Percepção da imagem corporal de idosas praticantes de um programa de hidroginástica Percepción de la imagen corporal de mujeres mayores que participan de un programa de gimnasia acuática |
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*Graduanda em Educação Física da Universo, Goiânia **Mestre em Ciências da Saúde, UFG Professora da Universo, Goiânia e da UEG, ESEFFEGO ***Doutor em Educação Física, Unicamp. Professor da Universo, Goiânia ****Mestre em Educação Física, Unicamp. Professora da Universo, Goiânia (Brasil) |
Mariana Ramos Gondim* Sabrina Ferreira Silva Cunha* Samanta Garcia de Souza** Ademir Schmidt*** Daniela Dias Barros**** |
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Resumo A imagem que temos refletida do nosso corpo no espelho pode ser modificada a partir de conceitos que a sociedade em que estamos inseridos nos apresenta. Durante o processo de envelhecimento há uma vulnerabilidade pelo fato das alterações que ocorrem durante essa fase da vida, gerando mudanças na autoestima e autoimagem. Porém, a assiduidade na prática de exercícios físicos pode auxiliar para que essas alterações na imagem corporal não ocorram de forma negativa, ou pelo menos amenize essa situação. Este estudo teve como objetivo verificar a percepção da imagem corporal das idosas que praticam hidroginástica. A metodologia utilizada foi uma pesquisa descritiva utilizando como instrumento um questionário aberto, composto por duas questões construído pelas pesquisadoras e o teste para avaliação de imagem corporal de Stunkard et al. (1983), adaptado para a população brasileira por Matsudo,Velardi, Brandão et al. (2007). A amostra foi constituída por 15 idosas entre 60 e 85 anos que praticam hidroginástica de duas a três vezes na semana, durante 50 minutos. A maioria das idosas (66,66%) se colocou como satisfeitas com seu corpo real e apenas 33,33% como insatisfeitas. Esse resultado aponta a importância da atividade física para essas idosas, pois a autoestima e a autovalorização são alteradas de forma positiva. As modificações que ocorrem no processo de envelhecimento são encaradas de forma diferente, onde há um entendimento pelas mesmas e uma conscientização corporal mais intensa. Unitermos: Imagem corporal. Idosas. Hidroginástica.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 15, Nº 153, Febrero de 2011. http://www.efdeportes.com/ |
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1. Introdução
Vivemos no início do século XXI, toda a extraordinária evolução das ciências e das explicações racionais e detalhadas dos fenômenos que envolvem nossa existência e que nos colocam perante desafios como a interpretação do corpo humano em toda sua plenitude e de suas práticas cotidianas. Observa-se um homem um pouco mais preocupado com seu corpo, pois o caráter materialista de nossa civilização ensina que devemos nos preocupar com o físico, com o estético. Essa visão de corpo midiático influencia todas as faixas etárias e o idoso também se insere nesta discussão. O corpo com o passar dos anos, obviamente, não é mais o mesmo, não tem a mesma força, a mesma agilidade e, principalmente, a mesma aparência. Que corpo é este cheio de rugas, de marcas de expressão, flácido e lento? Que população é esta que vive mais, que consome mais, que é mais crítica e consciente? Quais as possibilidades e perspectivas que a educação física tem para esta população?
Atualmente, conta-se com um número considerável de idosos no Brasil. Segundo o IBGE (2009), estima-se que há cerca de 21 milhões de indivíduos com mais de 60 anos no país.
Na terceira idade ocorre o impacto do envelhecimento, ou seja, um declínio gradual da aptidão física e o possível aparecimento das doenças crônico degenerativas. Assim, o idoso tende a ir alterando seus hábitos de vida e rotinas diárias por atividades e formas de ocupações pouco ativas, se entregando ao termo inválido e chegando ao ponto de ter uma imagem corporal alterada. Os efeitos associados à inatividade e a má adaptabilidade são muito discutidos e sofrem duras críticas dos profissionais que lidam com o idoso. Dentre estes efeitos pode-se destacar a redução de concentração, de coordenação e de reação, gerando processos de insegurança, perda da motivação, autodesvalorização, apatia, isolamento social, solidão e uma imagem corporal alterada (PAULA e MAFFIA, 2010).
A intervenção profissional na terceira idade deverá ser pensada como um processo unitário que envolva níveis orgânicos, motores, afetivos, intelectuais e sociais. A elaboração de um programa de atividades físicas para essa população deve considerar e objetivar o cumprimento de suas necessidades básicas diárias, ou seja, tentar impedir que o idoso perca a sua autosuficiência, autonomia, autoimagem positiva e autoestima através da manutenção de sua saúde mental e física.
A atividade física na terceira idade tem gerado inúmeros benefícios e vem trazendo várias relações positivas a essa população. Dentre os benefícios da atividade física para indivíduos idosos, encontram-se o bem-estar físico e mental e uma autoestima alterada. Segundo Silva Júnior e Velardi (2008), a atividade física traz um aumento na socialização, gera a sensação de bem-estar psicológico e auto-estima. Com isso, o idoso visualiza e adquire uma motivação que geralmente não é encontrada nesse período de vida e que muitas vezes é descrito como decadência, perda de funções motoras e emocionais. E assim começa a ser visualizado como superação de limites e desafios.
Uma das atividades físicas com mais aceitação para os idosos é a hidroginástica, por ser um exercício que não está voltada para o alto rendimento e pelo fato de ser feito na água, o que diminui impactos, podendo ser realizado por essa população que é mais suscetível a lesões. A hidroginástica na vida do idoso é responsável por uma série de benefícios psicológicos e socias.
Por outro lado, a imagem corporal é um alvo a ser pesquisado, pelo fato de que ao praticar essa atividade, tem-se o corpo descoberto. Muitas idosas tentam se esconder atrás de macaquitos, já outras se mostram com maiô e até mesmo de biquines. Como anda a imagem corporal dessas idosas que estão ali se exercitando? Será que elas tentam se esconder atrás desses trajes, ou será que se exibem pelo fato de que realmente não há como esconder esse processo? Ou melhor, será que elas realmente se sentem bem ao se vestirem daquela forma e se exporem a todos a sua volta?
Diante desses questionamentos, este estudo objetivou identificar a percepção da imagem corporal das idosas frequentadoras do programa de hidroginástica proposto em uma academia do setor Vila Nova da cidade de Goiânia.
2. Espelho, espelho meu... Esta sou eu?
2.1. Terceira idade
Segundo Mota (2009) a velhice pode ser entendida como um estágio de realização e encerramento parcial de algumas atividades que foram realizadas durante os anos anteriores, onde as metas e objetivos tomam direções diferentes. Esse é um momento para se refletir e observar o seu interior de forma minuciosa, se realmente a vida foi ou não bem aproveitada.
Bonachela (2004) acrescenta que nesse período da vida, há duas formas de se viver. A primeira com um sentimento de que os melhores anos vividos ficaram no passado, e os indivíduos vivem somente das lembranças de quando eram fortes, dispostos e principalmente, jovens. Já a segunda, buscando um futuro melhor com integração social, auxiliando os outros com suas experiências vividas e certamente, vivendo mais uma fase de sua vida, intensamente. Assim, deve haver uma conexão entre o passado e o presente, buscando um futuro ativo.
O envelhecimento é um processo contínuo e ininterrupto na vida dos seres humanos. Este é, então, um fenômeno natural e mundial que vem aumentando. Dados do IBGE (2009) estimam que haja cerca de 21 milhões de idosos no país. Mota (2009) afirma que o envelhecimento é inevitável, pois todas as coisas existentes na terra sofrem desgastes, animais, pedras, construções, e o ser humano principalmente.
Os sinais que mostram o início do processo de envelhecimento, para algumas pessoas são assustadores e inaceitáveis, pois essa fase da vida geralmente é tratada de uma maneira equivocada. A palavra velhice, ainda assusta muitas pessoas e as mesmas a associam com fragilidade física, mentalidade estreita, incompetência e perda de atratividade. Isso aponta que todos querem ter uma vida longa, mas quase ninguém quer ser velho (PAPALIA e OLDS, 2000).
O medo das pessoas de ficarem velhas pode ocorrer por conseqüências das ideias equivocadas e estereotipadas de que pessoas idosas são indivíduos cansados, com pouca coordenação, memória fraca, pouca capacidade de aprender, sem socialização, sem interesse sexual, com um humor alterado, autopiedosos, com autoestima baixa, uma imagem corporal alterada e até mesmo inválidos. Assim, nota-se que muitos indivíduos que acreditam nessas ideias equivocadas e que estão passando pelo envelhecimento se entregam sem expectativa de vida aguardando a morte.
Mota (2009) diz que uma das principais mudanças que ocorrem durante a velhice é a diminuição da capacidade de realizar as funções do cotidiano, ou seja, as funções como pessoa física. E isso ocorre por conseqüência do declínio fisiológico dessas pessoas. O funcionamento do coração já não é mais o mesmo, a respiração já não é mais a mesma. Há uma diminuição da água corporal, deixando a pele com um aspecto enrugado e flácido, diminuição da massa óssea e muscular, a postura muda provocando certas deformidades no corpo, a gordura localizada aumenta, há uma má oxigenação no sangue, diminuindo o raciocínio, memória, audição, fala etc.
Os problemas e as dificuldades geradas pelo envelhecimento não devem causar impedimentos, ao contrário, devem ser solucionadas através de estratégias e estímulos, pois essa é uma fase que os mesmos devem gozar ao máximo do prazer que a vida proporciona. Esse é o período que os indivíduos devem dar prioridades para seu bem-estar físico, emocional e psicológico, ou seja, dar vida aos anos adquiridos.
Paula e Maffia (2010) e Fugulin, Rosche, Resende et al. (2009) colocam que durante o processo de envelhecimento ocorrem várias alterações nos aspectos fisiológicos e também nos aspectos psicológico e social, com a diminuição da funcionalidade e alterações na aparência física, onde a autoimagem desses indivíduos que estão envelhecendo é afetada, fazendo com que a mesma seja alterada.
As alterações físicas, psicológicas e sociais que afetam os idosos geram também uma mudança na imagem refletida no espelho, ou seja, a imagem corporal. E isso atinge principalmente as mulheres. Matsudo, Velardi, Brandão et al. (2007), afirmam que alguns estudos já comprovaram que as idosas não estão satisfeitas com a imagem que observam no espelho, já que associam a velhice como algo ruim pelo fato do impacto que esse processo traz a aparência das mesmas.
Essa distorção da imagem corporal não ocorre apenas pela chegada da velhice, mas também por motivos como doenças, falta de atividade física, e principalmente por padrões colocados pela sociedade. Aceitar que essa distorção acompanha a chegada da velhice seria concordar com uma visão estereotipada desse processo (MATSUDO, VELARDI, BRANDÃO et al., 2007).
2.2. Imagem corporal
O eixo corpo/movimento como objeto de intervenção da educação física deve ser entendido a partir da perspectiva multidimensional, sendo, portanto, a possibilidade da expressão humana (OLIVEIRA; OLIVEIRA e VAZ, 2008) materializada pela corporalidade entendida como a expressão criativa e consciente do conjunto de manifestações corporais historicamente, produzidas as quais pretendem possibilitar a comunicação e a interação de diferentes indivíduos com eles mesmos, com os outros, com o seu meio social e natural. Assim, o corpo é, então, fruto do biológico em interação com o meio, com a sociedade.
A imagem corporal também é fruto da íntima relação do ser biológico com o ser social, a visão que produzimos em nossa mente do nosso próprio corpo. A idéia de corpo está focada no sentimento de uma maior ou menor adaptação e disponibilidade que se tem do corpo e se estabelece na interação entre o que se vivencia, o que se faz, o que se pensa, como se age e o universo (MATARUNA, 2004).
Schilder (1999) define classicamente a imagem corporal como a figuração de nosso corpo formada em nossa mente, ou seja, o modo pelo qual o corpo se apresenta para nós. Há sensações que nos são dadas. Vemos partes da superfície do corpo. Temos impressões táteis, térmicas e de dor. Ele ainda acrescenta que esse termo indica que não estamos tratando de uma mera sensação ou imaginação, ou seja, existe uma apercepção do corpo.
Paula e Maffia (2010) reafirmam a ideia de Matsudo, Velardi, Brandão et al. (2007) sobre a definição de imagem corporal, quando falam que esse termo significa a maneira como o corpo se mostra para cada indivíduo, ou seja, ela é estruturada mentalmente por cada pessoa. A construção do padrão da imagem corporal consiste em processos de construção e criação com a ajuda de sensações e de percepções, todavia, os processos emocionais são a força e a fonte de energia destes processos de construção bem como o que os dirige. (SCHILDER, 1999; MATSUDO, VELARDI, BRANDÃO et al., 2007).
Os mesmas autores colocam que essa imagem corporal é flexível e influenciável, pois ela está propícia a mudanças a partir do que o mundo exterior, a sociedade, influencia a mesma. Em outras palavras, a imagem corporal, mesmo sendo construída por cada indivíduo, segue e muda de acordo com padrões, conceitos e paradigmas idealizados sobre o corpo influenciado a essa imagem, assim, sua construção irá variar de acordo com as suas experiências e relações com o mundo exterior em que vive.
A imagem corporal pode ser entendida como as representações acerca de nós mesmo, a idéia construída de ordem evolutiva e temporal. É constituída pela integração de tudo que o ser humano apresenta ela se baseia nas experiências sensoriais e perceptivas que o individuo pode ter no próprio corpo (suas vivências e experiências); nas sensações significativas vividas com uma outra pessoa (nas relações) e na imagem que se forma e se estrutura no ato de convívio (junto com os familiares, amigos, sociedade) e pode ser trabalhado por um profissional de educação física.
A partir do momento em que se tem uma percepção negativa dessa imagem corporal e uma insatisfação, podem-se ter várias influências negativas na vida dos indivíduos, isso engloba aspectos pessoais, profissionais e sociais (PAULA e MAFFIA, 2010).
Para a população idosa, ter uma percepção melhor da autoimagem é um desafio, pois na sociedade atual, há vários conceitos equivocados e estereotipados ligando velhice a declínios físicos (MATSUDO, VELARDI, BRANDÃO et al., 2007). Além disso, o impacto do envelhecimento é muito forte para alguns idosos e nem sempre aceito, onde esses não se adaptam a essas mudanças e se limitam em todos os aspectos da vida humana, o que pode caminhar para uma imagem corporal alterada, modificando a forma de se ver e sentir o corpo (PAULA e MAFFIA, 2010).
Essas alterações na imagem corporal das pessoas idosas ocorrem por vários aspectos, nesse sentido Fugulin, Rosche, Resende et al. (2009) afirmam que essas alterações tem atingido mais as mulheres do que os homens. Há estudos que apresentam resultados, mostrando que as mulheres idosas focalizam mais sua preocupação na aparência física do que os homens idosos, pois estão mais preocupados com a perda da funcionalidade fisiológica (MATSUDO, VELARDI, BRANDÃO et al., 2007).
Outro importante ponto a ser levantando em relação aos distúrbios de imagem é a perda da capacidade de visualização de partes do corpo no outro, ou seja, se não somos capazes de ter uma verdadeira percepção do nosso corpo não somos capazes de perceber os corpos dos outros (SCHILDER, 1999).
Vale ressaltar e reafirmar o que dizem Matsudo, Velardi, Brandão et al. (2007), quando elas colocam que observar as alterações na autoimagem nessa etapa da vida, como algo comum e inevitável, é outro conceito e padrão equivocado imposto a essa população.
2.3. Hidroginástica
A prática de atividade física atualmente tem obtido grande importância e tem sido bem divulgada mostrando a importância de se exercitar, pelo fato dos inúmeros benefícios produzidos por essa prática (MONTEIRO, 2001). Esses benefícios podem-se encontrar na parte fisiológica e psicológica, e estão ligados a qualidade de vida. Através da prática regular da atividade física se observa uma melhora nas capacidades fisiológicas dos indivíduos e, conseqüentemente, no psicológico, podendo alterar na autoeficácia, no autoconceito e na alegria, dando aos indivíduos praticantes uma sensação de bem-estar e sucesso, reforçando a sua autoimagem e autoestima (MONTEIRO, 2001; MAZO, CARDOSO e AGUIAR, 2006).
Como observado, durante a velhice há um declínio das capacidades fisiológicas, motoras e mentais, assim os indivíduos que estão passando por essa fase não possuem tantas habilidades e acabam adquirindo certas limitações, impedindo-os de realizar alguns exercícios físicos.
Levando isso em consideração, Paula e Maffia (2010) e Mota (2009) dizem que a procura pela hidroginástica tem crescido entre os indivíduos idosos, pois essa prática tem grandes vantagens para essa classe social. Entre as vantagens pode-se citar segundo Bonachela (2004), Paula e Maffia (2010) e Mota (2009) como segurança aos praticantes, pois dentro da água o peso corporal diminui fazendo com que algumas regiões do corpo fiquem menos vulneráveis, como ossos, músculos e as articulações que ficam livres de impactos, podendo se movimentar com mais amplitude. Assim, pode-se notar que essa atividade tem tido a aceitação dessa classe populacional.
No entanto, ao observar as vestimentas das pessoas que praticam essa atividade física, nota-se que elas tem o corpo descoberto. As vestimentas para essa prática na água geralmente colocam o corpo real em maior exposição, inclusive partes do corpo que normalmente não são expostas a todo o momento e principalmente entre pessoas do mesmo sexo e do sexo oposto.
Assim, fica nítido a exposição da imagem corporal das idosas, que como já colocado por Matsudo, Velardi, Brandão et al. (2007) e Fugulin, Rosche, Resende et al. (2009), nesse período de envelhecimento pode ficar alterada por vários fatores como, padrões e paradigmas impostos pela sociedade e o impacto do envelhecimento.
Muitas idosas tentam se expor menos, vestindo macaquitos e maiôs com shorts. Já outras não se importam e expõem seu corpo vestindo biquínis, e outras não se importam, pois possuem uma percepção da sua imagem corporal positiva e se sentem satisfeitas com seu corpo. Assim, há um confronto entre o corpo real e o corpo ideal dessas idosas, principalmente com as que não estão satisfeitas com o que os seus espelhos tem refletido. Vale lembrar que a imagem corporal é a descoberta de si mesmo (BARROS, 2005) e por isso deve ser tratado e trabalhado com conhecimento e sensibilidade.
As aulas de hidroginástica duravam cerca de 50 minutos, onde o programa de exercícios contemplava exercícios aeróbios durante 30 minutos da aula, 10 minutos de exercícios localizados e 10 minutos para alongamentos.
3. Metodologia
O presente estudo é definido por Mattos, Rossetto Júnior e Blecher (2008) como descritivo, no qual tem como característica principal interpretar opiniões onde há observações, registros, correlações e descrição de fatos, mas de uma forma sem que ocorra manipulação da realidade observada. Os métodos utilizados geralmente são as coletas de dados através de questionários, testes e observações sistemáticas.
A pesquisa se desenvolveu em uma academia de pequeno porte na periferia da cidade de Goiânia - Goiás entre os meses de setembro a outubro de 2010. A amostra foi constituída por 15 idosas com idade de 63 a 85 anos, que praticam hidroginástica de duas a três vezes por semana.
Os procedimentos metodológicos não causaram qualquer constrangimento ou desconforto as idosas, e somente foram realizados mediante assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido.
Como critérios de inclusão dos sujeitos para a referida pesquisa foram considerados os seguintes requisitos: a) ter uma freqüência assídua nas aulas de hidroginástica; b) consentimento das idosas por escrito; c) ter entre 60 e 85 anos, do sexo feminino; d) praticar hidroginástica por pelo menos 6 meses; e) não possuir nenhuma contra indicação médica.
Como critérios para exclusão do estudo foram adotados: a) recusa em participar ou retirar o seu consentimento em qualquer fase da pesquisa; b) desistência do programa de hidroginástica; c) não assinatura do termo de consentimento livre esclarecido; d) contra indicação médica.
Para a coleta de dados foram utilizados dois instrumentos para análise da imagem corporal da população avaliada. O primeiro instrumento (STUNKARD, SORENSON e SCHULSINGER, 1983) foi utilizado para visualizar a imagem real e a ideal das idosas enquanto que o segundo instrumento (questionário) foi utilizado e desenvolvido para categorizar as falas da população.
Para a análise da imagem corporal utilizou-se o teste de Stunkard, Sorenson e Schulsinger (1983) para avaliação de imagem corporal, adaptado para a população brasileira por Matsudo, Velardi, Brandão et al. (2007).
O teste é composto por 12 silhuetas em escala progressiva possibilitando a análise da imagem corporal das idosas. As avaliadas observaram as silhuetas e identificaram uma imagem que representa o seu corpo real e outra imagem que representaria o seu corpo ideal. Sendo assim, cada voluntária assinalou duas imagens.
O segundo instrumento utilizado foi o questionário criado pelas pesquisadoras com a finalidade de analisar a percepção da imagem corporal das idosas participantes do estudo. O questionário foi elaborado com o intuito de estabelecer categorias de respostas. O instrumento em questão foi composto por duas questões abertas, onde as idosas responderam como é o corpo real e como seria o corpo ideal.
Os dados foram analisados quali e quantitativamente a partir do estabelecimento de categorias de respostas e das imagens assinaladas como real e ideal. As respostas encontradas no questionário e no protocolo de imagem corporal foram confrontadas para que se estabelesse relações e categorias quanto aos grupos de resposta.
Assim, foi necessário estabelecer duas categorias para o estudo: o corpo real e o corpo ideal. A primeira categoria se refere à imagem de corpo que as idosas possuíam no momento do estudo enquanto a segunda categoria se refere à imagem de corpo que elas gostariam de refletir.
4. Resultados e discussão
Os resultados coletados na pesquisa foram transformados em porcentagem e apresentados em cinco gráficos.
Gráfico 1. Corpo Real (CR)
O gráfico 1 indica que a maioria das idosas apontaram como corpo real as silhuetas 7 e 8, somando assim, 53,32%. As características que descrevem essas silhuetas são pouca cintura, barriga saliente, pernas grossas com flacidez e celulites, seios volumosos e flácidos e gordura localizada. Exemplificando, uma das idosas relatou, “Me vejo gorda, barriguda. Celulites! (risos). Veias arrebentadas”. Isso mostra que as idosas ao se olhar no espelho percebem um tamanho corporal maior, ou seja, se enxergam com mais sobrepeso do que realmente possuem. Essa alteração da imagem corporal também ocorreu em um estudo realizado por Paula e Maffia (2010), com 43 participantes tanto do sexo feminino como masculino, com idade entre 60 e 82 anos, que praticam hidroginástica, três vezes por semana.
Uma das idosas (6,66%) da pesquisa em questão apontou a silhueta 11 como corpo real, um dado longe dos outros, destacando “pernas grossas, barriga grande, seios caídos (...)”. No entanto, foi possível observar que essa idosa não se enquadra nessas características. Paula e Maffia (2010) explicam esse fato, ao falarem que a imagem corporal é algo flexível e influenciável, pois o mundo exterior possui grande influência sobre o indivíduo. Mesmo que essa imagem corporal seja construída pelo indivíduo, a sua percepção da própria imagem será modificada a cada momento, visto que conceitos e paradigmas são estipulados pelo meio em que o mesmo vive, onde a idealização de um corpo perfeito acaba surgindo.
Complementando, Chaim, Izzo e Sera (2009), afirmam que a percepção da imagem corporal de um indivíduo pode estar ligada a um desejo de ter um peso corporal que seja aceito pela sociedade em que vive, e não somente por ele.
Gráfico 2. Corpo Ideal (CI)
O gráfico 2 aponta diferenças entre a opinião das idosas em relação ao corpo ideal, sendo que a maioria (33,33%) indicou como corpo ideal a silhueta 4, que se enquadra nas características de pernas mais torneadas, cintura mais fina, abdome menos saliente, seios médios e menos flácidos e menos gordura localizada. Como exemplo uma das idosas relatou, “Queria ter pernas grossas e iguais, cintura fina, braços mais finos um pouco, sem barriga e bumbum rebitado. Corpo igual das manequins que têm nas lojas”. As outras apontaram silhuetas diferentes, porém com características semelhantes, ou seja, de corpos mais magros.
Isso mostra o grau de importância que as avaliadas tem dado em relação ao que a sociedade e a mídia pregam sobre a idealização de um corpo perfeito, onde se deve seguir padrões impostos pelo meio em que essas idosas vivem e pelo que elas recebem da mídia. Os meios de comunicação de massa são os responsáveis por produzirem conceitos para o corpo e a maneira de viver. Além disso, as modificações do corpo estão ligadas a cultura, onde o ponto de referência estético se modifica e é relativo, de acordo com a sociedade e não pelo desejo individual de cada ser humano (FRANCO e NOVAES, 2005).
Gráfico 3. Quantidade de Idosas que indicaram a mesma silhueta para CR e CI
O gráfico 3 mostra a porcentagem de idosas que escolheram a mesma silhueta para o corpo real e corpo ideal, representando 40%. De 100% das idosas que escolheram a mesma silhueta para CR e CI, 50% escolheram a silhueta 7 como CR e CI. Houve concordância por parte das idosas ao falarem de CR e CI, indicando as mesmas silhuetas para as duas situações.
Fugulin, Rosche, Resende et al. (2009) colocam que durante o processo de envelhecimento ocorrem várias alterações na aparência física, onde a autoimagem desses indivíduos que estão envelhecendo é afetada, fazendo com que a mesma tenha alterações. Nesse caso temos uma situação diferente, observa-se uma satisfação da imagem atual dessas idosas. As mesmas não se deixam influenciar tanto pelos conceitos de corpo que a sociedade e mídia impõem sobre essa população. Essas idosas passam pelo processo do envelhecimento, e conseguem entender que é um processo natural e ininterrupto, e que pode ser vivido de uma maneira proveitosa, feliz e prazer ao se verem refletidas no espelho.
Apenas uma idosa relatou que gostaria de perder um pouco de massa corporal. Porém, outra idosa descreveu a seguinte fala ao discorrer sobre um corpo ideal. “Não, eu não me importo. Não vou fazer uma lipo, (...), agora estou vivendo a minha idade, (...). Não estou morta, mas vivo conforme minha época (...). Tudo que mudou em mim faz parte.” Mais uma vez nota-se uma consciência de que é o corpo real. Essa idosa entende todas as mudanças que ocorreram e todo o processo de envelhecer de maneira positiva.
Gráfico 4. % de idosas que escolheram ou não a mesma imagem para CR e CI
O gráfico 4 aponta a porcentagem de idosas que escolheram a mesma imagem para CR e CI e das idosas que escolheram imagens diferentes para CR e CI. Para as idosas que indicaram imagens diferentes para CR e CI, apenas 44,44%, se sentiram satisfeitas como corpo atual, porém, houve uma discordância entre as falas na discussão de CR e CI. No corpo real, elas se colocaram satisfeitas, mas ao falarem de um corpo ideal, destacaram alguns pontos que gostariam de mudar, como rugas, pele, barriga e peso corporal. Assim, observa-se que há uma busca maior por parte dessas idosas por um corpo mais magro.
Por outro lado, 55,55% das idosas, se colocaram como insatisfeitas com o corpo que possuem, e algumas com nenhuma expectativa de mudança, outras pedindo um corpo midiático, afirmando a fala de Franco e Novaes (2005), sobre os meios de comunicação em massa que impõe significados de corpo. Isso revela um resultado negativo, pois essas idosas se entregaram e concordaram com idéias equivocadas sobre terceira idade.
Esse fato mostra uma idéia contrária da que foi discutida no gráfico 3, podendo-se observar idosas que sofrem influências pelo meio em que vivem e que dão uma importância para os paradigmas e conceitos equivocados que existem sobre velhice, e entendem que possuem um corpo sem vida, sem expectativas de mudanças, ou somente alterações negativas que se findarão ao chegar o fim da vida, a morte.
Gráfico 5. % das idosas satisfeitas e insatisfeitas com o corpo
O gráfico 5 indica a porcentagem de idosas que relatou subjetivamente que estão satisfeitas e as que não estão satisfeitas com o corpo atual.
Sobre o corpo real, nos relatos do questionário, foi observado que a maioria das idosas (66,66%) estão satisfeitas com o corpo atual, sendo que apenas algumas alterações como rugas, varizes, gordura localizada, as incomodam. Pode-se confirmar no relato de uma delas, “as minhas gorduras na barriga (...), mas estou satisfeita com meu corpo. Feliz apesar dos pesares”.
Já outras idosas relataram que estão satisfeitas e que não mudariam nada, ou seja, compreendem o processo do envelhecimento e estão conformadas. Observa-se essa afirmação nos seguintes relatos, “Tem que entender a vida. Estou satisfeita”. “Vejo meu corpo de acordo com a idade que tenho”. “Sou feliz com meu corpo, Deus me deu assim, já está muito bom assim”. Ao contrário, a minoria das idosas (33,33%) entrevistadas se colocaram como insatisfeitas com o corpo real, indicando um entendimento de um corpo sem vida e com defeitos. Isso pode ser apontado nos seguintes relatos, “Acho que estou bem derrubada com meu corpo”. “Horroroso, meu corpo hoje é mole. Só têm varizes e gordura na barriga. Tenho seios caídos (...)”.
Em relação ao corpo ideal, ao analisar as respostas do questionário, se observou que a minoria não mudaria nada. Essas idosas são conscientes que possuem um corpo com alterações do processo de envelhecimento, entendendo-o e não se incomodando com as mudanças. Uma das idosas relatou: “Está bom assim mesmo, né? Não tem como mudar mesmo”. Já outras idosas permaneceriam com o mesmo corpo e não gostariam de nenhuma modificação. Duas idosas relataram essa situação ao falarem como seria o corpo ideal, “O mesmo corpo de hoje”. “Emagrecer mais eu não quero, engordar mais, eu também não quero. Gosto do meu corpo”.
Porém, a maioria relatou que gostaria de alterar o corpo real, sendo que a maior mudança seria diminuição da massa corpórea, conseqüentemente, perder gordura localizada na região do abdome e a barriga flácida. O relato seguinte de algumas das entrevistadas indica essa afirmação. “Gostaria de perder a barriga, só isso”. “Queria ter um corpinho que não fosse tão gordo, com barriga (...).” Outras idosas foram além, pedindo um padrão de corpo que a mídia e a sociedade impõem, com pernas torneadas, cintura fina, abdome definido, glúteos e seios rígidos. A fala seguinte representa essa colocação. “Queria ter pernas grossas e iguais, cintura fina, braços mais finos um pouco, sem barriga e bumbum rebitado. Corpo igual das manequins que tem nas lojas”.
Um estudo realizado por Matsudo, Velardi, Brandão et al. (2007) envolvendo 32 idosas com idade média de 70 anos, inscritas no Projeto Sênior para a Vida Ativa da Universidade São Judas Tadeu, na cidade de São Paulo, fez uso de um dos instrumentos do estudo em questão. As autoras dividiram as idosas em dois grupos, sendo um com 15 idosas participantes do programa de educação física e, um com 17 idosas não participantes. O estudo chegou a um resultado semelhante ao presente estudo, onde as idosas praticantes de atividade física estão mais satisfeitas com sua imagem corporal, mostrando a importância da atividade física nesse período da vida.
Outro estudo executado por Fugulin, Rosche, Resende et al. (2009), onde o objetivo era comparar a satisfação da imagem corporal atual e da ideal, com idosas praticantes e não-praticantes de hidroginástica. Os resultados apontam que em ambos os grupos, as idosas não se sentem satisfeitas com a imagem de corpo atual, e que sentem uma necessidade de diminuir a massa corporal.
No entanto, uma observação entre os dois grupos, mostrou que as idosas praticantes de atividade física possuem um rigor maior em relação à própria imagem corporal e ao objetivo de satisfação com a mesma. Ao contrário do grupo de idosas que não praticam atividade física, que não possuem um conhecimento dos benefícios da atividade física.
Porém, os resultados achados no estudo de Fugulin, Rosche, Resende et al. (2009) não são semelhantes ao presente estudo. Os dados encontrados do estudo em questão mostram que a maioria das idosas entrevistadas (66,66%) estão satisfeitas com a imagem corporal, tendo uma percepção relativamente positiva ao olhar o corpo atual refletido no espelho.
5. Conclusão
Com base nos resultados obtidos no presente estudo, pode-se concluir que a maioria das idosas participantes está satisfeita com a sua imagem corporal real, representando um número de 66,66%. Por outro lado, apenas 33,33% estão insatisfeitas com o corpo real, o que indica uma busca por um corpo mais magro, com padrões exigidos pela sociedade atual.
“Pernas grossas, barriga grande, seios caídos” são características apontadas comumente como negativas para o corpo real, que se reflete todos os dias no espelho. O desejo, o sonho de consumo de muitas seria um “corpo igual as das manequins das lojas” um padrão de beleza vendido nas vitrines, centros de estética, academias de ginástica e massificado pela mídia.
Assim, como comprovaram os dados, a construção de uma imagem corporal é contextualizada com a realidade, convívio social, considerando sua história, seu meio cultural e social. As idosas reconhecem que seus corpos contam suas histórias e que a idéia de envelhecer faz parte do processo natural das nossas vidas e por isso resta conhecer, cuidar, harmonizar e saber envelhecer: “as minhas gorduras na barriga (...), mas estou satisfeita com meu corpo. Feliz apesar dos pesares”.
O papel da atividade física no processo de envelhecimento é bastante significativo como já demonstram vários estudos não só nos aspectos fisiológicos, mas também, nos psicológicos e sociais. Nessa fase da vida atividades físicas em grupo, como proposta no estudo, tem um efeito positivo nesse sentido.
É fundamental que o profissional que intervêm com os idosos os ajude a desenvolver uma imagem corporal condizente com sua estrutura física e emocional e que a atividade física e o espelho auxiliem no entendimento do processo de envelhecimento com sabedoria e autoestima positiva para que estas idosas tenham uma boa qualidade de vida.
Esses resultados apontam a importância da atividade física para essas idosas, pois a autoestima e a autovalorização são alteradas de forma positiva, através dessa atividade, no caso a hidroginástica. Além de que as modificações que ocorrem no processo de envelhecimento são encaradas de forma diferente, onde há um entendimento pelas mesmas e uma conscientização corporal mais intensa.
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Digital · Año 15 · N° 153 | Buenos Aires,
Febrero de 2011 |