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O mercado de trabalho da licenciatura em Educação 

Física nas escolas privadas: panorama e perspectivas

El mercado de trabajo de la licenciatura en Educación Física en las escuelas privadas: panorama y perspectivas

 

Licenciado e Bacharel em Educação Física pela Universidade Positivo

Especialista em Psicopedagogia na Universidade Gama Filho

Mestre em História na Universidade Federal do Paraná

Atualmente, Orientador Educacional do Colégio Martinus Centro em Curitiba, PR

Msc. Celso Luiz Moletta Junior

celsomoletta@gmail.com

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          O presente paper trata de algumas considerações iniciais sobre o mercado de trabalho da licenciatura em educação física na escola provada.

          Unitermos: Mercado de trabalho. Educação Física. Escola provada.

 

Resumen

          Este artículo trata de algunas ideas iniciales sobre el mercado laboral de la licenciatura en educación física en las escuelas privadas.

          Palabras clave: Mercado laboral. Educación Física. Escuelas privadas.

 

Abstract

          This paper deals with some initial thoughts about the job market of the degree in physical education at private schools.

          Keywords: Job market. Physical Education. Private schools.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 16, Nº 155, Abril de 2011. http://www.efdeportes.com/

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    Há alguns anos tenho sido convidado para falar com alunos dos últimos períodos do curso de Licenciatura em algumas Universidades em Curitiba. A partir das falas que tenho produzido para estes acadêmicos, procurei sintetizar neste breve paper meus pensamentos sobre o mercado de trabalho dos futuros, e já, licenciados em Educação Física.

    Inicialmente gosto sempre de mencionar que sou completamente envolvido na Educação Física dentro da perspectiva escolar. Ou seja, tudo que escrevo neste momento parte de uma visão de dentro para fora, e que automaticamente é influenciada positivamente, e também, negativamente pelo ambiente em que me encontro.

    O primeiro ponto que sempre gosto de levantar com os alunos de graduação quando falo com os mesmo, é sobre quem, realmente deseja atuar neste nicho de trabalho. Costumo iniciar minha fala aos estudantes, fazendo uma simples pesquisa, perguntando quem iniciou o curso pensando em trabalhar na escola. Em um segundo momento, questiono aos mesmos sobre quem ao longo da formação decidiu que iria trabalhar neste segmento. Noto que a cada ano, o número de pessoas que tem decidido por atuar na escola tem crescido. Isso, automaticamente tem elevado a qualidade da ação do profissional da Educação Física na escola. Assim, a velha máxima de que o professor de Educação Física é alguém que “joga a bola”,“manda os alunos correrem” ou o “ responsável pelo passatempo dos alunos” vem caindo por água a baixo com a qualificação deste novos profissionais e suas ações sendo responsáveis por um bom desenvolvimento e crescimento dos alunos.

    O segundo assunto que quero abordar é sobre a ação do profissional da Educação Física na Escola. Ao contrário da maioria dos autores, procuro fugir da terminologia Educação Física Escolar, quase sempre utilizada para definir este campo. Tal nomenclatura é singular para um mercado de trabalho que cada vez mais abre as portas, com perspectivas diferentes. O termo Educação Física Escolar, em minha ótica, serve como denominador apenas da ação deste profissional na disciplina de Educação Física curricular, presente de Educação Infantil ao Ensino Médio na escola. Como já mencionado, vejo o campo de ação deste profissional de forma mais ampla: atividades extracurriculares, escolinhas esportivas, treinamento esportivo, coordenação de área, membro da equipe pedagógica, direção, eventos, entre outros.

    Observando1 ação de algumas escolas e colégios2, tenho percebido muitos profissionais da Educação Física fazendo parte das equipes pedagógicas na ação de Coordenação Pedagógica, Orientação Educacional e também Direção das instituições de ensino. A tese que tenho desenvolvido, mas que ainda não foi consumada em uma pesquisa acadêmica de maior tempo, é que o profissional da Educação Física tem como grande agregador neste quesito a pluralidade disciplinar de sua formação.

    Esta ciência vem se desenvolvendo, com base em ciências matrizes como, e em forma de agregado disciplinar de ciências parciais, como por exemplo, fisiologia, sociologia, psicologia, medicina, etc. [pedagogia, história, filosofia, metodologia], aplicadas à educação física e ao esporte. Assim, as ciências da educação física /esportes, que assim se desenvolvem, apoiadas em uma metodologia e sistemática científica de produção de conhecimentos, vão adquirindo cada vez mais um compromisso de responder a questões eminentemente práticas, ou seja, a partir deste conhecimento científico, fornecer orientações e auxílios aos diferentes problemas... (Kunz 1999, p. 89)

    Assim, na visão multidisciplinar, na experiência científica de várias óticas e na formação que passa pelas mais diferentes áreas do conhecimento, o profissional da Educação Física, vem conseguindo dialogar com a escola como um todo. Isso é claro, abre possibilidades de ocupar lugares que necessitem deste dialogo e desta visão ampla.

    A terceira e última questão que ponto que gosto sempre de abordar é sobre o mercado em si nas escolas particulares e a chegada dos novos profissionais a ele. Existem hoje basicamente duas gerações de profissionais da Educação Física atuando na escola. A primeira delas é uma geração que está, aproximadamente, na metade da carreira profissional. Formada por pessoas que tem em média 15 a 20 anos de formação e que sustenta no mercado, em sua maioria3, basicamente pela experiência carregada ao longo do tempo. A outra geração é a dos profissionais da nova “safra” e formação acadêmica, formada nos últimos 5 anos aproximadamente.

    Trata-se de profissionais com que chegam à escola com uma maior formação de base teórica, basicamente causada pela segmentação do currículo universitário em bacharelado e licenciatura, que causou maior aprofundamento em ambas as áreas. Porém, esta nova “leva”, chega à escola com muito conhecimento sobre a Educação Física em si, mas pouco aprofundamento em escola como um todo. Assim, se fosse observar uma necessidade específica para a formação complementar, visto que os currículos dos cursos de Educação Física são preliminares e superficiais neste assunto, voltada para a pedagogia ou a ação pedagógica geral.

    Por fim chego ao fim deste pensamento entendido, em forma de paper, colocando que acredito escola particular é, e será nos próximos anos, a grande parte nobre para os profissionais da Educação Física. Acredito que seja ali que possa estar a estabilidade profissional. Entretanto, vejo também, um mercado cada vez mais exigente e mais cuidadoso nos processos de seleção de profissionais.

Notas

  1.  Dados empíricos, sem nenhuma pesquisa formalizada sobre o assunto. Trata-se apenas de uma percepção pessoal.

  2.  Falo aqui tanto da rede de escolas públicas como privadas.

  3.  Visão generalista, sem qualquer singularidade.

Referências

  • ELIAS, N. Envolvimento e alienação. Rio de Janeiro, 1998. Bertrand Brasil.

  • KUNZ, E. Conhecimento e Intervenção em Educação Física e Ciência do esporte. Revista da Educação Física, UEM. 1999, p. 87-93.

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