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Avaliação da qualidade de vida e dependência nicotínica

em indivíduos fumantes, ex-fumantes e não-fumantes

Evaluación de la calidad de vida y la dependencia a la nicotina en personas fumadoras, ex-fumadoras y no fumadoras

 

*Fisioterapeuta – Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia

da Universidade Federal de São Carlos – UFSCar, São Carlos, SP

**Fisioterapeuta – Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia

da Universidade Federal de São Carlos – UFSCar, São Carlos, SP

***Fisioterapeuta – Professor Doutor Adjunto da Graduação

e Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia da UFSCar

****Docente do curso de graduação de Fisioterapia do UNICEP

Especialista em Fisioterapia Cardiorrespiratória

pelo InCor/SP, Mestre em Fisioterapia pela UFSCar

(Brasil)

Victor Fernando Couto*

victorfcouto@yahoo.com.br

Gualberto Ruas**

gualbertoruas@yahoo.com.br

Mauricio Jamami***

jamami@power.ufscar.br

Luciana Kawakami Jamami****

kawakami.ft@gmail.com

 

 

 

 

Resumo

          Introdução: O Tabagismo é considerado uma pandemia, já que, atualmente, morrem no mundo cinco milhões de pessoas por ano, em conseqüência das doenças provocadas pelo tabaco, o que corresponde a aproximadamente seis mortes a cada segundo, sendo responsável pelo desenvolvimento de inúmeras doenças em diferentes regiões do corpo humano; cursando com alto custo para o governo devido às internações e medicamentos. Objetivo: Avaliar a qualidade de vida em indivíduos fumantes comparando-os com ex-fumantes e não fumantes através do questionário de qualidade de vida Short Form36 (QQV-SF36) e a associação entre a qualidade de vida em fumantes e ex-fumantes com o grau de dependência nicotínica através do questionário de dependência nicotínica de Fagerström. Método: Foram avaliados 45 indivíduos fumantes, que vieram a compor o grupo GF, sendo 30 homens e 15 mulheres com média de idade de 55 ± 20 anos, média de peso de 57 ± 20 Kg e média de altura de 168 ± 8 cm, consumindo por dia 21 ± 13 cigarros, por 21 ± 13 anos. O grupo de ex-fumantes (GE) foi composto por 43 indivíduos ex-fumantes sendo 30 homens e 13 mulheres com média de idade de 44 ± 12 anos, média de peso de 75,7 ± 11 Kg e média de altura de 173 ± 6 cm que consumiram 24 ± 13 cigarros por dia num período de 18 ± 8 anos, com interrupção há 12 ± 7 anos. E 64 indivíduos não fumantes que formaram o grupo GN sendo 39 homens e 25 mulheres com média de idade de 50 ± 10 anos, média de peso de 72 ± 13 Kg e média de altura de 167 ± 9 cm. Resultados: Observa-se que o GF apresentou uma menor pontuação em todos os domínios do QQV-SF36 e que ocorreram alterações significativas (ANOVA; p<0,05) entre os grupos fumantes, ex-fumantes e não fumantes nos domínios capacidade funcional, aspectos físicos, dor, vitalidade, aspectos sociais saúde mental e pontuação total. Quanto ao grau de dependência nicotínica 16 (36%) fumantes apresentaram elevada dependência nicotínica, 9 (20%) baixa dependência, 8 (18%) muito elevada, 6 (13%) muito baixa dependência e 6 (13%) média dependência nicotínica avaliados através do questionário de dependência nicotínica de Fagerström. Conclusão: O hábito de fumar além de contribuir para o surgimento de patologias respiratórias pode prejudicar e ter um impacto negativo na qualidade de vida. Por outro lado à cessação do hábito de fumar pode apresentar comportamentos diferentes dos indivíduos fumantes, um achado interessante neste trabalho é que os ex-fumantes apresentaram uma pontuação maior em todos os escores do QQV-SF36, sugerindo que a interrupção do hábito de fumar pode melhorar a qualidade de vida.

          Unitermos: Fumantes. Qualidade de Vida. Fagerstron.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 15, Nº 151, Diciembre de 2010. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    O tabagismo é um hábito bastante freqüente na sociedade brasileira embora mediante levantamentos pontuais, estima-se que 41% dos homens adultos e 37% das mulheres adultas brasileiras são fumantes (1).

    É considerado uma pandemia, já que, atualmente, morrem no mundo cinco milhões de pessoas por ano, em conseqüência das doenças provocadas pelo tabaco, o que corresponde a aproximadamente seis mortes a cada segundo (11), sendo responsável pelo desenvolvimento de inúmeras doenças em diferentes regiões do corpo humano; cursando com alto custo para o governo devido às internações e medicamentos.

    Uma das principais substâncias contidas no cigarro é a nicotina que é uma droga fortemente indutora de dependência, pois apresenta alto poder de modificar a biologia e a fisiologia dos sistemas (3).

    A nicotina tem uma ação vasoconstritora, que diminui o transporte de oxigênio para os tecidos, causando aumento da pressão arterial, predispondo a acidente vascular encefálico (AVE), infarto agudo do miocárdio (IAM) e morte súbita (4).

    No sistema respiratório a fumaça do cigarro causa irritação, inflamação brônquica e lesões ou morte celular, levando a mutação devido aos efeitos tóxicos, paralisando os cílios que normalmente se movimentam para remover os líquidos em excesso e as partículas estranhas do trato respiratório. Como resultado muitos detritos acumulam-se nas vias aéreas respiratórias aumentando a resistência ao fluxo aéreo e causando dificuldade de respirar, promovendo dispnéia e cansaço (5) o que pode contribuir para a piora da qualidade de vida. A interrupção do tabagismo leva a redução do risco de morte por DPOC em comparação à manutenção do tabagismo (8). Além disso, a cessação resulta em uma redução significativa na mortalidade por doença coronariana se comparada a indivíduos que continuam fumando (8) e resultando na melhora da qualidade de vida.

    A qualidade de vida é definida pela Organização Mundial da Saúde (9) como “a percepção do indivíduo de sua posição na vida, no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações”, tem sido utilizada nos últimos anos como uma medida para avaliar o impacto tanto do tabagismo quanto das doenças a este associadas na vida do sujeito.

    E um dos instrumentos simples, barato e de fácil aplicabilidade para avaliação da qualidade de vida é o questionário genérico e multidimensional Medical Outcomes Study 36-item Short-Form Health Survey/SF36 (10) freqüentemente empregado para avaliação da qualidade de vida em pesquisas clínicas, porém pouco explorado para outras populações entre elas os indivíduos fumantes e ex-fumantes.

    Justifica-se desta forma, a realização deste estudo, que avalia as repercussões do tabagismo na qualidade de vida em indivíduos fumantes comparando-os com ex-fumantes e não fumantes.

Objetivo

    Avaliar a qualidade de vida em indivíduos fumantes comparando-os com ex-fumantes e não fumantes por meio do questionário de qualidade de vida Short Form36 (QQV-SF36) e a associação entre a qualidade de vida em fumantes e ex-fumantes com o grau de dependência nicotínica através do questionário de dependência nicotínica de Fagerström.

Materiais e métodos

Sujeitos

    Foram avaliados 45 indivíduos fumantes, que vieram a compor o grupo GF, sendo 30 homens e 15 mulheres com média de idade de 55 ± 20 anos, média de peso de 57 ± 20 Kg e média de altura de 168 ± 8 cm, consumindo por dia 21 ± 13 cigarros, por 21 ± 13 anos.

    O grupo de ex-fumantes (GE) foi composto por 43 indivíduos ex-fumantes sendo 30 homens e 13 mulheres com média de idade de 44 ± 12 anos, média de peso de 75,7 ± 11 Kg e média de altura de 173 ± 6 cm que consumiram 24 ± 13 cigarros por dia num período de 18 ± 8 anos, com interrupção há 12 ± 7 anos.

    E 64 indivíduos não fumantes que formaram o grupo GN sendo 39 homens e 25 mulheres com média de idade de 50 ± 10 anos, média de peso de 72 ± 13 Kg e média de altura de 167 ± 9 cm.

    Neste estudo foram incluídos indivíduos de ambos os sexos, considerando fumantes leves (consumindo menos de 15 cigarros por dia), fumantes moderados (consumindo entre 15 a 24 cigarros por dia) e fumantes graves (consumindo 25 ou mais cigarros por dia) por um período de consumo acima de 1 anos. O grupo de ex-fumantes (GE) foi composto por voluntários antes considerados tabagistas leves que consumiram menos de 15 cigarros por dia, tabagistas moderados que consumiram entre 15 a 24 cigarros por dia e tabagistas graves que consumiram por dia 25 ou mais cigarros e que haviam fumado e interrompido o ato de fumar por pelo menos 1 ano.

    Foram excluídos 5 voluntários fumantes que apresentaram instáveis hemodinamicamente, 2 voluntários ex-fumantes com dificuldade de compreensão, que utilizassem medicamentos continuamente ou de forma contínua e que realizassem atividades físicas.

    Todos os voluntários foram informados das características deste estudo e aceitaram participar voluntariamente, assinando um termo de consentimento livre e esclarecido conforme determinação da resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde. Este estudo foi aprovado pela Comissão de Ética e Pesquisa (CEP) da instituição de acordo com o protocolo de pesquisa 020/2007.

Procedimento experimental

    O questionário de qualidade de vida Short Form 36 (QQV-SF36) foi aplicado individualmente nos integrantes dos grupos fumantes, ex-fumantes e não fumantes em forma de entrevista por dois examinadores devidamente treinados.

    Este é um questionário genérico, multidimensional, distribuído em oito domínios: limitações em atividades físicas causadas por problemas de saúde (CF), duplo papel das limitações nos problemas físicos da saúde (AF), vitalidade (V), dor no corpo (DOR), saúde mental geral (SM), limitações em duplas atividades por causa de problemas emocionais (AE), percepção da saúde geral (ES), aspecto social (AS). Foi calculado também a pontuação total (T).

    A pontuação do QQV-SF36 se baseia em uma escala que varia de 0 a 100%, sendo “0” a pior pontuação de desempenho naquele domínio e 100% o máximo de qualidade de vida relatado (10).

    Os voluntários fumantes foram avaliados quanto ao grau de dependência nicotínica através do questionário de dependência nicotínica de Fagerström que consiste de seis questões objetivas na forma de teste, sendo que duas são pontuadas de 0 a 3 e as demais de 0 a 1. Os pontos de corte deste instrumento são: 0-1: muito baixa; 3- 4: baixa; 5: média; 6-7: elevada; 8-10: muito elevada dependência nicotínica.

    Essa pesquisa não possui nenhum conflito de interesses e segue os preceitos da Resolução 020/2007 do Conselho Nacional de Saúde, norma que regulamenta a pesquisa envolvendo seres humanos e Declaração de Helsinque (BRASIL, 1996).

Análise dos dados

    Neste estudo, foram calculadas as médias e os desvios padrão para os grupos GF, GE e GN.

    Os dados coletados foram analisados pelo Software StatisticaÒ (Stat Soft Inc., Kernell version 5.5) e realizado análise inter-grupos (comparação entre os grupos GF, GE e GN).

    Na análise inter-grupos aplicou-se o teste de Levene para verificação da homogeneidade das variáveis, quando a variável apresentasse comportamento homogêneo foi aplicado o teste ANOVA, caso contrário o teste de Kruskall-Wallis.

    A partir do resultado do teste ANOVA observou-se a existência ou não de diferenças estatisticamente significativas entre os grupos GF, GE e GN. Se o teste acusasse diferença significativa entre os grupos para a variável analisada foi aplicado o teste de post hoc de DUNCAN, para a ordenação dos grupos, considerou-se significativo um p£0,05.

    Quando a variável apresentasse comportamento heterogêneo verificado pelo teste de Levene; foi aplicado o teste de Kruskall-Wallis (p<0,05), se existisse diferença estatisticamente significativa, o teste post hoc de Newman Keuls foi realizado para a verificação da ordenação dos grupos. 

    Aplicou-se ainda a análise de correlação utilizando-se o coeficiente de Spearman para os domínios do QQV-SF36 e os hábitos tabágicos (número de cigarros consumidos por dia e tempo de fumo) nos fumantes.

    Além disso, foi realizada uma análise qualitativa para o questionário de dependência nicotínica de Fagerström em fumantes.

Resultados

    Observa-se na Tabela 1 que o GF apresentou uma menor pontuação em todos os domínios do QQV-SF36 e que ocorreram alterações significativas (ANOVA; p<0,05) entre os grupos fumantes, ex-fumantes e não fumantes nos domínios capacidade funcional, aspectos físicos, dor, vitalidade, aspectos sociais saúde mental e pontuação total.

Tabela 1. Médias, desvios padrão e resultados do teste estatístico ANOVA para os domínios e pontuação total do QQV-SF36

%: porcentagem; *: significativo (p<0,05); ***: significativo (p<0,001); NS = não significativo.

    Na Tabela 2 pode-se verificar a ordenação de Duncan dos grupos para os domínios que apresentaram alterações significativas no QQV-SF36.

Tabela 2. Ordenação de Duncan dos grupos fumantes (GF), ex-fumantes (GE) e não fumantes (GN) para os domínios do QQV-SF36

>: maior

    Quanto ao grau de dependência nicotínica 16 (36%) fumantes apresentaram elevada dependência nicotínica, 9 (20%) baixa dependência, 8 (18%) muito elevada, 6 (13%) muito baixa dependência e 6 (13%) média dependência nicotínica avaliados através do questionário de dependência nicotínica de Fagerström.

Tabela 3. Médias, desvios padrão para os domínios e pontuação total do QQV-SF36 para os níveis de dependência nicotínica

%: porcentagem.

    Os voluntários fumantes com grau de dependência nicotínica elevada e muito elevada apresentaram menores pontuações em todos os domínios do QQV-SF36 conforme Tabela 3, além disso, neste estudo observa-se correlação (Correlação de Spearman, p£0,05, r: -0,9) nos domínios DOR, ES e SM do QQV-SF36 com o tempo de consumo em voluntários fumantes com grau de dependência nicotínica muito baixo e V do QQV-SF36 em dependentes com média dependência (Tabela 4) e não observa-se correlação entre os domínios e o número de cigarros consumidos por dia em todos os domínios do QQV-SF36.

Tabela 4. Correlação de Spearman entre os domínios do QQV-SF36 e grau de dependência nicotínica

<: menor.

Discussão

    O ato de fumar é um fator de risco importante na determinação de doenças limitantes que levam a morte prematura, tais como a DPOC e a piora da qualidade de vida (13).

    Observou-se no presente estudo que os voluntários do GF apresentaram uma pontuação menor em todos os domínios do QQV-SF36, além disso, constatou-se uma diferença significativa entre os grupos fumantes, ex-fumantes e não fumantes nos domínios: capacidade funcional, aspectos físicos, dor e aspectos emocionais, corroborando com o primeiro estudo brasileiro que abordou o impacto do tabagismo na qualidade de vida em fumantes e não fumantes que foi de Martinez et al. (14) em que foi possível observar uma diminuição significativa na qualidade de vida em indivíduos fumantes comparado aos não fumantes.

    De acordo com Bear (2002) algumas hipóteses podem ser levantadas para explicar esses resultados, como atribuir às substâncias do cigarro sobre o estado fisiológico do indivíduo ou talvez ao perfil psicológico dos fumantes (humor deprimido, baixa auto-estima) que predisporia a um estilo de vida menos saudável, justificando o início do fumo e que poderia ser detectado no questionário de qualidade de vida.

    Uma observação a ser feita é que as co-morbidades psiquiátricas (depressão e transtorno de ansiedade), tão freqüentes no tabagismo (15) não foram avaliadas neste estudo, no entanto foi verificado uma pontuação menor no GF no domínio saúde mental (SM) do SF36.

    Breslau et al. (15) em seus estudos observaram uma associação entre a dependência do tabaco e prejuízo no componente mental do SF36. Esse componente apresentou-se com menor escore entre os tabagistas quando relacionados com os ex-tabagistas e não tabagistas.

    Comportamento esse esperado visto que as ações da nicotina no sistema nervoso central são mediadas por receptores nicotínicos. A maioria desses receptores é iônica, está distribuída por todo o cérebro e coluna vertebral. Os receptores nicotínicos periféricos estão em gânglios autonômicos, na supra-renal, nos nervos sensitivos e na musculatura esquelética. (16).

    A partir de múltiplos sítios de ação, a nicotina produz vários efeitos, preponderantemente excitatórios e inibitórios que estimula e inibe a liberação de noradrenalina em algumas áreas que são responsáveis pela vigília e pelo comportamento de busca, além disso, tem ação no sistema cardiovascular contribuindo para a vasoconstricção e conseqüentemente ao aumento da pressão arterial sistêmica (16).

    Observou-se também que os voluntários com dependência nicotínica elevada e muito elevada apresentaram uma menor pontuação em todos os domínios quando comparamos com os de dependência nicotínica muita baixa, baixa e média, corroborando com Schmitz et al.(17) que detectaram menores escores nos seus estudos nos tabagistas com dependência nicotínica elevada e muita elevada.

    No que diz respeito à cessação do tabagismo observou neste estudo que o GE apresentou uma pontuação maior em todos os domínios do SF36 em relação ao GF, corroborando com Mitra et al., que verificou em seus estudos uma melhora na qualidade de vida em indivíduos ex-fumantes, sendo esse resultado possível de ser utilizado como uma forma de motivar os tabagistas para a cessação (18).

    Devido às dimensões dos danos, os fumantes impõem elevados custos sanitários, com relação à própria saúde e à saúde dos outros, sem contar com a agressão ao meio ambiente.

    A fisioterapia tem um importante papel na prevenção, controle e combate ao fumo, auxiliando o paciente nas exacerbações dos sintomas relacionados ao tabagismo, reduzindo a mortalidade, abreviando o tempo de hospitalização, acelerando a convalescença e facilitando a readaptação do paciente a uma vida ativa e à sua integração social.

    A fisioterapia respiratória, com todos os seus recursos, impõe-se como um dos mais válidos coadjuvantes no tratamento das complicações inerentes ao tabagismo, atuando muitas vezes conjuntamente com outros profissionais da área da saúde no combate intenso ao tabagismo.

Conclusão

    O hábito de fumar além de contribuir para o surgimento de patologias respiratórias pode prejudicar e ter um impacto negativo na qualidade de vida.

    Por outro lado à cessação do hábito de fumar pode apresentar comportamentos diferentes dos indivíduos fumantes, um achado interessante neste trabalho é que os ex-fumantes apresentaram uma pontuação maior em todos os escores do QQV-SF36, sugerindo que a interrupção do hábito de fumar pode melhorar a qualidade de vida.

Referências bibliográficas

  1. El Tabaquismo en las Américas. Bol. Epidem. OPS. 1989; 10(3):1-5.

  2. Fiore MC. Cigarette smoking: the clinican’s role in cessation, prevention and public health. Dis. Mon. 1990; 35:183-205.

  3. NATIONAL INSTITUTE ON DRUG ABUSE. New understanding of drug addiction. Hospital Practice special report; 1997:1-36.

  4. Behr J, Nowak D. Tobacco smoke and respiratory desease. Eur. Respir. Mon. 2002;7:161-179.

  5. Borhani NO. Primary prevention of coronary heart disease: a critique. Am. J. Cardiol. 1977; 40:251-259.

  6. Kuschner WG, D`Alessandro A, Wong H, Blanc PD. Dosedepndent cigarette smoking-related inflammatory responses in healthy adults. Eur. Respir. J. 1996;9:1989-1994.

  7. Gyton CA. Tratado de Fisiologia Médica. 8ª ed. Rio de Janeiro; Guanabara Koogan; 1989;86:487.

  8. Tabagismo [página da internet]. Brasil. Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia [acesso em 10 de janeiro de 2008] Disponível em http//www.sppt.org.com.

  9. Organização Mundial da Saúde (OMG). Tabagismo & Saúde nos países em desenvolvimento, 2003 [acesso em 10 de janeiro de 2008]. Disponível em http//www.inca.gov.br/tabagismo/frameset.asp?intem=publicações&link=tabagismo_saúde.php.

  10. Ciconelli RM. Tradução para o português e validação do questionário genérico de avaliação de qualidade de vida Medical Outcomes Study 36 – short-form healh survey (SF-36). Rev. Bras. Reumatol.; 1999;39(3):143-150.

  11. Tabagismo [página da internet]. Brasil. [acesso em 10 de janeiro de 2008] Disponível em http//www.who.int/tobacco/em/tobacco free initiative.

  12. Hijjar MA, Silva VLC. Epidemiologia do tabagismo no Brasil. J. Bras. de Medicina. 1991;50-71.

  13. Cooke JP, Bitterman H. Nicotine and angiogenesis: a new paradigm for tobacco – related diseases. Ann Medicine. 2004; 36(1):33-40.

  14. Martinez JAB, Mota GA. Redução da qualidade de vida entre indivíduos jovens e tabagistas. Chest. 2004;125:425-428.

  15. Breslau N, Hiripi E, Kessler R. Nicotine dependence in the United States: prevalence, trends, and smoking persistence. Arch Gen Psychiatry. 2001;58:810-816.

  16. Bear MF, Connors BW, Paradiso MA. Neurociências desvendando o sistema nervoso. 2ª ed. São Paulo; Artmed; 2002;11:117-119,136-137.

  17. Schmitz N, Kruse J, Kugler J. Disabilities, quality of life, and mental disorders associated with smoking and nicotine dependence. Am J Psychiatry. 2003;1670-1676.

  18. Mitra M, Chung M, Wilber N, Walker D. Smoking status and quality of life. A longitudinal study among adults with disabilities. Am J Prev Med. 2004;27(3):258-260.

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