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Atividade física recreativa e variáveis hemodinâmicas de professoras

Actividad física recreativa y condiciones hemodinámicas de los docentes

Recreational physical activity and hemodynamic conditions of teachers

 

*Graduada em Educação Física

**Graduada em Educação Física

Especialista em Reabilitação Cardíaca e Grupos Especiais

***Nutricionista; Especialista em Atividade Física e suas Bases Nutricionais

Professora da Faculdade de Nutrição da Universidade de Cuiabá (UNIC)

****Mestre. Professor da Universidade de Cuiabá (UNIC)

Faculdade de Ciências Sociais de Diamantino (UNED)

Pesquisador do Laboratório de Aptidão Física e Metabolismo (LAFiMe/UFMT)

Matilde Gomes Calixtro*

Karoline Cássia Moreira de Almeida**

Eliana Santini***

Adilson Domingos dos Reis Filho***

reisfilho.adilson@gmail.com

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          O sedentarismo pode desencadear uma série de problemas relacionados à saúde, dentre os quais, as doenças metabólicas, as cardiológicas, e outras. Objetivou-se analisar a influência de 12 semanas de atividades físicas recreacionais nas condições hemodinâmicas de professoras sedentárias. A amostra contou com 12 professoras (41,3±10 anos; 1,67±0,1 cm e 69,6±12 kg). Foram aferidas a frequência cardíaca (FC) e pressão arterial (PA). O cálculo estatístico foi realizado com os testes Kolmogorov-Smirnov e t de Student para amostras pareadas, ambos com nível de significância p<0,05. Agudamente houve aumento da FC (8 bpm; p=0,007) e DP (1153 mmHg; p=0,01). Cronicamente houve reduções das variáveis hemodinâmicas, excetuando a PP, contudo, nenhuma foi estatisticamente significativa.

          Unitermos: Atividade motora. Freqüência cardíaca. Pressão arterial.

 

Resumen

          Un estilo de vida sedentario puede desencadenar una serie de problemas relacionados con la salud, entre los cuales, enfermedades metabólicas, el corazón, y otros. El objetivo fue analizar la influencia de las 12 semanas de actividad física recreativa en las condiciones hemodinámicas sedentaria de los docentes. La muestra consta de 12 profesores (41,3±10 años, 1,67±0,1 cm y 69,6±12 kg). Se midió la frecuencia cardíaca (FC) y presión arterial (PA). El cálculo estadístico se realizó con el test de Kolmogorov-Smirnov y prueba t de Student para muestras pareadas, ambos con un nivel de significancia p<0,05. Fuerte aumento de recursos humanos (8 lat/min, p=0,007) y DP (1153 mmHg, p=0,01). Crónicamente hubo reducciones de las variables hemodinámicas, excepto el PP, sin embargo, ninguno fue estadísticamente significativa.

          Palabras clave: Actividad motora. Frecuencia cardíaca. Presión arterial.

 

Abstract

          A sedentary lifestyle can trigger a series of health related problems, among which, metabolic diseases, the cardiac, and others. The objective was to analyze the influence of 12 weeks of recreational physical activity in sedentary hemodynamic conditions of teachers. The sample had 12 teachers (41.3±10 years, 1.67±0.1 cm and 69.6±12 kg). We measured heart rate (HR) and blood pressure (BP). The statistical calculation was performed with the Kolmogorov-Smirnov test and Student t test for paired samples, both with significance level p<0.05. Sharply increased HR (8 bpm, p=0.007) and SD (1153 mm Hg, p=0.01). Chronically there were reductions of hemodynamic variables, except the PP, however, none was statistically significant.

          Keywords: Physical activity. Heart rate. Blood pressure.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 16, Nº 155, Abril de 2011. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    O avanço tecnológico juntamente com as comodidades favorecidas pelo mundo atual tem induzido cada vez mais as pessoas a deixarem de lado um estilo de vida fisicamente ativo, com isso favorecendo a adoção de um estilo de vida sedentário e com menor gasto energético. Além disso, ainda podem experimentar situações de estresse gerado por inúmeros fatores do dia a dia, que somado a inatividade física pode ocasionar danos à saúde (BAPTISTA; ALVES, 2003). Diversos estudos têm apresentado o aumento de doenças advindas da falta de atividade física e/ou exercícios físicos, alimentação inadequada e aumento do estresse, sendo os eventos cardiovasculares destacados como os mais importantes, sobretudo a hipertensão arterial (NUNOMURA; TEIXEIRA; CARUZO, 1999; SILVA; SOUZA, 2004; PITANGA; LESSA, 2005; MATTOS et al., 2006; FERREIRA; CHIAPETA, 2010).

    Dentre as principais doenças anteriormente citadas, destacam-se as cardiovasculares, a obesidade e o estresse, que podem desencadear outras doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs). Sabe-se atualmente que níveis aumentados de gordura visceral (ZHANG et al., 2008) e estresse (BAPTISTA; ALVES, 2003), desencadeiam uma série de doenças que podem inclusive levar a óbito. De acordo com Fletcher et al., (1996) a inatividade física e consequentemente o acúmulo de gordura é um dos principais fatores de risco para o acometimento de doença arterial coronariana. Sabe-se também, que a prática regular de atividade física, principalmente a aeróbica auxilia na prevenção primária e secundária de doenças cardiovasculares (FLETCHER et al., 1996; American College Sports of Medicine, 2004; OLIVEIRA FILHO; SALLES; SALVETTI, 2005; MENEGHELO et al., 2005; WARBURTON; NICOL; BREDIN, 2006).

    Segundo as novas Diretrizes do American College Sports of Medicine e da American Heart Association, descritos por Haskell et al. (2007), fica estabelecido que indivíduos com idade abaixo de 65 anos para se manterem dentro dos níveis adequados de atividade física/exercício físico, devem se engajar em atividades ao menos cinco vezes na semana, com intensidade podendo variar de leve à vigorosa e duração de pelo menos 30 minutos contínuos ou acumulados ao longo do dia. Sendo assim, a prática regular de atividade física/exercício físico é parte primordial das condutas não medicamentosas de prevenção e tratamento da hipertensão arterial (MEDINA et al., 2010), beneficiando desta forma, o funcionamento cardiovascular, respiratório, do aparelho locomotor, entre outros (WARBURTON; NICOL; BREDIN, 2006).

    Em virtude do comportamento observado entre as professoras, as quais apresentavam cansaço, falta de ânimo, relatos de estresse e estilo de vida sedentário, é que foi sugerida a elaboração deste projeto, tendo como objetivo principal analisar a influência de 12 semanas de atividade física recreacional nas condições hemodinâmicas de professoras de uma escola pública do município de Tangará da Serra-MT que não se encontravam engajadas em nenhum tipo de exercício físico.

Materiais e métodos

    O desenho do estudo é quasi-experimental, sendo a amostra selecionada por resposta voluntária, onde as que manifestaram interesse em participar do projeto foram alocadas em dois grupos distintos.

Sujeitos

    Como critérios de inclusão foram adotados os seguintes requisitos: não estarem engajadas em atividades físicas regulares a pelo menos seis meses, não possuir hipertensão arterial, dislipidemia ou diabetes; sendo excluídas aquelas com incapacidade para realizar as atividades propostas. Após a divulgação do projeto, foram selecionadas 12 professoras do ensino fundamental de uma escola estadual do município de Tangará da Serra-MT, com idade entre 24 e 56 (41,3±10 anos), as quais compareceram para a realização das avaliações antropométricas, aferição da pressão arterial e frequência cardíaca. Todas as voluntárias assinaram termo de consentimento livre e esclarecido de acordo com a Resolução do Conselho Nacional de Saúde nº 196/96, concordando em ser voluntária no estudo por um período de 12 semanas.

Antropometria

    Para determinação do massa corporal, as voluntárias foram posicionadas em pé, no centro da plataforma com os pés unidos e braços ao longo do corpo, utilizando-se balança mecânica FILIZOLA® (Brasil), com capacidade para 150 kg e precisão de 100 g segundo o procedimento previamente descrito por Fett et al., (2006). A estatura foi mensurada com o estadiômetro disponível na mesma balança, com precisão de 0,5 cm, de acordo com os procedimentos descritos por Fett et al., (2006). O índice de massa corporal (IMC) foi calculado pela fórmula, IMC = kg/m2.

Pressão arterial e freqüência cardíaca

    Foram realizadas aferições da pressão arterial e frequência cardíaca na posição sentada (Chobanian et al., 2003), em dois momentos, sendo o primeiro (T0) em repouso e logo após o término (T1). A intensidade dos exercícios foi controlada pela frequência cardíaca (FC), delimitada entre: 50 a 60% da FC de reserva, segundo a fórmula de Karvonen; Kentala; Mustala, (1957):

FC de treino (FCT) = (FCmáx - FC repouso) x % intensidade + FC repouso, 

    e, pela escala de percepção de esforço (EPE) mantendo-se entre os níveis 7 e 11, respectivamente extremamente fácil e fácil. Para o monitoramento da frequência cardíaca, foram utilizados frequencímetros (Polar®, Finlândia), modelo T31. A aferição da pressão arterial (PA) foi realizada por uma pessoa experiente, com esfigmomanômetro, braçadeira (Solidor®, China) e auscultador (Rappaporte®, China) com amplificador duplo.

Pressão arterial média (PAM), Pressão de pulso (PP) e Duplo produto (DP)

    Foram utilizadas as seguintes equações para o cálculo da: pressão arterial média, ; pressão de pulso (PP = PAS - PAD) e duplo produto (DP = FC x PAS).

Protocolo de treinamento

    As atividades foram desenvolvidas durante 12 semanas, distribuídas nas segundas, quartas e sextas-feiras, logo após o expediente de trabalho do período vespertino em uma quadra poliesportiva. As professoras foram instruídas a realizar as sessões de treino com roupas apropriadas e tênis, a não se exercitarem em jejum e a se hidratarem quando necessário. Foram realizadas diversas atividades recreativas de acordo com as encontradas em (SOLER, 2005), que envolvessem a maior parte dos grupos musculares possíveis, sendo realizadas 27 sessões de exercícios distintos que contaram com as seguintes atividades e/ou materiais: deslocamentos entre pneus e cones, pular corda, retirar a fita da cintura de outras voluntárias, coelho sai da toca, ginástica com bastões, atividades com bolas de borracha, jogo das cadeiras cooperativas, aro de plástico (bambolê), medicinebol, bolinhas de tênis, jornais (bote salva-vidas), bolas de meias, bola ao centro, dança do bastão, abraço musical, caiu na rede é amigo, cada macaco no seu galho e agacha-agacha, sendo todas as atividades desenvolvidas com duração de 30 minutos, destes, cinco minutos foram direcionados ao alongamento, 20 minutos de atividades e mais cinco minutos de volta à calma.

    Em caso de três faltas consecutivas ou alternadas, a voluntária era retirada do estudo. Não houve reposição da amostra.

Análise estatística dos dados

    Os dados foram analisados mediante o pacote estatístico BioEstat® 5.0 (Brasil) e expressos em médias±desvios padrão. Foram utilizados os testes, Kolmogorov-Smirnov para análise de normalidade e t de Student para dados pareados (DAWSON; TRAPP, 1994). O nível de significância foi pré-estabelecido em 5% (p<0,05).

Resultados

    Das 27 professoras lotadas na escola, apenas 15 compareceram para a avaliação antropométrica, aferição da pressão arterial e frequência cardíaca. Das 15 professoras que iniciaram o estudo, somente 12 terminaram as 12 semanas de treinamento, com isso, houve uma perda amostral de três voluntárias por motivos diversos. Observam-se na tabela 1, padrões de normalidade para o IMC, a FC, a PAS, a PAD e demais variáveis hemodinâmicas.

Tabela 1. Características gerais e hemodinâmicas

    Dentre os resultados apresentados na tabela 2, destacam-se, o aumento significativo da FC (p=0,007) logo após a sessão de exercícios e do DuP (p=0,01), contudo mantendo-se dentro dos limites de segurança para eventos cardiovasculares adversos. As demais variáveis analisadas não apresentaram aumentos estatisticamente significativos.

Tabela 2. Efeito agudo das atividades sobre variáveis hemodinâmicas

    Após 12 semanas de intervenção, podem-se observar na tabela 3 reduções em praticamente todas as variáveis hemodinâmicas, porém nenhuma com significância estatística. Houve pequeno aumento da PP, mas insignificante estatisticamente.

Tabela 3. Efeito crônico das atividades sobre variáveis hemodinâmicas

Discussão

    Antes da discussão propriamente dita, é importante que se ressalte a limitação da comparação deste estudo com os demais encontrados na literatura especializada, pois em sua maioria, são estudos com maior controle de intensidade do esforço e com características diferentes. No referido estudo optou-se por avaliar o efeito de algumas atividades recreacionais sobre o comportamento hemodinâmico de professoras sedentárias, devido à sua facilidade de aplicação e pelo custo baixo na aquisição de materiais. Tal proposta foi por acreditar que atividades lúdicas estimulariam o engajamento das professoras nas atividades, visto que estas atividades não se assemelhavam com as atividades convencionais realizadas em academias e/ou caminhadas pelas ruas da cidade, por esse motivo a comparação com outros estudos foi dificultada, pois, a maioria das pesquisas utilizou-se de exercícios de endurance e/ou de força. Contudo, tentou-se comparar os resultados desta pesquisa com os demais, com base nas intensidades da FCmáx e/ou VO2máx proposto para cada estudo e assim tecer algumas considerações quanto à prática de atividades físicas recreacionais e sua influência sobre alguns parâmetros hemodinâmicos.

    No estudo realizado por Pinto; Meirelles; Farinatti (2003) foram analisados a influência de programas não-formais de exercícios sobre a aptidão física, pressão arterial entre outros fatores. Ainda em relação ao estudo de Pinto; Meirelles; Farinatti (2003), foram avaliados os efeitos de dois protocolos de treino, um grupo realizava caminhada com intensidade variando de 60-85% da FCmáx estimada para a idade mais os exercícios de flexibilidade, o outro grupo participou de aulas de ginástica coordenadas por educadores físicos com intensidade entre 75-85% da FCmáx, ambos os treinos foram desenvolvidos três vezes na semana, assemelhando-se ao do presente estudo, exceto pela intensidade e tipos de exercícios propostos.

    Quanto aos resultados do estudo anteriormente citado, foi observada redução para a PAS (3 mmHg), aumento para a PAD (1 mmHg) e manutenção da PAM após 18 meses de intervenção no grupo caminhada+flexibilidade, enquanto no grupo ginástica a PAS reduziu (9 mmHg), a PAD diminuiu (5 mmHg) e a PAM reduziu (6 mmHg). Na presente pesquisa houve reduções de PAS (1 mmHg), PAD (3 mmHg) e PAM (2 mmHg) após 12 semanas de atividades, contudo, nenhuma das variáveis anteriormente citadas foram estatisticamente significativas.

    Em estudo conduzido por Farinatti et al. (2005), foi analisado o efeito de um programa domiciliar não supervisionado de exercícios físico com intensidade mantida entre 60-80% da FCmáx sobre a pressão arterial. Neste estudo realizado por Farinatti et al. (2005), foram observadas reduções nos valores de PAS (6 mmHg) e PAD (9 mmHg) após quatro meses de intervenção com exercícios predominantemente aeróbios. Comparando os resultados do presente estudo com os de Farinatti et al. (2005), observa-se que o caráter intermitente das atividades conduzidas nesta pesquisa, assim como, a intensidade mais baixa (entre 50-60% da FCmáx), não promoveram reduções importantes nas variáveis PAS e PAD.

    Outro estudo com característica predominantemente aeróbia, realizado com 40 minutos de duração, conduzido por Orlandi et al. (2008) constatou reduções de 9 mmHg na PAS (p<0,001) e de 7 mmHg (p=0,03) na PAD após três meses de treinamento moderado. Tais resultados diferem dos encontrados neste estudo em questão, isso provavelmente pelo protocolo de treino ter característica contínua de esforço enquanto o deste estudo ter predominância intermitente, isso possivelmente foi um fator importante na modulação dos resultados obtidos para as condições hemodinâmicas, sugerindo assim que, para uma maior efetividade das adaptações cardíacas o treinamento intermitente apresenta pouca relevância.

    No estudo realizado por Rodriguez et al. (2008), que avaliaram o efeito da caminhada com duração de 30 minutos e intensidade mantida entre 50-60% do VO2máx na redução da pressão arterial, foram observadas reduções estatisticamente significativas para a PAS (13 mmHg), a PAD (4 mmHg) e PAM (7 mmHg), após 12 semanas de intervenção. Foram utilizadas frequências de treinamento próximas às do estudo anterior, contudo não foram observadas reduções semelhantes nas variáveis anteriormente citadas, reforçando assim, que exercícios recreativos, com intensidade entre 50-60% da FCmáx e intermitentes, pouco ou quase nada influenciam na redução da pressão arterial de mulheres de meia idade.

    Em relação à FC, foi observada em média redução de 2 mmHg após 12 semanas de intervenção, desta forma evidenciando uma redução pouco significativa (p=0,63) da FC frente aos exercícios realizados. Este comportamento, muito provavelmente ocorreu pelas características das atividades desenvolvidas ao longo das 12 semanas, conforme já salientado anteriormente. Embora não tenha sido considerada relevante estatisticamente tal redução, a diminuição de 2 mmHg se torna importante funcionalmente, visto que, o acompanhamento da FC tanto em repouso quanto no primeiro minuto após o treino é de extrema importância, sobretudo para aqueles indivíduos que apresentam recuperação da FC pós-esforço mais lenta, por possuírem maior risco de mortalidade (ALMEIDA; ARAÚJO, 2003).

    Outro componente do perfil hemodinâmico que possui grande relevância para a segurança durante a prática de exercícios é o DuP, principalmente em exercícios considerados de força (POLITO et al., 2004), pois apresenta relação direta com a capacidade de oxigenação do miocárdio e com isso seria o melhor indicador de sobrecarga cardíaca de acordo com Polito et al. (2004). Ainda em relação ao DuP, foi observado aumento significativo logo após a sessão de exercícios, contudo, este aumento não atingiu um nível de risco para isquemia cardiovascular. Outro resultado observado nesta pesquisa foi à redução do DuP em repouso após as 27 sessões de exercícios, diminuindo assim a sobrecarga cardíaca em repouso. Esta redução de DuP após exercícios físicos foram observadas em outros estudos, tais como o conduzido por Terra et al., (2008) que observou redução no DuP em idosas após treinamento de força com 60%, 70% e 80% de 1RM após 12 semanas e no estudo realizado por Dias et al. (2010), que observaram reduções no DuP após sete sessões de treinamento em cicloergômetro na intensidade entre 40-70% da FCmáx.

    Apesar das metodologias utilizadas em comparação a do presente estudo serem bastante distintas, assim como a duração do exercício e/ou níveis de intensidades, alguns dos resultados foram semelhantes, demonstrando, de certo modo haver um aumento da atividade vagal (ALMEIDA; ARAÚJO, 2003) em decorrência do programa de exercícios aplicados ou mesmo promovendo uma redução da atividade simpática em repouso, desta forma contribuindo para melhorias nas condições hemodinâmicas, mesmo com intensidades em torno de 50-60% e de forma intermitente.

Conclusão

    Com base nos resultados apresentados nesta pesquisa, chegou-se a conclusão que exercícios recreativos intermitentes de intensidade leve a moderada não provocam reduções significativas na PAS, PAD, PAM, PP, FC e DuP. Embora os resultados não tenham sido considerados relevantes estatisticamente, pode-se observar que cronicamente houve pequenas reduções na condição hemodinâmica, isto por si só, pode ser considerado um benefício, pois funcionalmente o sistema cardiovascular passou a trabalhar com menor esforço. Além disso, podem-se observar melhoras no estado de ânimo das professoras após a intervenção.

Referências bibliográficas

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