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Crescimento físico e alterações posturais de estudantes do 

ensino fundamental de uma escola pública de Santarém, Pará

Crecimiento físico y cambios posturales de los estudiantes de educación básica de una escuela pública de Santarém, Pará

Physical growth and postural changes of students of basic education of a public school of Santarém, Pará

 

*Fisioterapeuta, UNESA, Rio de Janeiro, RJ

**Licenciado Pleno em Educação Física, UEPA, Campus Santarém, PA

***Pós-graduação em Fisiologia do Exercício, Faculdade de Anicuns, GO

****Departamento de Morfologia e Ciências Fisiológicas, UEPA, Campus Santarém, PA

(Brasil)

Gilma Teixeira Faruolo França* ***

gilmafaruolo@hotmail.com

Arthur Vinícius de Brito** ***

arthur.brito@hotmail.com

Luiz Carlos Rabelo Vieira** ***

luizcrvieira@hotmail.com

Diego Sarmento de Sousa** ***

diego_uepa@hotmail.com

M.Sc. Rodrigo Luis Ferreira da Silva****

rodrigolfs@yahoo.com.br

 

 

 

 

Resumo

          O objetivo da pesquisa foi descrever o perfil do crescimento físico e das alterações posturais de estudantes do ensino fundamental de uma escola pública de Santarém, Pará. A amostra foi composta de 211 estudantes com idade entre 09 e 16 anos (12,23±1,60) matriculados na Escola Paulo Rodrigues dos Santos no ano letivo de 2010. O estudo atendeu às normas regulamentadas para o desenvolvimento de pesquisa com seres humanos, conforme a Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde. Os resultados foram processados através de recursos da estatística descritiva, mediante utilização do programa Excel (Microsoft Office para Windows – 2007). Após a determinação da normalidade dos dados, através do teste D’Agostino-Pearson, optou-se pelo teste de Kruskal-Wallis, com p<0.05 para a significância estatística. Foi utilizado o programa Bioestat® 5.0 para a determinação da diferença entre as variáveis do estudo. As variáveis estatura e peso corporal no grupo estudado não apresentaram variações estatísticas entre os gêneros, salvo nas idades de 12 e 13 anos. Quanto ao índice de massa corporal (IMC), a diferença entre os gêneros ocorreu apenas na idade de 14 anos. Além disso, foram detectados sujeitos com baixo peso, peso normal, excesso de peso e maior prevalência de escoliose torácica. Conclui-se que a amostra estudada apresenta prevalência de homogeneidade para as variáveis estatura, peso corporal e IMC entre os gêneros analisados por idade. A alteração postural prevalente foi à escoliose torácica.

          Unitermos: Crescimento físico. Alterações posturais. Estudantes.

 

Abstract

          The research objective was to describe the physical growth and changes of posture of elementary school students in a public school in Santarém, Pará. The sample consisted of 211 students aged between 09 and 16 years (12.23±1.60) enrolled in the School Paulo Rodrigues dos Santos in academic year 2010. The study attended the standards regulated for the development of research with humans, according to Resolution 196/96 of National Health Council. The results were processed using descriptive statistical methods, by using the program Excel (Microsoft Office of Windows – 2007). After determining the normality of the data, was chosen the test of Kruskal-Wallis with the p<0.05 for statistical significance. Was used Bioestat® 5.0 for determining the difference between the study variables. The variables height and weight in the study group showed no statistical variation between genders, except at ages 12 and 13. With respect to Body Mass Index (BMI), the gender difference occurred only at the age of 14 years. In addition, were detected individuals with low weight, normal weight, overweight and a higher prevalence of thoracic scoliosis. We conclude that the sample has a prevalence of homogeneity for the variables height, weight and BMI between genders analyzed by age. The postural change has been prevalent for thoracic scoliosis.

          Keywords: Physical growth. Postural changes. Students.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 15, Nº 154, Marzo de 2011. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    A escola, além de ser um ambiente destinado ao processo educacional, tem o importante papel de promover/manter a saúde e qualidade de vida dos educandos. A direção escolar e os docentes devem estabelecer propostas para a manutenção de um ambiente salutar, com a adequação dos espaços de aula, condições ergonômicas das cadeiras e mesas, qualidade da merenda escolar, incentivo à adoção de um estilo de vida saudável etc.

    Nesse sentido, cabe ao professor de Educação Física da escola, além de suas tarefas habituais, realizar a avaliação e o acompanhamento do crescimento físico, estado nutricional e composição corporal, uma ou duas vezes ao ano. Além disso, o Fisioterapeuta, no ambiente escolar junto ao professor de Educação Física, promoveria a avaliação postural dos estudantes. Ressalta-se, todavia, que esse trabalho requer um rigor científico quanto à escolha dos métodos e dos materiais, de forma a gerar dados consistentes.

    No entanto, percebe-se, pelo menos na cidade de Santarém, Pará, que este controle pouco é praticado nas escolas e quando o é, distancia-se dos preceitos metodológicos reportados na literatura científica. Esse problema está relacionado evidentemente à falta de materiais de medição, como balança e estadiômetro, tanto por parte da escola quanto pelo próprio professor.

    De acordo com o exposto, o objetivo da pesquisa foi descrever o perfil do crescimento físico e das alterações posturais de estudantes do ensino fundamental de uma escola pública de ensino fundamental de Santarém, Pará.

Referencial teórico

Crescimento físico e antropometria

    O acompanhamento do crescimento físico através da antropometria é um método eficiente e de baixo custo em estudos populacionais, sendo inclusive indicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS, 1995). Por outro lado a avaliação do estado nutricional, crescentemente empregada no Brasil, tornou-se uma importante informação para a apreciação das condições de saúde de indivíduos e de populações (MONTEIRO et al., 1984).

    Enquanto técnica utilizada pela Educação Física, a antropometria tem contribuído significativamente para que se avalie o crescimento e desenvolvimento humano, de forma a detectar possíveis anormalidades ou enfermidades (FRANÇA JUNIOR, 1993).

    O método antropométrico apresenta uma gama de vantagens no tocante às suas aplicabilidades, como, por exemplo, o baixo custo econômico e praticidade da sua realização (FERNANDES FILHO, 2003).

    As medidas mais utilizadas na antropometria são: massa corporal, estatura, circunferências, perímetros, diâmetros e espessuras, sendo que as duas primeiras variáveis estão presentes em 99,9% das pesquisas que abrangem essa técnica (PEREIRA et al., 1993a; 1993b).

    A avaliação do estado nutricional na escola, por sua vez, lança precedentes para a implementação de programas de prevenção da obesidade (MORI et al., 2007) ou até mesmo a desnutrição. Esta condição de desnutrição, somada às características psicológicas dos escolares, pode ser prejudicial no tocante ao desempenho escolar, levando ao baixo aprendizado (CHIORLIN et al., 2007).

    Segundo Bray (1990), da correlação entre massa e estatura obtêm-se o que é denominado índice de massa corporal (IMC). Este indicador é frequentemente utilizado em estudos epidemiológicos como preditor do estado nutricional devido a sua fácil aplicação. O IMC reflete tanto a massa de gordura do tecido magro quanto a massa de gordura total do indivíduo (GARN; LEONARD; HAWTHORNE, 1986). No entanto, este índice pode apresentar grandes erros quando é usado como o único fator de predição de gordura corporal (DEURENBERG et al., 1991; GARROW; WESBSTER, 1985; GRAY; FUJIOKA, 1991; JACKSON et al., 1988; SMALLEY et al., 1990; STRAIN; ZUMOFF, 1992).

    Segundo Beck et al. (2007), o estudo da antropometria em crianças e adolescentes conduz à detecção de disfunções orgânicas, fatores de risco para doenças crônicas, estado de subnutrição ou obesidade.

Avaliação postural na escola

    No ambiente escolar, o professor de Educação Física também tem o papel de detectar assim como o de proporcionar a avaliação da postura corporal dos escolares (MOTA, 1991) em atuação conjunta com o Fisioterapeuta. Entende-se a avaliação postural como uma prática que visa identificar desvios e mensurar os resultados de intervenções (PAGNUSSAT; PAGANOTTO, 2008).

    Rego e Scartoni (2008) reportam que a quase totalidade das alterações posturais têm sua origem na infância, principalmente aquelas relacionadas com a coluna vertebral, causadas por traumatismos, fatores emocionais, socioculturais e de ordem hereditária. Estas geram o aumento significativo de problemas posturais na população em termos mundiais, tanto em adultos como em crianças (VERONESI JUNIOR; AZATO, 2003).

    As principais alterações das curvaturas da coluna vertebral, conforme Miranda (2000) são: hiperlordose, hipercifose e escoliose.

Metodologia

Amostra

    A amostra foi composta de 211 estudantes com idade variando de 09 a 16 anos (12,23±1,60) matriculados no ano letivo de 2010, na Escola Paulo Rodrigues dos Santos em Santarém, Pará. O quantitativo por série foi: 69 alunos da 5ª série, 57 da 6ª, 47 da 7ª e 38 da 8ª. O estudo atendeu às normas regulamentadas para o desenvolvimento de pesquisa com seres humanos, conforme a Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde.

Coleta de dados

    Para a medição do peso corporal os avaliados foram posicionados centralizados em pé e eretos com o olhar num ponto fixo à sua frente em cima de uma na balança (BR9201- L10), com capacidade para 130 kg e precisão de 100 g. Os sujeitos foram pesados com o mínimo de roupa e sem calçados.

    As estaturas foram medidas com os sujeitos posicionados de pé e de costas para uma parede lisa, na qual foi fixada verticalmente uma fita métrica metálica (SANNY®), com precisão em centímetros. A leitura da medida foi realizada com um cursor em ângulo de 90º em relação à fita.

    O IMC foi calculado através da equação: peso dividido pela estatura ao quadrado (WHO, 1997), segundo a equação abaixo e analisado de acordo com as referências para definição de baixo peso, excesso de peso e obesidade para ambos os sexos propostas por Conde e Monteiro (2006).

    Para a avaliação postural, adotou-se uma ficha de avaliação adaptada (MIRANDA, 2000), simetógrafo (CARCI®) e lápis dermatográfico para marcação dos pontos de reparo da pele. Os avaliadores experientes observaram os sujeitos posicionados de forma anterior, posterior e perfil.

Análise dos dados

    Primeiramente os dados foram receberam tratamento estatístico descritivo (média e desvio-padrão), mediante utilização do programa Excel (Microsoft para Windows – 2007). Posteriormente, alguns dados foram transferidos para o aplicativo Bioestat® 5.0, de modo a estabelecer a diferença entre variáveis do estudo. Após a determinação da normalidade dos dados, através do teste D’Agostino-Pearson, optou-se pelo teste de Kruskal-Wallis. Foi adotado o valor de p<0.05 para a significância estatística.

Resultados e discussão

    Os resultados das variáveis estatura, peso corporal e IMC são apresentados em tabelas de acordo com as idades dos gêneros, entre as idades de 09 e 16 anos.

    A tabela 1 mostra os valores comparativos da estatura entre os gêneros. Percebe-se que apenas as idades de 12 (p=0.04) e 13 anos (p=0.00) apresentaram diferença estatisticamente significativa.

Tabela 1. Comparação da média±desvio padrão da estatura, em metros, entre os gêneros.

    Fagundes e Krebs (2005), em estudo realizado numa amostra de 8.607 escolares da rede estadual de ensino do estado de Santa Catarina, observaram diferenças estatisticamente significativas, quanto a estatura, entre os gêneros aos 07, 11, 12, 14, 15, 16 anos de idade.

    Neste mesmo estudo citado, as meninas apresentaram estaturas médias superiores em relação aos meninos nas idades de 10, 11, 12 anos e os meninos tiveram médias de estatura superior às meninas nas idades de 07, 08, 09, 14, 15, 16. Já no presente estudo, foram observadas médias de estaturas maiores nas meninas de idades entre 09 e 13 e aos 16 anos.

    A figura 1 mostra o comportamento dos valores médios de crescimento estatural por gênero no grupo estudado.

Figura 1. Representação gráfica do comportamento do crescimento estatural por gênero dos sujeitos da pesquisa (n=211)

    A tabela 2 mostra os resultados comparativos do peso corporal entre os gêneros. Novamente as idades de 12 (p=0.04) e 13 anos (p=0.00) apresentaram diferença estatisticamente significativa. A figura 2 mostra o comportamento dos valores médios de crescimento do peso corporal por gênero no grupo estudado.

Tabela 2. Comparação da média±desvio padrão do peso corporal, em kg, entre os gêneros

    Fagundes e Krebs (2005) perceberam que os meninos apresentaram maior peso corporal em relação às meninas nas idades de 09, 13, 14, 15, 16 anos de idade, enquanto as meninas apresentaram um valor médio maior apenas na idade de 11 anos. Gaya et al. (2002) identificaram diferenças significativas nas idades de 08, 11, 12, 14, 15, 16 e 17 anos em crianças e adolescentes da região sul do Brasil. Já no presente estudo, as meninas apresentaram médias de estatura maiores entre 11 e 16 anos.

Figura 2. Representação gráfica das médias de peso corporal por gênero dos sujeitos da pesquisa (n=211)

    A tabela 3 mostra os valores comparativos do IMC entre os gêneros. Percebe-se que apenas a idade de 14 anos (p=0.02) apresentou diferença estatisticamente significativa. A figura 3 mostra o comportamento dos valores médios de IMC por gênero no grupo estudado.

Tabela 3. Comparação da média±desvio padrão do IMC, em kg/m2, entre os gêneros

    Fagundes e Krebs (2005) encontraram diferenças significativas entre os gêneros nas idades de 09, 10, 13, 14 e 15 anos quanto ao IMC. Os meninos apresentaram médias maiores nas idades de 09 e 10 anos, as meninas obtiveram médias superiores nas idades de 13, 14 e 15 anos. Nas idades de 07, 08, 11, 12 e 16 anos, porém, os valores médios encontrados não apresentaram diferenças significativas. No corrente estudo, as meninas apresentaram valores médios de IMC maiores entre as idades entre 11 e 16 anos.

Figura 3. Representação gráfica das médias de IMC por gênero dos sujeitos da pesquisa (n=211)

    Quanto à definição proposta por Conde e Monteiro (2006) para o IMC, os resultados da corrente pesquisa apontam, conforme a tabela 4, baixo peso em 3,41% (n=3) e excesso de peso em 9,09% (n=8) no gênero feminino. Já no masculino ocorreu baixo peso em 13,82% (n=17) e excesso de peso em 5,69% (n=7) da amostra.

Tabela 4. Resultado das freqüências absoluta e relativa quanto à classificação do estado nutricional dos sujeitos da pesquisa (n=211)

    Paula (2002) ao estudar o crescimento e composição corporal de 412 escolares de 11 a 14 anos da cidade de Caratinga-MG, percebeu que houve semelhança nas curvas de desenvolvimento em todas as idades para ambos os sexos quanto aos dados de crescimento, peso corporal e estatura. A taxa de gordura relativa se apresentou maior nas meninas a partir dos 12 anos em relação aos meninos. Já no estudo de Farias e Salvador (2005), as variáveis antropométricas de 303 escolares (faixa etária dos 11 aos 15 anos) da rede particular de Porto Velho-SP apresentaram valores superiores para os meninos, com exceção dos 11 anos. Borges, Borin e De Marco (2010) perceberam que os valores antropométricos de jovens escolares em escola de São Paulo apontaram para um aumento crescente dos 10 aos 14 anos em ambos os sexos.

    Albano e Souza (2001), por outro lado, detectaram elevadas prevalências de “risco de sobrepeso” (RS) e “sobrepeso” (S) em escolares (11 a 17 anos de idade) de uma escola pública de 5ª a 8ª série no município de São Paulo. Para o sexo masculino o RS foi de 27,9% e S de 4,6%. Já para o sexo feminino, os resultados foram de 10,2% de RS e 16,3% de S.

    A prevalência de sobrepeso/obesidade é maior nos estratos sociais mais elevados. Esta foi a conclusão de Campos, Leite e Almeida (2006) em pesquisa realizada com adolescentes do município de Fortaleza-CE. Além disso, eles verificaram que os adolescentes masculinos apresentaram uma relação diretamente proporcional entre o nível socioeconômico e o excesso de peso, o que não foi constatado no sexo feminino. Em contraposição, pode ser sugerido que baixos padrões e/ou normalidade de peso corporal podem ser observados em sujeitos com níveis socioeconômicos mais desfavoráveis. Essa afirmativa sustenta a explicação dos resultados encontrados na presente pesquisa, uma vez que foram percebidos índices de baixo peso no grupo estudado decorrente de uma escola localizada em um bairro da cidade que apresenta baixos índices níveis econômicos.

    Quanto aos resultados obtidos das principais alterações posturais, a Tabela 5 mostra que o maior percentual foi de escoliose torácica convexa à direita em ambos os sexos, principalmente no gênero feminino (39,71%) que no masculino (37,30%), talvez em função do maior número amostral daquele grupo.

Tabela 5. Resultado das freqüências absoluta e relativa dos principais desvios da coluna vertebral nos sujeitos da pesquisa (n=211)

    Rego e Scartoni (2008) também detectaram prevalência da escoliose e do desnivelamento de espinha ilíaca anterior superior em 51% dos 47 alunos de 13±2 anos de 5ª e 6ª séries do Ensino Fundamental de um colégio de Teresina-PI. Encontraram também prevalência de joelhos varo e valgo em 34%, protusão de ombros em 36%, anteriorização da cabeça em 24% e varismo e valguismo dos pés em 32%.

    De acordo com a revisão de Costa, Sousa e Oliveira (2001), a escoliose idiopática – quando a etiologia é desconhecida – é a forma mais comum de desvio lateral da coluna com repercussões estéticas e psicossociais graves, sendo responsável também por alterações da função pulmonar e degenerativas precoces da coluna. Sua prevalência na população em geral é de cerca de 3%, ocorrendo tanto em crianças saudáveis como neurologicamente normais. Wajchenberg, Puertas e Zatz (2005) citam que no Brasil os estudos ainda são escassos sobre a prevalência desse tipo de escoliose.

    Martelli e Traebert (2006) reportam que é na idade escolar que se compreende a fase ideal para a recuperação das disfunções na coluna de maneira eficaz. A correção precoce possibilita padrões posturais corretos na vida adulta e esse é o período de maior importância para o desenvolvimento músculo-esquelético do indivíduo (BRACCIALI; VILARTA, 2000).

Conclusão

    No âmbito escolar, o professor de Educação Física, além de suas funções habituais, tem o importante papel de mensurar, avaliar e acompanhar o crescimento físico, estado nutricional e composição corporal dos estudantes, de modo a adequar seu trabalho e propor intervenções relacionadas aos resultados. O Fisioterapeuta nesse ambiente também tem o papel importante de promover a avaliação postural, estabelecer condições ergonômicas, adequações na posição sentada e possibilitar informações sobre a melhor forma de transporte do material de estudo e de trabalho pelos alunos e funcionários, respectivamente.

    Sendo assim, conclui-se que a amostra estudada apresenta prevalência de homogeneidade para as variáveis estatura, peso corporal e IMC entre os gêneros analisados por idade. Quanto às alterações posturais, houve maior prevalência de escoliose torácica.

    Recomenda-se a realização de estudos similares em demais instituições de ensino da cidade a fim de levantar dados relevantes sobre o tema.

Referencias

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