Efeitos do treinamento resistido associado ao flexionamento sobre variáveis relacionadas à dor lombar: um relato de caso Efectos del entrenamiento de resistencia asociado a la flexibilidad sobre Effects of resistance training with stretching associated on lumbar pain related- variables: a case report |
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*Graduanda de Licenciatura do curso de Educação Física da Universidade do Estado do Pará, UEPA. Laboratório de Exercício Resistido com Ênfase em Saúde (LERES), Campus XIII, Tucuruí, PA **Professor Especialista. Universidade do Estado do Pará, UEPA. Laboratório de Exercício Resistido com Ênfase em Saúde (LERES), Campus XIII, Tucuruí, PA ***Professor, M.Sc. Universidade do Estado do Pará/UEPA. Laboratório de Exercício Resistido com Ênfase em Saúde (LERES), Campus XIII, Tucuruí, PA Instituto Federal do Pará/IFPA – Grupo de Pesquisa em Saúde e Meio Ambiente. Campus Tucuruí-PA e participante do Laboratório de Biociências da Motricidade Humana (LABIMH) - Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) - Rio de Janeiro, RJ |
Thaísa Évelin Trevizan Reis* Antonia Jaciliene Gomes* Olavo Raimundo de Macedo Barreto da Rocha Júnior** Cláudio Joaquim Borba-Pinheiro*** (Brasil) |
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Resumo Introdução: A dor lombar é um termo utilizado para definir uma dor de duração variável na região inferior da coluna. A incidência desta dor é mundial e destaca-se entre os principais fatores de incapacidade funcional para o trabalho. Objetivo: Verificar os efeitos do treinamento resistido associado ao alongamento sobre a dor, a flexibilidade força e a qualidade de vida de uma voluntária com dor lombar. Materiais e métodos: O indivíduo participante desta pesquisa é do sexo feminino, com 48 anos de idade, 75,6 kg de massa corporal e 156 cm de estatura, apresentando dor na região lombar há cerca de 30 anos, comparecendo voluntariamente para a realização do estudo. Utilizou-se os seguintes protocolos para avaliação das variáveis relacionadas à dor lombar, quais sejam: percepção subjetiva da dor (Escala de Borg CR-10), flexibilidade (Teste de sentar-e-alcançar da YMCA), força muscular (Teste de 10RM) e qualidade de vida (Formulário SF-36). Aplicou-se um programa de exercícios em um período de seis semanas. As três primeiras semanas foram constituídas por três sessões/semana: duas de treino resistido indicado para lombalgia, alternadas a uma de alongamento. As três semanas seguintes foram constituídas de cinco sessões/semana: três de treino resistido e duas de flexionamento. Utilizou-se ainda a diferença percentual absoluta para verificar os ganhos ou perdas entre os valores de pré e pós-teste. Resultados: Os resultados revelaram que houve um aumento da força para a maioria dos exercícios resistidos, sendo o que apresentou os melhores foi o Leg Press 45º (∆=+40%), uma diminuição na percepção subjetiva de dor lombar (∆=-5%) e uma melhora na qualidade de vida nas dimensões saúde física (∆=+66%) e saúde mental (∆=+29%), o que culminou em uma melhora de (∆=+48%) no escore total do SF-36. Além disso, a flexibilidade também melhorou em (∆=+60%). Conclusão: o presente experimento sugere, para um único caso, que um programa de exercícios resistido associado ao alongamento pode atuar beneficamente na qualidade de vida, na flexibilidade, força e na lombalgia. Unitermos: Treino resistido. Lombalgia. Flexibilidade. Qualidade de vida.
Abstract Introduction: The lumbar pain is a term used to define a variable duration of pain in the lower spine. The incidence of this pain is worldwide and stands out among the main factors of disability for work. Objective: To investigate the effects of resistance training with stretching associated on the pain, flexibility, muscular strength and quality of life of a volunteer with lumbar pain. Methods: The individual in this study report was a 48-year-old female volunteer, 156 cm in height, weighing 75.6 kg, with lumbar pain for nearly 30 years, appearing voluntarily to achieve the study. The following protocols for evaluation of related variables to lumbar pain, which are: subjective perception of pain (Borg scale CR-10), flexibility (Sit-and-reach Test of the YMCA), muscular strength (10MR Test) and quality of life (Form SF-36) where used. Applied an exercise program over a period of three weeks, each week consisted of two sessions of resistance training indicated for lumbar pain, alternating with a stretching session. The three subsequent weeks were constituted of five sessions / week: three of resistance training and two of stretching, where used. The absolute percent difference for gains or losses between the values of pre-and post-test was used. Results: The results presented an increase of muscular strength for the resistance exercises, the exercise of Leg Press at 45° was what presented the best results (∆=+40%), a decrease in the subjective perception of lumbar pain (Δ =- 5%), improvement in quality of life in physical health dimensions (Δ = +66%) and mental health (Δ = +29%) which culminated in an improvement of (Δ = +48%) in the total score of SF-36. In addition, the flexibility also improved in (Δ =+60%). Conclusion: This experiment suggests, for one case, a resistance training associated with stretching exercises program, can act beneficially on the quality of life, flexibility, strength, and lumbar pain. Keywords: Resistance training. Lumbar pain. Flexibility. Quality of life.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 15, Nº 152, Enero de 2011. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
De acordo com as considerações da Organização Mundial da Saúde (OMS) a dor lombar não é uma doença, trata-se de um termo utilizado para definir uma dor de duração variável na região inferior da coluna vertebral com origem de difícil detecção, sendo este um fator que dificulta o diagnóstico (EHRLICH, 2003). A incidência desta dor é mundial e destaca-se entre os principais fatores de incapacidade funcional para o trabalho, interferindo também na qualidade de vida. (SOUZA JR., 2008; EHRLICH, 2003). Ainda de acordo com os autores supracitados, cerca de 50% a 90% da população com idade inferior a 45 anos apresenta dor na região lombar em algum momento de suas vidas.
Neste sentido, a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) aponta algumas das causas para essa problemática, tais como: o sedentarismo, posturas inadequadas, traumas, gestação, lesões, tensões, hereditariedade e obesidade. Com a intenção de minimizar o problema, a SBR indica que exercícios aeróbicos e de fortalecimento dos músculos paravertebrais tem se mostrado eficazes, bem como orientações para a melhoria da postura (BRAZIL et al., 2001)
Manso e Grigolleto (2008) corroboram com a SBR acrescentando que o enfraquecimento muscular, em especial, dos músculos abdominais, os posteriores da coxa, lombares, os paravertebrais e da região do quadril contribuem para o desenvolvimento e agravamento do quadro de dor lombar.
A literatura tem recomendado amplamente o treinamento resistido (TR) para a prevenção, controle e tratamento de diversos acometimentos músculo esqueléticos (MARCHAND, 2002; SILVA E FARINATTI, 2007; BORBA-PINHEIRO et al., 2010) dentre eles a lombalgia, promovendo o fortalecimento da musculatura específica, o que possibilita a minimização e o controle da dor (MARCHAND, 2002; NOVAES, 2008).
Outro fator relevante é a baixa flexibilidade articular da coluna dorsal e dos membros inferiores, indicados por Marchand (2002) e Mann et al. (2008) como um agravante da dor lombar recomendando a realização de exercícios com o objetivo de melhorar a flexibilidade destas regiões. Dessa forma, o método de flexionamento proposto por Dantas (1999) tem se mostrado eficiente no sentido de promover o desenvolvimento desta capacidade física.
Para Marchand (2002) a prática de exercícios físicos é a única forma de fortalecer e tornar flexíveis as musculaturas envolvidas em acometimentos de lombalgias. Segundo este autor, a evolução de um programa envolvendo treino resistido e de flexibilidade oferece a possibilidade de diminuição de episódios dolorosos na região lombar, melhoria da biomecânica e restabelecimento funcional da referida região.
A qualidade de vida (QV), segundo Ehrlich (2003) é uma variável que está diretamente relacionada à dor lombar, o que pode maximizar os acometimentos sofridos por estes pacientes. Por conseguinte, Tsukimoto (2003) afirma que programas de atividades físicas envolvendo exercícios que atuam sobre a musculatura que desencadeia e agrava a lombalgia, poderá além de minimizar a dor também melhorar a QV.
Diante do exposto, o objetivo deste estudo foi verificar os efeitos do treino resistido associado ao flexionamento sobre a dor, a força muscular, a flexibilidade e a qualidade de vida de uma voluntária com dor lombar.
Relato de caso
O indivíduo participante da pesquisa foi do sexo feminino, caucasiana, com 48 anos de idade, massa corporal 75,6 kg e estatura 156 cm, possuindo índice de massa corporal (IMC) de 31,1 classificada pela OMS como obesidade nível I (EHRLICH, 2003), possuindo um percentual de gordura de 42,5%. Na avaliação postural não foram constatados desvios graves. A única consideração foi de joelho genovalgo (CARNAVAL, 1997).
A referida voluntária é servidora pública a mais de 20 anos, na função de agente administrativo e continua exercendo sua atividade laboral. Entretanto, a mesma relatou possuir limitações funcionais para atividades domésticas, quais sejam: dificuldades para passar pano no chão, lavar roupa, empurrar móveis, levantar peso (balde com água) e erguer peso acima da cabeça. Relatando ainda, sentir dor na coluna lombar em aproximados 30 anos. A referida dor foi caracterizada por ela como “queimação” ou “pontada”, e apresenta-se de forma contínua e crônica, o que está de acordo com considerações de (EHRLICH, 2003).
A voluntária afirmou ainda, que sente dores nos ombros, cotovelo, coluna cervical, além de limitação no movimento de adução do quadril, e já realizou tratamento médico devido à dor. Por conta disso, a mesma fazia uso de relaxantes musculares, analgésicos e anti-inflamatórios. Por conseguinte, foi recomendada a utilização de sapatos com salto tipo plataforma de altura adequada. A referida voluntária não praticava atividade física regular, entretanto, não apresentava restrições médicas para tal.
A participante assinou um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, que continha: o objetivo, os procedimentos de avaliação, possíveis conseqüências, procedimentos de emergência e o caráter de voluntariedade, conforme preconizado nas normas para a realização de pesquisa em seres humanos (BRASIL, 1996)
Quanto à flexibilidade de músculos isquiotibiais, quadril e região lombossacra, a participante apresentou percentil 10, classificado como bem abaixo da média pelo American College of Sport Medicine (ACSM, 2006). Já na coluna lombar a flexibilidade está dentro dos valores aceitáveis para o sexo e idade, de acordo com as considerações de Macrae e Wright (1969) apud Queiroga (2005).
Para a avaliação da qualidade de vida pelo SF-36 (SEVERO et al., 2006) foi constado para o pré-teste um escore Total de 46, para dimensão de saúde física 29 e para dimensão de saúde mental 63. Já a percepção subjetiva da dor, com base na escala de Borg CR-10, foi indicada como nível 3 e classificada como forte (SCOPEL et al., 2007).
Perante as avaliações supracitadas, o treinamento foi aplicado conforme a periodização seguinte: período de adaptação (ciclo 1), composto de três sessões/semana, sendo duas de TR e uma de alongamentos, e os ciclos de 2 a 4, compostos de cinco sessões/semana, sendo três de TR e duas de flexionamento, demonstrado na Tabela 1, de acordo com as considerações de Gomes (2002) e Dantas (1999).
Tabela 1. Periodização do Treino Resistido e Flexibilidade para um ciclo de doze semanas. (GOMES, 2002; DANTAS, 1999)
12 semanas |
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Ciclo 1 Adaptação (3 semanas) |
Ciclo 2 RML e Flexionamento I (3 semanas) |
Ciclo 3 RML e Flexionamento II (3 semanas) |
Ciclo 4 RML e Flexionamento III (3 semanas) |
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Aprendizagem motora dos movimentos Identificação das limitações na execução de exercícios Adaptação cardiorrespiratória Preparação para o teste 10RM Método circuito |
RML Teste de 10RM Intensidade 40% 10 exercícios 3 séries 12-15 repetições Método alternado por segmento Intervalo entre as séries: 60s Intervalos entre os exercícios: 90s. Sessões semanais: 3 Duração da sessão: 60 min. |
Flexionamento ~50 exercícios Permanência: ~10s 1 série Método passivo Sessões semanais: 2 Duração da sessão: ~40 min. |
RML Teste de 10RM Intensidade 50% 10 exercícios 3 séries 15-20 repetições Método alternado por segmento Intervalo entre as séries: 30s Intervalos entre os exercícios: 60s Sessões semanais: 3 Duração da sessão: 60 min. |
Flexionamento ~60 exercícios Permanência: ~12s 1 série Método passivo Sessões semanais: 2 Duração da sessão: ~40 min. |
RML Teste de 10RM Intensidade 60% 10 exercícios 3 séries 15-20 repetições Método alternado por segmento Intervalo entre as séries: 30s Intervalos entre os exercícios: 30s Sessões semanais: 3 Duração da sessão: 60 min. |
Flexionamento ~60 exercícios Permanência: ~15s 1 série Método ativo e passivo Sessões semanais: 2 Duração da sessão: ~40 min. |
A escolha dos exercícios para o TR foi baseada em Marchand (2002) e Novaes (2008) que indicam os grupamentos musculaturas que devem ser fortalecidas para obter uma diminuição de dores na região lombar, explicando ainda os cuidados que devem ser tomados. Considerou-se também, as orientações de Manso e Grigoletto (2008) que alguns exercícios recomendados para indivíduos com lombalgia, tais como Leg Press 45º, Stiff, Avanço, Puxada pela frente, Remada Curvada, Flexora, Glúteo na máquina, Panturilha Leg Horizontal, Adução e Abdominais.
Durante a fase de adaptação (Ciclo 1), a carga de treino foi progredindo de acordo com o desenvolvimento da voluntária, até a realização do Teste de 10 RM (PEREIRA e GOMES, 2003). Os resultados da progressão de carga obtidos estão descritos na Figura 1.
Analisando a Figura 1, percebe-se um aumento percentual absoluto das cargas de treino entre os testes de 10RM nos exercícios Leg Press 45º (∆%=+40%), Pulley Frente (∆%=+5%), Panturrilha Leg Horizontal (∆%=+10%), Adutora (∆%=+5%), Glúteo na Máquina (∆%=+15%), Stiff (∆%=+10%), Remada Curvada (∆%=+6%) e Avanço (∆%=+12%). Porém, um exercício se manteve estável no período considerado, o realizado na mesa flexora.
Nas sessões 1 e 2 do ciclo de treinamento não foram atribuídas cargas (carga=0), pois o objetivo destas sessões foi à aprendizagem da mecânica dos movimentos e identificação de possíveis limitações na execução dos mesmos.
Figura 1. Progressão da Resistência durante doze semanas
Através da análise da percepção subjetiva da dor lombar, verificada no início de cada ciclo de treino, constatou-se uma diminuição dos níveis de muito forte para absolutamente nada (∆=-5%) conforme mostra a Figura 2. Vale ressaltar, que durante o treinamento a voluntária relatou, em apenas dois momentos, ter feito uso de medicamentos analgésicos, relaxantes musculares ou anti-inflamatórios. Entretanto, nos dias de aplicação dos testes, tanto de força e flexibilidade quanto de percepção da dor, a voluntária não fez uso de tais medicamentos.
Figura 2. Nível de percepção subjetiva da dor antes e depois do treinamento
A variável QV também obteve melhoria (Figura 3), as dimensões de saúde física tiveram um aumento (∆=+66%) e de saúde mental de (∆=+29%). Além disso, o escore total do questionário de QV demonstrou que a voluntária teve uma melhora em sua QV (∆%=+48%).
Figura 3. Escores Gerais de Qualidade Vida. (DSF= Dimensão de Saúde Física; DSM= Dimensão de Saúde Mental; EST= Escore Total do SF-36)
Após o período de treinamento também foi constatado um aumento na flexibilidade dos músculos posteriores de coxa, do quadril e da região lombossacra, culminando em melhoria na classificação de percentis da voluntária (∆=+60%), conforme mostra a Figura 4.
Figura 4. Percentil da Flexibilidade pré e pós do treinamento
Discussão
Os resultados do presente estudo indicaram um ganho de força para a maioria dos exercícios (Figura 1), explicado por Dias et al. (2005) ao afirmarem que o aumento da força em indivíduos não-treinados ocorre mais acentuadamente nas primeiras semanas de treino em função, principalmente, das adaptações neurais.
De acordo com os resultados do estudo de Alexandre et al. (2001) houve uma diminuição significativa (p<0.05) das queixas de dores nas costas em enfermeiros após a aplicação de um programa de força e flexibilidade durante quatro meses. Os resultados da presente pesquisa também demonstraram uma diminuição no nível de percepção da dor, indo ao encontro dos estudos realizados por Lopes et al. (2006) que também tiveram resultados positivos na diminuição da percepção de dor lombar após um programa de exercícios utilizando a bola suíça com duração de três semanas, aplicado a estudantes de Educação Física. Vale ressaltar, que os resultados do presente experimento são decorrentes de um único caso.
Para Pereira et al. (2006) que submeteu um grupo de idosas ao treinamento de força, não constatou melhoria na qualidade de vida das participantes. Porém, esses resultados contrariam a maioria dos que são apresentados na literatura, como o de Borba-Pinheiro et al. (2010), que constatou uma melhora significativa (p<0.05) na QV de mulheres na pós-menopausa submetidas a um TR de diferentes intensidades em um período de 12 meses quando comparadas a um grupo controle, reforçado por Macedo et al. (2003) que indicam a melhora da QV após um programa de três meses de TR.
Os resultados para a variável de QV do presente estudo também demonstraram uma melhoria (Figura 3), tanto nas dimensões de saúde física como na saúde mental, o que culminou em uma melhora no escore Total do questionário SF-36 demonstrando um benefício também para a QV e reforçando a maior parte dos achados descritos na literatura (MACEDO et al., 2003; PEREIRA et al., 2006; BORBA-PINHEIRO et al., 2010).
Ao relacionar a variável flexibilidade, que obteve melhoria, com a variável dor, foram obtidos resultados que estão de acordo com outras pesquisas (ALEXANDRE et al.,2001; MARCHAND, 2002; KLEINPAUL et al., 2008), as quais indicam que o aumento da flexibilidade de músculos posteriores da coxa, glúteos e da região lombossacra possuem efeitos diretos sobre a diminuição de dor lombar.
Ao analisar os resultados obtidos neste estudo, é possível sugerir uma relação do aumento da força, melhoria da flexibilidade e diminuição da dor com a minimização da lombalgia, reiterando as afirmações de Marchand (2002), que considera um programa de exercícios físicos envolvendo TR e flexibilidade como ideal para diminuição de dores e melhoria funcional da região lombar.
Conclusão
O presente estudo de relato de caso concluiu que um programa de doze semanas de treino resistido é capaz de provocar uma ação positiva no sentido de minimizar a dor lombar, aumentar a força muscular e a flexibilidade. Além disso, estes exercícios também demonstraram ação favorável sobre a qualidade de vida, melhorando principalmente os aspectos físicos. Contudo, novos estudos são recomendados enfatizando a metodologia aplicada ao treinamento em grupos de voluntárias com grupo controle acometidas de dor lombar.
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