realizável;
Permitir ao professor trabalhar dentro dos estágios de aprendizagem, individualizando o ensino das habilidades, desta forma, respeitando o ritmo de aprendizagem de cada aluno.
Conforme Reis (1994 apud REZER, 2003), as propostas do ensino/ aprendizagem de esportes coletivos sugeridos pela bibliografia brasileira, propõem basicamente o ensino através do método parcial de ensino, sendo a maioria das propostas metodológicas de ensino diz respeito à fragmentação do esporte em etapas a serem cumpridas, e não como um processo dissociando o ensino da técnica da tática.
O princípio do método global
Santana (2005) ressalta que ao falarmos de método global, nos referimos ao
princípio metodológico global-funcional. Neste, criam-se “[...] cursos de
jogos, que partem da simplificação de jogos esportivos de acordo com a idade,
e através de um aumento de dificuldades na formação de jogos até o jogo
final (DIETRICH; DURRWACHTER; SCHALLER, 1984, p. 13)”. A série de jogos
(recreativos, grandes jogos, pré-desportivos...), portanto, representa a medida
metodológica principal.
De acordo com Reis (1994 apud SANTANA, 2005), o método global parte da
totalidade do movimento e caracteriza-se pelo aprender jogando; parte-se dos
jogos pré–desportivos (jogos com algumas alterações nas suas regras) para o
jogo formal; utiliza-se, inicialmente, de forma de jogo menos complexas cujas
regras vão sendo introduzidas aos poucos.
Esse método (global) tem se mostrado mais consistente quando comparado aos analíticos, pois atende o desejo de jogar dos alunos, conseqüentemente, estes ganham em motivação e o processo ensino-aprendizagem é facilitado (GRECO, 2001 apud SANTANA 2005).
Para Costa (2003), o método global pode ser classificado em:
Pequenos jogos Esportivos:
Jogo Simplificado:
Grande Jogo:
Para Ferretti (2007) apud Lima e Laureano (2008), o método global desde cedo, partindo de formas jogadas, pequenos jogos e jogos simplificados até chegar ao grande jogo.
Costa (2005), na iniciação desportiva deve se ter como prioridade à preparação da criança para o aprendizado do jogo. Na iniciação ao futsal, prepara-se a criança para jogar, desta forma, procurando desenvolver na criança sua capacidade de jogo.
Desvantagens do método global
Na mesma perspectiva, as variáveis negativas da forma de ensino deste método podem ser de acordo com Costa (2003):
O aluno demora a ver o seu progresso técnico, o que pode provocar a desmotivação;
Não proporciona uma avaliação eficaz sobre o desempenho do aluno;
A repetição é uma constante neste método;
Não permite o atendimento das limitações individuais.
Vantagens do método global
Na mesma perspectiva, as variáveis positivas da forma de ensino deste método podem ser para Costa (2003):
Possibilita que desde cedo o aprendiz comece a praticar o jogo;
A técnica e a tática estão sempre juntas;
Permitem a participação de todos os elementos envolvidos, como o movimento, à reação, percepção, ritmo e outros;
Aumenta a motivação da pratica.
Conforme Greco (1998) apud Rezer (2003) é importante oferecer para as crianças situações de jogo (do próprio jogo, em que as tarefas/problemas sejam típicas).
Relata Rezer (2003), quanto maiores for às possibilidades de percepção das situações problema no decorrer de um jogo, maior poderão ser as possibilidades de resolução dos mesmos, devido a uma leitura mais ampla e precisa das situações ocorridas.
Santana (2005) destaca-se, no método global, o fato de que os alunos, ao jogar, são obrigados a tomar decisões. Para tomá-las, deverão considerar fatores, como, por exemplo, o adversário, a sua colocação, a colocação do adversário, o posicionamento dos seus companheiros e o que fazer com e sem posse de bola, ou seja, quem joga interage com os imprevistos que somente o jogo propicia. A possível decorrência disso é tornar-se mais inteligente para jogar. Por conseguinte, as habilidades são desenvolvidas num contexto de jogo de forma aberta (vivenciadas num contexto de imprevisibilidade), projetando uma herança de movimentos e de leitura tática promissora para quem aprende.
Variações do método global
A seguir, serão apresentados as variações do método global, saindo do contexto do jogo complexo que muitos treinadores pensam a este respeito, que o treino no método global é aquele onde se joga 5 contra 5 ou se treina em forma apenas de jogo.
Método Global em forma de jogo ou Método de Confrontação
Este método consiste na prática do desporto como um todo, acontecendo todos os fundamentos, partindo do princípio que se aprende um desporto através do próprio jogo. (TENROLLER, 2004).
Método em Série de Jogos
Este método tem muitas semelhanças ao global em forma de jogos, sendo que na prática, ele se torna mais fácil de entendimento. Para colocá-lo em prática, estabelece que nas séries de jogos sejam feitos pequenos jogos, e em cada uma, será trabalhado um dos fundamentos técnicos do futsal. Como exemplo, em cinco minutos, será realizado apenas passe ou os tipos de passes, em outro jogo, poderá ser feito o passe somente após o aluno ter realizado um drible. Este método é mais indicado para os professores que precisam analisar os jogadores, para algum tipo de seleção, peneira ou até mesmo para detectar o que o jogador está com defasagem de aprendizado. (TENROLLER, 2004).
Método Recreativo
Este é o método mais adotado na iniciação do futsal, sendo que muitos estudiosos o defendem em suas teorias, fazendo-se presente em todas as realidades e níveis do futsal, no qual, nas equipes de alto nível, a quantidade de treinos com ênfase lúdica é proporcionalmente menor, sendo em muito, os elementos técnicos ou táticos possam ser abordados de forma recreativa e no alto nível, o seu efeito antiestressante é muito valorizado (TENROLLER, 2004).
Método analítico x global
Para Costa (2003), a importância da aprendizagem, do método de ensino, justifica-se pela necessidade da formação de um aluno inteligente que possa resolver, da maneira mais apropriada, os problemas que ele encontra em forma de situação de jogo.
Segundo Rezer (2003), a fragmentação do ensino, pelo fato de que os aspectos técnicos, táticos, históricos e culturais da modalidade esportiva, não podem ser descontextualizados, sendo interpretados como se somados a peças, compõem o jogo.
Saad (1997 apud REZER, 2003), aponta para a necessidade de contextualização entre a técnica e a tática, como relação indissociável, mas a grande maioria das obras que circulam sobre o ensino do futsal, por mais que apresentem metodologias alternativas de ensino (por exemplo, baseadas no lúdico), ainda tratam à técnica e a tática de forma segmentada.
Nesta forma de entender a sistematização pedagógica da construção do conhecimento técnico e tático como sendo indissociáveis, podemos citar Greco (1998 apud REZER, 2003), em que, em um compêndio com vários autores que analisam o esporte do ponto de vista de interação entre técnica e tática, propõem a promoção de situações de resolução de problemas no desenvolvimento do jogo, através de ações técnicas e táticas.
Seguindo esta linha, Souza e Leite (1998 apud REZER, 2003), no futsal, propõem o desenvolvimento de situações reais de jogo, onde através da técnica, situações em que o jogador se depara a todo o momento, são resolvidas, tornando a aprendizagem mais significativa. Os autores desenvolvem sua proposta através do que chamam de Estruturas Funcionais, ou seja, as determinações cognitivas e motoras que surgirão, mediante uma exigência estabelecida no decorrer do jogo.
Para Santana (2005), como explicitado, os princípios e métodos de ensino são opostos e têm objetivos distintos. O analítico é centrado na técnica, em exercícios, na repetição dos gestos esportivos e na especialização precoce do aluno em cima de algumas técnicas. O global é centrado na tática, no jogo, cujo ambiente torna-se mais prazeroso, a especialização precoce de algumas habilidades é refutada e o objetivo é desenvolver a inteligência do aprendiz.
Discordo fazer da iniciação esportiva, principalmente dos 05 aos 12 anos, que é a faixa de idade que a criança procura o futsal, uma busca constante pelo aprimoramento técnico. E mais, transmitir uma técnica para a criança torna-se simples e vazio, porque a técnica não gera conflitos, não gera dúvidas, não permite a descoberta, não incita a criatividade. Sugere apenas um modelo pronto e acabado. (SANTANA 1996, pág. 119).
De acordo com Santana (1996), a técnica está muito distante da criatividade, pois sugere um modelo a ser seguido, estando longe do imprevisível, pois é limitada, distante do lúdico, pois é monótona, longe do participativo, pois é repetitiva, sendo assim, uma aula linear, previsível, enquanto que a aula que priorize a qualidade das relações entre crianças e o seu corpo, com o companheiro e o objeto são totalmente imprevisíveis.
No que se referem os treinamentos, fazendo das aulas o fragmento do jogo como um todo, ou seja, desmembrando o total por partes, não seria tão conveniente, pois a ação de chutar, passar, driblar, dominar, marcar, etc., está implícita no jogo, partindo assim para o abandono da criatividade ou tomada de decisão dos jogadores, não havendo uma exploração intelectual.
Pinto (1996) apud Saad (2002), a verdadeira dimensão da técnica repousa então na sua utilidade para servir a inteligência e a capacidade de decisão tática dos jogadores e das equipes no jogo. Sendo que um bom executante é capaz de selecionar as técnicas mais adequadas para responder às sucessivas configurações do jogo. Por isso, o ensino e o treinamento da técnica no futsal não devem restringir-se exclusivamente ao gesto técnico, mas atender sobre tudo as imposições da sua adequação às situações de jogo.
Na verdade, a aula não tem que ser uma receita de bolo onde os alunos já sabem o que fazer, onde não há conflitos para resolver situações reais de jogo, este treino tem que ser de certa forma, uma desorganização situacional para que o jogador possa pensar em se organizar ou qual será o melhor caminho para resolver determinada ação imposta no treino que poderá ocorrer durante uma partida de futsal, desenvolvendo o que chamamos de tomada de decisões, onde o treino sendo analítico ou não, possa desenvolver tudo isto já mencionado, mas que quando o treinador trabalhe como parte principal suas aulas utilizando o método analítico, isto dificilmente será alcançado.
Variações de tarefas nas sessões de treinos e suas implicações no contexto do futsal
O gráfico posterior mostrará como as tarefas realizadas podem interferir na aprendizagem do aluno/aprendiz/jogador, de acordo com a variabilidade das mesmas. (WILLIAMS e HODGES 2005 apud RÉ 2009).
Gráfico 1. Variabilidade de prática, interferência contextual e solicitação de tarefa
O autor Ré (2009), através deste gráfico, mostra as quatro fases da variabilidade das tarefas apresentadas pelos treinadores e o que elas podem desencadear no treinamento:
1ª Parte superior esquerda:
2ª Parte inferior esquerda:
3ª Parte inferior direita:
4ª Parte superior direita:
Neste contexto, pode-se dizer que, o lado esquerdo do gráfico apresenta um treinador que emprega o método analítico, com nenhuma ou pouca variação das sessões de treinamento apresentando baixa interferência contextual do futsal, na qual o aluno sempre faz à mesma coisa várias vezes, enquanto que o lado direito do gráfico, apresenta o método global com suas variações com alta interferência contextual, sendo a mais indicada para desenvolver a inteligência tática dos jogadores, pois apresenta atividades de características de ambiente aberto e imprevisível como é o jogo de futsal.
Metodologia
Este estudo caracterizou-se como pesquisa de campo descritiva, que segundo Lakatos e Marconi (2001), é aquela que tem como objetivo coletar informações perante um problema, por meio da observação e análise dos fatos, procurando uma comprovação de hipóteses e/ou até mesmo o descobrimento de novos fenômenos e suas relações. Para população e amostra, foram pesquisados 4 treinadores representando 80% da população que trabalha com escolinhas de futsal da cidade de Caratinga-MG, todos indivíduos do sexo masculino. Foi utilizado um questionário com perguntas elaboradas pelo pesquisador e orientador e observação de duas sessões de treinos quanto aos métodos de treinamento empregado por estes treinadores pesquisados e um formulário de observação. Os dados foram coletados nos meses de agosto e setembro de 2009 nas escolinhas de futsal onde os treinadores trabalhavam. Os dados foram analisados por meio da freqüência de respostas.
Resultados e discussão
Na Tabela 1 são apresentados os resultados referentes às características gerais do perfil dos treinadores pesquisados, temos. Verifica-se que 75% não têm formação em educação física; 75% nunca realizaram cursos de capacitação na área, mesmo já atuando diretamente com o futsal.
Tabela 1. Características gerais do perfil dos treinadores pesquisados
O ensino do futsal deve ser feito pelo professor de Educação Física, competente para propiciar o aprendizado, estabelecendo objetivos, conteúdos, metodologia e avaliação do ensino. (SANTANA, 1998).
Costa (2003) ressalta que as atitudes que devem ser desenvolvidas pelo professor, a parte prática, o desejo das crianças, as habilidades motoras e psicomotoras e as diversas categorias a serem atingidas com este trabalho, necessitam, acima de tudo, de uma sequência pedagógica e uma metodologia adequada.
Para Costa (2009) o jogador somente poderá realmente ser considerado como criativo quando apresentar em seu comportamento os 4 elementos descritos neste texto: velocidade, antecipação, versatilidade e universalidade. Para que isto seja conseguido o professor desempenha um papel fundamental como componente que realiza a iniciação e formação esportiva do aluno, tendo como principais funções proporcionar uma formação esportiva que obedeça a uma seqüência adequada aos processos de desenvolvimento, crescimento e aprendizagem motora do aluno.
Na Tabela 2, verifica-se que nas categorias trabalhadas a média da sessão de treino é de uma hora com freqüência de duas vezes semanais.
Tabela 2. Média de duração e freqüência semanal dos treinos
Diante dos fatos de que, para o aprendizado da técnica e da tática do futsal, são necessários para uma correta adequação pedagógica dos conteúdos, aplicando metodologias adequadas a cada nível de aprendizagem, iniciando o ensino pelos conteúdos mais simples e passando aos mais complexos, principalmente na iniciação (ANDRADE JÚNIOR, 2007).
De acordo com Machado e Gomes (1999), relatam que os elementos técnicos, no primeiro ano, são apresentados separadamente, compondo um mesociclo, e devem ser trabalhados através de jogos que não representem a forma específica do movimento, preocupando-se apenas com a fixação do processo completo do gesto. No segundo ano, aparecem de forma combinada (chute e passe; condução e chute; drible e passe; etc.), atendo-se, entretanto, em situações diversificadas, que podem ocorrer durante o jogo (entenda-se: o Futsal propriamente dito), não incorporando, seguidamente, trabalhos no qual, a criança irá realizar gestos da técnica de grande complexidade ou que acarretam sobrecarga sobre o aparelho locomotor.
Na Tabela 3 são apresentados os conhecimentos dos professores sobre os métodos de ensino e atividades propostas e os motivos da utilização.
Tabela 3. Métodos e justificativa dos métodos de trabalho utilizados
Um dos erros que se comete ao tentar ensinar esporte, a crianças e adolescentes, é dar as respostas aos problemas, e não propor desafios (KORSAKAS, 2002). Na infância é mais coerente propor situações que possibilite o desenvolvimento do pensamento autônomo, e não o puro treinamento do gesto (SAAD, 2002).
Para atingir o objetivo proposto do estudo em questão, foi realizada uma ficha de observação para comparação da veracidade das respostas dadas no questionário e as aulas práticas, obtendo os seguintes resultados:
Todos os treinadores (100%) utilizam o jogo propriamente dito ou jogo de 5x5 (coletivo) como parte principal das sessões de treinos dando orientação sobre posicionamentos e ações a serem executadas pelos jogadores. Ex: passa a bola, chuta ao gol, volta, fecha o meio, etc.
A importância da aprendizagem, do método de ensino, justifica-se pela necessidade da formação de um aluno inteligente que possa resolver, da maneira apropriada, os problemas que ele encontra em forma de situação de jogo. Costa (2003).
Em relação a qual método o professor se enquadra de acordo com a literatura do futsal, verificou-se que todos (100%) utilizam o método global.
De acordo com a literatura, as atividades se encaixam no método global ou de confrontação.
Saad (2002) realizou um estudo coletando dados de 10 sessões de treinamento de jogadores de Futsal, do gênero masculino, das categorias pré-mirim (10 e 11 anos) e mirim (12 e 13 anos), e respectivos treinadores de 3 equipes em cada categoria de clubes situados na cidade de Florianópolis-SC em diferentes períodos de treinamento durante a temporada esportiva de 2001. Os resultados obtidos indicam que a maior parte do tempo gasto nas sessões de treinamento é com atividades de jogo (34.3%) e treino técnico (28.5%). As atividades de fundamentação técnica constituem a maior preocupação destes escalões de formação (63.7% das atividades encontradas). As progressões de exercícios mais frequentes foram de exercícios de fixação da técnica seguidos de exercícios de competição. De modo geral, pode-se afirmar que na organização e estruturação das sessões de treinamento técnico-táticas prevalece uma metodologia diretiva, basicamente centrada nos elementos técnicos do jogo. As evidências confirmam a utilização de um modelo tradicional apoiado na metodologia do treinamento, própria do esporte de alto rendimento.
Em uma pesquisa realizada por Rezer (2003) desenvolvido com alunos matriculados em quatro Escolinhas de Futsal, na cidade de Chapecó (SC), pertencentes às categorias Fralda e Pré-mirim, com idade variando entre seis e dez anos. A amostra foi selecionada através de um levantamento da quantidade de escolinhas existentes no município e contou com 06 professores e aproximadamente 120 crianças. As aulas observadas seguiram o modelo tradicional, com ênfase no ensino dos fundamentos técnicos, basicamente através do método parcial.
Sobre a observação se as atividades propostas desenvolvem a inteligência tática dos jogadores, observou-se que todos (100%) os professores adotam atividades que contemplam esse objetivo.
Como trabalham com o método global de ensino, e mesmo sendo complexo para muitos jogadores, se assimila com situações reais de jogos melhorando percepção do jogo, ou seja, desenvolve a inteligência tática dos jogadores.
Com este resultado obtido, os treinadores buscam a aprendizagem do aluno através do próprio jogo, com situações parecidas com a realidade de um jogo de futsal.
Santana (1996), diz que a criança aprende mediante aquilo que ela vivência.
De acordo com Voser (1998), realizou um estudo, cujo objetivo era verificar analisar e interpretar as intervenções pedagógicas utilizadas pelo professor nos Programas de Iniciação ao Futsal chegando ao resultado que indica a existência de uma pedagogia que privilegia um modelo de ensino tradicional, com metodologia diretiva, basicamente técnica, sem poder reflexivo e crítico por parte das crianças, onde os professores sempre faziam a mesma dinâmica, escolhendo cinco para cada lado, definindo posições e quando sobrava algum aluno, este ficava na reserva esperando o professor chamá-los e o jogo obedecia às regras oficiais preocupando assim com o desempenho competitivo.
Pinto e Santana (2005) procuraram identificar, entre dois princípios metodológicos clássicos − analítico-sintético e global-funcional − qual o mais utilizado em aulas de futsal para crianças de sete e oito anos de idade. O cenário da investigação foram quatro escolas especializadas em Santa Maria (RS). Observaram-se oito aulas e descobriu-se que o princípio analítico-sintético foi o único utilizado. Concluiu-se que a crença pedagógica dessas escolas é a de que as crianças aprenderão futsal praticando séries de exercícios, o que, de um lado, contribui para que aquelas se desenvolvam tecnicamente, mas, de outro lado, lhes compromete a inteligência tática.
Contesta Santana (1996) que, quanto menos um jogador raciocinar para agir, melhor. Não há como fragmentar uma ação dinâmica de um jogo. Faz-se necessário agir, e quanto mais criativo e imprevisível, melhor, pois surpreenderei meu adversário, então por que haver uma preocupação constante em fragmentar a aprendizagem do jogo? Na iniciação, o interessante é levar a criança a vivenciar os fundamentos ludicamente, numa totalidade.
O que não se pode confundir é trabalhar utilizando o método global em forma de jogo ou método de confrontação, sendo para as categorias iniciantes, um pouco complexa, desestimulando a sua prática, pois, para explicar o que é complexidade, Santana (2002) recorre a Araújo, para quem: De acordo com Morin, a complexidade é um fenômeno quantitativo, ou melhor, um fenômeno que possui uma quantidade extrema de interações e interferências estabelecidas entre um grande número de unidades. Compreende, porém, não só grandes quantidades de interações e unidades que desafiam nossas possibilidades de cálculo, mas também incertezas, indeterminações e fenômenos aleatórios.
Sugestões de possíveis condutas pedagógicas: (a) desafiá-los a criar estratégias a fim de solucionar possíveis problemas. Por detrás dessa conduta, há a intenção de delegar ao adolescente, num dado contexto do treino, o poder de decidir o que e como fazer. Isso não significa que o professor deixou ao bom senso dos alunos o desenrolar do treino. O treino está devidamente planejado, assim como o momento destinado ao desafio cognitivo proposto. O que se está valorizando é a tomada de decisão do aluno/atleta e a troca entre iguais (SANTANA, 2003).
Conclusão
Para trabalhar com o desporto futsal, é preciso conhecer suas implicações, métodos, pedagogia, evolução e conseqüentemente suas necessidades.
Com o resultado da pesquisa, pode-se concluir que os professores conhecem os métodos empregados e o porquê da sua utilização, sendo o método global, empregado por todos os treinadores da referida pesquisa, similando com situações reais de jogos, desenvolvendo a inteligência tática dos jogadores, pois é um ambiente imprevisível, onde a tomada de decisão acontece a todo o momento respondendo o referido objetivo do estudo.
Recomenda-se que seja pesquisado também em outras regiões do Brasil, a caráter comparativo dos métodos utilizados e também com uma população mais numerosa para melhor fidedignidade dos resultados.
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EFDeportes.com, Revista Digital · Año 16 · N° 156 | Buenos Aires,
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