Efeito do treinamento pliométrico na performance anaeróbica em praticantes de futebol, com idade entre 9 e 14 anos Efecto del entrenamiento pliométrico en el rendimiento anaeróbico en jugadores de fútbol de 9 a 14 años |
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*Grupo de Pesquisa em Educação Física pela Universidade Tuiuti do Paraná, Curitiba, PR **Unidade de Ensino Superior Vale do Iguaçu, Uniguaçu, PR (Brasil) |
Vera Lucia de Fátima Pereira de Lima** Robson Lohse** Adel Luiz Youssef* Cinthia Dutra* Maicon de Siqueira Bontorin* Jamila Ithaia dos Santos Wawzyniak* Fabiano de Macedo Salgueirosa* ** |
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Resumo O objetivo do presente estudo foi analisar o efeito do treinamento pliométrico na performance anaeróbica em crianças e adolescentes praticantes de futebol com idade entre 09 e 14 anos. A amostra do estudo foi realizada de forma intencional e foi composta por dez sujeitos do sexo masculino, com idade entre 09 a 14 anos do município de Canoinhas-SC, praticantes de futebol, com no mínimo 6 (seis) meses de treinamento, sem histórico de lesão. Participaram da pesquisa apenas os indivíduos cujos pais aceitaram e assinaram o termo de consentimento e de participação. Em um primeiro contato foram coletados a massa corporal das crianças e em um segundo momento foi coletado o teste de potência, no caso, o RAST. Para o tratamento estatistico foi utilizada estatística descritiva (média e desvio padrão). E para as comparações entre os grupos foi utilizado Mann-Whitney e pós-treinamento Wilcoxon. Conforme a (Tabela 1) O grupo “Exp” obteve um ganho médio significativo na potência máxima na ordem de 49,24% e a potência media e mínima não foi encontrado um resultado significativo. Com isso conclui-se que após o treinamento pliométrico em crianças de 09 a 14 anos de idade O ganho de potência máxima aumentou, Acredita-se, desta maneira o treinamento pliométrico melhorou significativamente a potência máxima neste grupo melhorando a força dos atletas e conseqüentemente evitando possíveis lesões. Unitermos: Futebol. Treinamento pliométrico. Força.
Abstract The aim of this study was to examine the effect of plyometric training on anaerobic performance in children and teenagers playing football aged between 09 and 14 years. The study sample was done intentionally and was composed of ten male subjects, aged 09-14 years in the city of Canoinhas-SC, playing football, with at least 6 (six) months of training, with no history injury. Participated in this study only individuals whose parents accepted and signed the consent and participation. In a first contact were collected and body mass of children in a second phase was collected power test, in case the RAST. For the statistical treatment was used descriptive statistics (mean and standard deviation). And for the comparisons between the groups we used Mann-Whitney Wilcoxon and post-training. Compliant (Table 1) The group "Exp" earned a significant average at full power on the order of 49.24% and the minimum power rating and not found a significant result. Thus it appears that after plyometric training in children 09 to 14 years of age gain maximum power increased, believed to be in this way plyometric training significantly improved the maximum power in this group of athletes improving strength and therefore avoiding possible injury. Keywords: Footbal. Plyometric training. Stregth.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 15, Nº 153, Febrero de 2011. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
É fundamental para o desenvolvimento do esporte na infância e na adolescência, a seleção e aplicação de meios e métodos com bases científicas, bem como o respeito ao princípio da individualidade biológica e processo de desenvolvimento. Dentre as capacidades físicas predominantes na prática do futebol destaca-se a potência. Para tanto a pliometria contribui no desenvolvimento da capacidade de gerar potência máxima em um movimento. De acordo com Malisoux (2006) o treinamento pliométrico consiste no ciclo alongamento-encurtamento, que envolve uma contração excêntrica de alta intensidade seguida de uma rápida e potente contração concêntrica. Neto et al. (2005) citam que o embasamento fisiológico da pliometria pode ser encontrado em três diferentes mecanismos: a) o acúmulo de energia potencial elástica durante as ações musculares excêntricas utilizadas sob a forma de energia cinética na fase concêntrica; b) o padrão de recrutamento das unidades motoras e; c) o reflexo miotático originado da ativação das estruturas proprioceptivas quando do estiramento.
Esse método é amplamente utilizado para treinamento das modalidades desportivas que realizam provas de alta velocidade ou provas de saltos, como na modalidade de atletismo nas provas de salto em altura, salto em extensão e salto triplo, bem como no voleibol, basquete, etc. (McARDLE; KATCH; KATCH, 2003).
De acordo com Bompa (2004) apesar dos exercícios pliométricos não serem novos, seus benefícios atléticos só foram estudados nas ultimas três décadas. De acordo com o mesmo ainda em (2004) o futebol é um dos desportos em que o treinamento pliométrico pode ser aplicado, uma vez que envolve atividades explosivo-reativas ou uma alta velocidade.
Sendo alguns dos primeiros estudos realizados por Verkhoshanski (1967; 1968), que fez uso de vários tipos de exercícios pliométricos para aumentar a potência explosiva dos atletas. Durante os anos de 1970 e 1980, muitos pesquisadores, principalmente da Finlândia, Itália, EUA e Alemanha, comprovaram os benefícios fisiológicos do treinamento de reação (Cavagna, 1970; Komi e Buskirk, 1972; Bosco e colaboradores, 1976, 1981, 1982; Blattner e Noble, 1979; Schmidtbleichher, 1984; Gollhofer e colaboradores, 1987 etc.)
O treinamento pliométrico tem se mostrado efetivo para o desenvolvimento da potência muscular em adultos (HAMILL, et al. 1999), pré-púberes (KOTZAMANIDUS, 2006) e pós-púberes Segundo Bompa (2004), os exercícios pliométricos sempre foram praticados pelas crianças do mundo todo, nas brincadeiras de amarelinha ou elástico. Esse autor ainda destaca que nos anos de 1919, 1920 e 1930 os atletas de atletismo do norte e leste europeu utilizavam-se deste tipo de treinamento durante o inverno. Barbanti (1998) afirma que os exercícios pliométricos foram estudados e idealizados pelos russos entre 1965 e 1970. No entanto, existe a necessidade de se realizar mais estudos com relação à utilização do método em diferentes modalidades como no futebol.
O objetivo do presente estudo foi analisar o efeito do treinamento pliométrico na performance anaeróbica em crianças e adolescentes praticantes de futebol com idade entre 09 e 14 anos.
Materiais e métodos
Sujeitos
A amostra, escolhida de forma intencional, foi composta por dez sujeitos do sexo masculino, com idade entre 09 a 14 anos do município de Canoinhas-SC, praticantes de futebol, com no mínimo 6 (seis) meses de treinamento, sem histórico de lesão. Os mesmos foram divididos aleatoriamente em dois grupos: Experimental (n=5) e Controle (n=5).
Participaram da pesquisa apenas os indivíduos cujos pais aceitaram e assinaram o termo de consentimento e de participação.
Procedimentos
No primeiro contato foram coletados massa corporal seguindo as recomendações de Gordon et al. (1988) e o RAST (Run-Based Anaerobic Sprint Test). No dia seguinte iniciaram-se as sessões de treinamento pliométrico, em um total de 12 semanas. A determinação dos índices do RAST foi então repetida 48 horas após o final do protocolo de treinamento.
RAST
Após um aquecimento geral de aproximadamente 10 minutos, os sujeitos realizaram uma série de 6 tiros em intensidade máxima, de 35 metros com intervalos de 10 segundos. A partir dos tempos e da massa corporal foi calculada a potência (w) gerada em cada tiro pela equação 1:
Então, foram utilizados os seguintes índices: potência máxima (maior potência), potência média (média dos 6 tiros), potência mínima (menor potência) e índice de fadiga (w/s) (equação 1)
Na presente pesquisa o teste foi realizado no campo de grama para se aproximar da ao máximo da realidade de jogo.Treinamento pliométrico
O treinamento pliométrico para membros inferiores foi realizado no início da sessão sempre no período da manhã, durante 4 semanas, em dias alternados, totalizando 12 sessões. Após um aquecimento foram realizados os exercícios pliométricos.
Os exercícios foram executados individualmente sendo: 1 série de 10 repetições na primeira semana e segunda semanas, 2 séries de 10 repetições na terceira semana com intervalo de 5 minutos e 3 séries de 10 repetições na quarta semana com intervalo de 5 minutos. Foram realizados 3 exercícios diferentes em cada sessão: 1) saltos horizontais alternados no arcos, 2) saltos em profundidade com intensidade crescente (inicio-se com 30 cm com aumentos de 10 cm a cada semana) e saltos laterais com os pés unidos transpassando uma corda (iniciou-se com 50 cm com aumentos de 10 cm a cada semana).
O grupo controle realizava o restante do treinamento programado, com exceção dos exercícios pliométricos.
Tratamento estatístico
Foi utilizada estatística descritiva (média e desvio padrão). Devido ao pressuposto de normalidade não ter sido atendido, optou-se por uma análise não-paramétrica. Para as comparações entre os grupos Exp e Con foi utilizado o teste de Mann-Whitney e para as comparações entre o teste pré e pós-treinamento foi utilizado o teste de Wilcoxon. Para todas as análises foi utilizado p<0,05. As análises foram realizadas no pacote estatístico SPSS 13.0.
Resultados
A tabela 1 apresenta os resultados do RAST nos grupos experimental e controle. O grupo “Exp” obteve um ganho médio significativo na potência máxima na ordem de 49,24% (Tabela 1). Com relação à potência mínima e media não se observou diferença significativa entre os grupos.
Tabela 1. Valores obtidos nas potências máxima, média e mínima e índice de fadiga dos grupos experimental e controle
** p < 0,05 em relação ao pré
Observando as variações de potências Índice de Fadiga, para os dois grupos da pesquisa, pode-se perceber que o grupo que recebeu o treinamento pliométrico, o grupo “Exp”, teve um acréscimo de índice de Fadiga, da ordem de 134,65%. Embora não seja estatisticamente significativa é uma diferença considerável. O grupo “Con” teve um acréscimo de 1,09%.
O índice de fadiga reflete a diferença entre a maior e a menor potência encontrada entre os tiros. O aumento do índice de fadiga observado no grupo “Exp” pode ser explicado em parte pela redução da potência mínima, mas principalmente pelo grande aumento encontrado na potência máxima. Isso sugere novamente que o treinamento pliométrico não é efetivo para o desenvolvimento da potência anaeróbica.
Discussão
No Brasil são poucos os trabalhos publicados a respeito da epidemiologia do futebol em adolescentes, principalmente quando se trata do treinamento com pliometria.
Os atletas de futebol realizam uma quantidade elevada de deslocamentos com intensidade e duração variada, desta forma a potência anaeróbia se faz um aspecto importante para esses atletas, para que não ocorra um estado de fadiga ao final das partidas. Corroborando Krustrup e Bangsbo (2001) afirmam que nas modalidades com características intermitentes, a contribuição da energia anaeróbia é importante para se ter rendimento aceitável no jogo, além de que, bons níveis de condicionamento anaeróbio são requeridos para retardar a fadiga em jogadores de futebol.
No presente estudo a amostra apresentou uma média de idade de 11,8 anos, sendo todos os participantes gênero masculino. Em relação a massa corporal dos participantes percebe-se que tratam-se de indivíduos dentro do padrão de normalidade (HEYWARD; STOLARCSYK, 2000) e que ao final da pesquisa não se observou diferença significativa em relação a massa corporal antes e após o treinamento.
Fez-se uso do Running Anaerobic Sprint Test, teste RAST, para testar em campo o desempenho anaeróbio dos participantes da pesquisa. A utilização do teste RAST neste estudo baseou-se no fato de que este teste proporciona a possibilidade de se obter resultados de três tipos diferentes de potência: máxima, média e mínima e também pelo fato que o mesmo é considerado e utilizado em muitos estudos na investigação do desempenho anaeróbio (MOREL; ZAGATTO, 2008; SANTOS; COLEDAM; SANTOS, 2009; SPIGOLON, et al. 2007 ).
Em relação a potência máxima observou-se as variações da mesma para os dois grupos do experimento (Tabela 1), pode-se perceber que o grupo experimental “Exp”, obteve um ganho médio significativo de potência máxima, da ordem de 49,24%. O grupo de controle teve um decréscimo de 1,26%. Este resultado já era esperado, uma vez que de acordo com Bompa (2004) “como resultado de qualquer treinamento pliométrico ocorrem mudanças tanto musculares quanto neurais que facilitam e aumentam o desempenho de habilidades de movimentos mais rápidos e potentes”. Ainda, de acordo com o mesmo autor a pliometria desenvolve o sistema nervoso, que reagirá com velocidade máxima ao alongamento do músculo, desenvolvendo a capacidade de se contrair rapidamente.
Já que o RAST se baseia em estímulos curtos (6 a 8 segundos) a capacidade de potência refletida na capacidade de se acelerar rapidamente a própria massa, gerou aumentos da potência máxima produzida (MOREL; ZAGATTO, 2008; SANTOS; COLEDAM; SANTOS, 2009). Tal capacidade é essencial dentro da dinâmica do futebol, de acordo com suas características de rápida aceleração durante a partida (SILVA et al., 2000; STOLEN T et al., 2005).
Em um estudo com o objetivo de verificar os efeitos do treinamento de pliometria sobre a força, agilidade e velocidade de jogadoras de futsal adolescentes Almeida e Rogatto (2007) verificaram que 8 sessões de treinamento aumentaram significativamente a potência, medida pelo teste de impulsão horizontal, porém, não alterou a impulsão vertical nem a velocidade medida pelo teste de 50 metros. A diferença entre os resultados encontrados na pesquisa citada e no presente estudo podem ser explicadas pelo período de tempo de treinamento que foi menor no estudo de Almeida e Rogatto (2007).
No estudo realizado por Campeiz e Oliveira (2006) não encontraram diferença significativa entre a potência máxima absoluta entre atletas de futebol com média de idade de 17,8 anos e 15,9 anos, que correspondem á idade do Sub 15 e Sub 17; porém os resultados obtidos foram superiores significantemente em relação ao grupo Sub 13 (idade entre 11 e 13 anos), o autor cita que esta última categoria parece não possuir a potência anaeróbia totalmente desenvolvida, provavelmente devido à fase de crescimento maturacional que se encontra. Concomitante Matsudo e Perez (1986) citam que com a evolução da idade de crianças e adolescentes, ocorre aumento significativo de potência anaeróbia máxima e os autores Villar e Denadai (2001) afirmam que a capacidade anaeróbia é dependente da idade cronológica em jogadores jovens de futebol principalmente após 13 anos.
Comparações mais aprofundadas entre o presente estudo e o de Campeiz e Oliveira (2006) ficam limitadas pelos diferentes métodos utilizados para determinação das variáveis da potência anaeróbia, pois o estudo citado utilizou o teste de Wingate para análise da potência máxima absoluta, potência máxima relativa ao peso corporal e potência média.
De acordo com Morel e Zagatto a potência mínima reflete o menor valor encontrado dentre os 6 tiros do RAST, enquanto a potência média reflete a média das potências nos 6 tiros. Portanto, ambos os índices podem ser vistos como um indicador da capacidade de sustentação dos estímulos, ou seja, resistência anaeróbica, devido à sobrecarga energética acumulada entre os estímulos do teste.
Em relação ao decréscimo em relação a potência mímina (Tabela 1) observada no grupo “Exp” da ordem de -7,99% e de -1,50%, para o grupo “Con” e os resultados das variações de potências médias (Tabela 1) para os dois grupos da pesquisa, sendo para o grupo “Exp” variação da ordem de 11,2% e de 4,26% para o grupo“Con”, podem ser atribuídos pelas características do treinamento pliométrico, que visa aumentar a capacidade reativa do músculo, assim, composto por estímulos curtos (saltos) e de alta intensidade não havendo tempo suficiente para estimular as fontes anaeróbicas.
O teste RAST também apresenta uma medida de fadiga muscular denominada “Índice de Fadiga (MOREL; ZAGATTO, 2008; SANTOS; COLEDAM; SANTOS, 2009; SPIGOLON, et al. 2007 ). Para Bangsbo, Mohr e Krustrup (2006) o estudo do Índice de Fadiga tem por objetivo, expressar a capacidade que o atleta tem de suportar estímulos de alta intensidade, sem que haja queda significativa de desempenho. O mesmo autor cita que quanto menor é o valor do índice de fadiga, maior é a tolerância do atleta ao esforço intenso e consequentemente, à fadiga.
De acordo com Rahnama et al. (2003) a fadiga causa uma redução na capacidade do músculo em gerar força e interfere na rapidez e no controle fino do movimento. Conforme Bertolassi (2007) a fadiga pode ser periférica (muscular) ou central (cérebro). Porém, em atividades como, o futebol, grande parte dos estudos apontam para a periferia como sendo o principal fator limitante (MOHR, 2005). Após instaurar-se a fadiga uma nova sequência de movimentos dos segmentos (coordenação) pode emergir. Portanto, se existe uma relação entre controle motor e força muscular, sugere-se uma reorganização no padrão dos movimentos dos segmentos ocorra quando a capacidade do sistema neuromuscular para produzir tensão é reduzida em resposta à fadiga (RAHNAMA et al., 2003).
No presente estudo para os dois grupos da pesquisa (Tabela 1), pode-se perceber que o grupo que recebeu o treinamento pliométrico, o grupo “Exp”, teve um acréscimo de índice de Fadiga, da ordem de 134,65%. Embora não seja estatisticamente significativa é uma diferença considerável. O grupo “Con” teve um acréscimo de 1,09%. O aumento no grupo “Exp”, pode ser explicado em parte pela redução da potência mínima, mas principalmente pelo grande aumento encontrado na potência máxima. Portanto, para este grupo analisado o treinamento pliométrico não foi efetivo para o desenvolvimento da resistência anaeróbica.
Conclusão
No contexto do presente estudo destaca-se um conjunto de conclusões adevindos dos resultados obtidos nesta pesquisa como: o grupo experimental obteve um ganho médio significativo na potência máxima na ordem de 49,24%. Com relação a potencia media e mínima não se observou diferença significativa entre os grupos. No Índice de Fadiga o grupo experimental teve um acréscimo na ordem de 134,65%, porém não significativo. Acredita-se, desta maneira, que o treinamento pliométrico melhorou significativamente a potência máxima neste grupo. Portanto, os efeitos positivos sobre o desempenho de força rápida obtidos pelo método pliométrico é de conhecimento de vários treinadores, porém no universo de pesquisa é notório o reduzido número de estudos sobre o desempenho desportivo em atletas na infância e na adolescência. Entendemos como uma limitação deste estudo a extensão da amostra pesquisada, onde uma amostra maior poderia influenciar nos resultados obtidos, principalmente se esta nova amostra pertencesse a outros grupos etários e ambos os gêneros.
A relevância de se conhecer a performance anaeróbica dos jogadores das categorias inferiores tem um caráter particularmente pedagógico e se apóia no fato de entendermos ser extremamente necessário propormos um programa de treinamento adequado e específico, como o uso do método pliométrico, evidenciando as potencialidades físicas de cada modalidade esportiva, em especial, do futebol.
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