efdeportes.com

Treinamento resistido para idosos e seus benefícios para saúde

El entrenamiento de la resistencia para personas mayores y sus beneficios para la salud

 

1. Universidade Trás os Montes e Alto Douro, UTAD, Portugal

2. Programa de Pós Graduação em Fisiologia do Exercício e Treinamento Desportivo

Centro Universitário de Volta Redonda, UNIfoa, Unidade Cataguases, MG

3. Faculdade Sudamérica – Cataguases – MG

4. Programa de Pós Graduação em Atividade Física em Saúde

e Reabilitação Cardíaca, Universidade Federal de Juiz de Fora, UFJF, MG

5. Fundação Universitária de Itaperuna – FUNITA – RJ

6. Universidade do Estado do Pará – UEPA – PA

7. Universidade Presidente Antônio Carlos, UNIPAC, Conselheiro Lafaiete, MG

8. Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ – RJ

(Brasil)

Mauro Lúcio Mazini Filho1,2,3

Gabriela Rezende de Oliveira Venturini2,4

Bernardo Minelli Rodrigues5

Dihogo Gama de Matos1

André Luiz Zanella1,6

Ricardo Luiz Pace Júnior7

Felipe José Aidar1

Jefferson da Silva Novaes1,8

personalmau@hotmail.com

 

 

 

 

Resumo

          De uma maneira geral e rápida, nota-se que o mundo vem envelhecendo rapidamente e com isso é necessário que as autoridades públicas façam um trabalho de conscientização das pessoas num trabalho de educação continuada sobre os benefícios dos exercícios físicos para saúde do idoso. Dentre inúmeras atividades que devem ser abordadas, o treinamento resistido vem ganhando destaque nos últimos anos, visto que a capacidade física força é a responsável por fazer que esta população de idade avançada se torne dependente dela para a realização das atividades de vida diárias e também para possíveis práticas esportivas adotadas. Com isso tem sido recomendado que o treinamento resistido faça parte de um programa sistematizado de exercícios físicos para saúde do idoso. O treinamento resistido traz benefícios bio-psico-sociais e associados ao treinamento aeróbico, da flexibilidade, do equilíbrio somado aos cuidados de uma equipe multidisciplinar são as ferramentas apontadas como o sucesso a partir do século XXI.

          Unitermos: Treinamento resistido. Idosos. Saúde.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 15, Nº 152, Enero de 2011. http://www.efdeportes.com/

1 / 1

Introdução

    O envelhecimento é um processo progressivo e inevitável, caracterizado pela redução de inúmeras funções fisiológicas e das capacidades físicas (Mazini Filho et. al., 2006). Inúmeros estudiosos relatam que a redução da força muscular durante o processo de envelhecimento compromete o desempenho motor das atividades de vida diária de pessoas idosas, comprometendo assim atividades simples como subir escadas, carregar sacolas, pegar um neto no colo e até mesmo o caminhar. Para tanto, o treinamento contra resistência tem sido apontado como um dos meios mais eficazes para o incremento da força muscular, evitando assim estes acontecimentos que levarão os idosos à incapacidades e também a depressões (Mazini Filho et. al., 2006; Mazini Filho et. al., 2010).

    Ao se incluir exercícios contra resistidos no cotidiano de pessoas idosas, estar-se-á fazendo um bem inquestionável para esta população, desde que sejam respeitados os princípios do treinamento desportivo, pois fazer com que a ciência esteja associada a prática de atividades sistematizadas pode ser o significado de uma vida ativa e independente (Mazini Filho et. al., 2006).

    O treinamento de força, prescrito de uma forma coerente e embasada, proporcionará benefícios em relação à autonomia funcional, tornando os idosos capazes de realizarem suas atividades com maior eficiência e, conseqüentemente, trazendo-lhes bem-estar físico e psicológico, além da sensação de independência, fator que é um dos grandes objetivos procurados por esta população (Mazini Filho et. al., 2006).

    A fraqueza músculo esquelética tem sido apontada como grande causa de incapacidade funcional na população idosa, acentuando o risco de quedas que resultam em inúmeras imobilidades que por sua vez faz com que esta população tenha comprometido seu estilo de vida quando não chegam ir a óbito (Mazini Filho et. al., 2006; Zanella et. al., 2010).

    A inatividade física, associada as doenças crônico-degenerativas e a hábitos de vida inadequados, como o tabagismo e a má alimentação, dentre outros, resulta na redução dos níveis de força, da resistência muscular, da flexibilidade e da capacidade aeróbia, promovendo uma queda da capacidade funcional, bem como na execução das atividades de vida diária (Mazini Filho et. al., 2006; Zanella et. al., 2010).

    É um consenso entre os pesquisadores que os benefícios da prática de exercícios físicos regulares associados a outros hábitos de vida saudáveis são os maiores objetivos a serem alcançados para população de idades avançadas. Para isto o treinamento resistido tem sido apontado como meio eficaz no combate as incapacidades neuromusculares que acontecem com o envelhecimento como a sarcopenia, osteopenia, diminuição da flexibilidade, dentre outras que poderão fazer com que haja problemas na autonomia funcional destas pessoas agravando até o simples fato de caminhar (Mazini Filho et. al., 2006; Mazini Filho et. al., 2009).

    Atividades de força muscular com treinamentos específicos são estratégias que vem sendo utilizadas e recomendadas por inúmeros posicionamentos oficiais que regem os órgãos responsáveis pela saúde pública. Neste contexto abordamos também os exercícios de potência muscular onde o protocolo de treinamento mostra que os exercícios devem ser realizados com os idosos executando a fase concêntrica com alta velocidade e a fase excêntrica com velocidade mínima. Também fazem parte da estratégia de treinamento, as outras formas de força que podem ser utilizadas de acordo com a fase de treinamento e objetivo do idoso. Entre elas apontamos a resistência muscular localizada, a força hipertrófica e a força pura. No último posicionamento do ACSM, é sugerido um volume de treinamento onde as repetições oscilem de 10 a 15 para uma qualidade de vida satisfatória Mazini Filho et. al., 2006; ACSM, 2009).

    Não se pode esquecer também das atividades aeróbicas, da flexibilidade, do trabalho de equilíbrio e do tempo de reação nesta população estão em grande ascensão, pois são qualidades físicas tão importantes quanto a força para suas especificidades. É importante também frisar que todas capacidades físicas devem ser treinadas de acordo com as necessidades individuais e objetivos desta população, garantindo assim um melhor controle do peso corporal, da pressão arterial, dos níveis de colesterol, da glicose, entre outras (Mazini Filho et. al.,2010).

Conclusão

    O importante é fazer com que a população idosa sempre esteja em movimento e preferencialmente sob a supervisão dos cuidados de um profissional de educação física que esteja preparado a atuar de maneira consciente e competente no que tange as prescrições de exercícios físicos para os idosos. A participação de um grupo multidisciplinar voltado para melhoria da saúde desta população é um fato que deve ser abordado sempre, pois o nutricionista, o médico, o psicólogo, o fisioterapeuta, o enfermeiro entre outros completam toda uma estratégia que favorece uma melhor qualidade de vida para os idosos aumentando também a expectativa de vida destes, pois os cuidados com a prevenção diminuem os gastos nos cofres públicos, nos planos de saúde e favorecem um estilo de vida ativo e participativo na sociedade moderna.

Referências bibliográficas

  • ACSM, (2009) Progression models in resistance training for healthy adults. Rev. Med & Science in Sports & Exerc., p 687 – 701.

  • Mazini Filho, M. L; Ferreira, R. W; César, E. P. Os benefícios do treinamento de força na autonomia funcional do indivíduo idoso. Revista de Educação Física. N 134; p 57-68; 2006.

  • Mazini Filho, M. L; Lima, A. C. S; Venturini, G. R. O; Zanella, A. L; Savoia, R. P; Matos, D. G. Análise da interferência da prática da hidroginástica no desempenho das AVD’s em indivíduos idosos. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 14 - Nº 133 - Junio de 2009. http://www.efdeportes.com/efd133/pratica-da-hidroginastica-em-individuos-idosos.htm

  • Mazini Filho, M. L; Rodrigues, B. M; Venturini, G. R. O; Aidar, F. J; Matos, D. G; Lima, J. R. P. Efeito de atividades físicas combinadas na autonomia funcional, índice de massa corporal e pressão arterial de mulheres idosas. Revista Geriatria & Gerontologia. 4 (2); 69-75; 2010.

  • Zanella, A. L; Moreira, L. R; Marinho, P. S; Salgueiro, R. S; Mazini Filho, M. L; Fonseca, L. G; Matos, D. G. Processo do envelhecimento humano. Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício. V 9; n 2; 2010.

Outros artigos em Portugués

  www.efdeportes.com/
Búsqueda personalizada

EFDeportes.com, Revista Digital · Año 15 · N° 152 | Buenos Aires, Enero de 2011
© 1997-2011 Derechos reservados