Treinamento de força em crianças e adolescentes pré-púberes Entrenamiento de la fuerza en niños y adolescentes prepúberes |
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*Faculdade Adventista de Hortolândia, Hortolândia, SP **Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, MG ***Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP (Brasil) |
Flavia de Aguiar Andrade*** Karen Tamires Rodrigues* Marcos Vinícius Nunes Ramos* Gustavo Ribeiro da Mota** Bernardo Neme Ide*** Lucas Samuel Tessutti* *** Charles Ricardo Lopes* *** |
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Resumo Este estudo teve como objetivo apresentar uma revisão bibliográfica sobre o treinamento de força (TF) para crianças e adolescentes, com ênfase a fase pré-púbere, uma vez que esse tipo de treinamento não deve ser visto apenas, como um trabalho realizado dentro de academias com máquinas e pesos, onde utiliza-se cargas excessivas, visando somente a hipertrofia muscular e, principalmente, praticado só por adultos. O trabalho aborda alguns aspectos do crescimento, desenvolvimento e maturação, em seguida apresenta os efeitos TF para crianças e adolescentes. E por fim, aspectos e diretrizes a serem considerados na elaboração de programas de TF seguros e eficazes para essa população, tornando-se uma ferramenta importante para profissionais da área da Educação Física e Esportes. Unitermos: Treinamento resistido. Infância. Adolescência.
Abstract This study aimed at reviewing the literature on strength training (ST) for children and adolescents, with emphasis on pre-pubescent, since this type of training should be seen not only as a work in academies with machines and weights, which it uses to excessive loads, only targeting muscle hypertrophy and mainly practiced by adults only. The paper addresses some aspects of growth, development and maturation, and then displays the ST effects for children and adolescents. Finally, aspects and guidelines to be considered in designing programs. ST safe and effective for this population, becoming an important tool for professionals in the field of Physical Education and Sports. Keywords: Resistance training. Childhood. Adolescence.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 15, Nº 153, Febrero de 2011. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
Até as décadas de 70 e 80 falava-se muito sobre os perigos que envolviam os exercícios com pesos, e que crianças não poderiam ser submetidas a esse tipo de treinamento, pois se acreditava que impedia o crescimento, causava impotência sexual, poderia fazer mal ao coração, trazer problemas à coluna vertebral, além dos riscos de lesão relacionados à prática da musculação por essa população (PONTES, 2008).
Atualmente o treinamento de força (TF) para crianças e adolescentes ainda parece ser um tema muito controverso entre os próprios profissionais da saúde. Guy & Micheli (2001) afirmam que a causa dessa controvérsia deve-se à desatualização desses profissionais.
A ciência apresentou nos últimos 15 anos centenas de estudos, fundamentando sobre a eficiência e segurança do TF para a população mais jovem (Faigenbauam, 1993; Willians, 1991; Ramsay et.al., 1990; Weltman et.al., Sale 1989; Kraemer et. al. 1989; Sewal & Micheli, 1986; Blimkie, 1989).
Conforme Fontoura (2003), a força muscular é um dos componentes da aptidão física, e ela se faz importante em todas as faixas etárias, e também em crianças. Elas precisam desenvolver condicionamento cardiovascular, flexibilidade e habilidades motoras, assim como força (FLECK & KRAEMER, 1999).
Durante a infância e adolescência, algumas particularidades decorrentes do processo de crescimento devem ser levadas em consideração, tanto no momento de indicar o tipo de atividade física, como durante o acompanhamento de programas de treinamento. No entanto, Oliveira et. al. (2003) acreditam que se torna necessária a investigação sobre a elaboração de programas de TF para crianças, já que esta capacidade física é um dos componentes da aptidão física relacionada à saúde.
Maia (2002) sugere que, programas de treino supervisionados de forma adequada e competente, resultam em ganhos substanciais de força sem qualquer lesão de natureza músculo - esquelética.
Dessa forma, o presente estudo teve como objetivo revisar a literatura sobre os possíveis efeitos do TF para crianças e adolescentes pré-púberes e enfatizar suas principais diretrizes, bem como abordar aspectos que envolvam crescimento, desenvolvimento e maturação biológica dessa população.
1. Crescimento, desenvolvimento e maturação biológica
O crescimento físico é caracterizado pelo somatório de fenômenos celulares, biológicos, bioquímicos e morfológicos, sendo predominado geneticamente e, apenas influenciado pelo meio ambiente (RUBIN, 2000 apud OLIVEIRA, 2006).
Conforme Melloni (2004), crianças são fisiologicamente imaturas, pois o sistema hormonal e osteomusculoarticular ainda encontram-se em crescimento e desenvolvimento, e que, as estruturas que permitem o crescimento ósseo ainda estão “abertas”. Estas estruturas são a placa epifisária, a epífise e a inserção apofisária, nas quais formam a cartilagem de crescimento.
A cartilagem de crescimento está localizada em três lugares: na placa epifisária (ou placa de crescimento), na epífise (ou superfície articular) e na inserção apofisária (ou tendão de inserção). Os ossos longos do corpo crescem em comprimento a partir das placas epifisárias localizadas em suas extremidades. Normalmente, essas placas se solidificam após a puberdade e, uma vez solidificadas, o crescimento dos ossos longos, ou melhor, a estatura do indivíduo, não é mais possível. A epífise atua como amortecedor do choque entre os ossos que formam uma articulação, sendo que, um dano a essa cartilagem pode produzir uma superfície irregular; e por fim, as inserções apofisárias asseguram uma conexão sólida entre o tendão e o osso (FLECK & KRAEMER, 1999).
Conforme Alves & Lima (2008), as cartilagens de crescimento se fecham em épocas diversas, estando, portanto, mais vulneráveis a lesões de acordo com a etapa do desenvolvimento, pré-puberal ou puberal.
Weineck (2005) relata que existem inúmeras alterações e particularidades da infância e adolescência durante o desenvolvimento, tanto nos aspectos físicos, como psicológico e psicossocial. O mesmo autor ainda cita algumas dessas particularidades relacionadas ao desenvolvimento físico: os ossos, devido a um armazenamento relativamente maior de material orgânico mole, são mais flexíveis, mas menos resistentes à pressão e tração, o que leva, em geral, a uma menor resistência do sistema esquelético à carga. O tecido ligamentar, devido à fraca ordenação micelar (as micelas formam estruturas semelhantes à rede de cristais) e à maior proporção de substâncias intercelulares, ainda não é suficientemente resistente à tração. E o tecido cartilaginoso e os discos epifisiários que ainda não são ossificados, apresentam uma alta suscetibilidade à lesão quando da ação de forças de pressão e torção, devido à sua alta taxa de multiplicação associada ao crescimento.
O crescimento longitudinal durante a puberdade engloba três distintos fenômenos: o primeiro é o estirão do crescimento, caracterizado inicialmente pela velocidade de crescimento reduzida até a fase pré-puberal, em seguida crescimento com velocidade acelerada, conhecido como pico máximo de velocidade de crescimento (PHV) e uma fase de cessação do crescimento, os quais contribuem com mais de 20% da estatura final adulta. O segundo é a rápida aquisição do conteúdo ósseo, reconhecida como pico de massa óssea, e por último, o processo de maturação esquelética, que se encerra com o fechamento epifisiário (SILVA et. al. 2004).
Ao chegar ao estirão puberal, além da ação do hormônio de crescimento (GH), há a intensa ação dos androgênios e estrogênios. Enquanto o GH estimula a formação da cartilagem (condrogênese), a ação dos androgênios e estrogênios acelera a idade óssea (FARINATTI, 1995).
Conforme Alves & Lima (2008), a densidade mineral óssea atinge cerca de 90% do seu pico no final da segunda década de vida. Fatores endógenos e exógenos influenciam neste processo. Dentre os fatores exógenos destacam-se exercício, nutrição (aporte adequado de cálcio na dieta), saúde em geral, e também, fatores culturais. Matsudo et. al. (1997) ressaltam a importância do balanço positivo de cálcio para atingir o pico de massa óssea. Com relação aos fatores endógenos destacam-se: genética, raça, GH, fator de crescimento (IGF-1), esteróides sexuais e marcadores de remodelação óssea (ALVES & LIMA, 2008).
O GH exerce papel de destaque no crescimento ósseo e dos tecidos moles, atuando diretamente na placa de crescimento (BOGUSZEWSKI, 2001, apud SILVA et. al., 2004), enquanto que o IGF-1 assume funções importantes no esqueleto como a diferenciação, maturação e recrutamento de osteoblastos (BORBA et. al., 2003 apud SILVA et.al., 2004). O sistema de regulação do eixo GH/IGF-1 não inclui apenas ações endócrinas. O IGF-1 atua como principal mediador da aceleração linear do crescimento, envolvido na determinação da espessura óssea, comprimento, densidade e arquitetura do esqueleto, aumentando as proporções corporais durante a infância e adolescência (BORBA et. al., 2003 apud SILVA et.al., 2009).
2. Efeitos do treinamento de força na infância e adolescência
O TF, quando praticado por crianças e adolescentes, tem quebrado certos paradigmas, pois vários estudos têm demonstrado a eficiência e a segurança para a população mais jovem. Os principais benefícios do TF para crianças são: aumento da força, principalmente a muscular localizada, redução do risco de lesões na prática desportiva e recreativa e melhora do desempenho nas atividades físicas (BENJAMIN & GLOW, 2003; ACMS, 2002; FAIGENBAUM, 2002; AAP, 2001; SUMAN et al., 2001; RAMSAY et al., 1990).
Riewald (2005) & Faigenbaum (2003) citados por Braga et. al. (2008), afirmam que o TF pode ser um excelente método de condicionamento muscular para crianças. Fukunaga et. al. (1992) citados por Fleck & Kraemer (1999), examinaram um grupo de jovens em um programa de TF por 90 dias envolvendo meninas e meninos estudantes de primeira, 3ª e 5ª séries. Os resultados apresentaram aumento significativo na força após o desenvolvimento do trabalho.
Böhme (1994) observou aumento da força até os 10 anos em crianças por meio de atividades com arremessos, sendo que há estabilização nesta idade e retoma o desenvolvimento mais acentuado aos 13 anos no sexo masculino, enquanto no sexo feminino, ocorre uma estabilização. Ronald et al. (1997) observaram que meninos pré-púberes em torno desta mesma idade, submetidos a TF para membros superiores, apresentaram aumento de força relacionado ao aumento do recrutamento de unidades motoras e não à hipertrofia muscular. Assim, ficou demonstrado que a força muscular pode ser aumentada durante a infância, apenas com freqüência de duas vezes por semana em iniciantes.
Guy & Micheli (2001) sugerem que alguns esportes de força como, por exemplo, o judô impõem sobrecargas até superiores a força máxima que o indivíduo consegue realizar. Igualmente, o mesmo pode ser observado num simples salto durante o voleibol, proporcionando elevado impacto sobre os joelhos. Mesmo assim, essas atividades são livremente realizadas sem causar muita preocupação entre pais e médicos.
Alguns estudos observaram incremento da força em crianças que participam de programas de TF (Blundell, 2003; Guy & Micheli, 2001; Faigenbaum, 2000; Freedson et. al., 1990; Fleck & Kraemer, 1999; Sewall & Micheli, 1986), até mesmo em programas que utilizam vários métodos, como isocinético, isométrico e isotônico (PAYNE et. al, 1997).
Conroy et. al. (1993) apresentaram um estudo que evidenciou a intensificação do desenvolvimento ósseo de crianças e pré-adolescentes com o TF e descrevem que esse tipo de programa aumenta a tensão muscular, coeficiente de tensão e compressão, que são importantes no estímulo a modelagem do osso. Nesse sentido, Guy & Micheli (2001) relatam que, o TF contribui positivamente no desenvolvimento ósseo em crianças, pelas quantidades aumentadas de fibras colágenas e sais inorgânicos que são depositados nos ossos como respostas a tensão muscular, coeficiente de tensão e compressão.
Koprowski (2002) relata que entidades internacionais reconhecidas como a National Strength and Conditioning Association, American Orthopedic Society for Sports Medicine e American Academy estão, definitivamente, convencidas dos benefícios, da eficiência e segurança do TF para a população mais jovem. Além disso, a treinabilidade da força muscular é observada em crianças, assim como em adultos. O TF pode trazer benefícios ao desempenho físico e à saúde da criança, como a melhora da coordenação motora e do desempenho desportivo, aumento da massa muscular em púberes, diminuição da gordura corporal, e ainda, diminuição da incidência de lesões nos esportes competitivos e recreativos (FLECK & FIGUEIRA JR., 1997).
Pinto & Lima (2001) afirmam que para que o TF possa ser iniciado, é fundamental a identificação do estágio puberal, uma vez que a musculação deve ser sugerida somente após o estágio 4 do desenvolvimento puberal de Tanner. Tal estágio, normalmente ocorre entre 11 e 16 anos, fase em que provavelmente já houve o fechamento da cartilagem de crescimento. É importante identificar a maturação sexual, pelo fato da classificação ser muito ampla, pois indivíduos podem ser cronologicamente iguais, porém com estágio de maturação diferentes.
Weltman et.al. (1986) citados por Fontoura (2003), registraram aumento de 36,6% e 38% na força de extensão de joelhos e flexão de cotovelos, respectivamente, me meninos pré-púberes e púberes após um treinamento em aparelhos isocinéticos.
Fahey et. al. (1979) constataram que, a treinabilidade de força muscular parece ser mais evidente a partir do início da puberdade. Isso porque, a partir desse período, as concentrações séricas de testosterona são significativamente maiores em repouso ou após o exercício. Quanto mais avançado for o estágio de maturação, maior será a concentração sérica de testosterona.
Alguns benefícios da prática da musculação para crianças e adolescentes são citados por Caseri (2008): aumento de força e resistência muscular, com fortalecimento de ligamentos e tendões, melhora da estabilidade articular, coordenação intra e inter muscular, condicionamento cárdio-respiratório, aumento de massa óssea, melhora nos perfis lipídicos e efeitos positivos no desenvolvimento corporal em geral, além da melhora da auto-estima.
Campos (2000) complementa sobre a melhora do controle postural, aumento das reservas de glicogênio e ATP-PC, aumento da atividade de enzimas glicolíticas, aumento das adaptações bioquímicas como maiores concentrações de lactato nos músculos durante e após o exercício máximo, manutenção e/ou aumento da flexibilidade. Souza (2007) ainda cita benefícios na reabilitação de crianças que sofreram queimaduras extensas, em crianças com diabetes tipo 2, crianças com obesidade e, ainda, em crianças com síndrome de down, pois possuem frouxidão ligamentar. Nesses casos o TF proporciona fortalecimento da musculatura e protege as articulações.
Segundo Ramsay et. al. (1990), crianças pré-púberes submetidas ao TF aumentam a força, principalmente, em função de adaptações neurais, e estas alterações não parecem ter significativa relação com a síntese de testosterona. Ou seja, o aumento da força muscular também está relacionado às adaptações do sistema neuromuscular. Estudo realizado pelos mesmos autores citados por Rowland (2008) avaliou os ganhos de força com TF em 13 meninos pré-púberes de 9 a 11 anos. Após 20 semanas de TF, três vezes por semana, os testes de uma repetição máxima (1 RM) para o leg press e supino, acusaram, respectivamente, um aumento de força de 22% e 35%, sendo que houve um aumento total de apenas 12,3% no grupo controle não treinado.
Fontoura (2003) registrou que, após 12 semanas de TF, houve aumento na força de 1RM de 78% para extensão de joelho e de 67% para flexão de cotovelo em meninos pré-púberes, assim como foi registrado em outros trabalhos (Weltman et. al. 1986; Blimkie et. al. 1989; Meyer et. al. 1998). Meyer et. al. (1998) citados por Fontoura (2003), seguindo o mesmo programa de treinamento, registraram elevação de 36,1% para extensão de joelho e 88,9% para flexão de cotovelo nos testes de 1 RM.
Fontoura (2003) obteve um aumento significativo na força de 1RM de extensão de joelho e flexão de cotovelo de 32,3% e 70,3%, respectivamente, em meninos pré-púberes e púberes, após treinarem por 12 semanas, 3 vezes por semana, com intensidade de 50 a 85% do teste de 1RM.
Contudo, Oliveira et. al.(2003, p.89) afirmam que, “o TF pode favorecer ou limitar o nível de outras capacidades físicas, se o treinamento de base for adequado e bem conduzido, e os riscos serão praticamente nulos.”
Faigenbaum et. al.(2003) citados por Gurjão et. al.(2005) com objetivo de analisar o comportamento da força muscular em crianças pré-puberes durante testes repetitivos, publicaram um artigo avaliando crianças através de testes de 1 RM, verificando que não houve relato de lesões durante as medidas, assim como todos os avaliados suportaram bem as cargas empregadas. Os autores concluíram, então, que os testes de 1 RM podem ser utilizados com segurança na avaliação de crianças.
Segundo Bezas (2008), o TF, devidamente supervisionado, pode e deve ser usado por crianças por ser considerado seguro, facilmente assimilado, benéfico e de baixo risco de lesão, quando comparado à outras atividades.
3. Elaboração de programas de treinamento de força para crianças e adolescentes pré-púberes
Crianças e jovens possuem menor capacidade anaeróbia e isso deve ser considerado durante a elaboração de programas de TF. O profissional deve saber qual a melhor escolha dentre os métodos e conteúdos de treinamento, assim como a dosagem da intensidade e duração as cargas do treinamento, adaptando à realidade fisiológica da respectiva faixa etária (WEINECK, 2005).
Para o organismo que se encontra em processo de crescimento e desenvolvimento, é importante que a realização de atividades físicas se desenvolva de forma sistemática e metodologicamente organizada, dirigida a cada grupo etário (PRIORE, 1998, apud VIEIRA et. al. 2002).
Segundo Campos (2000), a montagem de um programa de musculação para crianças e adolescentes deve ter os seguintes aspectos: na montagem das séries, deve-se optar por exercícios globais, evitando exercícios unilaterais, respeitando intervalos e períodos de recuperação mais prolongados do que para adultos. Os exercícios devem ser escolhidos de acordo com a faixa etária da criança, com o nível de condicionamento, de conhecimento e coordenação, assim como a experiência prévia.
Oliveira (2006) sugere que haja equilíbrio entre os exercícios escolhidos, devendo haver ao menos um para cada grupo muscular. Observar a simetria na escolha dos exercícios para cada grupo muscular, selecionando exercícios que permitam o desenvolvimento de uma ou várias articulações.
Segundo Bellia (2007), um programa de fortalecimento para as crianças deve
começar com exercícios sem carga, até que a técnica apropriada seja
aprendida. Um programa de fortalecimento pode acontecer de várias maneiras:
utilizando pesos livres, elásticos, o peso do próprio corpo ou até
equipamentos de musculação.
Entretanto, Fleck & Kraemer (1999) preferem evitar trabalhos programados
em máquinas, nas quais foram dimensionadas ao público adulto.
Porém, Souza (2007) argumenta que, apesar dos exercícios feitos de forma livre permitirem maior ganho de força muscular, coordenação dos movimentos e propriocepção (manutenção do equilíbrio da carga ao longo da barra ou halteres), as máquinas oferecem um risco de lesão menor, principalmente por determinar a direção do movimento, fator este que os pesos livres não oferecem. Sendo assim, após aperfeiçoarem a técnica na utilização das máquinas, bem como contribuindo para que as adaptações iniciais ocorram adequadamente, sugere-se utilização de exercícios envolvendo pesos livres e barras.
No que diz respeito ao incremento de carga, Oliveira et. al. (2003) sugerem que a sobrecarga utilizada deve permitir a execução de pelo menos seis repetições por série, e o número de séries pode variar de uma a três. O incremento de sobrecarga em cada exercício não deve ultrapassar 5% do peso utilizado para um determinado número de repetições, dependendo da idade e maturação psicológica da criança.
Segundo Souza (2007), na força muscular de membros superiores, a resistência muscular localizada de crianças sem experiência com o TF é sugerida a adoção de protocolos de treinamento com predominância do número de repetições mais alto e cargas moderadas durante a fase inicial de adaptação ao treinamento.
Segundo Campos (2000), os programas devem conter alongamentos e exercícios de aquecimento no começo da sessão. Também devem ter exercícios aeróbios como complementos do programa de musculação. Na parte principal, exercícios com grandes grupos musculares devem preceder àqueles que envolvem menores grupos. Ao final da aula, exercícios de “volta à calma” são recomendados.
Massicotte et. al. (1985) preconizam que no treino infantil não se devem utilizar cargas externas além do peso corporal da criança, para não afetar os ossos ainda flexíveis e com menor resistência à pressão, e pelos tecidos tendinosos e ligamentosos ainda não estarem suficientemente reisistentes a grandes trações. Os exercícios devem ser executados em toda a sua amplitude enfatizando exercícios dinâmicos concêntricos.
Conforme Charro (2005), não existe idade mínima para iniciar o TF. Porém, Pinto & Lima (2001) relatam que em crianças que ainda se encontram em fase de crescimento rápido, a prática do TF pode aumentar o risco de desenvolver lesões musculares, na coluna e na placa de crescimento. Em raciocínio semelhante, Caseri (2008) confirma que não existe data pré-estabelecida para o ingresso no TF e afirma que se a criança é capaz de aceitar e seguir instruções dadas ou participa de atividades físicas organizadas sem problemas, tais como escolas esportivas e aulas em academias, está apta também a realizar um programa de TF.
Com relação à utilização do TF para essa população, podemos encontrar na literatura várias manifestações de como aplicá-lo. O entendimento de alguns apontamentos neste contexto como os objetivos propostos, os benefícios que se pode alcançar, algumas problemáticas observadas e as recomendações, podem ser observados nas tabelas 1 e 2.
Tabela 1. Treinamento de força em crianças, segundo Borin et. al (2007)
Autores |
Objetivos |
Benefícios |
Problemática |
Recomendações |
FERNANDEZ et. al. (2002) |
Desenvolvimento da força de construção (trabalho generalizado e equilibrado de todos os grupos musculares); Desenvolvimento da força explosiva e da resistência de força. |
Melhoria da coordenação neuromuscular. |
Alto risco de lesão no trabalho de força máxima. |
Não trabalhar a força máxima; Realizar exercícios com peso do próprio corpo ou cargas leves que não devem ultrapassar 10% do peso corporal, utilizar saltos, lançamentos e atividades lúdicas. |
KRAEMER, FLECK (2001) |
Aperfeiçoamento da função física, melhora da saúde, desenvolvimento estilo de vida infantil ativo. |
Aumento força muscular; aumento capacidade de resistência muscular localizada; diminuição do risco de ocorrência de lesões e aumento da capacidade de desempenho em atividades esportivas e recreativas. |
Exigências inadequadas impostas às crianças |
Inicialmente passar por exame médico completo e os autores apresentam diretrizes básicas para progressão de exercício nas idades de 7 anos até 16 anos ou mais. |
BOMPA (2002) |
Desenvolvimento físico harmonioso. |
Preparar os músculos, tendões e articulações para o estresse do treinamento de alto desempenho na maturação. |
Nenhuma |
Utilizar o circuito, com duração entre 15 e 20 minutos, utilizando 6 a 9 exercícios. Planejar os exercícios de forma a alternar os membros, partes do corpo e grupos musculares, deve-se utilizar o peso corporal ou exercícios com bola de medicine-ball. |
Tabela 2. Treinamento de força em crianças segundo BORIN et al. (2007)
Entidades |
Objetivos |
Benefícios |
Problemática |
Recomendações |
Bases (2004) |
Fornecer subsídios aos profissionais que trabalham com crianças e adolescentes |
Ganhos na força muscular em todos os estágios da maturidade |
Lesões relacionadas à falta de supervisão, instrução ou técnica inadequada |
50-100% do esforço máximo; 2-3 séries de 6-15 repetições; 2 vezes por semana |
ACMS (2002) |
Encorajar um estilo de vida saudável através do TF |
Ganhos na força muscular; melhora das habilidades motoras; menor taxa de lesões comparadas aos desportos de contato |
Lesões relacionadas à falta de supervisão, instrução ou técnica inadequada |
Iniciantes carga leve; 1-3 séries de 6-15 repetições; 2 a 3 vezes por semana |
AAP (2001) |
Informar os benefícios e os riscos do TF para crianças e adolescentes |
Aumento da força muscular em préadolescentes |
Lesões nas epífises em levantadores de pesos imaturos esqueleticamente |
Início sem carga; 8-15 repetições de 20-30 minutos; 2 a 3 vezes por semana |
Nota-se que em ambos, a preocupação maior direciona-se ao risco de lesões e as recomendações baseiam-se na adequação das cargas tendo atenção especial ao volume e intensidade do trabalho.
Cunha (1996) citado por Braga et. al. (2008) sugerem os exercícios pliométricos e calistênicos para desenvolver a força em crianças e adolescentes pré-púberes. Nesse sentido, Faigenbaum (2002) explica que os exercícios pliométricos envolvem o ciclo alongamento-encurtamento. Isto é, um rápido alongamento de musculatura seguido de uma rápida ação concêntrica do mesmo músculo. São exercícios que combinam força e velocidade para produzir potência. Esses podem ser resumidos em saltos e saltitos. Apesar do treinamento de pliometria ser atualmente associado como atividade destinada a atletas maduros, os exercícios pliométricos para crianças e adolescentes quando realizado sob orientação qualificada, pode ser vantajoso e agradável a esse público (Faigenbaum, 2002).
Através de exercícios pliométricos aplicados a crianças, a melhora pode chegar a 8% no salto máximo, decorrente do treinamento de potência com diminuição no consumo de energia em 24%. (KYROLAINEN et. al. 2003 apud BRAGA et. al. 2008).
Faigenbaum (1996) citado por Braga et. al. (2008) afirmam que, quando são utilizados aparelhos específicos durante o TF, é possível que crianças e jovens ganhem, em média, de 13 a 30% em seus valores de força, podendo chegar até em 40% na melhora da força.
Ao observar aumentos no desenvolvimento da força através do TF, Faigenbaum (2003) citado por Braga et. al. (2008), verificaram que os valores variaram bruscamente de 30 a 50% em jovens não treinados. Isso em programas de treinamento sistematizados e orientados em períodos curtos (8-12 semanas).
De maneira geral, no TF com crianças não é necessário fazer nenhuma distinção entre programas de TF para meninos e meninas. Tanto para adultos como para as crianças, o desempenho bem sucedido depende da força e potência de determinados grupos musculares e não do sexo (FLECK & KRAEMER, 1999).
A metodologia que pode ser utilizada também pode envolver circuitos, movendo-se de um exercício para o próximo, ou através do modo série-repetição, realizando as três séries de um exercício com descanso entre as séries, antes de mover-se para o próximo exercício (FLECK & KRAEMER, 1999).
4. Discussão
Hoje sabemos que, diversas doenças ocorrem em função do estilo de vida sedentário da maioria da população, como, por exemplo, hipertensão, diabetes, obesidade, entre outras enfermidades, sendo que, muitas dessas doenças têm seu início na infância. Portanto, a prática de atividade física é o primeiro passo para a prevenção do desenvolvimento de doenças crônicas no futuro.
Nesse sentido, torna-se importante a abertura do leque de opções para que crianças e adolescentes desenvolvam o gosto por algum tipo de atividade antes da fase adulta. Segundo Lopes & Maia (2004), a quantidade de atividade física realizada decresce com a idade e o declínio mais acentuado ocorre na transição da infância para adolescência e durante a adolescência.
Já que a força é importante para o desenvolvimento das habilidades motoras do ser humano e que o treino de sua resistência protege as articulações, proporciona equilíbrio muscular (agonista/antagonista), e também pode ser considerado profilático e terapêutico, concluímos que o TF pode ser considerado como mais uma opção de atividade física, podendo ser aplicado a crianças e adolescentes pré-púberes, desde que o programa seja bem planejado, orientado e durante a execução, estar sob supervisão de um profissional qualificado.
Rowland (2008) conclui que, diante de tantas pesquisas convincentes, podemos afirmar que, tanto meninos como meninas até a idade pré-púbere são, de fato, capazes de melhorar a força com o TF. Vale lembrar que a criança poderá maximizar os benefícios se estiver disposta a realizar a atividade, pois se a atividade não proporcionar prazer ou bem estar, certamente a criança desistirá de sua prática.
É de extrema importância a qualificação do profissional que irá trabalhar com o público mais jovem. É necessário conhecer sobre as alterações e adaptações que o organismo da criança e do adolescente sofrem durante o período de crescimento, bem como, de que maneira estas alterações influenciam na capacidade física e na resposta ao exercício, com objetivo de respeitar a individualidade.
O presente trabalho enumerou diversos benefícios proporcionados pelo TF em crianças e adolescentes quando bem programados e orientados. Além do impacto positivo no crescimento e desenvolvimento, o TF para essa faixa etária possibilita o auto-conhecimento corporal, melhora da auto-estima, e também atua na prevenção de obesidade, doenças coronarianas entre outras.
Existem diversas maneiras de se trabalhar a força, e não só com os halteres e as máquinas existentes na academia. O TF pode envolver também o peso do próprio corpo, utilização de elásticos e bola suíça.
Para o TF para crianças e adolescentes pré-púberes, é importante levar em consideração as variáveis do treinamento como a intensidade, que deve ser leve e moderada, o volume, no qual não pode ser muito longo, e também a existência da pausa, que é muito importante. Dessa forma, permanecerão os efeitos benéficos sobre o crescimento ósseo, lembrando que, atividade física intensa atenua o crescimento, podendo causar atraso puberal e diminuição da mineralização esquelética.
5. Considerações finais
O TF é uma prática esportiva que pode e deve ser oferecida às crianças e adolescentes pré-púberes, considerando-se que a força é a base para todo o movimento. Nesse contexto, é de suma importância o papel do profissional de Educação Física bem preparado, objetivando a eficácia e a segurança, com relação à elaboração de programas de TF para essa população, uma vez que existem fatores fisiológicos intrínsecos que devem ser considerados.
Mesmo que ainda exista o paradigma do senso comum contrário à prática do TF em crianças, os estudos atuais aqui revisados comprovam efeitos positivos do TF quando aplicado de forma planejada e segura. Dessa forma, acreditamos que a educação sobre a importância de hábitos de vida fisicamente mais ativa para crianças e pré-púberes é fundamental. Nesse sentido, o TF associado à outras atividades físicas (jogos, lutas, etc.), torna-se boa opção.
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