Influências sócio-culturais sobre as mudanças corporais e sobre a imagem corporal de adolescentes Influencias socioculturales sobre los cambios corporales y sobre la imagen corporal de adolescentes |
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*Graduados em Educacão Física pela Faculdade Adventista de Hortolândia **Doutora em Educacão Física pela Unicamp **Professora Titular na Faculdade Adventista de Hortolândia (Brasil) |
Erik de Almeida França* Gisele Zilli Pércio França* Helena Brandão Viana** |
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Resumo A história vivida por cada ser humano traz experiências únicas que servirão como ponto de partida para a construção de sua imagem corporal. Na fase da adolescência mudanças físicas e cognitivas estão constantemente sendo transformadas e estas novas experiências serão responsáveis por formar a identidade deste adolescente. O objetivo desta pesquisa foi analisar a percepção da imagem corporal na adolescência. O presente estudo trata-se de uma revisão bibliográfica e de uma pesquisa de campo de caráter qualitativo, onde utilizamos um questionário composto de uma escala completa e de algumas questões de outras duas escalas. Foram utilizados os seguintes instrumentos: Gráfico de Apreciação do Próprio Corpo (Penna,1990), Teste “A minha Imagem Corporal” (Rodrigues,1999/adaptado por Lovo, 2001) e Modelo de Avaliação da Confiança na Auto-Apresentação Física (CAAF – Ryckman et. al., 1982), sendo diferenciado por gênero e faixa etária e validadas para este fim. Observamos com este projeto que o adolescente é fortemente influenciado pela mídia e sociedade, podendo assim sofrer com insatisfações corporais. Diante disto, podemos concluir que o professor de Educação física tem um papel de extrema importância em relação a seus alunos, pois ele pode intervir e auxiliar seus alunos quando necessário, abordando em suas aulas temas que estimulem a conscientização e satisfação com seu próprio corpo. Unitermos: Imagem corporal. Adolescência. Educação Física.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 15, Nº 151, Diciembre de 2010. http://www.efdeportes.com/ |
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Desenvolvimento da imagem corporal
Segundo Mataruna (2004) “A Imagem Corporal se desenvolve desde o nascimento até a morte, dentro de uma estrutura complexa e subjetiva, sofrendo modificações que implicam na construção contínua e reconstrução incessante, resultante do processo de estímulos”.
Acreditamos que o desenvolvimento da imagem corporal se inicia no período gestacional, onde o feto apresenta sensações e percepções do mundo através do contato com sua mãe, e que vão sendo construídas através da interação entre o eu e o mundo. Quanto maior forem os estímulos e as possibilidades de novas experiências do recém nascido durante toda sua trajetória de vida, mais completa será a formação da sua imagem corporal.
Segundo Lapierre, 1984 (apud Mataruna, 2004) é por volta do oitavo mês de vida que ocorre o surgimento da identidade corporal, onde o corpo se reúne com uma imagem global que aparece durante o estágio do espelho, que ainda é imperfeita, mas que se aprimora.
Montardo (2002), afirma que nos anos pré-escolares a criança começa a formar o seu conceito a respeito da imagem corporal. Com o tempo, ela começa a aprender e compreender o significado das diferenças, como por exemplo, a diferença de cor ou raça, das palavras bonito e feio, entre outras. Por volta dos cinco anos, a criança aprende a comparar a si com os outros, mesmo não tendo total noção dos limites do seu corpo.
A criança vai adquirindo conhecimento à medida que ela experimenta o contato com os outros e com o mundo ao seu redor. Esse contato, familiar ou social, serve como estímulo para a formação da identidade da criança.
Assim, percebemos que o desenvolvimento da imagem corporal encontra-se em paralelo ao desenvolvimento da identidade da pessoa e, com base na experiência particular que diferentes pessoas interpretam de forma distinta uma determinada situação.
Para Ramos (2002), a criança sente o seu próprio corpo através dos sentidos ao seu redor, ocupando um lugar único no ambiente e no tempo, percebendo os sons, sentindo os cheiros e os sabores, a dor e o calor, movimentando-se por completo diante da imagem do todo. O seu corpo é o centro de suas ações, emoções e afeições, o seu apoio, seu referencial para si e para o outro, o ponto de contato e de extrema relação com o próximo.
Na visão de Mataruna (2004) “A imagem do todo acontece quando ela se vê no espelho. Ela passa então da imagem do corpo fragmentado à compreensão da unidade de seu corpo como um todo organizado”.
As experiências corporais que determinam a imagem corporal corroboram para a modelação de um esquema que refletirá na adolescência e na vida adulta. Sua forma poderá ser lapidada, porém terá seus elementos da construção inicial preservados, apesar das transformações ocorridas ao longo de toda a vida (MATARUNA, 2004 apud PACANARO e NASCIMENTO).
A imagem do corpo revela-se de forma gradativa na criança, onde a construção de um corpo através de uma experiência precoce e inconsciente por parte da criança está se desenvolvendo, estando finalizada por volta dos quatro ou cinco anos.
Assim, vemos que a imagem corporal é única em cada pessoa e, cada um a constrói de maneira singular. Ela está diretamente ligada à experiência que cada um possui com o corpo e com o meio a sua volta.
Como Merleau-Ponty (1999) relata:
Tudo aquilo que sei do mundo, mesmo por ciência, eu sei a partir de visão minha ou de uma experiência do mundo, sem a qual os símbolos da ciência não poderiam dizer nada (MERLEAU-PONTY 1999, p.3).
Como a Educação Física pode auxiliar na formação da imagem corporal do adolescente
A Educação Física exerce um papel muito importante, pois é capaz de desenvolver situações que podem facilitar o processo de desenvolvimento da imagem corporal do adolescente.
O processo de ensino e aprendizagem em educação física, portanto, não se restringem ao simples exercício de certas habilidades e destrezas, mas sim de capacitar o indivíduo a refletir sobre suas possibilidades corporais e, com autonomia, exercê-la de maneira social e cultural (PCN, 1997, p.33)
Tavares (2003, p.121) diz ser imprescindível que o profissional tenha sua Imagem Corporal bem desenvolvida, pois se houver aceitação de seu corpo, tendo consciência dos significados das manifestações corporais, este profissional tende ser mais flexível em suas relações e reconhecerá com mais facilidade o espaço do outro.
O excesso ou a falta de contato corporal entre professor e aluno não é uma habilidade que desenvolvemos de forma puramente cognitiva, ou seja, precisamos obter uma familiarização com as nossas sensações, reconhecer as nossas necessidades e conhecer os significados de nossas percepções.
Segundo Tavares (2003), é importante que o profissional tenha uma proposta de trabalho cujo significado seja muito importante em sua vida, onde uma intervenção, importante ou especial, valha a pena ser realizado. Porém, para que haja uma boa proposta de trabalho, o profissional precisa ter amplo conhecimento dos aspectos afetivos, fisiológicos e sociais, para que assim possa estar apto em dar segurança ao aluno durante o processo de aprendizagem.
Um processo significativo de desenvolvimento da imagem corporal pode ser interrompido por um aspecto fisiológico [...] O conhecimento, o mais amplo possível desses aspectos (fisiológicos, afetivos e culturais) é importantíssimo para que o profissional possa conduzir o processo com segurança e consistência (TAVARES 2003, p.125).
Independente da área de atuação ou da modalidade de intervenção, o profissional precisa ter o conhecimento sobre as circunstâncias em que o trabalho será realizado, onde será realizado e como será realizado, para que assim possa ter um preparo maior e adequado ao dimensioná-lo de forma real para que o mesmo seja concretizado.
Assim, observamos que a relação entre a imagem corporal dos alunos e o profissional de educação física é inseparável, ou seja, ocorrem de maneira simultânea e contínua. A consciência de si baseada no reconhecimento da própria imagem, é um caminho promissor para a transformação do corpo-objeto em um corpo-sujeito no contexto de uma vida social significativa e prazerosa.
Sendo assim, é necessário que esse profissional compreenda esses conceitos de imagem corporal e seus componentes, para que ele possa intervir de forma efetiva buscando por resultados mais positivos e direcionando assim suas aulas com conteúdos mais contundentes. Pois, só assim o profissional terá consciência de que o foco está nas necessidades dos alunos, podendo desta forma orientá-los em um processo consistente e coerente na busca de uma melhor qualidade de vida.
Material e método
Objetivos
Analisar a percepção da imagem corporal de adolescentes, diferenciando por gênero e faixa etária, através de 3 escalas elaboradas e validadas para este fim.
Instrumentos utilizados
Foi utilizado um questionário composto por três instrumentos. O primeiro, que é o Gráfico de Apreciação do Próprio Corpo (Penna, 1990), tem como objetivo principal determinar áreas do corpo que podem ser menos apreciadas do que outras (Anexo III). O segundo instrumento, é a escala de Imagem Corporal de Rodrigues (1999, adaptado por LOVO, 2001) cujo objetivo é saber qual é a opinião do respondente sobre a sua imagem Corporal. Desta escala foram utilizadas as questões 1.2, 2.1 2.2, 3.1a, 3.2c, 3.4b, 4.1, 4.2, 4.3, 4.4, 5 e 6 da escala original (Anexo IV). O terceiro instrumento é o Modelo de Avaliação da Confiança na Auto-Apresentação Física (CAAF de Ryckman et. al., 1982), cujo objetivo é avaliar a percepção dos indivíduos sobre a capacidade de realizar tarefas utilizando habilidades físicas. Foram utilizadas as questões 3, 8 e 10 da escala original (Anexo V).
Coleta de dados
A pesquisa foi realizada com adolescentes em idade escolar na Universidade Adventista São Paulo (UNASP) localizado na cidade de Hortolândia, interior do estado de São Paulo. A coleta de dados foi realizada com 79 participantes onde estes estão divididos em alunos do 6º Ano do Ensino Fundamental II, 9º Ano do Ensino Fundamental II e 3º Ano do Ensino Médio.
Foram coletados 31 questionários do 6º Ano, sendo 14 do sexo masculino e 17 do sexo feminino; 23 questionários do 9º Ano, sendo 14 do sexo masculino e 9 do sexo feminino; e 25 questionários do 3º Ano, sendo 12 do sexo masculino e 13 do sexo feminino, totalizando 79 participantes. Para que a pesquisa fosse realizada os participantes deveriam ter o Termo de Consentimento Autorizado (Anexo I), assinado pelos responsáveis, por este motivo o questionário não foi realizado com todos os alunos de cada turma.
O questionário foi aplicado no mês de abril de 2008, em uma sala de aula reservada para a pesquisa, os alunos foram divididos por série, ou seja, cada dia foi uma série diferente, onde estes eram divididos por sexo para que não houvesse constrangimento ao responder as perguntas. O 6º Ano teve maior dificuldade em entender o questionário, por este motivo os aplicadores tiveram que ler as questões, de modo que não interferisse na resposta pessoal dos alunos. O restante dos alunos do 9º e 3º Anos realizaram a pesquisa sem maiores dificuldades.
Descrição da amostra
A faixa etária dos entrevistados ficou entre 10 e 17 anos, os mesmos estão divididos em 38 meninos e 41 meninas; o peso mínimo foi de 30 kg e o máximo foi de 103 kg e a altura mínima foi de 1,32m e a máxima foi de 1,83m.
Nossa amostra foi dividida em 3 grupos, onde tivemos:
31 alunos do 6º Ano do Ensino Fundamental II dos quais, 14 são meninos e 17 são meninas; a faixa etária está entre 10 e 11 anos; os meninos e as meninas tiveram o peso mínimo de 31 kg e 30 kg e o máximo de 64 kg e 49 kg, respectivamente; e a altura dos meninos e das meninas foi respectivamente de 1,32m e 1,38m mínimo e 1,66m e 1,57m máximo.
Alunos do 9º Ano do Ensino Fundamental II: Dos 23 participantes da amostra, 9 são meninos e 14 são meninas; a faixa etária está entre 13 a 15 anos; os meninos e as meninas tiveram o peso mínimo de 46 kg e 42 kg e o máximo de 100 kg e 88,2 kg, respectivamente; e a altura dos meninos e das meninas foi respectivamente de 1,57m e 1,52m mínimo e 1,80m e 1,75m máximo.
Alunos do 3º Ano do Ensino Médio: Dos 25 participantes da amostra, 15 são meninos e 10 são meninas; a faixa etária está entre 16 e 17 anos; os meninos e as meninas tiveram o peso mínimo de 57 kg e 46 kg e o máximo de 100 kg e 103 kg, respectivamente; e a altura dos meninos e das meninas foi respectivamente de 1,64m e 1,60m mínimo e 1,83m e 1,68m máximo.
Do total, 54 participantes afirmaram que praticam atividades físicas, 17 participantes afirmaram não praticar atividade física e 7 participantes relataram que apenas às vezes praticam atividade física
Apresentação de resultados – Meninos
Figura 1. Apreciação do Próprio Corpo – Parte 1
No questionário de Apreciação do Próprio Corpo (Lovo, 2001) os participantes deveriam relatar até três partes ou órgãos do corpo que menos são apreciadas por eles. Na segunda parte deste questionário, onde os representantes deveriam relatar o porquê de não gostarem de determinadas partes do seu corpo. A Figura 1 está especificando os itens mais citados pelo sexo masculino, cujas partes do corpo menos apreciadas por eles foram: a barriga em primeiro lugar, com diferença relevante aos outros itens, e em segundo lugar o pé, e os demais sendo a perna, a mão e o braço.
Serão mostradas e analisadas as porcentagens de cada item do gráfico acima, apontando o porque da insatisfação com essas partes do corpo:
Figura 2. Apreciação do Próprio Corpo - Barriga
A barriga é sem dúvidas o principal órgão que causa a insatisfação corporal nos jovens de hoje, e a mídia juntamente com a sociedade tem um papel importante sobre isto.
Como observamos no gráfico acima, 28% dos meninos relataram que a principal causa de não gostarem da barriga é porque dizem ser grande, 19% acham que sua barriga é feia e outros 19% gostariam que sua barriga tivesse uma aparência diferente, e isto seria “comum” porque a maioria dos jovens de hoje são influenciados pelos meios de comunicação e gostariam de ter um corpo bem “sarado”.
De acordo com Cavasin; Arruda (1998), a mídia, através dos personagens das novelas, fornece idéias, ou concretiza fantasias que fogem ao que habitualmente o jovem tem como ideal proposto pela família. Apresenta freqüentemente imagens irreais do que significa ser homem ou mulher
Figura 3. Apreciação do Próprio Corpo - Pé
Foi surpreendente perceber que 26% dos meninos gostariam que seu pé tivesse uma forma diferente, 24% disseram que acham o pé feio e 21% dos respondentes reclamaram do pé ser grande demais; isto é normal, já que seu corpo está sofrendo mudanças de desenvolvimento a cada instante e é comum que este se sinta desproporcional ao seu corpo.
Figura 4. Apreciação do Próprio Corpo - Perna
Novamente, como já citamos nos gráficos acima, o corpo idealizado pela mídia causa insatisfações nos jovens. Como podemos observar neste gráfico, 27% dos meninos afirmaram que sua perna é magra/fina demais, 20% afirmaram ser grande/gordo/grosso e outros 20% gostariam de ter mais força e flexibilidade nas pernas. Acostumados a ver os atletas com pernas tão musculosas, acabam querendo que a sua perna ainda em desenvolvimento fique igual à deles, já que nesta fase é normal que os adolescentes sejam seguidores de líderes.
Figura 5. Apreciação do Próprio Corpo - Mão
Como podemos ver no gráfico acima, 50% dos meninos acham que sua mão é feia, embora 30% não sabem o porquê de não gostarem, é o que muitas vezes acontece entre os adolescestes que dizem não gostar de determinado órgão, só que não sabem o por quê.
Figura 6. Apreciação do Próprio Corpo - Braço
Como observamos na figura acima, 42% nos meninos acham seu braço pequeno, 25% gostariam que tivesse uma aparência diferente e outros 25% gostariam de ter mais força, tudo indicando apenas o que já citamos acima nos outros órgãos, onde os adolescentes sempre visam chegar à perfeição imposta pela sociedade e, aqueles que não conseguem chegar a este padrão desejado sofrem muito (são rejeitados).
Como uma criação sociocultural, no corpo se inscreve idéias, crenças, as imagens que se fazem dele. Se a imagem dominante, valorizada socialmente for de uma pessoa magra, emagrecer será o ideal de todos.
Como já estudamos no capítulo 2 sobre os adolescentes, percebemos que estas reclamações são convenientes, já que esta fase é cheia de mudanças físicas. O pé, a perna, a mão e o braço mais citados por eles, são partes que realmente em determinadas épocas, ficam desproporcionais ao seu corpo, podendo assim causar certas insatisfações nos mesmos.
Meninas
Figura 7. Apreciação do Próprio Corpo – Parte 1
Este gráfico está especificando os itens mais citados pelo sexo feminino, onde as partes do corpo menos apreciadas por elas foram o pé, o cabelo, a perna, a barriga e o nariz, onde a somatória das três vezes citadas está disposta na seguinte ordem: o nariz em primeiro lugar, a perna, a barriga, o pé e o cabelo com a mesma porcentagem de votos.
Serão mostradas e analisadas as porcentagens de cada item do gráfico acima, em relação ao porque da insatisfação:
Figura 8. Apreciação do Próprio Corpo – Pé
Como podemos observar na figura acima, 43% das meninas afirmaram que seu pé é grande/gordo/grosso, 22% disseram ser feio, 21% gostariam que fosse diferente e apenas 7% acharam pequeno/magro/fino, e os outros 7% não sabem o porquê de não gostarem do seu pé.
Figura 9. Apreciação do Próprio Corpo – Cabelo
O resultado mostrado nesta figura é impressionante, pois 29% das meninas afirmaram que não gostam do seu cabelo, porém não sabem o por quê. 26% gostariam que fosse diferente, por exemplo, a menina com cabelo liso gostaria que fosse cacheado, e vice-versa. Algo interessante foi que as duas respondentes que tinham o cabelo crespo reclamaram que o seu cabelo era fino, e por isto não crescia e tinham vergonha por não ter o cabelo igual ao das outras colegas (isto foi relatado por alunas do 6º Ano do Ensino fundamental lI). 18% afirmaram ser feio e 15% afirmaram ser grosso/ volumoso.
Figura 10. Apreciação do Próprio Corpo - Perna
Como observamos, 45% das respondentes mencionaram achar sua perna grande/gordo/grosso, embora 19% afirmaram que sua perna é pequena/magra/fina. O padrão é estabelecido pela mídia/sociedade, e elas querem ficar iguais, nem mais nem menos, e isto é grande motivo para que haja grande insatisfação entre as mulheres. 13% mencionaram ser feia e outros 13% gostariam que tivesse aparência diferente. Interessante que apenas 7% relataram que gostariam que sua perna tivesse mais força/flexibilidade, talvez musculosas, e 3% sentem vergonha de sua perna.
Figura 11. Apreciação do Próprio Corpo - Barriga
É impressionante ver o resultado desta figura, onde 62% das meninas relataram a barriga como grande/gorda, o que não é de se admirar em uma sociedade onde é valorizado o corpo perfeito. 13% mencionara que sua barriga é feia e outros 13% gostariam que fosse de aparência diferente, e apenas 9% relataram ser pequena/magra.
Há uma forte tendência social e cultural em considerar a magreza como uma situação ideal de aceitação e êxito. Ao lembrarmos a evolução histórica da figura feminina, vemos que a obesidade era valorizada e representada nas artes, ao contrário do que se preconiza atualmente. É cada vez maior a exigência de aparência magra e formas de emagrecimento em detrimento, muitas vezes, da saúde do indivíduo (NUNES et al.,1994).
[...] a sociedade estabelece regras ou padrões dos atributos físicos e comportamentais considerados “normais”, e os indivíduos que se desviam dessa norma são rotulados de anormais e estigmatizados. O conceito de normalidade, por sua vez, é determinado pelas exigências de cada momento histórico; portanto, os critérios de desvio, excepcionalidade ou deficiência estão sempre relacionados com o contexto social (GLAT, 1989, s/p.).
Essa imagem remete de algum modo, ao sentido das imagens corporais que circulam na comunidade e se constroem a partir de diversos relacionamentos que ali se estabelecem. Isto significa que em qualquer grupo sempre existe uma imagem social do corpo que é, portanto um símbolo que provoca sentimentos de identificação ou rejeição dos sujeitos em relação a determinadas imagens (RUSSO, 2005).
Figura 12. Apreciação do Próprio Corpo - Nariz
O nariz foi o órgão mais citado como fator de insatisfação no corpo das respondentes do sexo feminino, onde 70% das participantes relataram que seu nariz é grande/gordo/grosso demais, uma porcentagem bastante significativa em relação aos outros também citados. Apenas 12% disseram ser pequeno/fino e outros 12% gostariam que tivesse uma aparência diferente. 3% disseram ser feio e outros 3% não sabem o por quê de não gostar.
Com relação a alguns participantes terem mencionado que sentem vergonha sobre determinada parte do corpo, seria o caso de não se sentirem iguais aos outros ou talvez acreditassem ter a beleza ideal, sendo estes influenciados por grupos de amigos ou até mesmo pela mídia. E outro fator que nos chamou a atenção foi que, embora houvesse uma porcentagem muito pequena, ainda são muitos aqueles que não sabem o porquê de não gostarem de uma determinada parte do corpo.
Considerações finais
O autor Russo (2005) em seu artigo, Imagem Corporal: Construção Através da Cultura do Belo diz que a “indústria corporal”, através dos meios de comunicação, lança corpos atraentes, reforçam imagens de “perfeição”, e isto faz com que uma parte da sociedade se lance na busca de uma aparência física idealizada. E este processo tem um impacto negativo sobre a imagem corporal, principalmente das mulheres que se sentem na obrigação de terem um corpo belo. E este negativismo sobre sua imagem corporal provoca nos indivíduos uma baixa auto-estima podendo causar depressão. “Os corpos são vitimizados por políticas de saberes-poderes que nos identificam, classificam, recalcam, formam e deformam as imagens que temos de nós mesmos e dos outros” (BECKER,1999).
As pessoas aprendem a avaliar seus corpos através da interação com o ambiente, assim sua imagem corporal é desenvolvida e reavaliada continuamente durante a vida inteira (BECKER, 1999), mas as necessidades de ordem social ofuscam as necessidades individuais. Somos pressionados em numerosas circunstâncias a concretizar, em nosso corpo, o corpo ideal de nossa cultura (TAVARES, 2003).
Adams (1977) menciona que o mundo social, claramente, discrimina os indivíduos não-atraentes, numa série de situações cotidianas importantes. Pessoas julgadas pelos padrões vigentes como atraentes parecem receber mais suporte e encorajamento no desenvolvimento de repertórios cognitivos socialmente seguros e competentes, assim, indivíduos tidos como não-atraentes, estão mais sujeitos a encontrar ambientes sociais que variam do não-responsivo ao rejeitador e que desencorajam o desenvolvimento de habilidades sociais e de um auto-conceito favorável.
O termo de imagem corporal vem sendo usado freqüentemente, tendo como foco de investigação o corpo humano. Tavares (2003) diz que a compreensão do conceito de Imagem corporal está vinculada ao significado dos termos imagem e corpo e que sua definição não é simplesmente uma questão de linguagem, tem uma dimensão muito maior, se pensarmos na subjetividade de cada indivíduo.
É fundamental que o professor de Educação Física tenha como tema de discussão em sala de aula este padrão corporal, as influências culturais sobre este padrão de beleza, as estratégias que a mídia utiliza para divulgá-lo, os produtos e procedimentos oferecidos pelo mercado da beleza e finalmente oferecer uma oportunidade de que os alunos possam refletir sobre que corpo desejam ter, pois todo adolescente tem em sua mente um corpo idealizado, e quanto mais este corpo se distanciar do real, maior será a possibilidade de conflito, comprometendo sua auto-estima (CHIPKEVITCH,1987).
[...] é necessário olhar além do corpo para determinar o que é normal para este mesmo corpo [...] a saúde define-se pela capacidade humana de dominar seu meio não apenas físico, mas também social (CANGUILHEM, 1978, s/p.).
De acordo com Vieira et al. (2002), a Educação Física deve levar o adolescente a um dispêndio de energia em atividades prazerosas e recreativas, permitindo o relaxamento, a possibilidade de perceber o corpo e saber controlá-lo, a convivência em grupo e um relacionamento intenso com seus pares. As atividades devem ser motivantes e participativas e o corpo um instrumento de contato com os outros. Além disso, a aprendizagem sistemática dos esportes, que lhe será útil inclusive na sua vida em sociedade, ajudando-o a descobrir a pluralidade e a riqueza de movimentos que o seu corpo lhe possibilita. Por fim, deve aliar o cognitivo ao afetivo-vivencial, permitindo a continuidade de seu desenvolvimento global.
A busca deste corpo perfeito está gerando excessos e preocupando profissionais da área de saúde e do desporto, mas por outro lado, relatos vêm sendo apresentado que, profissionais de Educação Física não estão estabelecendo limites a seus alunos, nem mesmo distinguindo uma prática saudável de um exercício obsessivo (DOMICIANO, 2007).
No adolescente, especificamente, a Educação Física engloba um esforço de adaptação ao corpo e uma reflexão de comportamento corporal. Assim, ela não deve se limitar ao desenvolvimento muscular, e sim levar ao reconhecimento da importância da forma, da dinâmica e do estilo do movimento. O corpo não pode ser considerado apenas um conjunto de ossos e músculos a serem treinados, mas como a totalidade do indivíduo que se expressa através de movimentos, sentimentos e atuações no mundo (VIEIRA et al., 2002).
Além de propiciar o desenvolvimento físico e mental e assegurar o equilíbrio orgânico, melhorando a aptidão física, os exercícios adequados podem estimular o espírito comunitário, a criatividade e outros aspectos que concorrem para completar a formação integral da personalidade do indivíduo (MONETTI & CARVALHO, 1978, RIBEIRO & EISENSTEIN, 1990). Neste sentido, percebemos a importância de se recuperar o sentido educativo da atividade física/esporte e estimular as iniciativas comunitárias voltadas para o esporte como lazer.
Cada pessoa possui uma maneira única de ver, experimentar, sentir e representar o mundo. A vivência corporal na Educação Física precisa refletir uma abordagem do corpo e do movimento intrinsecamente comprometida com a individualidade do ser humano (TAVARES, 2006).
Com certeza não é fácil romper com uma Educação Física que se estruturou com base em idéias de um “aluno padrão”, “corpo perfeito”, “rendimento” e “aptidão física” (FREITAS, 2002). Compreende-se que o movimento é apenas um dos elementos que compõe um quadro de conteúdos em Educação Física, que, por sua vez, representa uma das partes da Educação escolar, compondo um todo educacional na vida dos indivíduos (TAVARES, 2006).
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