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Promoção da saúde como prática do professor de 

Educação Física do ensino médio: representações sociais

La promoción de la salud como práctica del profesor de Educación Física en la Escuela Media: representaciones sociales

 

*Graduado em Educação Física pela Universidade Tiradentes

**Mestre em Ciências da Saúde pela Universidade Federal de Sergipe

***Psicólogo, Mestre em Saúde e Ambiente

pela Universidade Federal de Sergipe

(Brasil)

Matheus Tourinho da Silva*

matheustourinho@hotmail.com

Marlon Daniel de Oliveira**

marlonedf@yahoo.com.br

Alvaci Freitas Resende***

alvaci.resende@hotmail.com.br

 

 

 

 

Resumo

          O presente estudo tem como geral identificar se os professores de Educação Física do Ensino Médio utilizam a promoção da saúde em suas aulas e objetivos específicos identificar se os professores trabalham em suas aulas prática e teórica o tema promoção da saúde, bem como o que eles fazem para cuidar da saúde psicológica. O problema da pesquisa foi averiguar se os professores de Educação Física do Ensino Médio estão trabalhando os assuntos sobre a promoção da saúde em suas aulas? A justificativa do trabalho se dá pela necessidade de identificar se os professores de Educação Física do Ensino Médio estão abordando a promoção da saúde em suas aulas. A metodologia adotada foi de campo do tipo descritivo fundamentado na Teoria das Representações Sociais (TRS), com uma abordagem quantitativa e qualitativa. A população para este estudo foi composta por professores de Educação Física do Ensino Médio. A amostra foi do tipo intencional, formada por nove professores ambos os gêneros da rede privada do Bairro Ponto Novo. O instrumento para coleta de dados é um questionário aberto e a entrevista semi estruturada. A análise e discussões dos resultados foram aplicadas em quadros. Concluímos que o professores de Educação Física trabalham em suas aulas o tema Promoção da Saúde, principalmente a saúde, isso é bom, por que o sujeito passa a conscientizar os alunos dos problemas que há no mundo. Desta forma, a promoção da saúde nas escolas vai contribuir não apenas nas aulas que os alunos estejam praticando, mas levando pro resto da sua vida, principalmente em chegar a terceira idade mais saudável.

          Unitermos: Promoção da saúde. Professor. Representações sociais.

 

Abstract

          The present study is to identify if the general physical education teachers use the school health promotion in their classes and specific objectives to identify whether teachers work in their classroom practice and theoretical theme of health promotion as well as what they do to take care of psychological health. The research problem was to determine if the teachers of Physical Education Middle School are working the issues on health promotion in their classes? The reason for this study is by the need to identify whether teachers of Physical Education Middle School are addressing health promotion in their classes. The methodology adopted was a descriptive field based on the Social Representations Theory (SRT) with a quantitative and qualitative approach. The population for this study consisted of physical education teachers in middle school. The sample design was intentional, consisting of nine teachers of both genders private network Quarter Point New. The instrument for data collection is an open questionnaire and semi structured. The analysis and discussion of the results were applied to frames. "We conclude that the physical education teachers work in their classes the subject of Health Promotion, mainly health, that's good, because the subject becomes aware of the problems that students in the world. Thus, health promotion in schools will help not only in the classes that students are practicing, but taking the rest of your life, especially in reaching the third age healthier.

          Keywords: Health Promotion. Teacher. Social representations.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 15, Nº 152, Enero de 2011. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    A promoção da saúde representa um processo social e político, não somente incluindo ações direcionadas ao fortalecimento das capacidades e habilidades dos indivíduos, mas também ações direcionadas a mudanças das condições sociais, ambientais e econômicas para minimizar seu impacto na saúde individual e pública. Entende-se por promoção da saúde o processo que possibilita as pessoas aumentar seu controle da saúde e através disto melhorar sua qualidade de vida (HPA, apud Pereira, 2008).

    Isto posto elegeu-se como objetivo geral identificar se os professores de Educação Física do Ensino Médio utilizam a promoção da saúde em suas aulas, e objetivos específicos identificar se os professores trabalham em suas aulas prática e teórica o tema promoção da saúde, bem como o que eles fazem para cuidar da saúde psicológica.

    A Organização Mundial de Saúde conceitua saúde como estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doenças ou enfermidades, o que nos remete a pensar em uma visão idealista de saúde, visto que raramente nos encontramos plenamente bem. É possível observar que a ausência de doenças remete a visão simplista de saúde, bem como, a visão relativista entre o normal e o patológico (HPA, apud Pereira, 2008).

    Para Moscovici apud Barbosa (2001, p. 66), a representação social foi introduzida na psicologia social em 1961, mediante a publicação da pesquisa do psicólogo social francês Serge Moscovici, sobre as representações da psicanálise, foi apenas em 1978, que tivemos contato com a tradução para o português, foi à obra, mas importante para a carreira desse psicólogo. Publicado aqui no Brasil pela Zahar Editora, com o mesmo título da edição francesa.

    A representação social, possibilitar por fim desenvolver e aperfeiçoar as qualidades físicas, morais e sociais do homem. Dar ao corpo o equilíbrio das funções orgânicas, a harmonia das formas, a capacidade de resistência, e ao espírito, a têmpera do caráter, a dignidade da conduta e nobreza de atitudes (BARBOSA, 2001).

    O problema da pesquisa foi averiguar se os professores de Educação Física do Ensino Médio estão trabalhando os assuntos sobre a promoção de saúde em suas aulas?

    As representações sociais, segundo Moscovici (1978, p. 41), circulam, cruzam-se e se cristalizam incessantemente através de uma fala, um gesto, um encontro, em nosso universo cotidiano.

    Tomando por base as características descritas anteriormente, afirmamos que representações sociais é um termo filosófico que significa a reprodução de uma percepção retida na lembrança ou do conteúdo do pensamento. Entendida como material de estudo, que expressam determinada realidade, atravessando assim, a história da humanidade e suas diferentes correntes de pensamento sobre o social (MOSCOVICI, 1978).

    Justifica-se a escolha da presente pesquisa, pois conforme Guilam (2003) apud Pereira (2008), à promoção da saúde são os riscos relacionados aos estilos de vida. Indivíduos identificados como de alto risco para uma doença em particular são encorajados a mudar aspectos de suas vidas e a monitorar seu comportamento.

    A importância da promoção da saúde nas aulas de Educação Física, foi o que nos despertou o interesse pelo tema. A justificativa do trabalho se dá pela necessidade de identificar se os professores de Educação Física do Ensino Médio estão abordando a promoção da saúde em suas aulas.

    A metodologia adotada foi de campo do tipo descritivo fundamentado na Teoria das Representações Sociais (TRS), com uma abordagem quantitativa e qualitativa. A população para este estudo foi composta por professores de Educação Física do Ensino Médio. A amostra foi do tipo intencional, formada por nove professores de ambos os gêneros da rede privada de Ensino Médio do Barrio Ponto Novo no município de Aracaju/SE. O instrumento para coleta de dados foi um questionário aberto e a entrevista semi estruturada, seguindo um roteiro pré-estabelecido. Participaram do procedimento da coleta professores de três escolas da rede privada do Ensino Médio de Aracaju/SE. A análise dos dados se refere à verificação de hipótese e/ou questionário. A análise e discussões dos resultados foram aplicadas em quadros; “Quadro 1” Caracterização dos Sujeitos e “Quadros 2, 3, 4, 5 e 6” Categorias e Subcategorias (Escola A, B e C).

    O estudo foi subdividido nas seguintes partes: 1° parte a introdução abrangendo o objetivo, o problema e a justificativa do trabalho; 2° parte a revisão de literatura, descrevendo dos autores que produziram sobre o nosso tema; 3° parte a metodologia abordada no trabalho; 4° parte análise e discussão dos dados coletados e a 5° parte a conclusão da pesquisa.

A representação social na Educação Física

    Representação social traz um conceito socialmente veiculado e mantido por professores de Educação Física, profissional com um conjunto de conhecimento traçado por determinado grupo social, tem um papel importante na história burguesa (BARBOSA, 2001). Essa perspectiva:

    Segundo Barbosa (2001, p. 17), o Decreto n° 69.450, de 1° de novembro de 1971, que regulamentava artigo das Leis 4.024/61 e 5.540/68, afirma que:

    é obrigatória a prática da Educação Física em todos os níveis e ramos de escolarização. Pois perdemos esse decreto, que por tantos anos “habitou” nossa mente e norteou nossa prática docente, por intermédio das resoluções oficiais que chegavam às nossas escolas. Apesar de revoado, esse decreto – por incrível que posso parecer – ainda é o parâmetro utilizado pelas “Secretarias de Educação” para formularem suas diretrizes para a Educação Física escolar.

    Tendo como objetivo preparar os indivíduos para vida em sociedade, ao mesmo tempo desenvolver sua aptidão individual. Mas a escola que conhecemos hoje e dos séculos XVIII e XIX, quando começou a florescer a idéia da necessidade de educação foi obrigatória, a Leis para todas as pessoas (Barbosa, 2001, p. 24). Neste sentido:

    Barbosa (2001, p. 17) afirma que:

    em nossa sociedade de um modo geral, existem representações sociais acerca da Educação Física Escolar, que a identificam como uma disciplina responsável apenas pela prática de treinamento desportivo e pela prática recreativa e/ou de lazer, sem qualquer preocupação em relacionar-se com a realidade social mais ampla, da qual a própria escola faz parte.

    Assim, uma representação social é, alternativamente, o sinal e a reprodução de um objeto socialmente valorizado. É uma entidade que através de uma fala, um gesto, um encontro, em nosso universo cotidiano.

    Sento assim, Moscovici (1978, p. 27) diz:

    representar não consiste somente em selecionar, completar um ser objetivamente determinado com um suplemento de alma subjetiva. É de fato ir mais além, edificar uma doutrina que facilite a tarefa de decifrar, predizer ou antecipar os seus atos.

    De acordo com Barbosa (2001) representação social, traz um conceito socialmente veiculado e mantido por professores de Educação Física, profissional com um conjunto de conhecimento traçado por determinado grupo social, tem um papel importante na história burguesa.

    A utilização dessa representação social, “como a versão contemporânea do senso comum” (Moscovici; Sá, apud Barbosa, 2001, p. 104), diz que:

    por esta razão, essencialmente dinâmicas, produtos de determinação passadas e presentes, e como construtoras de conhecimentos sociais, podemos reverter esse quadro em que temos as representações da Educação Física solidárias como a ideologia burguesa, na medida que recuperarmos o núcleo sadio o senso comum – chamado por Gramsci de bom senso – aproveitando todo seu potencial transformador. É neste senso comum, recuperado criticamente, “que se deve trabalhar, procurando desenvolvê-lo e transformá-lo em consciência de classe. Concepção de mundo coerente e homogênea.

    Sendo assim o professor de Educação Física que realmente se preocupa com as futuras gerações, e na luta pela transformação estrutural da sociedade, não pode privar seus educadores dos conhecimentos específicos ligados às questões do esporte e do corpo humano, estes dois componentes servem com grande eficácia ao direcionamento ideológico imposto pela burguesia. A escola apesar de ter habilidades físicas e intelectuais (técnicas), pode ser fraca politicamente, nós como professores educadores temos que lutar contra a visão do mundo proporcionada pela burguesia.

    Ele queria simplesmente dizer que a vida social é a condição de todo pensamento organizado. Entretanto, na medida em que ele não aborda frontalmente nem explica a pluralidade de modos de organização do pensamento à noção representativa perde sua nitidez (Durckheim apud Moscovici, 1978, p. 42).

    Na verdade, as representações são essencialmente dinâmicas, produtos de determinações passadas e presentes, que constroem conhecimentos sociais cuja finalidade é situar o indivíduo no mundo e conseqüentemente, definir sua identidade social. Nesta perspectiva:

    Segundo Durckheim apud Moscovici (1978, p. 42), nos afirma que:

    as representações sociais constituíam uma classe muito genérica de fenômenos psíquicos e sociais, abrangendo o que designamos por ciência, ideologia, mitos, etc. “Um homem que não pensasse por meio de conceito não seria um homem; pois não seria um ser social, reduzido apenas aos objetos da percepção individual, seria indistinto e animal”.

    É preciso insistir na diferença entre mito e representações sóciais por muitíssimas razões. O mito é considerado em (e por) nossa sociedade uma forma “arcaica” e “primitiva” de pensar e de se situar no mundo. As representações sociais não são uma forma “arcaica” nem uma forma “primitiva” de pensar ou de se situar no mundo; elas são, além disso, normais em nossa sociedade (MOSCOVICI, 1978).

Promoção da saúde para professores de Educação Física

    A educação para saúde tende a modificar as percepções individuais e fornecer a aptidão comportamental necessária à alteração do comportamento relativo na qual a má condição da saúde é um produto de desigualdade social a qual resulta em conflitos, stress e desequilíbrio. Segundo Green e Iverson (1982) apud Bennett; Murphy (1997, p. 12), definem a promoção da saúde como qualquer combinação entre a educação para a saúde e apoios relacionados, organizacionais, econômicos e ambientais de comportamentos conducentes à saúde.

    Os indivíduos que se mantêm fisicamente ativos ao longo da sua vida adulta vivem mais tempo do que os sedentários. É evidente que o lugar que ocupamos na sociedade tem igualmente um impacto substancial sobre a nossa saúde.

    Muitos professores de Educação Física têm problema de saúde por conta de uma vida de sedentarismo, ou um nível de stress muito alto. As conseqüências negativas do excesso de ingestão de álcool não são apenas médicas, mas envolvem também conseqüências sociais e psicológicas (BENNETT; MURPHY, 1997).

    Segundo Simon apud Bennett; Murphy (1997, p. 61), afirma quer:

    o bom estado de saúde é uma expectativa de acção-resultado que se valorizada, pode constituir uma recompensa para a prática de comportamentos de manutenção da saúde. É um resultado probabilístico; a prática de comportamentos de manutenção da saúde reduz o risco de doença, mas não o elimina.

    Mesmo quando a boa saúde é um valor altamente considerado, os lapsos no comportamento podem ser justificados. Sendo assim “aptidão física”, é uma capacidade individual de executar performa física com seus músculos, mantendo o equilíbrio em relação a esforços maiores (STEGEMAN apud BARBOSA, 2001).

    Por tanto cuidar do ambiente escolar é estar atento ao espaço físico, como água, rede de esgoto, coleta de lixo, ventilações, iluminações, prevenções de acidentes e etc. Ao mesmo tempo destaca o cuidado e a preocupação com os aspectos emocionais e psicológicos que favorecem melhor relações interpessoais na comunidade escolar.

    Desse modo, corpo saudável é aquele que na interação com o mundo social supera essa visão puramente biológica sobre o corpo, e o compreende num contexto mais ampliado. Sobretudo Soares (2001) apud Vieira et al (2009, p. 07), afirma que:

    necessita refletir sobre sua adesão cega a modismos do deus mercado. Sobre sua ingenuidade e omissão frente à indústria do corpo. Sobre os fatalismos biológicos de fases de desenvolvimento e de faixas etárias determinando o que se ensina em uma aula de Educação Física na escola. Sobre a responsabilidade de suas escolhas ante as xuxas, tiazinhas e outras coisas do gênero que fazem ainda muito sucesso nas escolas brasileiras.

    O corpo, portanto, deve fazer parte do debate da Educação Física Escolar para desmistificar as relações mercantis sobre o produto que se tornou no mundo moderno.

    Para Scheinder (1999, p. 04) aponta que:

    a Educação Física enquanto parte de um currículo, deve ater-se à essência de sua função e não se deixar levar por formulações e objetivos alicerçados em elevadas pretensões, supostamente direcionadas à formação de cidadãos dotados de extraordinárias pseudo competências social, cultural e política, pois, se assim o fizerem, não serão capazes de contribuir para levarem os educando futuramente a apresentarem uma vida produtiva, criativa e bem sucedida.

    O professor de Educação Física, em suas aulas, deve ser capaz de diagnosticar e acompanhar os seus níveis de crescimentos, desempenho motor dos educadores e composição corporal do ser humano. Segundo Guedes (1994) apud Scheinder (1996, p. 05), a Educação Física deve ser encarada no meio escolar como uma disciplina concreta, em uma escola concreta, para alunos concretos e cidadãos de um mundo concreto.

    Conforme Tonnes, apud Bennett; Murphy (1997, p. 12), diz que:

    E muito ingênuo acreditar que todos os problemas de saúde possam ser resolvidos através de políticas sociais. São muitas as ocasiões em que os indivíduos necessitam de compreensão pessoal, capacidade técnica e apoio. É, pois mais realista definir a culpabilização da vitima como progresso de ignorar os fatores estruturais e concentrar-se exclusivamente no individuo.

    É ingênuo acreditar que através de programas sócias, todos esses problemas sejam resolvidos em questão social, pois isto varia de individuo para individuo e necessita da compreensão de todos e que a sociedade possa participar ativamente desse progresso de melhoria da saúde (BENNETT; MURPHY, 1997).

    Desta forma Marmot et col., apud Bennett; Murphy (1997, p. 27), descreve que:

    A saúde varia de forma acentuada com a condição socioeconômica, quer usando como critérios a mortalidade global quer em relação às doenças mais graves mostram que pessoa da classe econômica mais alta tem uma preocupação maior com a saúde do que o individuo de classe inferior não só pela estética mais pela realização pessoal e bem esta dele.

    Mas, segundo Minayo (2006) apud Vieira (2009, p. 04) saúde não é um bem que pode ser consumido como se fosse um objeto, ela é multifatorial, portanto, “a saúde é um bem social que só pode ser alcançado pela construção coletiva de toda a sociedade”.

    A influência social e ambiental também influência o estado de saúde de cada pessoa e o lugar que ocupamos na sociedade capitalista tem igualmente um impasse substancial sobre nossa saúde, esse último fator pode inclusive ultrapassar o comportamento individual. O stress não constitui um conceito unitário. É antes um processo que envolve uma interação complexa entre fatores ambientais, psíquicos e saúde (BENNETT; MURPHY, 1997).

    Professor é uma profissão louvável, que merece respeito e consideração pela nobre missão, de quem a exerce, de transmitir seus conhecimentos aos alunos. No Brasil hoje tão desvalorizando o próprio universo acadêmico, na mídia e na sociedade em geral mostram que ser professor é uma das profissões mais estressantes na atualidade (LIPP, 2002).

    Conforme Lazarus; Forlkmam, apud Bennett; Murphy (1997, p. 34), afirmam que:

    A primeira fase do processo de stress é constituída por acontecimento ambiental cujo significado é avaliado pelo individuo. E constam dois elementos: avaliação do acontecimento em termo da sua potencial nocividade psicológica ou da ameaça que constitui para o indivíduo.

    Os professores convivem com o stress diariamente, pois a fatores primordiais para que ele desencadeasse como problema pessoal, doenças e fatores externo, como ambiente de trabalho entre outros (BENNETT; MURPHY, 1997).

    Segundo Lipp (2002, p. 31), o stress pode originar-se de causas externas ou internas:

    As externas são aquelas representadas pelo que nos acontece na vida ou pelas pessoas com as quais lidamos, isto é, trabalho em excesso ou desagradável, família em desarmonia, acidentes etc.. As causas internas são aquelas que referem a como pensamos, às crenças e aos valores que temos e como interpretamos o mundo ao nosso redor.

    Segundo Karasek; Theoreli, apud Bennett; Murphy (1997, p. 55), descreve que pode:

    Identifica dois aspectos do ambiente de trabalho que parecem ser o causador do stress e mau de saúde: as exigências feitas ao individuo pelo seu trabalho e o grau de autonomia que lhe é dado para poder lidar com as exigências.

    O stress também e causado por fatores no campo de trabalho, pois os indivíduos não estão preparados para agüentar certas pressões psicológicas ficando vulneráveis a um dano psicológico que é o stress.

    Com relação aos fatores psicológicos da prática pedagógica do professor, “é difícil pensar numa transformação social que não passe por uma transformação na escola. Ou seja, o papel do profissional deve ter como característica geral o impacto com a realidade. (GUZZO, 2001, p. 33).

Metodologia

Tipo de estudo

    A metodologia adotada foi de campo do tipo descritivo segundo Cervo (2002), fundamentado na Teoria das Representações Sociais (TRS), com uma abordagem quantitativa e qualitativa.

    A prática mais comum em representação social combina a coleta dados através de entrevista individuais com a técnica para seu tratamento conhecido como “análise de conteúdo.

    Como um conjunto de instrumento metodológico cada vez mais subtil em constante aperfeiçoamento, que se aplicam a discurso extremamente diversificado. O fator comum desta técnica múltipla e multiplicada desde o calculo de freqüências que fornece dados cifrados, ate a extração de estruturas traduzíveis em modelos, controlados, baseados na educação (BARDIN, 2007, p. 07).

População/amostra

    A população para este estudo foi composta por professores de Educação Física do Ensino Médio. A amostragem utilizada foi do tipo intencional, formada por nove professores de Educação Física ambos os gêneros da rede privada de Ensino Médio do Bairro Ponto Novo no município de Aracaju – SE, que por sua vez foi uma técnica mais eficiente para a obtenção dos dados. Segundo Gonçalves (2005), este tipo de amostra é a mais simples da não probabilística, e já que o pesquisador se dirige intencionalmente a grupo de elementos dos quais deseja saber a opinião.

Instrumentos e processos de coleta de dados

    Os dados foram coletados através de um questionário aberto com cinco perguntas (em anexo 4), que para Ruiz (1996) é uma técnica na qual o informante responde por escrito a um elenco de questões. O questionário que visa à maneira que o professores utiliza ou não a prática da promoção saúde em suas aulas. A entrevista foi do tipo semi estruturada (em anexo 3), que para Andrade (2003) consiste em fazer uma série de perguntas ao informante, seguindo um roteiro pré-estabelecido.

Procedimento da coleta

    Participaram do procedimento da coleta professores de três escolas privadas do Ensino Médio de Aracaju/SE. Nessas escolas, foram entrevistados todos os professores de Educação Física quais se disponibilizaram em participar da pesquisa e/ou pela coordenação, que assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (em anexo 1). O critério de seleção das escolas foi analisado pelo grupo; sua localidade, as características da região e a disposição em contribuir com a pesquisa.

Análise dos dados

    Atualmente podemos destacar duas funções na aplicação das técnicas. Uma se refere à verificação de hipóteses e/ou questões. Ou seja, através da análise de conteúdo, podemos encontrar respostas para as questões formuladas e também podemos confirmar ou não as afirmações estabelecidas antes do trabalho de investigação (hipóteses). A outra função diz respeito à descoberta do que está por trás dos conteúdos manifestos, indo além das aparências do que está sendo comunicado. As duas funções podem na prática se complementar, e podem ser aplicadas a partir de princípios da pesquisa quantitativa e qualitativa (MINAYO, 1994).

Análise e discussão dos resultados

    Após os dados coletados, transpomos para uns quadros, que conforme Resende (2007, p. 36) este é um quadro que pode melhor visualizar a compreensão dos resultados analisados.

    Iniciaremos com o “quadro 1” – Caracterização dos Sujeitos e em seguida o “quadro 2, 3, 4, 5 e 6” – Categorias e Subcategorias (Escolas A, B e C).

Quadro 1. Caracterização dos Sujeitos

Idade

%

Gênero

%

Graduação

%

Trabalha em escola Pública

%

Possui outra Formação

%

21-40

66,77

Masculi-no

53,00

Sim

100

Sim

11,00

Sim

88,88

41-60

33,23

Femini-no

47,00

Não

0,00

Não

89,00

Não

11,12

Fonte: Caracterização dos Sujeitos, Aracaju, 2010/01.

    O primeiro quadro (caracterização dos sujeitos) mostra um pouco da parte pessoal dos entrevistados.

    Em relação aos percentuais de idade dos sujeitos, obtemos os seguintes resultados; 66,77% dos sujeitos tinham entre 21-40 anos de idade, e os outros 33,23% dos sujeitos tinham entre 41-60 anos de idade.

    Na classificação dos gêneros podemos dizer que; 53,00% eram do sexo Masculino e os outros 47,00% eram do sexo Feminino. Percebemos que nessas escolas, o maior número dos professores de Educação Física é do sexo masculino.

    No que diz respeito à graduação dos sujeitos inquiridos, os resultados obtidos foram; 100% dos sujeitos são graduados. Porém os resultados mostram que 89,00% dos sujeitos não trabalham em escola pública e os demais 11,00% trabalham em escola pública sim. Já os resultados nos que possuem outra formação os dados foram; 88,88% responderam que tem pós-graduação, e os outros 11,12% dos sujeitos responderam que não. Por falta de tempo em se posgraduar.

    Neste primeiro “quadro1” a pesquisa de campo nos mostrou que a faixa etária de emprego esta entre 21-40 anos de idade, ou seja, o mercado de trabalho ta abrindo a porta para novas gerações. Em relação ao gênero tiremos um percentual quase igualado, só apenas com 6% de diferencia, é que as mulheres estão sendo mais dependente no mercado de trabalho, deixando de lado o preconceito dos homens. Obtivemos um resultado de 100% em graduação e 11,12% são os professores que não se pós-graduou na sua área, um número muito bom para a profissão.

    A partir dos questionários respondidos dos sujeitos nas escolas, passamos para a discussão dos dados do “quadro 2” Categorias e Subcategorias (Escola A, B e C).

Quadro 2. Categoria e Subcategoria (Escola A, B e C)

Categoria

Subcategoria

EA

EB

EC

Total

%

1. O que representa ou significa a promoção da saúde, pra você como professor?

1. Qualidade de vida

1

1

1

3

100

2. Qualidade de vida

1

1

1

3

100

3. Qualidade de vida

1

1

1

3

100

Pergunta 1: O que representa ou significa a promoção da saúde, para você como professor?

Fonte: Categorias e subcategorias (Escolas A, B e C), Aracaju, 2010/01.

Legenda: EA (Escola A); EB (Escola B); EC (Escola C).

Porcentagem: 1 (33,34); 2 (66,66); 3 (100).

    Em relação à primeira pergunta, obtivemos 100% dos sujeitos entrevistados. Para os professores de Educação Física promoção da saúde significa ter “melhor qualidade de vida”. Confirmando o que diz:

    Saúde é o resultado das condições de alimentação, habitação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse da terra e acesso aos serviços de saúde. É, assim, antes de tudo, o resultado das formas de organização social da produção, as quais podem gerar grandes desigualdades nos níveis de vida (MINAYO apud VIEIRA, 2009, p. 04).

    Segue uma das respostas dos professores:

    Sujeito 1, 2 e 3: Significar ter uma melhor qualidade de vida (Escola A, B e C).

Quadro 3. Categoria e Subcategoria (Escola A, B e C)

Categoria

Subcategoria

EA

EB

EC

Total

%

2. Nas suas aulas práticas, você já utilizou o tema promoção da saúde? Sim - De que maneira? Se não - Por quê?

 

1. Atividade física

1

1

1

3

100

2. Atividade física

1

1

1

3

100

3. Atividade física

1

1

1

3

100

Pergunta 2: Nas suas aulas práticas, você já utilizou o tema promoção da saúde? Sim - De que maneira? Se não - Por quê?

Fonte: Categorias e subcategorias (Escolas A, B e C), Aracaju, 2010/01.

Legenda: EA (Escola A); EB (Escola B); EC (Escola C).

Porcentagem: 1 (33,34); 2 (66,66); 3 (100).

    Na segunda pergunta do questionário, tivemos 100% nas três respostas, ”praticando atividade física o aluno esta contribuindo para ter uma boa saúde”.

    Neste quadro podemos observar que os professores de Educação Física, em suas aulas, devem ser capazes de diagnosticar e acompanhar os seus níveis de crescimentos, desempenho motor dos educadores e composição corporal do ser humano (SCHEIDER, 1996).

    Resposta do professor:

    Sujeito 1, 2 e 3: Sim. Praticando atividade física regulamente o aluno esta contribuindo para ter uma boa saúde (Escola A, B e C).

Quadro 4. Categoria e Subcategoria (Escola A, B e C)

Categoria

Subcategoria

EA

EB

EC

Total

%

3. Nas suas aulas teóricas, você já utilizou o tema promoção da saúde? Sim - De que maneira? Se não - Por quê?

 

1. Saúde, bem-estar físico, mental e social

1

 

1

2

66,66

2. Importância da atividade física

 

1

1

2

66,66

3. Aulas práticas

1

1

1

3

100

Pergunta 3: Nas suas aulas teóricas, você já utilizou o tema promoção da saúde? Sim - De que maneira? Se não - Por quê?

Fonte: Categorias e subcategorias (Escolas A, B e C), Aracaju, 2010/01.

Legenda: EA (Escola A); EB (Escola B); EC (Escola C).

Porcentagem: 1 (33,34); 2 (66,66); 3 (100).

    Na terceira pergunta do questionário, tivemos o resultado de; 66,66% dos sujeitos disseram que já trabalharam o tema nas suas aulas, demonstrando que “saúde é o mais completo estado de bem-estar físico, metal e social”, 66,66% dos sujeitos falaram a “importância da atividade física”, e os outros 100% dos sujeitos corresponderam que “não”. Por que só trabalho com aula práticas, que nos faz reforçar o quanto. O professor de Educação Física ainda precisa repensar aulas também teóricas.

    Resposta de professores:

    Sujeito 1, 2 e 3: Sim. Trabalhando sobre que saúde é o mais completo estado de bem-estar físico, mental e social e não a simples ausência de doença (Escola A, B e C).

Quadro 5. Categoria e Subcategoria (Escola A, B e C)

Categoria

Subcategoria

EA

EB

EC

Total

%

4. Você prática alguma atividade física, que promova a saúde?Sim – Quais? Se não - Por quê?

 

1. Atividade física

1

1

1

3

100

2. Atividade física

1

1

1

3

100

3. Atividade física

1

1

1

3

100

Pergunta 4: Você prática alguma atividade física, que promova a saúde? Sim - Quais? Se não – Por quê?

Fonte: Categorias e subcategorias (Escolas A, B e C), Aracaju, 2010/01.

Legenda: EA (Escola A); EB (Escola B); EC (Escola C).

Porcentagem: 1 (33,34); 2 (66,66); 3 (100).

    Na quarta pergunta do questionário, tivemos o resultado de 100% nas três respostas que foi? “Sim”. Todos os professores entrevistados praticam “atividades físicas”, nenhum possui sedentarismos. Confirmando o que diz:

    o bom estado de saúde é uma expectativa de acção-resultado que se valorizada, pode constituir uma recompensa para a prática de comportamentos de manutenção da saúde (SIMON apud BENNETT; MURPHY, 1997).

    Algumas respostas:

    Sujeito 1, 2 e 3: Sim. Pratico atividade física (Escola A, B e C).

Quadro 6. Categoria e Subcategoria (Escola A, B e C)

Categoria

Subcategoria

EA

EB

EC

Total

%

5. O que você faz para cuidar da saúde psicológica?

 

 

1. Exercício físico

1

 

1

2

66,66

2. Leitura, lazer, e namoro.

1

1

1

3

100

3. Psicológica.

1

1

 

2

66,66

Pergunta 6: O que você faz para cuidar da saúde psicológica?

Fonte: Categorias e subcategorias (Escolas A, B e C), Aracaju, 2010/1.

Legenda: EA (Escola A); EB (Escola B); EC (Escola C).

Porcentagem: 1 (33,34); 2 (66,66); 3 (100).

    A quinta e ultima pergunta do questionário, foi direcionada ao sujeito responsável pela aula de Educação Física, com isso, obtivemos os seguintes resultados: 66,66% dos sujeitos responderam “Conversar” e o próprio exercício físico para poder relaxar a mente, 100% dos sujeitos responderam “Ler” procurando preservar meu lazer, fugindo do estresse do dia-dia e 66,66% dos sujeitos falam que “praticar exercício físico” e cuidar da saúde psicológica. Confirmando o que diz:

    Identifica dois aspectos do ambiente de trabalho que parecem ser o causador do stress e mau de saúde: as exigências feitas ao individuo pelo seu trabalho e o grau de autonomia que lhe é dado para poder lidar com as exigências (KARASEK; THEORELI apud BENNETT; MURPHY, 1997).

    Vejamos algumas respostas:

    Sujeito 1, 2 e 3: Desenvolvendo a minha inteligência, caráter e personalidade, tendo assim uma melhor convivência social, política e econômica (Escola A, B e C).

Conclusâo

    Concluímos que as perguntas foram direcionadas aos professores de Educação Física, como vimos nos resultados, os sujeitos trabalham nas suas aulas o tema Promoção da saúde, principalmente a Saúde, isso é muito bom, por que o sujeito passa a conscientizar os alunos dos problemas que há no mundo globalizado, principalmente em seu; País, Estado, Cidade e em seu Bairro, para mostrando aos alunos que os problemas estão mais perto do que nunca. Desta forma, a promoção da saúde nas escolas vai contribuir não apenas nas aulas que os alunos estejam praticando naquele momento, mas eles vão levar para sua vida toda, pois vão ter uma boa qualidade de vida, principalmente em chegar a terceira idade mais saudável.

    A pesquisa nos expôs que os professores de Educação Física tem voltados as suas aulas para a promoção de saúde e não só para os esportes e brincadeiras lúdicas, junto com ele os professores de outras disciplinas também falam da importância da saúde na vida de cada um, as escolas que visitamos estão de parabéns pela metodologia usada, sendo que quando fomos fazer as entrevistas algumas umas escolas nos trataram muito bem já em outras tivemos um pouco de contratempo, mas no final conseguimos realizar a nossa pesquisa.

    Através da pesquisa, buscamos fornecer conhecimento para que a promoção da saúde como prática do professor de Educação Física do Ensino Médio, seja usada no ambiente escolar como uma proposta pedagógica, onde essa abordagem foi pouco usada, mas que pelos resultados dos dados vimos que esta sendo muito comentadas e aplicadas nas aulas de Educação Física.

    Podemos observar que foi pequena porcentagem de professores de Educação Física na escola, que só trabalham com aulas práticas. A pesquisa nos mostrou também, que professores esta cuidando cada vez mas da sua saúde psicológica, “lendo, dialogando, praticando atividade física” entre outros.

    Concluímos que o papel das escolas não está sendo só em transferir conhecimentos, elas além disso, estão procurando realizar trabalhos de orientação e aconselhamento junto com os professores, para assim, poder colocar na sociedade indivíduos mais preparados para a vida.

Referências

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  • BARDIN, Laurence. Análise de Conteúdo. Lisboa: edições 70, 2007.

  • BENNETT, Paul; Murphy, Simon. Psicologia e Promoção da Saúde. Lisboa: Climepsi, 1999.

  • CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A. Metodologia Científica. 5° ed. São Paulo: Prentice Hall, 2002.

  • GONÇALVES, Hortência de Abreu. Manual de Metodologia de Pesquisa Científica. Reimpr: São Paulo: Avercamp, 2005.

  • GUZZO, Raquel Souza Lobo; PRETT, Zilda Aparecida P. Del. Psicologia Escola e Educacional, Saúde de Qualidade de Vida: explorando fronteiras. Campinas, SP: Alinear, 2001.

  • LIPP, Marilda. E. Novaes. O stress do professor. 2° ed. São Paulo; Papirus, 2002.

  • MINAYO, Maria Cecília de Souza et al. Pesquisa Social: teoria, método e criatividade. Rio de Janeiro; Vozes, 1994.

  • MOSCOVICI, Serge. A Representação Social da Psicanálise. Tradução de Álvaro Cabral (1961). Edição consultada: 4° ed. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1978.

  • NEVES, Tatiane Pereira das. Reflexões sobre a Promoção da Saúde. Revista Espaço Acadêmico, n° 62, Julho 2008.

  • RESENDE, A. F. Humanização em Ambiente da Atenção Básica à Saúde: Representações Sociais de Agentes Comunitários de Saúde. [dissertação de mestrado] UNIT, 2007.

  • RUIZ, João Álvaro. Metodologia Científica: guia para eficiência nos estudos. 4° ed. São Paulo: Atlas, 1996.

  • SCHEINDER, Omar. Educação Física como Promoção de Saúde: Contradições de um Discurso. 1996.

  • VIEIRA, Carlos Alexandre et al. XVI Conbrace e III Conice: Educação Física, Escola e as Representações sociais de saúde e corpo. Bahia; 2009.

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