A influência da mídia impressa sobre a prática da ginástica artística na cidade de Campinas, SP La influencia de los medios gráficos sobre la práctica de la gimnasia artística en la ciudad de Campinas, SP The influency of the print media on the practice of artistic gymnastic in Campinas, SP |
|||
*Professor Doutor da Faculdade de Educação Física da UNICAMP Coordenador do Grupo de Pesquisa em Ginástica. **Licenciado em Educação Física – FEF – UNICAMP ***Mestranda em Educação Física – FEF – UNICAMP Professora do Colégio Rio Branco – Campinas – SP Mmbro do Grupo de Pesquisa em Ginástica. (Brasil) |
Marco Antonio Coelho Bortoleto* Mário Clemente Ferreira** Rafaela Guerra Segalla Alves Rodrigues*** |
|
|
Resumo A prática da Ginástica Artística (GA), assim como das demais modalidades esportivas, é influenciada pela mídia de massa, especialmente, quando há exposição direta dos atletas de destaque nos principais meios de comunicação. A partir deste pressuposto, o objetivo deste trabalho foi analisar a exposição que a GA, e seus principais ginastas, tiveram na mídia impressa, bem como discutir se houve ou não influência desta exposição sobre a prática deste esporte na cidade de Campinas-SP. Metodologicamente, partimos de uma revisão bibliográfica sobre os conceitos chaves, posteriormente realizamos uma análise documental dos exemplares de três revistas de circulação nacional, uma revista de circulação local; um jornal de circulação regional; um jornal de circulação local; e, por fim, um jornal de circulação estadual, no período compreendido entre 2003 e 2007. Finalmente efetuamos uma pesquisa de campo, por meio de entrevistas semi-estruturadas, junto a 6 professores/técnicos da modalidade (de clubes, escolas públicas e privadas) e 2 coordenadores de projetos de GA. Os dados obtidos indicam um crescimento na exposição mediática da GA e de seus atletas, particularmente nos meses que antecedem grandes eventos esportivos (campeonatos mundiais ou olimpíadas), e posteriormente às conquistas obtidas pelos ginastas nestes eventos. Na opinião dos especialistas, este fato, têm contribuído, significativamente, no aumento dos espaços de prática, bem como no número de seus praticantes, embora esta condição não garanta a sustentabilidade dos projetos. Finalmente, este estudo aponta uma série de indicadores que precisam ser analisados para uma compreensão mais precisa deste fenômeno, como por exemplo, a mídia televisiva e on-line (internet) cujos impactos são cada vez maior nos dias atuais. Unitermos: Ginástica Artística. Mídia impressa. Influência mediática.
Abstract The practice of Gymnastics (GA), as well as the other sports, is influenced by mass media, especially when there is direct exposure of the athletes in mainstream media. From this assumption, the objective of this study was the exposure that GA and its top gymnasts had in the press, as well as discuss whether there was any influence of this exhibition about this sport in the city of Campinas. Methodologically, we begin with a review of key concepts, then conducted a document analysis of specimens from three national magazines, a magazine for local circulation, a newspaper of regional circulation, a newspaper of local circulation, and, finally, a Newspaper circulation state in the period between 2003 and 2007. Finally we made a field survey, through semi-structured interviews, along with six teachers / technicians of the sport (clubs, public and private schools) and two project coordinators of GA. Data indicate an increase in media coverage of GA and its athletes, particularly in the months before major sporting events (Olympics or world championships), and subsequently to gains made by gymnasts at these events. In the opinion of experts, this fact has contributed significantly in increasing the opportunities for practice as well as the number of its practitioners, although this condition does not ensure the sustainability of the projects. Finally, this study points out a number of indicators that need to be analyzed for a more precise understanding of this phenomenon, such as the television media and online (internet) which impacts are increasing nowadays Keywords : Artistic Gymnastics. Print media. Media influence.
Parte desta pesquisa foi financiada pelo CNPQ – PIBIC através de uma bolsa de Iniciação Científica.
|
|||
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 16 - Nº 156 - Mayo de 2011. http://www.efdeportes.com/ |
1 / 1
Introdução
A exposição mediática da Ginástica Artística brasileira vem crescendo de modo significativo, especialmente a partir de 2000, a medida que os resultados competitivos nos eventos internacionais deram maior visibilidade para a modalidade (CARVALHO, 2007). Grande parte desta exposição se faz por meio da imagem dos atletas mais destacados, vinculada por patrocinadores e pela mídia especializada, como destacam Oliveira e Bortoleto (2009) e Lopes e Nunomura (2007, p.180).
Faz-se necessário, antes de nos aprofundarmos na discussão deste fenômeno, destacarmos alguns desses bons resultados citados acima. O primeiro grande resultado na década de 2000 foi obtido pela ginasta Daniele Hypólito, ao conseguir o melhor desempenho da história da ginástica brasileira até então, nas Olimpíadas de Sydney em 2000. Nesta ocasião e com apenas 15 anos, a ginasta alcançou o 21º. lugar na competição individual geral, além do 17º nas barras assimétricas e no solo e o 16º na trave de equilíbrio. No ano seguinte, conquistou a primeira medalha da história do país em Campeonatos Mundiais, a prata no aparelho solo, em Gante na Bélgica (2001). Neste mesmo evento, a ginasta Daiane dos Santos obteve a quinta colocação também no solo.
Por outro lado, Daiane dos Santos já tinha alcançado o reconhecimento a partir de suas conquistas obtidas nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg (Canadá) em 1999, apesar de não se classificar para as Olimpíadas de Sydney-2000.
Em 2002, na etapa da Copa do Mundo em Cottbus, na Alemanha, Daniele Hypólito foi campeã nos exercícios de trave. No ano seguinte, foi a equipe feminina quem chamou a atenção dos meios de comunicação ao conquistar, nos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo, a medalha de bronze.
Esta ascensão da Ginástica Artística Feminina (GAF) foi coroada com a conquista, por Daiane dos Santos, da medalha de ouro no aparelho Solo no Campeonato do Mundo de Anaheim (EUA) em 2003, fato até então inédito para a modalidade.
A partir deste período, diversos ginastas brasileiros, tanto na categoria feminina como na masculina, obtiveram excelentes resultados nas competições internacionais, com destaque, ao tricampeonato da Copa do Mundo (2004, 2006, 2008) e o bi-campeonato mundial de Diego Hypolito no aparelho solo (2005 e 2007, além da prata em 2006); e à medalha de bronze de Jade Barbosa no salto, no Campeonato do Mundo de 2010.
De modo sintético, o fruto desta ascensão pode ser notado pela classificação, pela primeira vez, da equipe feminina para as Olimpíadas de Atenas (2004), fato este, repetido em Pequim (2008). Nessa ocasião a equipe classificou-se para a final, entre as oito melhores da competição, feito ainda mais importante (ver SCHIAVON, 2010). Estes resultados, bem como a melhoria na gestão federativa deste esporte no período (Oliveira, 2010), parecem ter sido decisivos para o aumento da vinculação mediática da modalidade.
Não podemos esquecer que neste período houve ainda um crescimento exponencial da mídia digital (do maior acesso a informação, nas palavras de BETTI, 1998 e 1999), com destaque para as comunidades virtuais de relacionamento, sites especializados, grupos de discussão (e-mail), blogs, páginas pessoais de atletas de elite, amplificando ainda mais os avanços e resultados alcançados. Vejamos alguns exemplos, pesquisados entre 2008 e 2009, apenas a titulo ilustrativo:
COMUNIDADES CRIADAS NO SITE DE RELACIONAMENTO ORKUT |
Amamos a Daiane dos Santos – Comunidade |
Daiane dos Santos – Comunidade |
Sou fã da Daiane dos Santos – Comunidade |
Sou fã do Diego Hypólito – Comunidade |
Diego Hypólito – Comunidade |
Eu adoro a Jade Barbosa – Comunidade |
WEBSITES, BLOGS OU WIKIS DE GINASTAS DE DESTAQUE |
Jade Barbosa: www.jadebarbosaaa.com.br - site oficial |
Diego Hypólito: www.diegohypolito.com.br - site oficial |
Daiane dos Santos: www.daianedossantos.com.br - site oficial |
Mosiah Rodrigues http://www.mosiahrodrigues.com.br/ - Site oficial |
Daniele Hypólito: www.danielehypolito.com.br - site oficial |
Adan Santos: http://pt.wikipedia.org/wiki/Adan_Santos |
Jade Barbosa: http://pt.wikipedia.org/wiki/Jade_Barbosa |
Diego Hypólito: http://pt.wikipedia.org/wiki/Diego_Hypólito |
FÃ CLUBES |
Jade Barbosa: www.flogao.com.br/jadebarbosa/meuperfil |
Por outro lado, como salienta Becker (2000), a freqüente divulgação dos grandes eventos esportivos pelos meios de comunicação1, pode influenciar a prática desportiva, principalmente, pela identificação e fomento dos ídolos. Neste sentido, ginastas como Daiane dos Santos, Jade Barbosa, os irmãos Daniele e Diego Hypólito, Mosiah Rodrigues, entre outros, transformaram-se em referencias sociais (cujas imagens são construídas através de suas conquistas esportivas)2. Alguns deles, segundo Roble (2001), podem ser considerados ídolos da modalidade, ou, conforme Betti (2001) “ícones temporários”.
Neste sentido, tais ginastas converteram-se em importantes agentes de divulgação da modalidade, tendo suas imagens utilizadas inclusive nos programas do Governo Federal (Ministério dos Esportes) para o fomento da prática esportiva.
Uma reportagem publicada em um jornal da região de Campinas-SP nos ajuda a entender o impacto da vinculação mediática destes ginastas. A manchete, de uma página na seção esportes, intitulada “Campineira ‘voa’ igual a Daiane” apresenta uma entrevista com a técnica de uma das principais equipes da cidade, e afirma que Campinas tem cerca de quinhentas meninas praticando Ginástica Artística atualmente.
(...) O feito transformou a ginasta (Daiane dos Santos) no mais novo ídolo nacional e despertou o interesse de crianças que passaram a procurar escolinhas especializadas na iniciação do esporte. No Clube Campineiro de Regatas e Natação, que possui a mais tradicional equipe da modalidade na região, cresceu cerca de 50% a procura por matrículas de crianças interessadas em praticar o esporte. Quando a Daniele Hypólito apareceu, também aumentou em cerca de 30% a procura. (SANTANA, 2006, p. 8)
Outro depoimento oferecido por uma atleta campineira, Raquel Suguitani Stefani, no jornal local Gazeta do Cambuí, expõe, novamente, a importância da exposição mediática da modalidade e dos ginastas como incentivador de novos praticantes:
Quando vi a Daniele Hypólito se apresentando num mundial, fiquei muito interessada no esporte. Daí, pedi para minha mãe me colocar em alguma escolinha. (GONSALVES, 2006, p. 9)
Dentre os distintos veículos mediáticos, a Televisão é, possivelmente, uma das mais importantes na atualidade. Campos et al (2009), salienta, ao analisar o caso da Natação, como a exposição na mídia pode inclusive contribuir para a transformação do esporte num espetáculo. A mídia impressa, também pode influenciar no esporte, como aponta Weis (1986), quando discute o papel da mídia impressa na violência no esporte.
No que se refere à GA, Carvalho (2007) destacou o importante papel da TV e também a parcialidade que ela pode gerar em função do conteúdo exibido. O estudo de Rubio (2001) revela como jovens ginastas tomaram conhecimento desta atividade, e de seus atletas de destaque através da televisão, reforçando a hipótese já mencionada.
Vejamos alguns exemplos do destaque que foi dado à modalidade pela emissora de maior impacto nacional no período compreendido entre 2003 e 2004.
TV GLOBO |
Futuras Daianes da GA do Brasil. Globo Esporte, 28 de agosto de 2003. Dobra o número de crianças que praticam GA nos clubes. |
Longe da casa, da família, mas bem perto da seleção. Globo Esporte, 07 de janeiro de 2003. Reunidas em Curitiba, as meninas da GA começam a preparação rumo aos Jogos Panamericanos, março de 2003 |
Começa a seletiva de GA em Curitiba. Globo Esporte, 14 de fevereiro de 2004. Atletas como Daiane dos Santos e Diego Hypólito disputam as três vagas para a Copa do Mundo. |
A maior presença dos atletas da GA na mídia e a transformação, paulatina, dos mesmos em ídolos, mesmo que fugazes (ou temporários), pode ser notada ainda no aumento de publicidades de patrocinadores vinculados à GA e seus protagonistas. Como vemos nos exemplos a seguir:
CAIXA ECONÔMICA FEDERAL |
Seleção Brasileira de GA: 2004, 2005, 2006, 2007 e 2008 |
Daiane dos Santos: 2004 - 2008 |
ADIDAS |
Impossible is nothing – Diego Hypólito |
ARACRUZ |
Daiane dos Santos |
SAMSUNG |
Daiane dos Santos e Diego Hypólito |
BANCO BMG |
Jade Barbosa |
BOMBRIL |
Daiane dos Santos e Danielle Hypólito: 2005-2007 (Projeto Mulheres que fazem o Brasil brilhar) |
Os dados apresentados evidenciam o destaque dado pelos meios de comunicação à GA e seus principais ginastas, aproximando-os ao modelo de esporte-espetáculo e dos seus respectivos ídolos como veiculadores de marcas e produtos, modelo este, já consagrado em modalidades como o futebol ou o vôlei. Nas palavras de Betti (1999: 75):
Basta ligar a televisão e "zapear" um pouco com o controle remoto: o esporte está em toda parte. Não apenas nos programas e noticiários especificamente esportivos, em que é produto espetacular, mas nos filmes, nos programas de auditório, de entrevistas, nos telejornais, nos desenhos animados, nas telenovelas e nos seriados. Nos anúncios publicitários, é invocado para vender sorvete, cimento, assinatura de jornal, remédio, automóvel, desodorante, serviços bancários, refrigerante.
Deste modo, esta investigação teve como hipótese de trabalho a idéia de que a maior exposição mediática da GA, nos diferentes veículos existentes (mídia impressa, televisão, mídia digital – internet, entre outros), pode estar contribuindo no aprofundamento do conhecimento da modalidade por parte da população em geral, na ampliação do debate acerca desta prática e, por conseguinte, influenciado na procura por esta atividade na cidade de Campinas-SP3. Assim sendo, esta pesquisa objetivou analisar a exposição mediática da GA na mídia impressa entre 2003 e 2007, assim como, conhecer a opinião dos profissionais responsáveis pelo ensino desta modalidade nas instituições de maior destaque da cidade acerca deste fenômeno, em particular, se os mesmos acreditam que esta exposição teve impacto no aumento/ ou não dos praticantes de GA em suas respectivas instituições.
Procedimentos metodológicos
A presente pesquisa foi realizada em duas etapas:
a. Revisão bibliográfica sobre os principais conceitos que norteiam este trabalho, tais como: mídia, exposição mediática, referentes sociais, etc. Nesta fase também buscamos documentos que confirmassem a presença da GA e a conseqüente exposição dos ginastas nos distintos meios de comunicação. Para isso, procedemos na localização do material a partir da consulta de diferentes bases de dados e no acervo de distintas bibliotecas. Os textos foram analisados a partir dos apontamentos metodológicos propostos por Lakatos e Marconi (1990) e Triviños (1987). Este processo resultou no marco teórico deste trabalho, exposto de forma sintética na introdução deste artigo, bem como em alguns apontamentos utilizados na discussão dos dados obtidos.
b. Pesquisa de campo mediante a análise documental de tipo qualitativa, de diferentes veículos da mídia impressa, além da realização de entrevistas semi-estruturadas junto aos professores, técnicos e coordenadores responsáveis pela modalidade de Ginástica Artística na cidade de Campinas – SP. Para a análise documental analisamos o conteúdo dos exemplares de três revistas de circulação nacional (Época, Veja e Isto É); uma revista de circulação local (Metrópole); um jornal de circulação regional (Correio Popular); um jornal de circulação local (Gazeta do Cambuí); e, por fim, um jornal de circulação estadual (Folha de SP), no período compreendido de 2003 a 2007. Segundo Bardin (2008), este processo de investigação obedeceu ao domínio da análise da "comunicação de massa" (TV, jornal, revista, comercial e Internet), com ênfase no suporte mediático escrito. Os veículos foram selecionados de modo que tivéssemos uma mostra variada no alcance territorial, como também, no potencial (impacto) informativo.
Concluímos este estudo de campo realizando oito (08) entrevistas semi-estruturadas junto a seis (06) professores/técnicos da área de GA e dois (02) coordenadores responsáveis pelas aulas (gestores de esportes) dentro de instituições, onde há a prática regular desta modalidade. Para obter uma visão panorâmica optamos por profissionais de diferentes instituições: Escolas – públicas e privadas, Academias, Clubes Sociais e Órgãos Públicos – Projetos, todos desenvolvidos no município de Campinas – SP – Brasil. A priori procuramos entrevistar os professores responsáveis pelas aulas, porém, em alguns casos, quando o acesso ao professor não foi possível, fez-se necessário entrevistar os coordenadores.
Para a definição dos espaços (instituições) e a seleção dos sujeitos da pesquisa, observamos os critérios de "regra da homogeneidade" e "regra da representatividade”, descritos por Bardin (2008, p. 97). Ainda em relação à escolha das instituições optamos pelas instituições já consolidadas, que mantém esta atividade por um período superior a dois (02) anos e participam de eventos esportivos (troféus e copas em nível de iniciação), sendo os mesmos promovidos pelas federações, prefeituras ou instituições e clubes.
Com isso buscamos uma mostra representativa entre os profissionais envolvidos com a prática da GA nesta cidade, cuja opinião pudesse nos oferecer um panorama que abrange-se desde a iniciação até o nível competitivo desta modalidade.
Para a coleta de dados, entrevista, foi elaborado um roteiro com questões abertas buscando posteriormente manter esta aproximação no domínio da "comunicação dual" (diálogo) e com suporte oral. As entrevistas foram gravadas por meio de um dispositivo digital, transcritas posteriormente e finalmente foi realizada uma análise de conteúdo, conforme os critérios estabelecidos por Bardin (2008).
As questões abordadas foram definidas a partir dos objetivos do trabalho, buscando identificar se houve ou não aumento do número de espaços, aulas e alunos de GA no período (2000-2006). Paralelamente, buscamos investigar se, havia de fato, uma relação direta entre este suposto aumento da exposição mediática da GA e de seus ídolos, principalmente a partir de 2000, com o aumento do número de praticantes da modalidade.
Foi elaborada uma “entrevista piloto”, validada pelos membros do Grupo de Pesquisa em Ginástica (FEF – UNICAMP) e aplicada a um professor de GA da cidade de Itatiba –SP. Os dados obtidos no trabalho piloto foram analisados e o roteiro foi ajustado para sua aplicação posterior junto aos sujeitos do estudo. O recorte temporal adotado para as entrevistas foi de 2000 a 2006.
Uma vez finalizada a pesquisa os resultados foram enviados aos sujeitos para que pudessem conhecer e validar as interpretações dadas aos seus discursos e, portanto, aos resultados da pesquisa.
Resultados
Com relação à mídia impressa analisada encontramos os seguintes registros:
REVISTA VEJA |
Revista Veja, edição 2018, ano 40, nº29, 25 de julho de 2007. Entre o pódio e o hospital: as contusões de Daiane, pág.48. |
Revista Veja, edição 2018, ano 40, nº29, 25 de julho de 2007. O choro e a vaia. Pág.92. |
Revista Veja, edição 2009, ano 40, nº20, 23 de maio de 2007. Ginástica: a nike entra na dança. Pág. 112. |
Revista Veja, edição 2019, ano 40, nº30, 1 agosto de 2007. Contra hermanos e juvenis é fácil: O Brasil nunca teve tantos ouros, mas poucos atletas podem repetir o feito nas Olimpíadas. Pág.88. |
REVISTA ISTO É |
Revista Isto é, nº1969, ano 30, 25 de julho de 2007. Isto é Pan: Jade a namoradinha do Brasil; Diego Hypólito, o careca de ouro. |
Revista Isto é, nº1966, ano 30, 4 de julho de 2007. Tudo pronto para o Pan: fique de olho nesses nomes... Diego Hypólito ... |
Revista Isto é, nº 1918, 26 de julho de 2006. Diego no alto do pódio: O ouro na copa do mundo em Xangai, a quarta medalha do ano transforma o "irmão da Dani” em estrela da Ginástica mundial. |
REVISTA ÉPOCA |
Revista Época, nº 474, 18 de junho de 2007. Os gringos estão chegando: Quem vai compor a delegação dos Estados Unidos a mais poderosa do Pan. Pág.112. |
Revista Época, nº 466, 23 de abril de 2007. A fantástica fábrica de ginastas: O Brasil se tornou potência numa modalidade antes dominada por chinesas e soviéticas. O segredo da equipe favorita do Pan está num ginásio em Curitiba. |
Revista Época, nº479, 23 de julho de 2007. Os novos heróis do Brasil: Os jogos Pan – Americanos apresentam ao público uma geração de ouro do esporte nacional, pronta para substituir os ídolos de hoje nas Olimpíadas 2008. Jade Barbosa – Ginástica Artística. Pág.92. |
Revista Época, nº 442, 6 de novembro de 2006. Mais que futebol: Uma escola do subúrbio do Rio descobre a ginástica como forma de dar oportunidades e orgulho a seus alunos. Pág.63. |
REVISTA METRÓPOLE |
Daianemania. Revista Metrópole, Campinas, São Paulo, 1º de agosto de 2004. As Olimpíadas ainda não começaram, mas as conquistas da pequena Daiane dos Santos até aqui, já colocaram a Ginástica Olímpica na vida dos brasileiros. Em Campinas a procura pela modalidade aumentou em até 50%. |
CORREIO POPULAR |
Campineira "voa" igual a Daiane. Correio Popular, Campinas, São Paulo, 14 de agosto de 2006. Naiá Morais, de 17 anos, é a primeira ginasta a realizar o duplo mortal carpado para trás, salto de ouro da gaúcha. |
Jade rouba de Daiane o posto de estrela. Correio Popular, Campinas, São Paulo, 12 de julho de 2007. |
Daiane confirma que vai competir no sábado. Correio Popular, Campinas, São Paulo, 12 de setembro de 2007. Ginasta treinou a rotina completa e disse estar se recuperando bem. |
GAZETA DO CAMBUÍ |
Duas em uma. Gazeta do Cambuí, Campinas, São Paulo, 21 de julho de 2006. Bicampeã de Ginástica olímpica treina muito, mas quando está fora das quadras segue rotina light. |
FOLHA DE SÃO PAULO |
Daniele e Diego Hypólito deixam os treinos em Curitiba. Folha de São Paulo, São Paulo, 12 de setembro de 2003. |
Após o mundial, brasileiros já pensam em 04. Folha de São Paulo, São Paulo, 31 de agosto de 2003. Daiane dos Santos, 20, primeira campeã de ginástica mundial nacional... |
Daiane estréia coreografia na Copa do Mundo. Folha de São Paulo, São Paulo, 23 de março de 2004. |
Por outro lado, após a análise de conteúdo (qualitativa) das respostas dos entrevistados, formulamos um quadro sintético (quantitativo) com as informações mais relevantes a respeito os objetivos da pesquisa:
Desde quando tem experiência com a GA? |
Infância |
Faculdade |
||
4 |
4 |
|||
A GA tem tradição de prática na sua cidade e/ou na região? |
SIM |
NÃO |
||
8 |
- |
|||
Existe algum tipo de apoio para o desenvolvimento da GA em sua cidade? |
SIM |
NÃO |
||
4 (pouco apoio) |
4 |
|||
Os profissionais que representam a GA na sua cidade colaboram para a difusão/propagação da modalidade? |
SIM |
NÃO |
||
8 |
- |
|||
Percebe-se, nos últimos tempos (entre 2000 e 2006), uma maior exposição da GA na mídia (TV, rádio, Jornal, Internet etc)? |
SIM |
NÃO |
||
8 (TV Principal.) |
- |
|||
As mídias (revistas, rádio, TV, jornais, internet...) têm influência na difusão/propagação desta modalidade (GA)? |
SIM |
NÃO |
||
8 |
- |
|||
Quais são os ídolos, caso possuam, de seus alunos? |
Jade |
Daiane |
Dani |
Diego |
6 |
6 |
5 |
3 |
|
Houve um aumento da procura pela modalidade (GA) nos locais onde você trabalha ? |
SIM |
NÃO |
||
6 |
2 |
|||
Na sua opinião, houve aumento no oferecimento de aulas de GA a partir dos bons resultados obtidos pelos ginastas brasileiros? |
SIM |
NÃO |
||
6 |
2 |
|||
Houve um aumento no oferecimento do número de aulas de GA a partir do ano de 2003 no seu local de trabalho (instituição)? |
SIM |
NÃO |
||
5 |
3 |
|||
Na sua opinião houve um aumento nos espaços destinados à pratica da modalidade em sua cidade? |
SIM |
NÃO |
||
6 |
2 |
|||
Ocorreu aumento no número de alunos (praticantes) da modalidade GA em sua cidade? |
SIM |
NÃO |
||
8 |
- |
|||
A que você atribui esse aumento da procura pela modalidade ? |
Mídia |
Prof. |
Divulgação oral |
|
6 |
1 |
1 |
Tabela 1. Resumo quantitativo das respostas obtidas nas entrevistas
Discussão
Os dados obtidos indicam que a exposição mediática da GA vem crescendo, especialmente a partir de 2003, porém, comparada a outras modalidades esportivas (como o futebol ou o vôlei), ainda ocorre em menor escala. É importante destacarmos que, esse crescimento, não acontece apenas nas publicações não científicas, objeto do nosso estudo. No estudo realizado por Cruz (2009), no qual analisou 14 revistas científicas especializadas na área da Educação Física (130 exemplares) nos anos de 2007 e 2008 foram encontrados apenas 11 artigos sobre as diferentes modalidades gímnicas, sendo cinco deles, específicos sobre GA.
Observamos ainda, um aumento nos espaços destinados à prática da GA. Tanto em instituições onde a GA não se encontrava em seu quadro regular de atividades esportivas oferecidas, como, naquelas onde a prática da GA já existia, o número de aulas aumentou, uma vez que, segundo a opinião dos entrevistados, a demanda de alunos (praticantes) foi maior. Ou seja, percebe-se um significativo incremento na quantidade de praticantes neste período. Nas palavras do sujeito C:
“Houve, sim, esse aumento (...) já tinha acontecido esse, esse ”bum” da Ginástica Olímpica (...) a comunidade vem atrás; agora eles sabem direito o que se trata a Ginástica Artística, que aparelhos que são a Ginástica Artística, como funciona. A mídia ajudou nisso também”.
Todos os entrevistados relataram perceber, uma maior exposição da modalidade e de seus atletas nas diferentes mídias, sendo a TV o meio destacado como o de maior visibilidade e propagação de informações e imagens relacionadas ao esporte, corroborando os estudos de Rubio (2001) e Carvalho (2007). Neste caso, como resultado deste trabalho, sugerimos para o futuro a análise do impacto da exposição televisiva na prática da GA.
Os discursos apontam ainda, que esta maior exposição mediática gera um maior interesse na prática da modalidade por pessoas que não a conheciam anteriormente, bem como, um aumento da procura por espaços onde a mesma, é oferecida. Conforme revela o discurso do sujeito D:
“Antigamente não eram tão assim. Agora acho, justamente por essa, vamos dizer, ”entre aspas”, ilusão de sucesso, (...) muitas crianças “carentes” estão procurando mais do que antigamente eu percebo. Antes havia uma procura mais “elitizada” e atualmente inverteu; eu observei isso. Nós também procuramos divulgar em vários lugares, inclusive na periferia da cidade. Existe também, um trabalho em escolas de periferia, que ajuda a atrair novas ginastas”.
Em relação à exposição dos ginastas na mídia impressa, é notório que a mesma acontece, quando existem chances reais de medalha em competições internacionais, ou imediatamente após alguma conquista importante. Como conseqüência desta condição, parece-nos que a continuidade desta exposição mediática, depende diretamente, dos resultados dos ginastas brasileiros nas competições, sobretudo, internacionais. Caso os resultados não continuem acontecendo é possível que os meios direcionem sua atenção para outras modalidades. Nas palavras do sujeito B:
“... porque desde que a Daiane conseguiu alguns bons resultados a televisão começou a mostrar esta atleta. Logo ela foi pra Olimpíada com reais chances de medalha, então isso levou a televisão a falar ainda mais nela, e aí as meninas prestaram mais atenção nela. Acho que isso gerou um interesse maior pela ginástica. Eu acredito que tenha acontecido isso.”
Este crescimento no número de praticantes levou os professores a buscar novas estratégias de divulgação, de promoção de eventos, de captação de recursos, assim como, novos modos para estabelecer parcerias, visando ampliar as oportunidades e tornar a prática sustentável. Neste sentido, buscando aumentar a oferta e assim, atender um público maior, foram criadas aulas em horários diversificados, turmas com maior número de praticantes e novos locais para a prática, fatores estes que confirmam o aumento na quantidade de praticantes. Na opinião de E:
“Eu posso dar o exemplo da Prefeitura. A gente têm lutado pra conseguir as coisas, têm lutado; e agora a gente conseguiu essa parceria junto com um colégio que tem uma estrutura ótima pra gente treinar (...). Acho que o papel que é pra ser feito mesmo: divulgar a Ginástica, incentivar as pessoas a trabalharem com Ginástica..."
Os dados obtidos revelam ainda outras informações, que embora não façam parte do objetivo primário desta investigação, são relevantes para os estudiosos do assunto. Entre elas destacamos:
alguns dos profissionais consultados revelaram atuar em mais de uma instituição ao mesmo tempo, o que sugere que o mercado de trabalho da GA é especializado e, portanto, reduzido. Entretanto, podem existir outras razões que justifiquem esse fato, como a necessidade de complementação orçamentária, devido à baixa remuneração, ou o escasso interesse dos profissionais da Educação Física em relação a essa modalidade esportiva.
boa parte dos entrevistados, teve o primeiro contato com a GA ao freqüentar a Faculdade de Educação Física, ou seja, não foram praticantes da modalidade quando criança, e alguns, não tinham conhecimento sobre a GA antes de ingressarem na faculdade, o que reforça a importância da formação inicial.
Considerações finais
Os limites teórico-metodológicos deste estudo, bem como suas pretensões nunca foram esquecidos, o mesmo se caracteriza como exploratório e, faz-se necessário ressaltar, com maior clareza, o objeto de estudo: a influência da exposição mediática da modalidade e dos atletas destacados sobre a prática da GA.
Embora os dados obtidos, seja por meio da análise documental da mídia impressa ou pelas entrevistas junto aos especialistas, expressem um aumento da exposição mediática da GA, dos atletas e profissionais envolvidos, bem como do número de praticantes, não é possível afirmar qual ou quais são os fatores determinantes para o crescimento da demanda/oferta, devido à complexidade que caracteriza o fenômeno esportivo moderno. Além do mais, o recorte geográfico, e das fontes consultadas, dificulta qualquer extrapolação das interpretações aqui realizadas.
Assim, acreditamos que a maior ou menor quantidade de instituições e, por conseguinte, de praticantes, se deve a um conjunto de fatores muito maior, como bem destaca Emanoelli (2009) ao estudar a prática de atividades de ginástica na Região Metropolitana de Campinas. Segundo este autor, ainda são poucos os espaços regulares que oferecem essa modalidade no seu quadro de atividades, assim como, ainda é baixo o apoio governamental para que a ginástica, de uma forma geral, passe a fazer parte da cultural de movimento da maior parte dos cidadãos.
Neste sentido, é preciso um conjunto de ações bem executadas e conexas para que haja uma mudança significativa, seja no aumento do número de praticantes de GA ou no nível técnico de seus professores e ginastas. Entendemos que, para o desenvolvimento de programas esportivos que promovam a participação a longo prazo, a mídia representa apenas um dos componentes desta complexa rede de ações promotoras do desporte. Nesta pesquisa, vimos como as Escolas, com todas as dificuldades e contradições, ainda representam na cidade de Campinas – SP um espaço de fomento da GA (como sugerem Schiavon e Nista-Piccollo, 2007).
Por fim, acreditamos que todas as instituições (clubes, universidades, federações, etc.) devam aproveitar este bom momento vivido pela GA brasileira (nesta primeira década do século XXI), e sua conseqüente maior exposição mediática, para a realização de projetos e estratégias que visem ampliar ainda mais a oferta de espaços, bem como a qualidade das atividades disponíveis. O que retroalimentaria este “ciclo”: melhores resultados, maior exposição mediática, maior demanda e maior oferta-número de praticantes.
Notas
Como por exemplo, o Canal fechado de Televisão “Sport TV” que incluiu na programação a partir de 2005 a transmissão das principais etapas da Copa do Mundo de GA, bem como os Campeonatos do Mundo e outros eventos importantes da modalidade.
O que dizer, por exemplo, do efeito que a vinculação da imagem da ginasta romena Nadia Elena Comaneci teve para a modalidade no cenário internacional.
Com mais freqüência vemos estudos, como o de Castro (2003), que analisam o impacto da mídia na prática das Ginásticas de Academia. Também tivemos contato com trabalhos que analisam a importância da mídia e da exposição dos ídolos esportivos, como foi o caso de Gustavo Kuerten no tênis (Lovisolo, 2003). CASTRO, A. L. de. Culto ao corpo e sociedade: mídia, estilos de vida e cultura de consumo. São Paulo: Annablume: Fapesp, 2003; LOVISOLO, H. Tédio e espetáculo esportivo. In: ALABARCES, Pablo. Futbologias, futbol, identidad y violência en América Latina. Buenos Aires: Clacso, 2003.
Referências
BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa, Portugal, 4ª. edição: Edições 70, 2008.
BECKER, Jr., B. Manual de psicologia do esporte & exercício. Porto Alegre, RS: Novaprova, 2000.
BETTI, M. A janela de vidro: esporte, televisão e educação física. 3 ed. Campinas, SP: Papirus, 1998.
______. Esporte, Televisão e Espetáculo: o caso da TV a cabo. Conexões: Educação. Esporte e Lazer. Campinas, SP, n.3, p.74-91, 1999.
______. Mídias: aliadas ou inimigas da Educação Física Escolar? Motriz, v.7,n.2, p.125-129, 2001.
______. Imagem e Ação: a televisão e a educação física escolar. ______. (org). Educação Física e Mídia: novos olhares, outras práticas. São Paulo: Ed. Hucitec. p. 91-137. 2003.
BETTI, M., Esporte na Mídia ou esporte da Mídia? In: Revista Motrivivência, Ano XII, nº 17, Educação Física, Esporte, Lazer e Mídia, set./2001. Editora da UFSC. Florianópolis.
BETTI, M. (org). Educação Física e Mídia: novos olhares, outras práticas. São Paulo: Ed. Hucitec. p.71-90. 2003.
CAMPOS, R. S. et al. Natação e mídia: do esporte ao espetáculo. Revista Vita et Sanitas, Trindade, Gioânia, n. 03, jan.-dez./2009.
CARVALHO, S. O discurso midiático da ginástica artística. 2007. 102 f. Dissertação (Mestrado em Educação Física) – Universidade Católica de Brasília, Brasília, 2007.
CBG Brasil Confederação Brasileira de Ginástica. 2007. Disponível em: www.cbginastica.com.br. Acesso em: 4 fev. 2007.
CRUZ, B. C. A. Revista Brasileira de Ginástica: uma proposta piloto. TCC, FEF – UNICAMP, 2009.
EMMANOELI, Pedro B. A Prática da Ginástica na Região Metropolitana de Campinas. Relatório IC – PIBIC – UNICAMP, 2009.
GONSALVES. Duas em uma. Gazeta Do Cambuí, Campinas, SP, p. 9-9. São Paulo, 21 de julho de 2006.
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. de A. Metodologia do trabalho científico. São Paulo, São Paulo: LÃS, 1990.
LOPES, P.; NUNOMURA, M. Motivação para a prática e permanência na ginástica artística de alto nível. Rev. bras. Educ. Fís. Esp., São Paulo, v.21, n.3, p.177-87, jul./set. 2007.
OLIVEIRA, S.L. Tratado de Metodologia Cientifica: Projetos de pesquisa, IGT, TCC, Monografias, Dissertações e Teses. São Paulo, Pioneira, 2001.
OLIVEIRA, M. S.; BORTOLETO, M. A. C. A ginástica artística masculina brasileira no panorama mundial competitivo (1987-2008). Revista Motriz, v. 15, p. 297-309, 2009.
PIRES, G. L. A Educação Física e o discurso midiático: abordagem crítico - emancipatória em pesquisa-ação no ensino de graduação. Subsídios para a saúde? 2000. 231f. Tese (Doutorado em Educação Física) -- Faculdade de Educação Física, Universidade Estadual de Campinas. Campinas, SP, 2000.
RUBIO, K. O atleta e o mito do herói: o imaginário esportivo contemporâneo. Editora Casa do Psicólogo, São Paulo, 2001.
ROBLE, O. J. A Ginástica Geral e os falsos modelos. In: Fórum Internacional de Ginástica Geral, 4, 2001. Campinas, SP. Anais do Fórum Internacional de Ginástica Geral. Campinas, SP, Unicamp - SESC, 2001.
SANTANA, P. Campineira ‘voa’ igual a Daiane. Correio Popular, Campinas, SP, P. D8-D8, 14 de agosto de 2006.
SCHIAVON, L. M. Ginástica artística feminina e historia oral: a formação desportiva de ginastas brasileiras participantes de jogos olímpicos (1980-2004). Tese de doutorado, FEF – UNICAMP, 2010.
SCHIAVON, L. M. e NISTA-PICCOLLO, V. A ginástica vai à escola. Revista Movimento, Porto Lagere, Vol. 13., n. 3, 2007.
TOBAR, F.; YALOUR, M. R. Como fazer teses em saúde pública. Rio de Janeiro RJ: Editora Fiocruz, 2001.
TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1987.
WEIS, K. How the Print Media Affect Sports and Violence: The Problems of Sport Journalism. Int. Review for the Sociology of Sport IRSS, june, vol. 21 no. 2-3, 239-252, 1986.
UOL - Olimpíadas 2004 Ginástica Artística. Daniele Hypólito. Brasil, 2004. Disponível em:http://esporte.uol.com.br/olimpiadas/brasileiros/ginasticaartistica/danielehypolito.jhtm>. Acesso em: 4 fev. 2007.
UOL - Olimpíadas 2004 Ginástica Artística. Brasil Daiane dos Santos. Brasil, 2004. Disponível em: http://esporte.uol.com.br/olimpiadas/modalidades/ginasticaartistica/daiane.jhtm>. Acesso em: 4 fev. 2007.
Outros artigos em Portugués
Búsqueda personalizada
|
|
EFDeportes.com, Revista Digital · Año 16 · N° 156 | Buenos Aires,
Mayo de 2011 |