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Uso do hormônio do crescimento no esporte

El uso de la hormona del crecimiento en el deporte

Use of hormone growth over the sport

 

*Acadêmica do curso de Farmácia

**Farmacêutico e professor doutor

***Farmacêutica e professora doutora

do Centro Universitário Metodista do IPA

(Brasil)

Vanessa Olsever*

Marcello Mascarenhas**

Lucila Ludmila Paula Gutierrez***

mmasca@terra.com.br

 

 

 

 

Resumo

          Este estudo teve como objetivo realizar uma revisão da literatura sobre o uso do hormônio do crescimento no esporte, baseado em referencias nacionais e internacionais através das bases de dados da CAPES, Pubmed, Scielo, Medline, Journal Free Medical, do ano de 2000 até o presente. O uso do hormônio do crescimento de forma abusiva é supostamente motivado pelos atletas devido suas propriedades anabolizantes e lipolíticas, sendo amplamente utilizado no esporte como uma droga ergogênica para melhorar o desempenho atlético de esportistas.

          Unitermos: Hormônio do crescimento. Hormônio hipofisário do crescimento. Doping nos esportes. Fisiologia no esporte.

 

Abstract

          This study aimed to review the literature on the use of growth hormone in sport, based on international and national referrals through the database of CAPES, Pubmed, Scielo, Medline, Free Medical Journal, from 2000 to the present. The abuse of growth hormone is supposedly motivated by athletes due to their anabolic and lipolytic actions, being widely used in the sport as an ergogenic drug to improve athletic performance.

          Keywords: Growth hormone. Pituitary growth hormone. Doping in sports. Physiology in sports.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 15, Nº 151, Diciembre de 2010. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    Desde a antiguidade, os atletas têm tentado ganhar vantagem competitiva através do uso de substâncias dopantes, consideradas como substâncias proibidas no esporte. Existe uma lista destas drogas proibidas no esporte que são publicadas anualmente pela Agência Mundial Anti-Doping (WADA). Segundo a WADA, uma substância ou método (como doping genético, manipulação farmacológica química ou física de urina, entre outros) pode ser incluído nesta lista se cumpre pelo menos dois dos seguintes critérios: melhorar o desempenho esportivo, representar um risco para a saúde do atleta ou violar o “espírito” do esporte (BARROCO; MAZZONI; RABIN, 2008). Esta lista, constantemente atualizada para refletir os novos desenvolvimentos na indústria farmacêutica, bem como as tendências de doping, classifica os tipos de drogas e métodos proibidos dentro e fora de competições. Entre as substâncias incluídas destaca-se o hormônio do crescimento, como sendo uma substância proscrita e classificada como S2- Hormônios e Substâncias relacionadas (WADA, 2009).

    Ainda que até agora a maioria dos casos de doping no esporte têm sido causados por esteróides anabolizantes, o surgimento de técnicas de biologia molecular tornou o hormônio do crescimento humano recombinante (rhGH) disponível entre atletas. Estas substâncias estão progressivamente mudando o panorama das tendências de doping. Os hormônios peptídicos, como a eritropoietina (EPO), hormônio do crescimento humano (hGH), insulina e insulin-like growth factor I (IGF-I) são amplamente utilizados para melhorar o desempenho no esporte. Além disso, como há uma escassez de técnicas adequadas para a sua detecção, os hormônios peptídicos estão se tornando cada vez mais atraentes para os atletas (BARROCO; MAZZONI; RABIN, 2008).

    O hormônio do crescimento (Growth hormone ou GH) é um hormônio polipeptídico de 191 resíduos de aminoácidos secretado pela glândula hipófise. Esta glândula secreta o GH em um padrão pulsátil e os principais estímulos para a secreção de GH em humanos são o sono e o exercício físico, entre outros (RIGAMONTI, et al. 2005). Esta substância é amplamente utilizada, tanto por atletas, como por praticantes de atividade física, por acelerar a oxidação dos ácidos graxos e aumentar a captação de aminoácidos. Assim, os esportistas a utilizam com o objetivo de aumentar sua massa muscular, uma vez que este hormônio apresenta uma ação anabólica e lipolítica. Os atletas levam em consideração apenas o seu lado benéfico, mas esquecem dos efeitos colaterais, como o efeito diabetogênico secundário à diminuição do transporte de glicose, através da membrana celular, o edema periférico, o hipotireoidismo, a ginecomastia, entre outras (VILLAÇA, et al. 2005). Deste modo, o nosso estudo tem como objetivo fazer uma revisão bibliográfica sobre a ação fisiológica do GH e relacionar seu abuso no esporte.

Metodologia

    O presente estudo caracteriza-se por ser uma revisão bibliográfica baseada em referencias nacionais e internacionais através das bases de dados da CAPES, Pubmed, Scielo, Medline, Journal Free Medical, do ano de 2000 até o presente, procurando artigos originais e de revisão sobre a relação entre uso do hormônio do crescimento e o esporte a partir dos seguintes descritores: hormônio do crescimento, hormônio hipofisário do crescimento, doping nos esportes, fisiologia do esporte.

Hormônio do crescimento: uso no esporte

    O uso do GH utilizado para melhora do desempenho no esporte foi descrito pela primeira vez por Duchaine (1983) na obra “Underground Steroid Handbook” em 1983. Embora se acredite que o uso do GH seja evidente no meio esportivo, as provas e contraprovas sobre o seu abuso são episódicas e circunstanciais, em grande parte, devido às dificuldades técnicas de laboratório na detecção de situações de abuso (BUZZINI, et al, 2007).

    No esporte, o uso do hormônio do crescimento de maneira abusiva é supostamente devido as suas propriedades anabolizantes. Desde então, o GH tem sido considerado como uma droga ergogênica, entretanto, continuamente, fontes oficiais e não oficiais mostram que a utilização abusiva no esporte vem aumentando (SAUGY, et al. 2006). Supõe-se que o GH tornou-se tão popular entre os atletas que os Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996, foram informalmente conhecidos como “jogos do hormônio do crescimento” (REIMOLDS, 2006).

    Sabe-se que, com o exercício, a liberação de GH é estimulada. Além disso, a liberação deste hormônio é progressivamente maior quanto mais intenso for o exercício. O mecanismo pelo qual isso ocorre é devido à produção de opiáceos endógenos, estimulada pelo o exercício. Estes opiáceos inibem a produção de somatostatina, um hormônio que reduz a liberação de GH. Por exemplo, em uma sessão de treinamento de um corredor velocista (basicamente anaeróbia), os níveis de GH normalmente atingem valores mais altos do que numa sessão de um fundista (essencialmente aeróbica). Especula-se que isso ocorra porque as adaptações necessárias ao primeiro envolvem mais síntese tecidual (formação de massa muscular) do que as necessárias para o segundo. É comprovado, também, que indivíduos destreinados apresentam uma liberação maior de GH que os treinados (KRUEL; CANALI, 2001).

Hormônio do crescimento: aspectos farmacológicos

    A meia-vida sérica do GH livre é de cerca de 20 minutos após a secreção ou injeção intravenosa e se prolonga durante várias horas devido à secreção de GHBP (growth hormone binding proteins). Após a administração subcutânea ou intramuscular, as concentrações sanguíneas do GH atingem um pico entre 1 e 3 horas após a injeção e diminui para níveis indetectáveis depois de 24 horas. Nos adultos, a produção endógena de GH é de aproximadamente 0,4 mg/dia (18,6 nmol/dia), e nos jovens adolescentes, cerca de 0,7 mg/ dia (32,5 nmol/ dia). Nos adultos, com idade entre 30 a 50 anos, a produção endógena de GH é de aproximadamente 0,2 mg/ dia em mulheres e 0,1 mg/ dia em homens (BUZZINI, et al, 2007).

    Conforme a portaria nº 67, de 1º de janeiro de 2006, o hormônio do crescimento humano recombinante (rhGH), que é a forma que este hormônio é vendido comercialmente, é considerado um medicamento excepcional. As apresentações comerciais disponíveis no Programa de Medicamentos Excepcionais são de 4 e 12 UI por frasco ampola. A fórmula de conversão é 3 UI equivalem a 1mg. Existem apresentações comerciais com volumes de diluente diferentes para a mesma dose de hormônio, o que deverá ser observado quando da prescrição e orientação ao paciente (BRASIL, 2006).

    A freqüência de uso e a dosagem são difíceis de avaliar, mas informações sugerem que os atletas que abusam do GH usam em torno de 10-25 UI/ dia, três a quatro vezes por semana, aumentando a sua massa corporal magra. Na média, a dose utilizada é de cerca de 4 UI/ dia, em combinação com outros agentes de doping, como esteróides anabolizantes, em esportes de energia, e eritropoietina, em esportes de resistência. O GH é freqüentemente administrado em ciclos de quatro a seis semanas, semelhante aos casos de esteróides anabolizantes na musculação. Nos esportes de resistência, pouco se sabe sobre a utilização ótima do GH como doping em combinação com outros produtos. Sendo assim, a eficácia do GH, na melhoria do desempenho no esporte, ainda está em debate entre os usuários. Os efeitos positivos do GH, descritos em adultos com deficiência, não são tão claros entre os atletas. Embora muitos desses efeitos relatados indiquem algum efeito positivo sobre a massa muscular, são difíceis de diferenciar os benefícios obtidos quando o GH é administrado em associação com esteróides anabolizantes, ou mesmo se o GH utilizado foi um produto menos eficaz. O uso de GH, como um agente anabólico, ainda parece ser generalizado, mas é difícil investigar a extensão do fenômeno (SAUGY, et al. 2006).

Hormônio do crescimento no esporte: agente de doping

    O termo doping, derivado da palavra dop em Holandês, significa o nome de uma bebida alcoólica feita de cascas de uvas utilizada pelos guerreiros Zulu, a fim de melhorar suas habilidades em batalhas (WADA, 2009). O doping é definido pelo código da WADA (2009) como a administração ou o uso por atletas de qualquer substância estranha ao organismo ou de qualquer substância fisiológica em quantidade anormal, cujo objetivo é aumentar artificialmente e desleal o seu desempenho na competição. No Brasil, conforme a Resolução Nº2 de 5 de maio de 2004 do Ministério dos Esportes, Art. 1º, conceitua-se doping como substância, endógena ou exógena, agente ou método capaz de alterar o desempenho do atleta, a sua saúde ou espírito do jogo, por ocasião de competição desportiva ou fora dela (BRASIL, 2006).

    Conforme visto, o doping no esporte tem uma longa história, sendo o atleta impulsionado a usar substâncias proscritas pelo desejo de vencer independente do mecanismo utilizado (RIGAMONTI, et al, 2005).

    O GH foi primeiramente extraído e purificado de glândulas pituitárias humanas em 1956 e desvendado por promover o crescimento em animais com hipopituitarismo, e logo passou a ser utilizado para tratar crianças com essa mesma deficiência, restabelecendo dramaticamente o crescimento. Os efeitos benéficos em adultos foram observados, pela primeira vez, em 1962, quando se constatou o aumento de energia e sensação de bem-estar de uma mulher adulta com hipopituitarismo (HOLD; EROTOKRITOU-MULLIGAN; SONKSEN, 2009).

    O tratamento com GH para pacientes com deficiência do mesmo era realizado inicialmente com a administração de GH obtido a partir da hipófise de cadáveres humanos. Porém, esta forma de tratamento foi suspensa em 1985 por estar relacionada à ocorrência da doença de Creutzfeldt-Jakob (encefalopatia, caracterizada por demência lentamente progressiva). Nesse mesmo período, tornou-se disponível o hormônio do crescimento humano recombinante (rhGH), uma forma biosintética desenvolvida através da engenharia genética, que substituiu o tratamento anterior, apresentando bons resultados em pacientes com deficiência do mesmo. Esta forma de GH tem uma seqüência de aminoácidos idêntica ao hormônio natural de 22 kilodaltons (SAUGY, et al. 2006).

    Sabe-se que o uso do GH melhora o desempenho atlético; motivo pela qual recebeu, recentemente, atenção mundial. Esta prática, muitas vezes, chamada doping esportivo, é proibida pela maioria das ligas e associações esportivas profissionais, incluindo o Comitê Olímpico Internacional (GOODFREY; MADGWICK; WHYTE 2003).

    Segundo Lancha Júnior (2002), há três tipos de benefícios procurados pelos atletas com relação ao contexto esportivo: aumento da síntese protéica no músculo esquelético (hipertrofia); aumento a utilização de reservas de gordura; aumento da capacidade de reposição de danos musculares.

    Existem dois grandes grupos de esportistas que abusam do GH: o primeiro compreende elites atléticas competitivas, como nadadores e ciclistas, e, no segundo, talvez maior, seja o grupo constituído por competidores fisiculturistas. Em ambos os grupos, mais especificamente no último, o GH é auto-administrado, sem qualquer supervisão médica. As enormes doses injetadas e às vezes simultâneas com o abuso de outras substâncias, tais como os esteróides anabolizantes, provocam freqüentes efeitos colaterais que podem ser graves e até mesmo fatais (JENKINS, 2001). Também é atribuída ao uso exagerado do GH a causa de casos de morte súbita por parada cardíaca em atletas (KRUEL; CANALI, 2001).

    Vários casos de doping pelo uso de GH foram relatados na história do esporte recente. Ben Johnson (ex-velocista canadense, considerado o homem mais rápido do mundo) perdeu sua medalha de ouro, conquistada pelo recorde mundial dos 100 metros rasos, nos jogos olímpicos de Seul, pois admitiu o uso de um coquetel de drogas contendo GH. O nadador chinês Yuan, foi convidado a deixar o Campeonato Mundial de Natação de 1999, depois de serem encontrados 13 frascos de GH humano em seus pertences. Mais recentemente, durante uma comissão jurídica, Tim Montgomery, ex-atleta recordista que conquistou recorde dos 100 metros rasos, admitiu ter recebido um suplemento de GH com esteróides por 8 semanas (MCHUGH, et al. 2005).

Hormônio do crescimento: métodos de detecção

    Nas últimas duas décadas, o hormônio do crescimento tem sido considerado como uma droga que melhora o desempenho no mundo do esporte, certamente favorecida pela percepção de que ainda não há um método aprovado para a detecção de seu abuso (RIGAMONTE, et al. 2005).

    A detecção do abuso do GH apresenta muitos desafios. Ao contrário de muitas substâncias de abuso, como os sintéticos esteróides anabolizantes, o GH é uma substância naturalmente secretada em nosso organismo e, assim, sua utilização e administração exógena deve apresentar concentrações superiores as da detecção de referências estabelecidas e a exclusão de uma causa patológica, tais como acromegalia. As soluções possíveis incluem a repetição do teste após um período de abstinência conhecido, exame clínico detalhado e investigação. A detecção é dificultada pelo fato de que o hormônio do crescimento humano recombinante e endógeno tem idênticas seqüências de aminoácidos (MCHUGH, et al. 2005).

    As limitações na detecção de GH incluem seu padrão de biodisponibilidade, sua concentração e seu tempo de meia vida, que é considerado curto por ser de 20 minutos. Além disto, ocorre um aumento do pico de sua secreção duas horas após o exercício (WALLACE, et al. 2000).

    O controle de dopagem foi iniciado em 1989, com metodologia do COI (Comitê Olímpico Internacional), quando o Laboratório de Controle de Dopagem (LAB DOP) do Laboratório de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (Ladetec) do Instituto de Química (IQ) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) - Ladetec-IQ/UFRJ - contou com o apoio decisivo do Comitê Brasileiro de Futebol (CBF) e da Comissão Médica do Comitê Olímpico Internacional, para realizar o controle antidoping da Copa América de Futebol de 1989. Técnicas de análise como a cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas foram desenvolvidas e demonstraram seu potencial para diagnosticar o uso abusivo de substâncias no doping (AQUINO NETO, 2001).

    Direções futuras de investigação podem incluir o uso de outras plataformas para a identificação de isoformas do GH e marcadores utilizados nas abordagens atuais. Novas plataformas de imunoensaio, incluindo partículas multicomplexas baseadas em ensaios de citometria de fluxo e como o sistema Luminex, representam avanços técnicos que vão reforçar a aumentar a eficiência e sensibilidade dos testes. Os métodos de espectrometria de massa podem também ser aplicados a quantificação das isoformas do GH e marcadores de resposta. Recentemente, foi implantada a quantificação da suplementação de IGF-I (Insulin like Growth Factor-I) e IGFBP-3 (Insulin like Growth Factor Binding Protein-3) no soro humano através de cromatografia líquida/ espectrometria de massa em tandem (LC-MS / MS), utilizando isótopos estáveis sintéticos de peptídeos rotulados como normas internas (NELSON; HO, 2008).

    Quanto ao diagnóstico laboratorial para o doping, são mais empregadas as técnicas de cromatografias (cromatografia em fase gasosa e cromatografia liquida de alta eficiência) e os imunoensaios. A espectrometria de massa associada aos processos de cromatografia em fase gasosa ou fase líquida são consideradas técnicas confirmatórias da presença de dadas substâncias, como os hormônios peptídicos (entre eles o GH) e glicoprotéicos (OGA; CAMARGO; BATISTUZZO, 2007).

    Existem duas abordagens principais que têm sido investigadas para detectar o abuso de GH: a primeira é baseada na detecção de diferentes isoformas do GH hipofisário, enquanto a segunda baseia-se na medição do GH e proteínas dependentes. Em ambas as metodologias podem ser utilizadas imunotestes e, portanto, estão sujeitas à exigência da WADA, que preconiza que se utilizem dois ensaios distintos para detectar epítopos diferentes, sendo necessários para verificar a presença da isoforma ou marcador (MCHUGH, et al. 2005).

    Todo o medicamento de uso controlado deve realizar esse controle independente dos riscos inerentes ao seu uso na terapêutica. Mesmo medicamentos “inócuos” nas dosagens recomendadas podem provocar reações adversas quando administrados em doses excessivas ou por períodos prolongados. É extremamente importante alertar os atletas e a população em geral sobre os efeitos maléficos do abuso das mesmas (AQUINO NETO, 2001).

    Efeitos secundários graves têm sido descritos, tanto nos pacientes tratados com GH, como em atletas. São eles: hipertensão intracraniana, alterações visuais, dor de cabeça, náuseas, vômitos, edema periférico do túnel do carpo, artralgia, mialgia, características acromegálicas (crescimento desproporcional das extremidades, como alargamento do nariz e maxilar), hipertensão arterial, cardiomegalia, aumento de risco cardiovascular, resistência à insulina e diabetes (TENTORI; GRAZIANE, 2007), causando também alterações na pele, como aumento de nevos melanômico e mudanças na textura da pele (GOLDFRANK, et al. 2002).

    Uma vez que o GH é administrado também por via parentérica, existe um risco de transmissão de infecção; devido aquisição da substância pelo mercado clandestino, através de cadáver, pode ocorrer o risco com a doença de Creutzfeldit-Jacob. O uso do hormônio do crescimento associado IGF-1, em longo prazo, pode aumentar os riscos câncer de próstata (GOLDFRANK, et al. 2002).

Considerações finais

    Conforme visto, o hormônio do crescimento é amplamente utilizado de forma abusiva por atletas, em função de suas propriedades anabolizantes e lipolíticas. Além disto, há limitações para a sua detecção, uma vez que a cinética do rhGH é quase idêntica a que é produzida naturalmente pelo nosso organismo. De fato, o uso abusivo do hormônio do crescimento no esporte não é uma boa alternativa, pois além de contrariar os valores do esporte, ele também pode causar sérios danos ao atleta, comprometendo sua saúde e podendo levar a conseqüências que sejam fatais.

Referências bibliográficas

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