Glândula pineal e alimentação Glándula pineal y alimentación |
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Universidade Federal do Paraná Departamento de Educação Física |
Maria Gisele dos Santos |
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Resumo O objetivo deste estudo foi fazer uma revisão das funções metabólicas e fisiológicas da Glândula Pineal relacionado com a importância de uma alimentação. A alimentação equilibrada é base de sustentação para uma vida saudável, a serotonina como um dos neurotransmissores mais importantes do cérebro é responsável pelo humor. Pessoas estressadas, distímicas e deprimidas devem evitar determinados alimentos por seu consumo afetar a serotonina, deixando as pessoas de mau humor, deprimidas e ansiosas. Unitermos: Glândula pineal. Alimentação. Funções metabólicas.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 16, Nº 155, Abril de 2011. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
A glândula pineal era mais conhecida como a glândula misteriosa ou vestigial até recentemente, isto porque se desconhecia a maioria de suas funções. No entanto, sabe-se hoje que ela é elemento chave na manutenção da regulação endócrina (equilíbrio hormonal), integridade do sistema imune e do balanço diário metabólico conhecido como ritmo circadiano. A pineal é também a primeira glândula do corpo a ser formada ainda na fase embrionária, e é bem distinguível ao redor da terceira semana após a concepção.
Funções metabólicas e fisiológicas
No cérebro, encontram-se duas glândulas endócrinas, que comandam as funções de todo o organismo. Essas glândulas são: a Pituitária e a Pineal. Essas duas glândulas endócrinas têm funções similares na produção de nove hormônios que regulam diversos processos corporais e estimulam a produção de outra série de hormônios exercendo influência desde a digestão até a menstruação e a ejaculação do sêmen masculino. Trata-se de um processo complicado que a própria ciência médica tem dificuldade para explicar. A glândula Pituitária, também conhecida como Hipófise, trabalha durante o dia, enquanto a Pineal trabalha à noite enquanto dormimos.
Essas glândulas endócrinas comandam as demais glândulas e as funções gerais do corpo, apesar de serem pequeninas, do tamanho de uma ervilha. Por estarem invaginadas no cérebro, elas o ajudam na produção de um hormônio conhecido como “melatonina”, que a Medicina Tradicional Chinesa chama de “secreção interna”, cujo nome científico é: N-acetil-5-metoxitriptamina. Este hormônio é sintetizado pela glândula Pineal, partindo de uma substância chamada triptofano, um aminoácido que é produzido nos intestinos e atua como regulador das atividades vitais do organismo juntamente com outros vinte e um compostos orgânicos que constituem as peças básicas da vida humana. O triptofano é encontrado em vários alimentos e frutas como: no abacaxi, como também nas sementes, nos legumes e nos cereais. Uma vez digerido pelo nosso organismo, o triptofano é convertido pela glândula Pituitária em um neurotransmissor chamado serotonina, enquanto dormimos,o qual, pelo processo biomolecular, é logo transformada pela glândula Pineal em melatonina. Pela manhã, com a penetração da claridade ou dos raios solares em nossos olhos, a glândula Pineal interrompe sua atividade e a partir deste momento a glândula pituitária, se encarrega de fazer a distribuição da melatonina para as demais glândulas endócrinas começando pela tireóide, passando em seguida pelo timo, depois pelas supra-renais e, finalmente, atinge as gônadas (Le Floc'h et al, 2003; Barrenetxe et al. 2004; Dias, 2010)
A melatonina não é apenas um hormônio; é também um remédio natural produzido pelo laboratório divino que existe no interior do nosso corpo. Dentre outras coisas, a melatonina previne e combate insônia, nervosismo, estresse, envelhecimento precoce, depressão, doenças cardíacas, câncer, catarata, impotência masculina e frigidez feminina, além de epilepsia, hipertrofia da próstata e doenças de pele, pois desse hormônio se origina a melanina que garante a pigmentação da pele (DIAS, 2010).
Alimentação equilibrada
A alimentação equilibrada é base de sustentação para uma vida saudável, a serotonina como um dos neurotransmissores mais importantes do cérebro é responsável pelo humor. Pessoas estressadas, distímicas e deprimidas devem evitar determinados alimentos por seu consumo afetar a serotonina, deixando as pessoas de mau humor, deprimidas e ansiosas. Indicaremos a seguir o que deve ser evitado e também o que deve ser consumido, por contribuir para aumentar o nível da serotonina, o nível de energia e a alegria de viver, propiciando sensível melhora, e em muitos casos a cura definitiva, esses alimentos agem no organismo mais ou menos da mesma forma que os antidepressivos (Le Floc'h et al, 2003).
Deve-se evitar alimentos que contenham cafeína como: café, chá mate, chá preto, chocolate e refrigerantes. Também churrasco, carne de porco, frituras, cerveja, abacate, figos, feijão, coalhadas, molho de soja, ovas de peixe, queijos curados, carnes de órgãos como o fígado, ginseng, açúcar branco, adoçante com aspartame, suplementos dietéticos de proteínas, conservas, molhos, pimentão, salame, certos vinhos, fermentos e feijões de fava.
Deve-se consumir alimentos, vitaminas e sais minerais que contenham:
Ácido Fólico
Vitamina B6
Cálcio
Magnésio
Selênio
Lecitina de Soja
Banana
Espinafre: A verdura contém potássio e ácido fólico, que previnem a depressão. Além disso, o espinafre tem magnésio, fosfato e vitaminas A e C do complexo B que ajudam a estabilizar a pressão e garantem o funcionamento do sistema nervoso.
Alface: Ótima para amenizar a irritação, o talo tem lactucina, substância que funciona como calmante. Além disso, é rica em fosfato. A falta desse elemento no organismo causa depressão, confusão mental e cansaço.
Jabuticaba: Rica em carboidratos fornecem energias, atua no combate a anemia por conter ferro, suas vitaminas do complexo B são antidepressivas e a vitamina C age no fortalecimento do organismo.
Referencias bibliográficas
Angers K, Haddad N, Selmaoui B, Thibault L. Effect of melatonin on total food intake and macronutrient choice in rats. Physiol Behav. 2003 Oct; 80(1):9-18.
Barrenetxe J, Delagrange P, Martínez JA. Physiological and metabolic functions of melatonin. J Physiol Biochem. 2004 Mar;60(1):61-72.,
Le Floc'h N, Otten W, Merlot E.. Tryptophan metabolism, from nutrition to potential therapeutic applications. Amino Acids. 2010 Sep 25. [Epub ahead of print]
Seraphim, PM., Sumid, D.H , Nishide, F.T , Lima, F.B. , Cipolla Neto, J., Machado, U.M. A Glândula Pineal e o Metabolismo de Carboidratos. Arq Bras Endocrinol Metab vol.44 no.4 São Paulo Aug. 2000
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