Nível de agilidade de atletas juvenis de voleibol da cidade de Irati, PR através do teste de shuttle run Nivel de agilidad de jugadores juveniles de voleibol de la ciudad de Irati, PR a través del test de shuttle run |
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Graduandos em Educação Física (4º Ano) Universidade Estadual do Centro-Oeste (Brasil) |
Luiz Augusto da Silva | João Pedro Viera Gerson Arnold | Álvaro Ulisses Freire Sanways Rogério Guimarães Correa |
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Resumo O presente trabalho tem como objetivo verificar os níveis de agilidade de jogadores da modalidade de Voleibol Juvenil da Cidade de Irati – PR. A amostra foi composta por 22 atletas com idade média de 14,7 ± 1,3 anos sendo 10 do sexo masculino e 12 do sexo feminino. Para a verificação da agilidade, foi utilizado o teste shuttle run. Os resultados do teste mostram uma tendência de 7% maior no tempo para a execução para o sexo feminino em relação ao sexo masculino. Foi verificado no presente estudo, que a agilidade dos atletas juvenis de voleibol da cidade de Irati estão a um platô regular, e baixo se considerarmos uma correlação com outros estudos. Unitermos: Agilidade. Voleibol. Juvenis.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 15, Nº 152, Enero de 2011. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
O Voleibol no Brasil se consolidou com o segundo maior esporte nacional, e esta sendo muito procurado por jovens pelas recentes conquistas tanto internamente, quanto internacionalmente. A todo ano, as equipes de base da seleção brasileira retêm vários atletas com qualidades físicas muito acima do que foi a pouco tempo atrás. O voleibol se caracteriza por ser um trabalho físico dinâmico de intensidade variável, onde ocorrem períodos de atividade muscular significante alternado com períodos de relaxamento ativo. A intensidade do jogo oscila de moderada a máxima (BARBANTI, 1990). O nível físico é muito importante para este esporte, por além de se utilizar de uma ótima preparação física, necessita de um bom aperfeiçoamento de certas valências físicas, como força, velocidade, agilidade.
Velocidade e agilidade têm pontos de encontro muito importantes, pois a agilidade é uma valência física que tem em particular às suas diversas características como velocidade de deslocamento, a velocidade de reação e a velocidade de decisão (SCHMIDT, 2001). Dentre estas características, avaliações físicas específicas e periódicas, são necessárias para que se possa montar uma preparação física adequada para uma equipe de voleibol que almeja buscar melhoria da performance dos atletas, e nessa fase, os atletas juvenis estão em um ponto de aperfeiçoamento das técnicas empregadas no esporte. TUBINO (1993), concluiu que a preparação física assumiu nos últimos tempos uma grande importância no treinamento de alta competição, evidenciando inclusive uma certeza de que os grandes resultados desportivos serão sempre correlacionados com condicionamentos físicos de padrões elevados e serão sempre com a aplicação de programas atualizados nas concepções científicas mais modernas.
Este estudo tem como objetivo avaliar os níveis de agilidade de jogadores da modalidade de Voleibol Juvenil da Cidade de Irati - PR, tanto para se obter parâmetros para melhores treinamentos específicos a suas posições, quanto caracterizar os níveis de agilidade com o desenvolvimento motor comparando com outros testes.
Metodologia
Foram avaliados 22 atletas com idade média de 14,7 ± 1,3 anos sendo 10 do sexo masculino e 12 do sexo feminino, fisicamente ativos, cada um com no mínimo experiência de 1 ano de treinamento na equipe.
Todos os avaliados leram e assinaram o Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE) autorizando a exposição dos dados obtidos em suas avaliações. Os participantes menores de idade tiveram à conscientização por parte de um responsável.
Para a verificação da agilidade, foi utilizado o teste shuttle run, ou ir e vir (DANTAS, 1995). Após o apito do avaliador o indivíduo deverá sair em direção a primeira base e conduzi-la de volta ao local de saída retornar para buscar a outra e deixá-la no mesmo ponto. A base de madeira deverá ser conduzida próxima do pé, não podendo jogá-la e, ao chegar, ela deverá ficar em um ponto demarcado no chão. Será feita duas tentativas e adotamos o menor tempo como o melhor resultado. A distância compreendida entre as linhas é de 9,14m. A mensuração do tempo deve ser feita em segundos.
A categorização dos diferentes índices de flexibilidade foi estabelecida de acordo com os critérios proposto pela AAHPERD (1976), mostrados no Quadro 1.
Quadro 1. Avaliação para o teste Shuttle Run
Masculino |
|||||
|
13 |
14 |
15 |
16 |
17 |
Excelente |
9,3 |
8,9 |
8,9 |
8,6 |
8,6 |
Bom |
10,0 |
9,6 |
9,4 |
9,3 |
9,2 |
Médio |
10,4 |
10,1 |
9,9 |
9,9 |
9,8 |
Regular |
11,0 |
10,7 |
10,4 |
10,5 |
10,4 |
Fraco |
12,4 |
11,9 |
11,7 |
11,9 |
11,7 |
Feminino |
|||||
|
13 |
14 |
15 |
16 |
17 |
Excelente |
9,9 |
9,7 |
9,9 |
10,0 |
9,6 |
Bom |
10,5 |
10,3 |
10,4 |
10,6 |
10,4 |
Médio |
11,2 |
11,0 |
11,0 |
11,2 |
11,1 |
Regular |
12,0 |
12,0 |
11,8 |
12,0 |
12,0 |
Fraco |
13,2 |
13,1 |
13,3 |
13,7 |
14,0 |
Fonte: AAHPER (1976)
Análise estatística
Para a descrição dos dados recorreu-se aos procedimentos habituais da estatística descritiva, média, desvio padrão e amplitude.
Resultados
Os resultados do teste mostram uma tendência de 7% maior no tempo para a execução para o sexo feminino em relação ao sexo masculino. Os resultados do teste de shuttle run podem ser verificados na tabela 1.
Tabela 1. Valores das médias de agilidade do teste shuttle run
Sexo |
Tempo (s) |
Masculino (n=12) |
10,3 ± 0,63 |
Feminino (n=10) |
11,1 ± 0,98 |
Total (n=22) |
10,7 ± 0,85 |
Também pode-se levar em consideração os valores individuais atingidos pelos atletas, correlacionando com a classificação da AAHPER (1976), Tabela 2.
Tabela 2. Valores individuais atingido pelos atletas (n=22)
Classificação (AAHPER, 1976) |
% |
Excelente |
10 |
Bom |
20 |
Médio |
37 |
Regular |
25 |
Fraco |
7 |
Discussão
A partir da comparação dos resultados obtidos, contatou-se que o nível de agilidade desses atletas juvenis foi de médio para bom (AHAPER, 1976). A média feminina teve valores altos em relação aos dados do estudo realizado por Vieira (2008), que desenvolveu o estudo com 9 atletas do sexo feminino, que conseguiram uma média de 10,3 ± 0,3, relacionando como bom (AHAPER, 1976). Como comparação para os resultados do grupo masculino, Massa (2003), em seu estudo que verificou a agilidade em 16 indivíduos masculinos juvenis, encontrou uma média de 9,39 ± 0,2, sendo considerado como bom (AHAPER, 1976), e também abaixo da média dos atletas juvenis de nosso estudo, que tem uma avaliação considerada média.
Outro dado encontrado pelo estudo foi a diferença entre os resultados dos sujeitos masculinos em relação ao feminino, que pode ser constatado pela tabela 2, aonde boa parte dos atletas masculinos se configura entre excelente e bom, o que não acontece com as participantes femininas, que se mantiveram na avaliação regular.
Segundo Krebs e Macedo (2005), pode-se dizer que as implicações da estrutura e composição corporal que invariavelmente surgem com a puberdade no gênero feminino, associado aos fatores socioculturais adversos à prática da atividade física, podem favorecer o encontro de um decréscimo nos índices de desempenho físico, comparado ao sexo masculino.
Outras variáveis também poderiam ser compostas nesse estudo, diferenciando as posições dos atletas, verificando juntamente com a agilidade, a força explosiva e também a flexibilidade.
Conclusão
Concluí-se que analise da agilidade para os atletas juvenis de voleibol da cidade de Irati estão a um platô regular, e baixo se considerarmos uma correlação com outros estudos.
Referencias
AMERICAN ALLIANCE FOR HEALTH PHYSICAL EDUCATION RECREATION (AAHPERD). Youth fitness test manual. Washington. 1976.
BARBANTI, V. J. Aptidão física: um convite a saúde. 2ª ed. Manole: São Paulo. 1990.
DANTAS, E. H. M. A pratica da preparação física. Shape: Rio de Janeiro, 1995. 321p.
FILHO, E. F.; MENZEL H. J.; CHAGAS M. H. Determinação Da Confiabilidade De Diferentes Testes De Velocidade/Agilidade Aplicados Na Modalidade Futsal. Revista Mineira de Educação Física.v.11, n. 1, p.47-55, 2002.
KREBS R. J.; MACEDO F. O. Desempenho da aptidão física de crianças e adolescentes. EFDeportes.com, Revista Digital. n.85, Buenos Aires 2005. http://www.efdeportes.com/efd85/aptidao.htm
MASSA M.; BÖHME M. T. S.; SILVA L. R. R.; UEZU R. Análise De Referenciais Cineantropométricos De Atletas De Voleibol Masculino Envolvidos Em Processos De Promoção De Talentos. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte. n.2, 2003.
REBELO, A. N.; OLIVEIRA, J. Relação entre a velocidade, a agilidade e a potência muscular de futebolistas profissionais. Revista Portuguesa de Ciência do Desporto, v.6, n.3, 2006.
SCHMIDT, R. A. Aprendizagem e Performance Motora: Uma abordagem da aprendizagem baseada no problema. Artmed: São Paulo, SP. 2001.
SILVA, C. D.; TUMELERO, S. Comparação física e de resposta ao treinamento para atletas da categoria infanto-juvenil em funções específicas no voleibol. EFDeportes.com, Revista Digital. n.107, Buenos Aires 2007. http://www.efdeportes.com/efd107/treinamento-para-atletas-da-categoria-infanto-juvenil-no-voleibol.htm
TUBINO, M. G. Metodologia Científica do Treinamento Desportivo. 11 ª ed. Ibrasa: São Paulo,1993.
VIEIRA N. A.; BORIN J. P.; PADOVANI C. R.; PADOVANI C. R. P. Efeito Do Treinamento De Resistência De Força No Sistema Neuromuscular Em Atletas De Voleibol. Revista Conexões. v.6, n. especial, Campinas. 2008.
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