O jogo e o brinquedo: um instrumento de aprendizagem e socialização Los juegos y los juguetes: instrumentos de aprendizaje y socialización
	Graduado em Educação Física (Brasil)	Marcos Afonso Queiroz de Moura marcosmourapersonal@hotmail.com
	Resumo           Em um país multirracial qualquer instrumento de socialização é bem vindo, na infância não nos percebemos da diferenças, ditadas pela sociedade, como a raça, a cor, o dinheiro, o sexo, nada disso importa quando somos crianças, o que mais queremos e nos divertir. Os jogos nos dão assas para viajarmos sem sairmos do lugar, caminhando no espaço da fantasia, assim como na brincadeira, brincando também podemos conhecer o outro com pequenos gestos de carinho e inocentes disputas, mera circunstância dos jogos e ou das brincadeiras. Através deste simples recurso podemos dar espaço para ver até aonde o outro vai, seus limites, suas vontades e nesta fase fazemos grandes amigos ou apenas colegas, mas aumentamos nosso circulo social. Depois podemos colher os frutos dessa socialização, pois iremos aprender com o outro, contribuir com ele também, dividir experiências, conhecer novas culturas. Vamos aprendendo com o tempo dentro dos jogos e das brincadeiras valores que nos acompanharam pelo resto de nossas vidas, como a ética; que vale apena, também, participar; aprendendo a ganhar e a perder, entre muitos, mas hoje em dia este instrumento esta sendo trocado, graças a tecnologia, quando crianças poderiam estar correndo na rua, empinando pipa, brincando de peteca, pião entre muitos, eles estão dentro de casa em seus quartos trancados jogando vídeo game ou na internet. Diminuindo o contato, a percepção das Ações, dificultando a interação da criança com a criança e com o meio.           Unitermos: Jogos. Brincadeiras. Brinquedos. Educação.   Abstract           In a multiracial country any instrument of socialization is well coming, in the childhood we didn't notice ourselves of the differences, dictated by the society, as the race, the color, the money, the sex, nothing of that matters when we are children, which more wants and to have fun. The games give you roast us for us to travel without we leave the place, walking in the space of the fantasy, as well as in the game, playing can also know the other with small gestures of affection and clear disputes, mere circumstance of the games and or of the games. Through this simple resource we can give space to see until the one where the other goes, your limits, your wills and in this phase we make great friends or just friends, but we increased ours I circulate social. Then we can pick the fruits of that socialization, because we will learn with the other, to contribute also with him, to divide experiences, to know new cultures. We are going learning inside with the time of the games and of the games values that accompanied us for the rest of our lives, as the ethics; that it is worth, also, to participate; learning how to win and to lose, among many, but nowadays this instrument this being changed, thanks to technology, when children could be running in the street, raising pipe, playing of shuttlecock, pion among many, they are inside of house in your locked rooms playing video it loves or in the internet. Reducing the contact, the perception of the Actions, hindering the child's interaction with the child and with the middle.           Keywords: Games. Toys. Education.
	EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 16, Nº 155, Abril de 2011. http://www.efdeportes.com/

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Histórico

    O jogo existe desde o século XVI, e os primeiros estudos foram realizados em Roma e Grécia, destinados ao aprendizado das letras.

    Há muita dúvida sobre o que é jogo, brincadeira e brinquedos. A palavra jogo vem do latim “incus” que quer dizer diversão, brincadeira. As definições mais gerais encontrada nos dicionários de Língua Portuguesa são: “divertimento, distração, passatempo”. Para FREIRE (1994), “brinquedo“, “brincadeira” e “jogo” em nossa língua pouco se diferenciam: “Brincadeira, brinquedo e jogo significam a mesma coisa, exceto que o jogo implica a existência de regras e de perdedores e ganhadores quando se desenvolve a prática“, outra diferença e que o brinquedo tem conotação material.

    Sabemos que o brincar vem de muito cedo, pois vemos os bebês brincando com suas mães, com o cabelo, com suas mãos, quando crianças também brincam e isso segue pela vida, ou pelo menos deveria ser seguido. De acordo com KISHIMOTO (1997) os jogos e as brincadeiras estimulam as seguintes áreas do desenvolvimento infantil: percepção sensorial; percepção visual, percepção auditiva; esquema corporal; estruturação do tempo - espacial; memória; atenção; imaginação; criatividade; linguagem; sociabilidade. PIAGET (1982) afirma também que o jogo possibilita a construção do conhecimento, principalmente nos períodos sensório – motor (0 a 24 meses) e pré – operacional (2 a 7 anos).

    O jogo, a brincadeira proporciona divertimento além de proporcionar desenvolvimento motor e afetivo. Segundo RODULFO (1990), a brincadeira constitui-se em um momento de aprendizagem em que a criança tem a possibilidade de viver papéis, de elaborar conceitos e ao mesmo tempo exteriorizar o que pensa da realidade.

    Muitas são as formas de brincar da criança como construindo, transformando e destruindo, para KISHIMOTO (1996) a criança expressa seu imaginário, seus problemas e permite aos terapeutas o diagnóstico de dificuldades de adaptação bem como a educadores o estímulo da imaginação infantil e o desenvolvimento afetivo e intelectual. Dessa forma, quando esta construindo, a criança está expressando suas representações mentais, além de manipular objetos.

Na escola

    Muitas eram as dúvidas de como ensinar a criança? Depois de como introduzir jogos, brinquedos e brincadeiras dentro do contexto pedagógico? Como associar brincadeiras e educação escolar?

    VYGOTSKY (1991) diz que a mudança de uma criança de um estágio de desenvolvimento para outro dependerá das necessidades que a criança apresenta e os incentivos que são eficazes para colocá-la em ação, sendo que a criança satisfaz certas necessidades no brinquedo. Assim foi dada uma a idéia para os educadores de introduzir brinquedos para facilitar esse desenvolvimento.

    VYGOTSKY (1987), também mostra como associar o brincar com a língua escrita, afirmando que basta desenhar.

    “O desenhar e brincar deveriam ser estágios preparatórios ao desenvolvimento da linguagem escrita das crianças. Os educadores devem organizar todas essas ações e todo o complexo processo de transição de um tipo de linguagem escrita para outro. Devem acompanhar esse processo através de seus momentos críticos até o ponto da descoberta de que se pode desenhar não somente objetos, mas também a fala. Se quiséssemos resumir todas essas demandas práticas e expressá-las de uma forma unificada, poderíamos dizer o que se deve fazer é, ensinar às crianças a linguagem escrita e não apenas a escrita de letras” (Vygotsky, 1987, p.134).

    Hoje já se tem comprovado que o jogo tem grande influência no desenvolvimento infantil e é utilizado pela escola como um recurso muito eficaz para a realização das atividades, pois contribui na aprendizagem, como agente facilitador para acabar com as dificuldades do aluno. A criança, por intermédio do jogo, tem oportunidade de desenvolver-se, criar novas relações entre situações de pensamento e situações reais. ANTUNES (2003) diz que é jogando que se aprende a extrair da vida o que a vida tem de essencial. VYGOTSKY (1991) afirma também que ao brincar, a criança aprende a agir em uma esfera cognitiva, dependendo de motivações e tendências internas, e não dos incentivos fornecidos pelos objetos externos.

    O brinquedo e as brincadeiras são atividades que permitem que a criança investigue a realidade e assim possa viver socialmente. VIGOTSKI (1991) relata que, ao brincar, a criança em idade pré-escolar e escolar cria uma atividade imaginária (a partir de uma situação já vivida e que é relembrada em outro contexto), e desenvolve-se a partir dos jogos com regras e de situações imaginárias (o faz-de-conta).

Instrumento de socialização

    Percebemos que o brincar não significa apenas recrear, hoje é muito mais que isso, pois é uma das formas mais complexas que a criança tem de comunicar-se consigo mesma e com o mundo. Mas com a vinda da tecnologia chagaram os vídeo-games, a internet, os celulares, ainda instrumentos de socialização, porém diminuindo os laços afetivos e muitas vezes esses instrumentos diminuem a interação com o outro

    As brincadeiras mudam de região para região, cada uma com seus traços regionais ou locais. Entretanto, percebemos as mesmas brincadeiras em outros lugares, mas com nomes diferentes e às vezes adaptações no decorrer do tempo. Muitas desaparecem com o tempo. Assim, as brincadeiras são vivenciadas de acordo com a cultura e com o tempo histórico.

    É através do jogo e da brincadeira que se começa os primeiros passos sociais, em que uma criança se correlaciona com outra por meio de um brinquedo ou de uma brincadeira, jogo. LEONTIEV (1972) complementa ao relatar que é no jogo que os processos de imaginação ativa e raciocínio abstrato são formados, assim como a apreensão das funções sociais e das normas de comportamento da sociedade.

    Através dos jogos podemos unir crianças de raças, sexo, condição física, financeira diferente e elas interagem de forma a não perceber esses pequenos detalhes, preconceitos, que a sociedade insiste em firma.

    As brincadeiras, a cada dia, estão sendo reconhecidas como fonte de benefícios para criança, obtendo maior atenção dos educadores e dos pais.

Considerações finais

    Neste artigo sobre o jogo e o brinquedo como fator contribuinte para educação se pode observar que os colocando como instrumento para os educados e para socialização da criança os resultados são muitos, as contribuições são relevantes para o desenvolvimento tanto motor, quanto afetivo e social, facilitando a construção do conhecimento da criança

    Para que a construção do conhecimento aconteça, é importante a Introdução dos jogos e brincadeiras no âmbito escolar e social, pois a criança tem uma enorme facilidade de se correlacionar com o outro e com o meio quando se esta brincando. Tudo isso pelo prazer e pela alegria que proporciona ao corpo e ao espírito. CAILLOIS (1990) define jogo como “uma atividade voluntária, fonte de alegria e de divertimento”.

Referências

• AMORA, Antônio Soares. Minidicionário Soares Amora da Língua Portuguesa. 3. Ed. São Paulo: Saraiva, 1998.

• ANTUNES, Celso. O jogo e a educação infantil. São Paulo: Editora Vozes, 2003.

• FREIRE, Paulo. Professora Sim, tia Não - Cartas a quem ousa ensinar. São Paulo: Olho D água, 1994.

• KISHIMOTO, Tizuko. Jogos, Brinquedos e Brincadeiras na Educação. São Paulo: editora Cortez, 1997.

• KISHIMOTO, Tizuko. O jogo e a educação infantil. In: KISHIMOTO, T. M. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. São Paulo: Cortez, 1996.

• LEONTIEV, A., O desenvolvimento do psiquismo. 3ª ed. São Paulo: Moraes, Ltda., 1972.

• PIAGET, Jean. O nascimento da inteligência na criança. 4ª ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1982.

• RODULFO, R. O brincar e o significante: um estudo psicanalítico sobre a constituição precoce. Porto Alegre: Artes Médicas, 1990.

• VIGOTISKI, L.S. A formação social da mente. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

• VIGOTISKI, L. S. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1987.

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