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Atletismo escolar: visão dos professores de Educação

Física que atuam em escolas de ensino fundamental

Atletismo escolar: la mirada de los profesores de Educación Física que intervienen en escuelas primarias

 

*Professor de Educação Física

**Professora de Educação Física

***Mstda. PPGEF-UGF

****Profª Drª UNESA

(Brasil)

Reinaldo Albuquerque de Melo*

rei.ademelo@gmail.com

Débora Guerra Morand**

deboramorand@gmail.com

Flavia Mendonça Garcia***

fmendoncagarcia@gmail.com

Geovana Alves Coiceiro****

geovanacoiceiro@gmail.com

 

 

 

 

Resumo

          Introdução: O desenvolvimento do atletismo nas escolas da cidade do Rio de Janeiro, apesar da carência estrutural, tem condições de acontecer no contexto escolar devido à sua versatilidade de implantação. Objetivo: O objetivo do estudo é analisar e descrever a visão dos professores de Educação Física quanto à prática do atletismo nas escolas de ensino fundamental. Metodologia: Estudo transversal teve caráter descritivo, do tipo levantamento (THOMAS; NELSON, 2002). Para coleta de dados, foi utilizado um questionário com dez perguntas abertas e fechadas, aplicado para uma amostra não probabilística por conveniência de trinta professores, de escolas da cidade do Rio de Janeiro, que trabalham com os anos iniciais do Ensino Fundamental (do 1º ao 5º ano). Para tratamento dos dados, foi utilizada Estatística Descritiva (REIS, 1998) e Análise do Conteúdo (BARDIN, 1977). Resultados: Foi verificado que 97% dos entrevistados indicaram ser importante a prática do atletismo nas aulas de Educação Física, contudo 70% ministram aulas de atletismo, os meios de ensino indicaram 71% de atividades lúdicas, entre os métodos utilizados 57% utilizam o misto, dentre as dificuldades indicadas em não promover a vivência do atletismo (30% da amostra), 33% é pela falta de material adequado e 34% a falta de espaço físico; 63% de todos entrevistados relataram que o atletismo não afasta os alunos das aulas de Educação Física. Conclusão: Constatou-se que 97% dos professores de Educação Física avaliam ser importante a prática do atletismo no ambiente escolar e que o emprego da modalidade nas aulas não afasta os alunos menos habilidosos, contudo deve-se investir em infra-estrutura e material adequado.

          Unitermos: Ensino fundamental. Atletismo escolar. Métodos de ensino.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 16 - Nº 156 - Mayo de 2011. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    Marchar, correr, saltar e lançar objetos à distância são, desde os mais remotos tempos, movimentos elementares e naturais das atividades físicas praticadas em todos as sociedades humanas da antiguidade. De início, esses exercícios estavam diretamente relacionados com as atividades produtivas ou defensivas da humanidade e posteriormente ocupou lugar de destaque na sociedade bélica. Ainda na Antiguidade esses movimentos deram origem a disputas atléticas de corridas, lançamento do dardo e do disco, salto em distância e pentatlo, nos Jogos Olímpicos da antiga Grécia. Atualmente, o atletismo é composto por um conjunto de provas, das quais podem destacar as provas de pista e as provas de campo com suas práticas específicas, técnicas de execução, métodos de aprendizagem e regras próprias (SCHMOLINSKY, 1982).

    O atletismo é uma modalidade base, da qual parte a maioria dos esportes terrestres. Os exercícios de atletismo são um meio excepcional para aumentar a capacidade do rendimento físico geral. Com eles, desenvolvem-se e aperfeiçoam-se da melhor forma o sistema cardiorrespiratório e o sistema nervoso, assim como as qualidades físicas básicas: força, velocidade, resistência, flexibilidade e agilidade, proporcionando melhor o cumprimento das tarefas do cotidiano (FRÓMETA; TAKAHASHI, 2004; FERNANDES, 2003).

    Como promover a vivência do atletismo na escola? Oro (1983), delineia uma proposta para transformar a condição do atletismo nas escolas de todo o país, mas para isso acontecer se faz necessário levar em conta os aspectos culturais, assim como esquematizar uma proposta metodológica que seja interessante, inovadora e diversificados para transmitir aos alunos os caminhos e valores do atletismo. Souza (2005) ressalta que o atletismo apresenta qualidades fundamentais no desenvolvimento motor da criança e suas possibilidades na escola são de uma intensidade indescritível.

    Para Costa (1992), o atletismo a ser utilizado na escola deve ser considerado como o "pré-atletismo", onde, numa primeira fase, faz-se através dos gestos motores básicos que são correr, saltar e lançar; e numa segunda fase, mantêm-se os da primeira, avançando-se para as tarefas que exigem uma maior codificação dos gestos motores básicos, aproximando progressivamente a criança do atletismo.

    Num reforço de argumentações e defesa da atividade lúdica, Freire (2002, 2003) recomenda a modalidade atletismo como mais uma opção de expressão corporal e lúdica, principalmente nas escolas, é indispensável na educação do corpo inteiro, principalmente pela construção de movimentos imaginativos e criativos. Segundo Coiceiro (2007), os objetivos do atletismo não vão modificar, pois os movimentos básicos marchar, correr, saltar e lançar são parte integrante da modalidade enquanto ela existir. Na concepção da autora, devemos tornar esses movimentos mais divertidos, alegres, prazerosos e atraentes, acreditando que, por meio de atividades desenvolvidas de maneiras lúdicas e criativas, através de jogos e brincadeiras, é possível tornar a atividade tão intensa quanto um treino rigoroso.

    Segundo Koch (1983), o desenvolvimento do atletismo, mesmo com a carência geral de infra-estrutura esportiva de muitas escolas regulares de ensino básico brasileiro, tem todas as probabilidades de acontecer no interior das instituições escolares, basta o professor utilizar a criatividade e principalmente a ludicidade. De acordo com Oliveira (2005), no atletismo escolar não nos interessa somente alunos rápidos, habilidosos, resistentes e fortes. Faz-se necessário participar da formação de indivíduos capazes de aprender as possibilidades da cultura corporal, reconhecendo o atletismo como uma prática social-cultural rica de expressões.

    Diante do exposto, o propósito deste estudo é investigar a prática pedagógica dos professores de Educação Física, que atuam nos anos iniciais do ensino fundamental, quanto ao ensino do atletismo nas instituições escolares cidade do Rio de Janeiro.

Material e métodos

    O presente estudo transversal teve caráter descritivo, do tipo levantamento (THOMAS; NELSON, 2002). Como instrumento para a coleta de dados, foi utilizado um questionário com dez perguntas abertas e fechadas. Este foi produzido pelo autor e passou pela validação de três professores da instituição (Centro Universitário Metodista Bennett - Brasil). Foi aplicado para uma amostra não probabilística por conveniência de trinta professores, de escolas da cidade do Rio de Janeiro, que trabalham com os anos iniciais do Ensino Fundamental (do 1º ao 5º ano). Para tratamento dos dados, foi utilizada Estatística Descritiva (REIS, 1998) e Análise do Conteúdo (BARDIN, 1977).

Resultados e discussão

    O tempo de formação dos professores indicou que 50% têm mais de 15 anos de formação, 30% entre 5-9 anos, 10% 10-14 anos e outros 10% entre 1-4 anos

Figura 1. Importância da prática do atletismo no ambiente da Educação Física Escolar

    Na figura 1 pode-se observar que 97% dos professores acreditam ser importante e necessária a prática da modalidade do atletismo no ambiente da Educação Física escolar. Pois, de acordo com a proposta de Kirsch et al (1983), a Educação Física deve oferecer meios para alcançar as formas mais variadas de acordo com as possibilidades de nossos alunos. De acordo com Darido (2005) o esporte, como forma de educação na escola, no nosso caso o atletismo, democratiza e gera cultura pelo movimento de expressão do individuo em ação como manifestação social e de exercício crítico da cidadania evitando, assim, a exclusão e o excesso de competitividade.

Figura 2. Indica se o professor ministra aulas de atletismo

    Os percentuais encontrados na figura 2 são importantes para confrontar com futuros estudos, pois não refletem a realidade atual do esporte considerando estudos recentes (MATTHIESEN, 2007, MATTHIESEN et al 2008, PRADO; MATTHIESEN, 2007). Para esses autores, o atletismo passa por uma fase de esquecimento dentro do contexto escolar. Coiceiro (2007) complementa, sendo um pouco mais otimista e observa que alguns espaços vêm difundindo o atletismo no Rio de Janeiro, tais como as vilas olímpicas, projetos esportivos e algumas escolas, mas essa difusão vem sendo feita timidamente, principalmente pelas escolas, pois cada um desses espaços possui objetivos distintos, enfraquecendo a iniciação à modalidade (p. 12).

    Outro dado importante dessa amostra é que na figura 1, pode-se observar que 97% da amostra indicaram ser importante a prática do atletismo escolar, porém 70% da amostra relatam ensinar a modalidade em suas aulas, uma redução considerável e nos leva, nesse momento, a um questionamento: Por que os 97% da amostra não promove a vivência da modalidade no contexto escolar? Vamos ao longo do estudo em buscar da resposta.

Figura 3. Indica os métodos de ensino que o professor utiliza

    Fraga (2005) acredita ser fundamental a participação efetiva do professor de Educação Física na organização dos diferentes níveis de planejamento e na condução das aulas nos anos iniciais do Ensino Fundamental. O autor também ressalta que o importante é o professor perceber que sua participação é para fazer acontecer o projeto político pedagógico elaborado pelos diferentes setores da escola. Oliveira (2006) também observa a necessidade de haver a aplicação de uma proposta transformativa pela qual:

    “As transformações ocorrerão em relação às limitações físicas e técnicas dos alunos para realizar determinados movimentos, deve-se enfatizar o prazer e satisfação do aluno em movimentar-se, pois a tarefa da escola não é treinar o aluno, mas estudar o esporte de forma atrativa e compreensiva, incluindo a efetiva participação de todos.” (p. 31)

Figura 4. Indica os meios de ensino do atletismo em relação às aulas práticas

    De acordo com a observação de Kunz (1991), para que ocorra a transformação didático-pedagógica no esporte escolar, é preciso identificar o significado do movimento dentro do esporte, ou seja, do atletismo. Dar sentido, transformando sua prática, e oferecer ao aluno compreensão e possibilidades de brincar com o atletismo, alterando o sentido de esporte competitivo e de rendimento, o qual não se pode negar que está implícito nesta modalidade.

    Oliveira (2006, p. 35) enfatiza que

    “o atletismo pode ser iniciado nas primeiras séries do ensino básico e evoluir durante o processo escolar, através do jogo as crianças podem “brincar de atletismo”, usar o jogo é uma forma de atrair, de despertar interesses para os esportes. Através de jogos adaptados minimiza-se o medo de se arriscar, de experimentar e promover a compreensão do atletismo”.

Figura 5. Indica os meios de ensino do atletismo em relação às aulas teóricas

    Segundo Matthiesen (2006), não há como negar o conhecimento que as crianças, de alguma forma, possuem sobre o atletismo. Assim, para o início de um bom trabalho, sugere-se que o professor faça um levantamento daquilo que já é conhecido pelas crianças. A sugestão é que se trabalhe em equipes, pois, embora o atletismo seja um esporte individual, nem por isso não deve ser trabalhado em grupo. A integração, sobretudo quando o grupo for formado por crianças, deverá predominar na realização das atividades.

Figura 6. Indica o método de ensino do Jogo esportivo utilizado

    Os autores (FERNANDES, 2003; MATTHIESEN, 2007; COICEIRO, 2007; KIRSCH, KOCH; ORO, 1983) especialistas em atletismo indicam que os métodos de ensino para o atletismo são os mais variados estando diretamente relacionados com os objetivos propostos pelo professor. O método recreativo é um dos mais defendidos pelos autores, pois torna a prática da modalidade mais divertida e prazerosa, ficando dessa forma mais atraente.

    Matthiesen (2005) relata que

    “[...] visando introduzir as crianças nesse universo de movimentos, o profissional de Educação Física deveria buscar, por meio de atividades recreativas que mesclem um conhecimento geral sobre as habilidades motoras e um conhecimento específico acerca das provas oficiais, o objetivo de aproximar as crianças do universo do atletismo, levando-as a vivenciá-lo por meio do próprio corpo” (p. 16).

Figura 7. Indica as dificuldades em promover a vivência do atletismo

    As dificuldades indicadas pelos professores em promover a vivência do atletismo, não são exclusivas desta modalidade, pois para Krug (2004), os professores de Educação Física enfrentam duas características principais que estão ligadas à infra-estrutura das instituições de ensino, que são, dentre outras, falta de local apropriado e material adequado e/ou suficiente, que por sua vez, fazem com que os docentes enfrentem enormes dificuldades para o desenvolvimento de uma prática pedagógica de maior qualidade. Os autores Almeida, Bufon e Silva (2009) completam indicando que os professores encontram dificuldades quanto ao espaço físico, que geralmente não são adequadas. Netto (2010, p. 15) ressalta

    “Esperamos que um número maior de professores se estimulem e se encorajem a usar metodologias em suas aulas como ferramenta principal no processo ensino aprendizagem, permitindo que seus alunos vivenciem novas experiências educacionais e, para contribuir no resgate do atletismo como conteúdo essencial a ser trabalhado em aulas de Educação Física”.

Figura 8. Indica se a prática do atletismo na escola pode excluir

das aulas alunos sem grandes habilidades motoras

    Pode-se constatar que a maioria (63%) relatou que o atletismo não exclui os alunos das aulas de Educação Física, por diversas justificativas, das quais se descrevem abaixo:

“Porque esta modalidade possibilita ao professor explorar vários aspectos motores.” (Professor 19)

“Pois as aulas de atletismo podem respeitar as habilidades motoras de cada aluno, desenvolvendo-as.” (Professor 11)

“Valorizando a prática e não a perfeição de movimentos, focando no esforço individual e na melhora no dia a dia do aluno.” (Professor 12)

“O atletismo é o esporte base oportunizando a melhora das habilidades motoras e cognitivas.” (Professor 9)

“A Educação Física escolar não tem como objetivo principal selecionar talentos e sim, ampliar a cultura corporal do movimento (através do atletismo, por exemplo).” (Professor 15)

    Oliveira (2006) observa que as transformações ocorrerão em relação às limitações físicas e técnicas dos alunos para realizar determinados movimentos. Deve-se enfatizar o prazer e a satisfação do aluno em movimentar-se, pois a tarefa da escola não é treinar o aluno, mas ensinar o esporte de forma atrativa e compreensiva, incluindo a efetiva participação de todos.

    Outros 37% responderam que depende do professor a possibilidade de exclusão ou não do aluno nas aulas de atletismo na escola. Relatadas algumas justificativas:

“Temos que saber trabalhar a individualidade de cada um.” (Professor 26)

“Todas as aulas devem acontecer por interesse dos alunos, se não desenvolver o interesse elas podem ser exclusivas (excluir os alunos de participarem das aulas).” (Professor 25)

“As estratégias adotadas pelo professor define a participação dos alunos, ou não.” (Professor 24)

“Dependendo da forma que aborda a atividade pode se mostrar super prazeroso principalmente na educação do ensino fundamental, do 1º ao 5º ano.” (Professor 6)

    Observado da importância das habilidades motoras e capacidades físicas para essa faixa etária (do 1° ao 5° ano do fundamental), Isayama e Gallardo (1998) entendem que esta fase é a mais importante do desenvolvimento motor da criança, pois é nesta fase que haverá o aprendizado e é quando o profissional de Educação Física tem a maior chance de trabalhar com estas crianças. Os autores complementam, destacando que os movimentos devem ser trabalhados adequadamente, o que quer dizer que as crianças terão dificuldades de combinar e modificar movimentos naturais (correr, saltar, lançar, trepar, por exemplo) em formas mais especializadas, com erros de execução que poderão ser visualmente observados, uma vez que as habilidades motoras fundamentais aparecem na realização dos esportes, de jogos e de outras atividades motoras e que são fundamentais para seu posterior aprendizado mais complexas e específicas, onde o atletismo pode participar ativamente deste processo de aprendizagem inclusiva na escola.

    Ao serem perguntados se acreditam que o atletismo possa ser considerado como modalidade de base, ajudando, assim, no desenvolvimento da aprendizagem motora na maioria dos desportos terrestres, 100% da amostra indicou que sim. Nas justificativas observou-se um padrão de respostas relativamente coincidentes, dentro do contexto atletismo escolar.

“Pois através do atletismo, desenvolvemos os movimentos naturais de saltar, correr e lançar.” (Professor 7)

“Sem dúvidas. Todos os desportos têm alguma característica do atletismo.” (Professor 22)

“Pois quase todo o esporte o utiliza.” (Professor 18)

“Pois vários movimentos do atletismo são utilizados em diversas modalidades especificas (correr, saltar e lançar).” (Professor 8)

“Pois desenvolve valências físicas necessárias para outras modalidades.” (Professor 30)

    O atletismo apresenta qualidades fundamentais no desenvolvimento da criança. Suas possibilidades na escola são diversas (SOUZA, 2005). Já para os autores Jonath, Haage e Krempel (1977), o atletismo é uma modalidade base, da qual parte a maioria dos esportes terrestres. Os exercícios de atletismo são um meio excepcional para aumentar a capacidade do rendimento físico geral. Com eles desenvolvem-se e aperfeiçoam-se da melhor forma o sistema cardiorrespiratório, o sistema nervoso, assim como as qualidades físicas básicas: força, velocidade, resistência, flexibilidade e agilidade.

Conclusão

    De acordo com os resultados apresentados pela pesquisa, foi constatado que a maioria dos profissionais de Educação Física acredita ser importante a prática do atletismo em ambiente escolar. Mas, quando foi, posteriormente, perguntado aos entrevistados se ministravam aulas de atletismo nas escolas em que atuam, o número de profissionais reduziu. Dentre as razões destacadas pelos professores, citam-se a falta de material adequado, de espaço físico e de interesse da escola e dos alunos, dando uma idéia da realidade do atletismo escolar no nosso país.

    Entre os professores entrevistados que relataram ministrar aulas de atletismo nas escolas a maior parcela respondeu indicando que opta por aulas teóricas e práticas, através da realização de atividades lúdicas utilizando, no geral, a metodologia mista em suas aulas, logicamente respeitando a faixa etária e o nível de desenvolvimento motor de seus alunos, visando sempre a inclusão de todos, motivando-os a conhecer um pouco mais sobre atletismo e despertando maior interesse e prazer na participação nas suas aulas.

    O professor de Educação Física deve considerar que para trabalhar o atletismo nas escolas devem-se observar as condições e de que forma a modalidade será implementada na escola. De acordo com os conteúdos descritos por estes professores, foram analisados e indicados nesta pesquisa, e conforme resultado, a maioria (63%) concordou que as aulas de atletismo na escola ajudam a incluir alunos com poucas ou sem grandes habilidades motoras e também todos os entrevistados consideram o atletismo como sendo uma modalidade de base, que ajuda no desenvolvimento e na aprendizagem da maioria dos desportos terrestres.

    A maioria (90%) dos entrevistados acredita que o atletismo pode ser parte atuante e integrada ao plano de ensino das escolas em que ministram aulas, ou seja, acreditam na possibilidade de diminuir a distância entre o atletismo e a escola. Também concordam que há uma grande carência em cursos de capacitação para profissionais de Educação Física e neste sentido a busca por caminhos deve ser incessante e que realmente possa ajudar o professor de Educação Física na tarefa de trabalhar com mais formação e competência o atletismo dentro de todas as escolas.

    Recomenda-se que novos estudos sejam realizados com uma amostra maior.

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