Mensuração e avaliação do VO2 máximo em  bailarinos de street dance da Dançurbana Campogrande, ms Medición y evaluación de VO2 máximo en bailarines de street dance de Dançurbana Campogrande, ms
	*Graduada em Educação Física da Anhanguera/UNIDERP **Mestre em Educação pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul Especialista em Fisiologia do Exercício pela UGF Professor da Universidade Anhanguera. UNIDERP, Campo Grande, MS	Raquel Pires Ferreira* Paulo Henrique Azuaga Braga** azuagabraga@hotmail.com (Brasil)
	Resumo           O presente artigo tem como objetivo mensurar e avaliar o nível de VO2máx. (Volume máximo de oxigênio) dos bailarinos da Dançurbana Companhia de Dança praticantes da modalidade de Street Dance da cidade de Campo Grande – MS. A pesquisa é do tipo quantitativa onde o critério de inclusão era de serem bailarinos semi-profissionais, por não viverem somente da dança com salário fixo. Os indivíduos são de ambos os gêneros, sendo nove participantes, com a média de idade de aproximadamente 19 anos, que realizaram a avaliação da capacidade cardiorrespiratória por intermédio do teste de VO2máx, no ginásio do Colégio Joaquim Murtinho. Os resultados apresentados pelo grupo avaliado foram os seguintes: a média para homens correspondeu ao valor de 44,6 ml/kg/min com média de idade entre eles de 19 anos e desvio padrão de 3,67ml/kg/min, demonstrando um nível de classificação muito bom para aptidão cardiorrespiratória. Já para a média feminina o valor correspondeu a 31,1 ml/kg/min com média de idade entre elas de também de aproximadamente 19 anos e desvio padrão de 1,73ml/kg/min, indicando o quadro de nível fraco na classificação da aptidão. Segundo o resultado obtido, quatro dos nove bailarinos estudados estão na classificação regular, dois apresentaram uma classificação definida como boa, dois são classificados como ruins, sendo que apenas um deles se encaixou na classificação excelente. Por fim diante dos dados obtidos se faz possível concluir que a maioria dos bailarinos apresentou resultados positivos (considerando que estavam acima de bom), já que o teste é um bom preditor de níveis aeróbios e a modalidade estudada constitui-se de uma atividade anaeróbia de caráter intermitente.           Unitermos: VO2máximo. Street dance. Aptidão física.
	EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 15, Nº 153, Febrero de 2011. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    Se a dança é um modo de existir, cada um de nós possui a sua dança e o seu movimento, original, singular e diferenciado, e é a partir daí que essa dança e esse movimento evoluem para uma forma de expressão em que a busca da individualidade possa ser entendida pela coletividade humana. (VIANNA, 1990).

    Com a evolução da sociedade a dança perde seu caráter religioso e adquire um caráter folclórico sendo mais tarde modificado por intermédio dos grandes bailes promovidos pela alta sociedade e príncipes na época da renascença. Surge então na Europa o ballet, do italiano ballare que significa bailar ou dançar. (MARTINS, 2006).

    Segundo Henrique (2008), a cultura hip hop é formada pelos seguintes elementos. O rap, o grafifiti e a dança. Rap – rhythm and potry, ou seja, ritmo e poesia, que é a expressão musical-verbal da cultura; Graffiti – que representa a arte plástica, expressa por desenhos coloridos feitos por graffiteiros nas ruas; a dança - que é dividido em Locking, Poping e break, e todos podem ser considerados street dance, pois são dançados na rua.

    O Street Dance é uma dança criada, primeiramente, pelos breakers. Foi desenvolvida nas disputas e performances de suas festas. Trata-se de um estilo de vida com vestimenta, música e dialeto próprios (ROCHA et al, 2001).

    Com movimentos agressivos e intensos o street dance tornou-se um novo estilo de dança, hoje respeitado como movimento artístico e bem visto neste meio como quebra de tabus impostos pelos bailarinos conservadores, que defendiam que somente o ballet clássico seria puro e imutável.

    Como o hip hop é um movimento que tem como atributo dança com movimentos de grande intensidade e de muita energia, questionou-se os sistemas envolvidos na produção de energia para suprir o organismo. E foi constatado através de estudo realizado por Mograbi (2007), tendo como tema sistema energético predominante na dança moderna e street dance – aeróbio ou anaeróbio? que são atividades físicas predominantemente anaeróbia por apresentarem anaerobiose em quase sua totalidade de execução.

    Considerando que os ensaios são de longa duração, no mínimo três horas podem chegar até cinco horas, sempre dinâmicos, e de caráter intermitente (não contínuo, que apresentam interrupções), apresentando alternância de movimentos não sistematizados. Sendo que a maioria dos movimentos é de ampla demanda energética, exigindo a participação de grandes grupos musculares. Isto por haver grande deslocamento pelas várias mudanças de posicionamento.

     É importante também ressaltar que antes dos ensaios faz-se um trabalho de preparação física, o trabalho envolve alongamentos e exercícios calistênicos de solo como abdominais e flexão de braço ou apoio de braço sobre o solo, aulas de Dança consciente, que envolvem movimentos específicos da dança. Entretanto a maior parte do ensaio é solicitada uma demanda exagerada de energia, fazendo-se necessário ter uma boa aptidão física.

    Aptidão Física segundo Robergs e Roberts (2001) é o estado de funcionamento corporal caracterizado pela capacidade de tolerar o estresse do exercício, desta forma, aptidão refere-se a estar hábil para a atividade física.

    Sendo aptidão física fundamentalmente necessária para que se tenha um melhor desempenho dos bailarinos, já que existe essa necessidade de se tolerar o estresse advindo da grande intensidade das movimentações que a dança praticada exige. Para Mazo (2000) a aptidão Física é o conjunto de características possuídas ou adquiridas por um indivíduo e que estão relacionadas com a capacidade de realizar atividades físicas, ela não é determinada pela atividade física, pois depende de outros fatores, como ambientais, sociais e genéticos, também está relacionada à idade, gênero, raça e classe social.

    Não somente para uma boa performace, altos níveis de aptidão cardiorrespiratória estão ligados com menor risco de óbito por doenças cardiovasculares. Na maior parte devido a essa forte relação, a aptidão cardiorrespiratória é reconhecida como a aliada mais importante da aptidão global relacionada à saúde.  

    Deste modo, a aptidão física foi divida em vários componentes dentre as quais a resistência cardiorrespiratoria é definida por Robergs e Roberts (2001) como a capacidade do pulmão em trocar gases, e do coração  e vasos sanguíneos de circular o sangue pelo corpo. Esta resistência cardiorrespiratória está relacionada à função do coração, dos pulmões, dos vasos sanguíneos, e do músculo esquelético para a troca dos gases e dos metabólitos no sangue e no músculo esquelético. Portanto quanto maior a capacidade do organismo em realizar estas funções, maior será a resistência cardiorrespiratória do indivíduo.

    Do ponto de vista individual a aptidão física cardiorrespiratória configura-se como um bom apontador da aptidão física, pois além de refletir a capacidade de suportar esforços físicos por um longo período de tempo também fornece, indiretamente, outros componentes da aptidão física (Costa et al 2000). 

    Embora todos os componentes da aptidão física relacionada à saúde (força/ resistência muscular, flexibilidade, composição corporal) assumam significados particulares, a resistência cardiorrespiratória é considerada o de maior importância (HEYWARD, 1991), uma vez que ela está fortemente associada ao risco de morte prematura por doenças crônicas degenerativas e a reduzida capacidade para realização de atividades do cotidiano.

    Na mesma linha de raciocínio Bouchard (2003) defende que a aptidão física é um estado dinâmico de energia e vitalidade que permite a cada um, funcionamento no pico de sua capacidade intelectual, realizar as tarefas do cotidiano, ocupar ativamente as horas de lazer, enfrentar emergências imprevistas sem fadiga excessiva, sentir alegria de viver, e evitar o aparecimento das disfunções isocinéticas.

    Relacionado Nanni (1998) diz que a formação corporal, a qual integra os fundamentos técnicos da dança, envolvem a força, potência, flexibilidade, coordenação, equilíbrio, agilidade, resistência muscular e cardiovascular, entre outros. Trabalhadas estas capacidades físicas adequadamente, os movimentos de dança podem ser realizados repetidamente com eficiência e sem fadiga excessiva.

    Nesta concepção a formação corporal, de melhora de performace dos bailarinos, a aptidão física e o trabalho de desenvolvimento estão intimamente ligados já que se exige essa grande demanda de energia por haver uma importante solicitação dos grandes grupos musculares e dos sistemas envolvidos.

    De acordo com o congresso Second International Consensus Symposium (2005), a aptidão cardiorrespiratória é composta por resistência ao exercício, função pulmonar, cardíaca e pressão arterial e potência aeróbica máxima.

    Como a resistência cardiorrespiratória está diretamente relacionada com o VO2 máx. faz-se necessário a análise e a compreensão do que é o VO2 máx.  Leite (1986) conceitua o VO2 máx. como a maior quantidade de oxigênio que o sistema cardiorrespiratória é capaz de entregar aos tecidos do organismo durante um exercício físico máximo.

    Já para De Rose (1978), é a maior taxa de consumo de oxigênio que é possível ser atingido durante o exercício máximo ou exaustivo. E que também segundo Martins (2006) é Quantidade de O2 que um indivíduo consegue captar do ar alveolar, transportar aos tecidos pelo sistema cardiovascular e utilizar a nível celular na unidade de tempo.

    Segundo Robergs & Roberts (2001), a medida do VO2 máx. não é uma medida importante isoladamente, mas também serve como valor para expressão relativa da intensidade do exercício. O VO2 máx. é um índice que qualifica o indivíduo aerobicamente, mas não significa um fator limitante para a performance, já que são muitos os fatores envolvidos.

    O VO2 máximo tem sido um dos principais parâmetros para classificação da aptidão física em crianças e adultos. Ele representa a coerência que há entre o sistema cardiovascular, respiratório e muscular para fazer frente à demanda energética durante o exercício. (LAURENTINO & PERENGRINOTI, apud SOUZA, 2008).

    Portanto esse artigo tem como objetivo avaliar o VO2 máx. dos bailarinos da Dançurbana companhia de dança, uma vez que há uma grande exigência cardiorrespiratória, resistência respiratória, nos ensaios e apresentações que são de no mínimo 15 minutos dançados com intensidade alta.

Materiais e métodos

    Uma das maneiras mais conhecida, aceitável e utilizada para determinação da função cardiorrepiratória, é submeter o indivíduo a um teste de esforço máximo ou submáximo, com o propósito de mensurar e determinar os níveis de oxigênio (consumo máximo de oxigênio) através do VO2 máx.

    Através do desenvolvimento de vários protocolos podemos estimar o VO2 máx. a partir de variáveis como tempo, freqüência cardíaca, idade etc.

    A presente pesquisa é do tipo quantitativa onde o critério de inclusão era de serem bailarinos atuantes semi-profissionais.

    Para se estimar o nível de VO2 máx. dos 9 bailarinos da  Dançurbana Cia de dança foi utilizado o método indireto. O método indireto se constitui numa forma não incisiva de se avaliar o indivíduo de maneira prática e de menor custo.

    No método indireto a análise é feita a partir do VO2 máx. estimado por equações e nomogramas.

    Aplicando a equação validada por Marcier, Léger E Lamber (1982), pode-se predizer o VO2 máx.:

VO2 máx (mL/kg/min) = (6 X V) – 27,4

(r = 0,90; EPE = 4,4 mL/kg/min)

    O teste empregado foi o de 20 metros – Léger & Lambert (1982). O teste foi desenvolvido por Luc Léger e Lambert (1982) com a finalidade de predizer o VO2 máx.  em adultos saudáveis e atletas. Ele se resume em realizar uma corrida de ida-e-volta com aumento progressivo da intensidade em cada estágio, na forma de redução dos intervalos de tempo até a exaustão voluntária.

    O teste foi realizado no dia 6 de novembro de 2008, com nove integrantes da Dançurbana companhia de dança, pelo fato que uma das integrantes estava com uma lesão no pé esquerdo e duas faltaram ao teste. Para tal foi cedido o ginásio do colégio Joaquim Murtinho, localizado em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, através de uma carta de solicitação em anexo A. Utilizou-se a quadra de vôlei e adicionou a ela dois metros dos seus dezoitos, totalizando vinte metros, protocolado por Léger & Lambert (1982). Utilizou-se do programa Microsoft Excel 2003, para armazenar os dados coletados, proposto pelo teste Léger & Lambert, sendo calculados as médias masculina e feminina, bem como sua soma e também desvio padrão. O material empregado no teste foram cones para as voltas, um rádio digital da marca Lenoxx Sound modelo BD- 114 para o cd dando o sinal do bip, uma trena da marca CR – 318, fita adesiva Adere tapefix para demarcar os dois metros (figura1), ficha de consentimento em anexo B, canetas esferográficas para anotações e uma ficha de teste constando nome em anexo C, idade, peso e número de voltas.

Figura 1. Demonstração da disposição avaliativa

Fonte: Adaptado de Léger & Lambert (1982)

    Esse teste permite avaliar um grande número de pessoas ao mesmo tempo, e ainda, possibilita manter controlada a intensidade.

    Assim, dividiu-se em dois grupos com número de pessoas iguais, o primeiro grupo realizou o teste e o segundo marcou o número de voltas, depois foi invertida a ordem de tarefa. Todos supervisionados pela acadêmica Raquel Pires e Allan de Almeida Uchôas (4º semestre de Educação Física – Uniderp). 

    O protocolo determina que o avaliado inicie a corrida a 8,5 Km/h e, a cada 1 minutos acrescente aproximadamente 1km/h, com comando de um gravador para alertar o avaliado do aumento do seu ritmo, até a exaustão. (Queiroga, 2005)

    No Brasil, a validade do teste de ida-e-volta foi investigada por Duarte & Duarte (2001).

    Os pesquisadores serviram-se como amostra 42 adultos com idade compreendida entre 15 e 25 anos para o grupo feminino (n=18) e entre 21 e 43 anos para o grupo masculino (n=24). Os coeficientes de correlação entre os valores de VO2 máx. estimados e mensurados foram r=0,73 e 0,75, respectivamente, para homens e mulheres. Em resposta dos resultados apresentados, Duarte & Duarte (2001) concluem que o teste de ida-e-volta apresenta validade concorrente aceitável em adultos.

    Para tal, os resultados obtidos do número de voltas foram relacionados a tabela (figura 2) e submetidos a fórmula para encontrar a classificação quanto a classificação do VO2 máx.

Figura 2. Quadro de equação de predição de VO₂ máx. em Ml/Kg/Min no teste aeróbico de corrida vai-e-vem de 20 metros

Velocidade (km/h)	Tempo entre os bip’s (por minuto)	Nº de idas/voltas (estágio completo)
8,5	9,000	7
9,0	8,000	8
9,5	7,570	8
10,0	7,200	8
10,5	6,858	9
11,0	6,545	9
11,5	6,261	10
12,0	6,000	10
12,5	5,760	10
13,0	5,538	11
13,5	5,333	11
14,5	5,143	12
15,0	4,966	13
15,5	4,800	13
16,0	4,645	13
16,5	4,500	14
17,0	4,364	14
17,5	4,235	15
18,0	4,114	15
18,5	4,000	15

Fonte: Duarte & Duarte (2001)

Resultado e discussão

    Nesse item iremos apresentar os dados coletados e análise dos mesmos.

Tabela 1. Resultado e classificação dos indivíduos avaliados

Média para homens: 44,6 - Média para mulheres: 31,1 - Desvio padrão para homens: 3,67ml/kg/min – Desvio padrão para mulheres: 1,73 ml/kg/min

    O nível de VO2 máx. é fundamental e excelente para se avaliar a aptidão cardiorrespiratória.

    Segundo o resultado obtido, quatro dos nove bailarinos estudados estão na classificação regular, dois apresentaram uma classificação definida como boa, dois classificados como ruins e apenas um deles se encaixou na classificação excelente.

    A média para homens correspondeu ao valor de 44,6 ml/kg/min, demonstrando um nível de classificação muito bom para aptidão cardiorrespiratória. Já para a média feminina o valor correspondeu a 31,1 ml/kg/min, indicando o quadro de classificação cardiorrespiratória um nível fraco da aptidão. É importante ressaltar que o valor do desvio padrão para homens é equivalente a 3,67 ml/kg/min e para mulheres 1,73 ml/kg/min.

    Os dados obtidos e comparados apontam que a maioria dos bailarinos têm uma aptidão cardiorrespiratória muito aquém do excelente, analisados de forma individual conforme a tabela utilizada para a classificação da aptidão cardiorrespiratória elaborada por Heyward (1991).

    Barros (1998) define o consumo máximo de oxigênio como o maior volume de oxigênio por unidade de tempo que um indivíduo consegue captar, respirando o ar atmosférico durante o exercício. O autor comenta que o aumento do consumo máximo de oxigênio é a principal conseqüência da adaptação ao exercício. Para ele, o consumo máximo de oxigênio varia conforme a genética e o nível habitual de atividade física.

    Em analise feita por Souza (2008) com funcionários do Banco do Brasil da cidade de Caratinga em Minas Gerais. Os resultados apontam um VO2 máx.,entre 14 e 24.5 ml.(kg.min)^-1, com a classificação entre muito fraco e fraco de acordo com o nível de aptidão física da American Heart Association.

    Correa e Nóbrega et al (2008), realizaram uma pesquisa em que analisaram o VO2 máx. em judocas utilizando o protocolo de shuttle run test de 20 m, e o resultado demonstrou valores muitos baixo de VO2 máx. sugerindo uma melhor elaboração dos treinos aplicados aos atletas.

    Já em um outro estudo feito por Grego et al (2005), relacionando a aptidão física e saúde de praticantes de dança e de escolares. O VO2 máx. nos grupos experimental e controle foi baixo quando comparado à realidade americana. Por outro lado, Ramos et al. (1995) acrescentam que bailarinas clássicas não podem ser consideradas atletas de endurance, mas apresentam índices de VO2 máx. superiores aos de indivíduos sedentários.

    Analisando os resultados obtidos e comparando aos estudos mencionados no que se aludi aos níveis e classificações da aptidão cardiorrespiratória podemos analisar que os funcionários do Banco do Brasil podem ser considerados indivíduos sedentários pelos resultados divulgados e segundo sua classificação, já os judocas analisados se encaixam no mesmo sistema energético que os bailarinos, podendo justificar os níveis baixos de VO2 máx. e no que se sugere ao que bailarinos de Dança moderna e Street Dance são atividades predominantemente anaeróbias por apresentarem anaerobiose (MOGRABI, 2007) pode-se discutir a relação entre esse sistema energético e os índices de VO2 máx. preditos pela fórmula, já que o VO2 máx. pode ser visto como uma potência aeróbia e é constatado que bailarinos de Srteet Dance têm uma predominância anaeróbia durante o período de execução das coreografias.

    Quando comparamos então o street dance a esportes de longa duração nota-se que os níveis de VO2 são baixos, isso pode ser justificado por ser uma modalidade em que se apresenta a predominância de atividades intermitente.

    Segundo Tubino (1984, p.201), o desenvolvimento desta capacidade anaeróbia, em atletas de alto nível possibilita aos mesmos prolongar esforços máximos mantendo a velocidade e o ritmo, apesar do crescente debito de oxigênio.

    Basset Jr e Howley (2000) afirmam que o limiar anaeróbio é um bom preditor em várias atividades de resistência, tanto para indivíduos treinados quanto não treinados.

    Apesar de ser fundamental uma excelente aptidão física para o desempenho e desenvolvimento da dança praticada é preciso levar em consideração os sistemas envolvidos (anaeróbio) e sua relevância dentro da mesma.

    O VO2 máx. é um índice que qualifica o indivíduo aerobicamente, mas não significa um fator limitante para seu desempenho, já que muitos são os fatores que podem interferir em seu desempenho.

Considerações

    Sendo o VO2máximo mecanismo essencial como indicador de aptidão cardiorrespiratória, já que trata de um índice que qualifica o indivíduo aerobicamente, e considerando que na modalidade Street Dance, como já citado anteriormente, constitui-se em uma atividade anaeróbia, justifica o motivo pela qual a maioria dos bailarinos tem sua classificação de VO2 máx. entre regular e bom. Porém, mesmo em atividades com caracteristicas basicas anaeróbias, a aptidão cardiovascular (resistência aeróbia), se faz importante programa de treinamento para a melhoria da resistência anaeróbia considerando que há uma relação entre o sistema anaeróbio e aeróbio, ou seja com a melhoria das capacidades aeróbia há uma consequente melhoria das capacidades anaeróbia já que a duração das apresentações são de quinze minutos, caracterizado por uma atividade de caráter intermitente tornando difícil o alcance de platôs aeróbios.

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