Autoconceito e imagem corporal: um estudo de caso com uma paciente com esquizofrenia Self-concept and body image: a case study with a patient with schizophrenia |
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*Mestranda do Programa de Pós-Graduação Associado UEM /UEL **Professora Doutora do Programa Associado de Pós-Graduação em Educação Física UEM/UEL |
Luciana Boligon Refundini* Christi Noriko Sonoo** (Brasil) |
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Resumo O presente estudo teve como objetivo investigar o efeito de um programa de treinamento personalizado na percepção da imagem corporal e o autoconceito de uma paciente com transtorno mental leve. Trata-se de um estudo de caso, com uma paciente com esquizofrenia leve, que foi submetida a um treinamento de exercício personalizado por quatro semanas, de acordo com o tempo de permanência no hospital psiquiátrico. Foram avaliados o IMC, autoconceito (IEGA) e imagem corporal (BSQ). Os testes foram aplicados antes e após o treinamento e depois de quatro semanas sem treinamento. Os resultados mostram que houve melhora na paciente quanto ao IMC, diminuindo seu peso, assim como melhora na imagem corporal e autocuidado no final do treinamento. Porém depois de quatro semanas sem o treinamento ocorreu piora nesses resultados. Conclui-se que o exercício físico auxiliou indiretamente no tratamento da paciente com esquizofrenia leve em alguns aspectos. Unitermos: Esquizofrenia. Autoconceito. Imagem corporal.
Abstract This study aimed to investigate the effect of a customized training program in the perception of body image and self-concept of a patient with mild mental disorder. This is a case study with a patient with mild schizophrenia, which was submitted to a personalized exercise training for four weeks, according to the length of permanence in a psychiatric hospital. The BMI, self-concept (IEGA) and body image (BSQ), were evaluated. The tests were administered before and after training and after four weeks without training. The results showed a significant improvement in patient BMI, reducing its weight as well as improv their body image and self-care at the end of training. But after four weeks without training, there was a deterioration in these results. Thus, one can conclude that the exercise acted as a helper in the treatment of patients with mild schizophrenia in several aspects. Keywords: Schizophrenia. Self-concept. Body image.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 16 - Nº 156 - Mayo de 2011. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
Estudos epidemiológicos mostram que milhões de pessoas sofrem algum tipo de transtorno mental no mundo e que este número vem aumentando progressivamente (Maragno, 2006). Os transtornos mentais sob o ponto de vista da Ustien et al. (1998) nunca foram fáceis de serem definidos, pois no passado, eles eram atribuídos à magia, bruxaria e forças sobrenaturais e levou-se tempo para a humanidade perceber que essas ocorrências se tratavam de doenças do cérebro e da mente.
Mesmo com o entendimento a respeito desses transtornos, Maragno (2006) relata que poucos casos de transtornos mentais são diagnosticados e tratados adequadamente porque os serviços tradicionais de saúde raramente estão preparados para lidar com esse problema e que a prevalência é maior em mulheres, idosos, pessoas com menor renda ou baixa escolaridade.
A esquizofrenia é uma doença crônica que não possuí cura, torna o paciente incapacitado, dependente de familiares, desorganizado, com dificuldade de cuidar-se e administrar suas coisas. Essa doença caracteriza-se como um transtorno psicótico, que causa alterações na consciência, pensamentos ou percepções. A pessoa com esquizofrenia tem delírios podendo ser com diferentes características: paranóide, desorganizada, catatônico, indiferenciado e residual. Os estudos de prevalência realizados nos últimos anos sugerem que a esquizofrenia ocorra na ordem de 1% da população (Gazzaninga, Heatherton, 2005; Villares, 1999; Mari, Leitão, 2000).
Apesar do surgimento de medicações mais efetivas, algumas intervenções são consideradas essenciais, pois uma pílula pode ajudar aliviar os sintomas da doença, mas não ajuda a lidar com os efeitos do transtorno (Gazzaninga; Heatherton, 2005). Dessa forma, torna-se imprescindível realizar estudos com o intuito de cooperar com novas formas de se trabalhar com essa população e o exercício físico parece uma possível forma de cooperar com esses indivíduos, já que este parece auxiliar a paciente a lidar com a ansiedade crônica (MORGAN, 1994).
Marchand (2001, p.1) em seu estudo relatou que “Muitos estudos apontam a possibilidade de pessoas fisicamente ativas, em qualquer idade, apresentarem uma melhor saúde mental do que sedentários.”
Sloboda (2003) estudou a relação entre esquizofrenia e a atividade física, através da percepção dos pais e familiares e concluiu que 75% da sua amostra não praticavam nenhum tipo de atividade física, entretanto a maioria dos familiares julgava essa prática importante.
Existe a possibilidade de o exercício físico ter efeitos benéficos aos esquizofrênicos por meio da sua prática regular, haja vista que de acordo com Murcia et al. (2007) a prática de atividade física pelo menos três vezes por semana melhora a percepção de competência e autoconfiança.
Para Santana (2003) o educador físico deve-se utilizar de avaliações do autoconceito em suas pesquisas para embasar suas intervenções e assim melhor compreender a extensão da sua atuação. O autoconceito reflete uma visão mais racional de si, sendo um conjunto de percepções que a pessoa tem a respeito de si mesmo e essas percepções podem ser adaptadas e reguladas pelo dinamismo individual, contexto situado e interação social (Tamayo, 1981).
Outro fator interessante a ser avaliado é a imagem corporal, para Botega (2005, p.343) “Relatos de pacientes esquizofrênicos apresentando delírios de cunho somático e distorções da imagem corporal encontrados desde o início do século XX.”
A importância dedicada à imagem corporal e a valorização da sociedade atual por determinado padrão estético é muito alta, o que leva os indivíduos a serem insatisfeitos com si próprios (SILVA, 2003), principalmente as mulheres. Neste sentido, Novaes e Vilhena (2003), afirmam que:
No mundo das imagens contemporâneas existem muito mais mulheres do que homens. A cultura exibe a mulher permanentemente como forma de reforçar seus arquétipos. A imagem de mulher se justapõe à de beleza e, como segundo corolário, à de saúde e juventude. As imagens refletem corpos super trabalhados, sexuados, respondendo sempre ao desejo do outro, ou corpos medicalizados, lutando contra o cansaço, contra o envelhecimento ou mesmo contra a constipação. (p.17)
Mas em mulheres com esquizofrenia esses cuidados parecem ser deixados de lado e a respeito disso Gazzaninga e Heatherton (2005, p.553) relatam que: “As habilidades de autocuidado são outra área de déficit para os esquizofrênicos. As intervenções comportamentais podem centrar-se em áreas como cuidar da higiene e da aparência, tomar banho, cuidar da medicação e planejar o orçamento".
Diante do exposto, o estudo teve como objetivo principal investigar o efeito de um programa de treinamento personalizado na percepção da imagem corporal e o autoconceito de uma paciente com transtorno mental leve e especificamente buscou comparar antes, depois de um programa de treinamento personalizado e após quatro semanas sem o treinamento.
Metodologia
Para realização do estudo foi solicitada a autorização do responsável pelo estabelecimento que foi aplicada a pesquisa e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido do responsável pela paciente, os quais foram informados sobre a divulgação e publicação das informações coletadas no estudo, e que o mesmo encontra-se aprovado pelo Comitê Permanente de Ética em pesquisa - COPEP (parecer nº174/2010).
Trata-se de um estudo de caso que de acordo com Thomas e Nelson (2002) é o tipo de pesquisa no qual um caso individual é estudado em profundidade para obter uma compreensão ampliada sobre o assunto.
O caso estudado trata-se de uma mulher com 39 anos de idade com esquizofrenia; ela é divorciada, mas continua morando com o ex-marido, eles tem juntos quatro filhos, um neto, sendo que uma de suas filhas está grávida, mas é solteira. A atual esposa do seu ex-marido mora junto na casa com toda sua família. Ela teve um surto depois de uma discussão com seu filho mais velho e ficou internada em um hospital psiquiátrico por quatro semanas; o seu diagnóstico foi feito pelo médico do hospital e consta como esquizofrenia “leve”, por ela não ser agressiva, seu surto é principalmente de cunho religioso.
O critério utilizado para a escolha de caso foi intencional, sendo do sexo feminino, e de acordo com a sugestão da psicóloga do hospital, em que a paciente deveria ter acima de 18 anos, com grau leve de esquizofrenia, com o maior tempo previsto de permanência no hospital possível e respeitando o interesse da paciente em participar do estudo.
Inicialmente foi realizada uma análise documental do estado mental da paciente utilizando-se do laudo do hospital e posteriormente foi verificado pela própria pesquisadora a freqüência cardíaca, pressão arterial e o IMC (Índice de Massa Corporal) da paciente para avaliar o estado físico.
Foram utilizados dois questionários o IEGA e o BSQ, os quais foram aplicados antes do programa, no primeiro contato com a paciente, depois do treinamento personalizado e depois de quatro semanas sem o treinamento na casa da paciente. Os questionários foram aplicados pela pesquisadora que lia as questões para a paciente e esclarecia suas duvidas sobre cada questão nos três momentos da pesquisa.
Para avaliar o nível de autoconceito com base nos conceitos de dimensão e base vetorial, utilizou-se o Inventário dos Esquemas de Gênero do Autoconceito - IEGA (Giavoni; Tamayo, 2003). Este instrumento avalia os esquemas masculino e feminino do autoconceito. Neste estudo utilizou-se a escala feminina que é composta de 75 questões, em escala Likert (0-4), a respeito da composição dos fatores (IEGA) feminino que são: Integridade, Sensualidade, Insegurança, Emotividade e Sensibilidade.
O segundo instrumento foi o BSQ (Questionário de Imagem Corporal) desenvolvido por Cooper et al. (1987) que visa mensurar a preocupação do respondente em relação à insatisfação com a auto-imagem e a sensação de estar gordo. Também com respostas em escala Likert, possui 34 itens que devem ser respondidos considerando as quatro últimas semanas. A classificação se dá através da somatória dos pontos. Sua validação para uma população de universitários brasileiros foi realizada por Di Pietro (2002). Também foram feitas observações durante o desenvolvimento do programa de treinamento personalizado, na ficha de observação (diário), considerando-se as falas da paciente para contrastar com os resultados obtidos nos testes.
Foi aplicado o programa de treinamento personalizado, segundo Dos Santos et. al. (2006) que se fundamenta em princípios científicos do treinamento: individualidade biológica e especificidade do treinamento. Segundo esse mesmo autor, para trabalhar como personal training, visando obter o máximo de resultados com o mínimo de riscos, é necessário deter conhecimento sobre as características biológicas do cliente para um treinamento que seja específico para suas necessidades.
O programa atendeu as necessidades da paciente com duração de quatro semanas, com freqüência de três vezes por semana e com média de uma hora e quinze minutos por sessão, com prevalência de exercício aeróbio e treinamento com peso. Em todas as 12 sessões foram aplicados exercícios de alongamento. O programa foi desenvolvido no hospital psiquiátrico no período da manhã, em salas especiais e fora do hospital em um parque próximo ao hospital.
As análises foram feitas por meio da estatística descritiva e análise de conteúdo do diário Bardin (2002) que aponta como pilares a fase da descrição, a inferência ou dedução e a interpretação. Dessa forma, utilizou-se transcrições das falas da paciente relacionando com os resultados encontrados através dos testes.
Uma das limitações foi a alteração de humor da paciente em função da medicação que a paciente ingeria e o tempo de permanência no hospital que em média este tipo de paciente permanece internada durante quatro semanas. Isso justifica aplicar e reaplicar os testes no período de quatro semanas.
Resultados e discussões
O estudo tratou-se de um assunto ainda pouco explorado, relacionando-se a esquizofrenia ao exercício personalizado, a imagem corporal e o autoconceito.Através de avaliação do laudo mental da paciente fornecido pelo médico do hospital observou-se que a paciente não tinha o hábito de fazer exercício físico, mas apresentava interesse pela prática. Desde o primeiro contato com a paciente quando foi convidada a participar da pesquisa, esta demonstrou interesse conforme depoimento: “Há eu quero participar sim, é bom fazer exercício né, mas é muito difícil?”.
No decorrer das sessões a paciente se manteve motivada. Na maioria das sessões a paciente acordava bem disposta e quando a instrutora chegava a ala feminina, esta vinha em sua direção, para começar a sessão. Isso foi evidente na fala da paciente: “Eu ia ficar deitada na cama, é bom levantar para fazer um exercício, é ruim ficar parada”.
As psicólogas relataram que a paciente gostava muito do exercício personalizado e perguntava todos os dias se teria exercícios naquele dia. O fato de poder passear com a paciente fora do hospital também a motivava, como relata a fala: “Fazendo caminhada aqui eu me sinto mais livre”.
O Quadro 1 representa a percepção da paciente quanto a sua imagem corporal, nos três momentos: antes do programa, ao final do programa e depois de quatro semanas sem fazer exercício físico (Falow-up).
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Resultado BSQ |
Classificação do BSQ |
Teste no Hospital |
92 |
Leve Distorção |
Pós-teste no Hospital |
80 |
Ausência de Distorção |
Falow-up |
117 |
Distorção Moderada |
Quadro 1. Percepção de imagem corporal da paciente em três momentos
A respeito do teste de imagem corporal verificou-se mudanças na percepção: no momento antes de realizar o treinamento constatou-se que a paciente apresentava uma leve distorção (92) em sua imagem corporal; depois de participar do programa de quatro semanas com o treinamento personalizado o resultado foi ausência de distorção (80), o que mostrou uma melhora na percepção de sua imagem corporal com o exercício físico; após quatro semanas sem fazer exercício físico (Falow-up) a paciente apresenta distorção moderada (117).
O quadro 2 apresenta os valores do IMC e a sua classificação nos três momentos da pesquisa:
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IMC |
Classificação |
Teste no Hospital |
28,84 |
Sobrepeso |
Pós-teste no Hospital |
28,44 |
Sobrepeso |
Falow-up |
30,44 |
Obesidade leve |
Quadro 2. Valores do IMC nos três momentos
Antes de iniciar o programa a paciente pesava 72Kg, no final das sessões de treinamento 71Kg e em sua casa 76 Kg. Portanto, aumentou o seu peso em 5Kg após deixar o hospital. Constatou-se assim, que a percepção de Imagem corporal da paciente (quadro1) acompanhou o resultado do peso, isto é, verificou-se que à medida que o peso diminuiu melhorou sua imagem corporal e à medida que aumentou o seu peso sua percepção de imagem corporal piorou.
Seu IMC estava classificado como sobrepeso, tanto no teste como no pós-teste e quando teve alta do hospital sua classificação foi para obesidade moderada. Esse fenômeno é entendido como reversibilidade, segundo Bricio (2006) a diminuição ou interrupção significativa do treinamento pode levar a uma diminuição parcial ou completa das adaptações induzidas pelo treinamento.
A tabela 1 e a figura 1 representam os resultados do autoconceito nos três momentos: o teste no hospital, o pós-teste no hospital pós a aplicação do treinamento personalizado e o teste na casa da paciente após quatro semanas (Falow-up) desde a alta da mesma em seus diferentes fatores.
Tabela 1. Nível do autoconceito da paciente nos três momentos
No fator Arrojamento, a sua pontuação entre teste e pós-teste no hospital reduziu de 2,53 para 1,82, provavelmente por não estar em casa e se sentir deslocada, isso pode ser entendido pelo desejo dela de retornar ao seu lar, o que foi percebido na sua fala: “Eu quero ficar boa e voltar para casa”. Da mesma maneira no fator Ajustamento social, que representa relacionamento social, diminuiu de 3,5 para 2,83, o que pode ter sido ocasionado por não estar com a sua família.
O fator Egocentrismo da paciente ao final das sessões de exercício personalizado aumentou de 2,17 para 2,25, provavelmente por sentir-se valorizada, por ter uma pessoa que a visitava com freqüência e dava atenção especial. Isso pode ser confirmado na sua fala: “Nossa, mas você dá aula só para mim no hospital inteiro, eu tô importante heim?”, e quando voltou para sua casa a pontuação do fator Egocentrismo reduziu para 1,58.
Dentre os fatores do autoconceito, o resultado mais importante foi observado no fator Negligência, esse fator relaciona-se com o autocuidado. Gazzaninga e Heatherton (2005, p.553) relatam que “As habilidades de autocuidado são outra área de déficit para os esquizofrênicos” e este foi um dos motivos que desencadeou a essa pesquisa, pois ao ter primeiros contatos com pacientes do hospital psiquiátrico, percebeu-se a falta de autocuidado por parte da maioria das pacientes. Quando a paciente desse estudo estava fazendo o exercício físico regularmente o fator Negligencia havia diminuído de 1,71 para 1,14. Mas verificou-se no teste na casa da paciente que o fator Negligência aumentou para 2,14. Esse fato parece reforçar que o exercício físico pode ser um agente que coopere na melhoria do autocuidado das pessoas com esquizofrenia leve.
O fator Sensualidade tem como característica geral a auto-imagem e a sua influência na interação com os outros (Giavoni; Tamayo, 2005). No presente estudo o fator Sensualidade da paciente teve sua pontuação diminuída em cada momento de 3,45 para 2,09 e depois para 1,55. Da mesma maneira, o fator Inferioridade aumentou de 0,88 para 1,69. Esse fator focaliza-se em aspectos de insegurança do self, portanto, a insegurança da paciente pode ter sofrido influência por motivos extrínsecos como foi retratado na sua fala “Eu não sei se meu marido vai me aceitar de volta”. Essa fala foi pronunciada no momento próximo do pós-teste realizada no hospital.
Conclusão
Os resultados obtidos permitem concluir que o treinamento personalizado pode auxiliar no controle do peso e que parece afetar a percepção de imagem corporal da paciente com esquizofrenia.
Com relação ao resultado do autoconceito, percebeu-se certa instabilidade nos resultados, já que esse fator psicológico parece ser afetado principalmente por agentes extrínsecos como o ambiente familiar, isso foi percebido pelo fato da pesquisa ter sido aplicada no hospital e na casa da paciente, dessa forma verificou-se que o exercício físico em si para a paciente com esquizofrenia leve pode até ter tido resultados positivos no autoconceito, mas esses não foram tão relevantes, quanto a influência do ambiente familiar.
Desta forma, salienta-se a importância deste estudo, pois poucos são realizados relacionando o exercício personalizado e a população esquizofrênica. Verifica-se que é importante realizar esse tipo de estudo, que podem ajudar os pacientes a lidarem com seus transtornos e o exercício personalizado parece ser uma maneira adequada não somente pelo exercício físico em si, mas também pelo contato exclusivo com a pessoa que lhe dá atenção e preocupação especial em cooperar com sua saúde.
Sugere-se realizar futuras pesquisas aumentando o número de participantes ou mesmo com outra abordagem de exercício físico. Seria interessante fazer acompanhamentos depois que a paciente sai do hospital, para verificar possíveis mudanças de comportamento a longo prazo. Sugere-se ainda realizar trabalhos em um período mais longo, dando continuidade na casa dos pacientes ou em academias. Será adequado o uso de questionários mais curtos e se possível adaptá-lo para essa população, devido a dificuldade que a mesma tem para entendê-lo.
Referência
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