Fatores motivacionais que levam a escolha da posição de goleiro no futebol Factores motivacionales que llevan a la elección de la posición de arquero en el fútbol |
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*Faculdade Sogipa de Educação Física **ESEF/UFRGS (Brasil) |
Esp. Veronica Charko Ribeiro* Dr. Rogério da Cunha Voser** |
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Resumo O presente estudo de cunho qualitativo teve como objetivo verificar quais os fatores motivacionais que levaram os atletas praticantes de futebol de campo, a escolher a posição de goleiro. Constituíram a amostra 08 sujeitos, das categorias profissional (2), juniores (2), juvenil (2) e infantil (2), de um clube profissional de futebol de Porto Alegre. Como instrumento metodológico para coleta de dados, foi realizada uma entrevista semi-estruturada, contendo 06 perguntas abertas. Os resultados indicaram que o “gostar de defender”, de realizar “grandes defesas” como seus ídolos, são os principais fatores motivacionais que levaram os atletas praticantes de futebol de campo a optar pela posição de goleiro. Conhecer os motivos que levam atletas a optar pela posição de goleiro e algumas peculiaridades do seu dia a dia ampliará as possibilidades do trabalho físico e psicológico dos mesmos, respeitando-se as características e individualidades de cada um. Unitermos: Futebol. Motivação. Goleiro.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 16 - Nº 156 - Mayo de 2011. http://www.efdeportes.com/ |
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1. Introdução
O futebol no Brasil é uma grande paixão nacional, faz parte da vida de homens, mulheres e crianças, é uma forma de interação entre todos independente da classe social, raça ou qualquer outra diferença.
Nessa interação entre jogadores e torcedores, existe um personagem que destoa por suas características muito distintas em relação ao resto da equipe, capaz de ser amado e odiado ao mesmo tempo, que vai do heroísmo ao fracasso em segundos, o goleiro.
Diante de figura tão ambivalente, o que motiva atletas adolescentes a optarem pela posição de goleiro? Uma posição que os mesmos consideram como mais isolada e com pouca interação em relação aos demais atletas da equipe. Seriam motivos de aspecto físico, psicológico, influência da família, dos amigos, da mídia...?
Identificar os aspectos motivacionais para tal opção é de fundamental importância, para que se possa ampliar as possibilidades do trabalho físico e psicológico na formação do goleiro de futebol, respeitando as características e individualidades de cada atleta.
No próximo capítulo serão apresentadas questões referentes ao goleiro no futebol, seguindo da metodologia abordada, apresentação dos dados com suas dimensões de análise, as discussões e por fim as conclusões, referências e roteiro da entrevista.
2. O goleiro no futebol
No ano de 1870 um time de futebol tinha onze jogadores, todos na linha. Para evitar o gol do adversário deixavam um jogador guardando a meta, chamado de “espectador” ou “vigia”, que, no entanto, não podia usar as mãos para pegar a bola. No ano seguinte em 1871 surge a figura do guarda-redes (goleiro) que era o único jogador que podia colocar as mãos na bola, devendo ficar próximo ao gol para evitar a entrada da mesma.
Até a década de 1970 a atenção destinada aos goleiros era mínima, o “arqueiro” era relegado a segundo plano, sendo treinado pelo preparador físico junto com os demais jogadores, pois não existia a figura do preparador de goleiros.
Com a evolução do futebol a posição de goleiro conquistou mais espaço, ganhando destaque a partir dos anos 80.
A escolha da posição de goleiro significa assumir responsabilidades e superar inúmeras dificuldades, como por exemplo, os diversos e exaustivos treinamentos, a incompreensão do torcedor diante de uma falha, a necessidade de autodisciplina, o controle emocional e a solidão. Maier (1981) destaca a responsabilidade e a importância do goleiro, visto que sua participação implica diretamente no resultado do jogo.
Gilmar dos Santos Neves, goleiro da Seleção Brasileira bicampeã mundial em 1958 e 1962, em entrevista disse que:
"O goleiro vive numa solidão terrível. Ele é um espetáculo à parte, como o primeiro bailarino de uma companhia. De certa forma, ele não tem nada a ver com os outros dez jogadores, que formam um conjunto à parte. Então, tudo o que o goleiro faz ganha destaque multiplicado: quando ele pratica uma boa defesa, que é apenas um dever, pode estar salvando o time. E uma pequena falha pode ser a tragédia". Revista Playboy (1990 apud GUILHERME, 2006, p. 14).
Para Viana (1995, p. 11) o goleiro deve ser, "rigoroso consigo mesmo, disciplinado em suas ações e atitudes dentro e fora do campo, devendo controlar suas emoções utilizando-as adequadamente, a fim de maximizar o nível de seu desempenho".
O goleiro no futebol para desempenhar adequadamente suas funções, deverá possuir características físicas, técnicas, táticas e psicológicas distintas dos demais jogadores.
Exige-se de um goleiro um tal acúmulo de capacidades corporais e psíquicas que só podem ser encontradas em poucos jogadores. A posição do goleiro requer um ensino muito especial e diverso dos demais jogadores e, mais ainda, uma educação e orientação espiritual diferente (CARLESSO, 1981, p. 34).
Este mesmo autor descreve alguns atributos físicos necessários aos goleiros: Peso proporcional a sua estatura, coordenação e habilidade motora, lateralidade, força, velocidade, flexibilidade, resistência, agilidade, firmeza, reflexo, equilíbrio, golpe de vista, visão.
Segundo Voser et al. (2006) um jogador de defesa, o goleiro deve ter uma boa estatura, percepção de colocação em relação ao adversário, noção de espaço e tempo na saída do gol, possuir habilidade com os pés e com as mãos e uma boa visão de jogo.
Para Melo (1997) o goleiro deve ter força explosiva, flexibilidade, equilíbrio, resistência muscular localizada e velocidade de reação.
Csanádi (apud Viana, 1995) descreve algumas habilidades físicas e psíquicas que considera importantes para a função de goleiro: estatura entre 1.75 a 1.90 m, peso proporcional à altura, força e potência muscular, elasticidade, velocidade de deslocamento, agilidade e resistência geral.
Quanto às características técnicas, o goleiro deve dominar os fundamentos de sua posição para que possa desempenhá-la com perfeição. No processo do treinamento técnico o goleiro aprende a estrutura básica do movimento, aperfeiçoando os movimentos através de repetições, aumentando-se gradativamente o grau de dificuldades até alcançar a capacidade de auto-correção e desenvolver movimentos seguros e progressivos.
Segundo Santos (1979), o treinamento técnico é a base de todo o trabalho específico, através dele, o goleiro consegue se desenvolver e se aperfeiçoar. Uma prática bem orientada sempre trará benefícios que se traduzem na correção de defeitos e aperfeiçoamento das habilidades.
O conhecimento tático do goleiro é peça importante tanto na ação defensiva quanto ofensiva de sua equipe em uma partida de futebol.
Para Weineck (apud Melo et al., 2007) a instrução técnico-tática deve ser iniciada o mais cedo possível, pois "a idade de aprendizagem motora que coincide com a segunda idade escolar (dos dez anos ao início da puberdade) presta-se particularmente a uma formação técnico-tática polivalente de base e da assimilação de um repertório vasto".
A preparação psicológica do goleiro de futebol é outro ponto importante para o bom desempenho em uma competição. O goleiro recebe a maior carga de responsabilidade, pois sua atuação em campo pode influenciar a motivação dos demais jogadores e o resultado da partida.
Csanádi (apud VIANA, 1995) considera a coragem, tranqüilidade, capacidade de reações múltiplas, força de vontade e confiança, como importantes habilidades psíquicas necessárias a um goleiro.
Segundo Voser et al. (2006), é muito importante que os goleiros tenham como características psicológicas: coragem, concentração, liderança, tranqüilidade e iniciativa.
Ainda segundo Voser et al. (2006), além de muito treinamento e das qualidades físicas, técnicas e psicológicas, o goleiro deverá apresentar características intrínsecas como dedicação, humildade, vontade de aprender, personalidade, perseverança entre outras, para ter uma boa atuação nesta posição.
Um goleiro de futebol que consiga reunir todas as características definidas para a sua posição, irá adquirir maior autoconfiança, melhorando seu desempenho nos momentos decisivos de uma competição.
3. Metodologia
Este estudo transversal, de cunho qualitativo e descritivo, teve como objetivo verificar quais os motivos que levam atletas praticantes de futebol de campo, das categorias profissional (2), juniores (2), juvenil (2) e infantil (2), de um clube profissional de futebol de Porto Alegre, a optar pela posição de goleiro.
Como instrumento de coleta de dados, foi realizada uma entrevista semi-estruturada, com 08 goleiros, contendo 06 perguntas abertas, dando liberdade aos entrevistados para abordarem aspectos que achavam ser relevantes sobre o tema (NETO E TRIVIÑOS, 2004). A coleta de dados foi realizada no período de 08/07/2010 a 16/07/2010. Inicialmente foi contatado o preparador de goleiros para apresentação da proposta da pesquisa. Posteriormente, foi marcada com os goleiros a entrevista. Os mesmos antes da entrevista assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (anexo 2). As entrevistas foram gravadas em um gravador digital Panasonic RR-US550 IC Recorder e após transcritas e validadas pelos próprios entrevistados. Com os dados em mãos realizou-se uma análise de conteúdo (BARDIN, 2004).
4. Apresentação, análise e discussão dos resultados
O principal aspecto abordado na entrevista realizada com 08 goleiros de um Clube Profissional de Futebol de Porto Alegre se refere à escolha da posição de goleiro. Quais os motivos que levaram a tal escolha? Seriam motivos de aspecto físico, psicológico, influência da família, dos amigos...?
A análise das entrevistas possibilitará identificar tais motivos, conforme descreve Bardin (2004, p. 33), “a análise de conteúdo é um conjunto de técnicas de análise das comunicações, que utiliza procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens”.
Em relação ao momento em que os atletas têm sua primeira experiência como jogadores de futebol, identfica-se a faixa etária predominante entre 6 à 12 anos de idade, quando a prática do esporte se dá pelo simples prazer de praticar. Franco (2000) afirma que esta é uma motivação intrínseca, a pessoa gosta de fazer determinada coisa motivada por um desejo interno, como pode ser observado abaixo:
“Olha.. ahh... foi na rua, né.. começando já assim... peladinha... assim no meio da rua... sim sim, já na posição de goleiro já... tive algumas experiências assim, mas depois de ter passado pela primeira experiência que foi goleiro... na posição de goleiro eu tinha 10 anos”. (W. A. – Profissional)
“Minha primeira experiência foi numa escolinha de futebol quando eu tinha 06 anos e eu comecei jogando na linha... meio campo... volante ali”. (M. S. G. – Junior)
Esta mesma faixa etária também foi apontada pelos entrevistados como sendo sua primeira experiência na posição de goleiro de futebol. Segundo Voser et al. (2006) a faixa dos 9 aos 11 anos de idade identifica-se como a fase de pré-formação para a posição de goleiro, conforme comprovam os relatos a seguir:
“Foi numa escolhinha que tinha perto da minha casa, eu fui com a intenção de jogar na linha, mas não tinha muita habilidade... e pediram prá mim ir pro gol, eu fui, gostei... também meu pai tinha jogado no gol, daí ele me deu essa força, eu comecei como goleiro... 12 anos”. (R. S. P – Juvenil)
“Bom, eu tinha 09 anos e foi bom né... até que... eu jogava no Tupi de Minas Gerais... que eu não sou daqui... sim... já como goleiro.... quando descobri isso né... meus colegas me apoiavam, falavam pra mim ir prum time e fazer um teste né... aí acho que foi bem, acho que foi bom”. (L. S. – Infantil)
“Eu comecei jogando futebol com o meu time do colégio assim... e daí dali o treinador me viu jogando e me levou pro Inter, e comecei jogando no Inter com... jogava no gol... comecei com o primeiro ano na escolinha, com 6 anos jogando na linha, ai foi encaminhando pro gol por que eu não tinha muita habilidade com os pés e daí eu fui pro gol e dai fiquei mais uns 2, 3 anos na escolinha até fechar os 9, 10 anos e com 10 anos o meu treinador do colégio me levou pro Inter. Já jogava no gol”. (S. W. T. – Junior)
A análise das entrevistas mostrou que o principal fator que motiva a escolha pela posição de goleiro, é o “gostar de defender“, é a vontade de realizar “grandes defesas” como os seus ídolos. Para Giglio (2007) o sonho de ser um jogador e ser parecido com o ídolo aparece como um elemento importante na formação dos atletas ainda quando criança, pois vêem na figura dos ídolos uma motivação. As falas abaixo descrevem esta motivação:
“... essa vontade de se jogar, se atirar na bola, isso sempre motivou e cativou muito e acho que creio também que na fase quando eu comecei no futebol existiam muitos goleiros, né... Taffarel, Zetti grande ídolos que eu sempre vi jogar, então foi acho que daí que partiu essa motivação muito grande para ser goleiro.” (A. M. - Profissional)
“As grandes defesas... eu sempre me orgulhei disso... o Julio Cesar... e ele faz umas grandes defesas e por isso que eu acho que eu escolhi esta posição.” (L. S. - Infantil)
É importante salientar outro aspecto presente na análise das entrevistas que é a valorização da posição de goleiro.
Os entrevistados expõem que apesar de atualmente a posição de goleiro estar mais valorizada, a grande maioria dos jovens e crianças procura atuar na posição de atacante, visto serem esses os jogadores mais valorizados, com maiores salários e mais exposição na mídia, conforme resposta descrita a seguir:
“... acho que o goleiro hoje em dia tinha que receber o mesmo que um atacante, por que o atacante faz o gol, mas goleiro evita, né... então a gente tem essa deficiência no futebol, sabemos disso, mas é a vida do goleiro, né... dizem que o goleiro onde pisa não nasce grama, que é uma verdade, eu acho que o goleiro poderia ser muito mais valorizado.” (A. M. – Profissional)
Outro aspecto salientado é de que a posição de goleiro sofre muita pressão e exige elevada responsabilidade.
Para Viana (1995), o goleiro deve ter consciência de que "não pode" cometer nenhuma falha, daí a responsabilidade recaída neste integrante da equipe.
Zacharias (2000) destaca que a escolha de uma posição em uma equipe de futebol significa assumir responsabilidades. Quando alguém assume a função de goleiro, inúmeras dificuldades devem ser superadas, tais como: os diversos e exaustivos treinamentos, a incompreensão do torcedor diante de uma falha, a necessidade de autodisciplina, o controle emocional e a solidão.
A pressão pelo desempenho ideal, outro ponto abordado pelos entrevistados, é uma constante em suas vidas. Esses atletas precisão controlar a emoção, mantendo o equilíbrio, não alterando seu desempenho diante das pressões sofridas dentro e fora do jogo, conforme fala abaixo:
“... os erros são... são muito mais notórios do que o pessoal em si dentro de campo, mas isso também é uma coisa boa, é uma coisa bacana, que acaba desenvolvendo outras questões que te faz sentir bem com essa pressão toda... é isso... o trabalho psicológico ajuda bastante também... então é gratificante sim, ter toda essa responsabilidade e ter que dar conta do recado...” (W. A. – Profissional)
A habilidade apresentada para a posição é outro fator importante para a escolha da posição, visto que a maioria dos entrevistados começou no futebol como goleiro, conforme relato a seguir:
“... eu fui com a intenção de jogar na linha, mas não tinha muita habilidade... e pediram prá mim ir pro gol, eu fui, gostei... eu comecei como goleiro...” (R. S. P. - Juvenil)
5. Conclusões (limitações e encaminhamentos de novos estudos)
Com base na análise das entrevistas, conclui-se que os fatores motivacionais que levam os atletas praticantes de futebol de campo a optar pela posição de goleiro é o gostar de defender, de realizar grandes defesas, tendo como inspiração seus ídolos (goleiros), sendo, portanto o ambiente externo o responsável e influenciador motivacional para tal opção.
Por ser utilizado somente um instrumento de coleta, os dados aqui apresentados dizem respeito a uma das inúmeras formas de proceder diagnosticamente em uma população esportiva específica. Portanto, os aspectos motivacionais descritos são apenas parte de um universo muito maior de fatores intrínsecos e extrínsecos..
Logo, sugere-se que novos estudos a respeito sejam realizados, abrangendo um maior número de atletas por categoria em diferentes clubes esportivos, pois é importante que se tenha um conhecimento mais abrangente dos motivos que levam atletas praticantes de futebol de campo a optar pela posição de goleiro. A partir desses dados será possível ampliar as possibilidades do trabalho físico e psicológico na formação do goleiro de futebol, respeitando as características e individualidades de cada atleta.
Referências
BARDIN, Laurence. Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2004.
CARLESSO, Raul Alberto. Manual de Treinamento do Goleiro. Rio de Janeiro: Palestra Edições, 1981.
FRANCO, Gisela Sartori. Psicologia no Esporte e na Atividade Física. Barueri: Editora Manole, 2000.
GIGLIO, Sérgio Settani. Futebol: Mitos, ídolos e heróis. Campinas: 2007. Disponível em: http://www.ludopedio.com.br/. Acesso em: 30 out. 2010.
GUILHERME, Paulo. Goleiros: Heróis e Anti-Heróis da Camisa 1. São Paulo: Editora Alameda, 2006.
MAIER, Sepp. Aprenda com o Maior Goleiro do Mundo. Rio de Janeiro: Tecnoprint, 1981.
MELO, Vitor Paulo de; PAOLI, Próspero Brum; SILVA, Cristiano Diniz da. O desenvolvimento do processo de treinamento das ações táticas ofensivas no futebol na categoria infantil. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Nº 104, 2007. http://www.efdeportes.com/efd104/treinamento-das-acoes-taticas-ofensivas-no-futebol.htm
MELO, Rogério Silva de. Qualidades Físicas e Psicológicas e Exercícios Técnicos do Atleta de Futebol. Rio de Janeiro: Sprint, 1997.
NETO, Vicente Molina; TRIVIÑOS, Augusto Nibaldo Silva. A Pesquisa Qualitativa em Educação Física: Alternativas Metodológicas. Porto Alegre: Sulina, 2004.
SANTOS, Ernesto dos. Caderno Técnico-didático Futebol. Brasília: SEED/DDD, 1979.
VIANA, Adalberto R. Treinamento do Goleiro de Futebol. Minas Gerais: Gav, 1995.
VOSER, Rogério da Cunha; GUIMARÃES, Marcos Giovani Vieira; RIBEIRO, Everton Rodrigues. Futebol: História, Técnica e Treino de Goleiro. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2006.
ZACHARIAS, José Jorge de Morais. QUATI: Questionário de Avaliação Tipológica. Manual. São Paulo: Vetor, 2000.
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