Consumo de suplementos alimentares por praticantes de musculação nas academias da cidade de Ouricuri, PE Consumo de suplementos alimentarios por parte de practicantes de musculación en los gimnasios de la ciudad de Ouricuri, PE |
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*Laboratório de Neurofarmacologia do Departamento de Fisiologia e Farmacologia Universidade Federal do Ceará, Fortaleza **Mestre em Farmacologia, doutorando em Farmacologia pela Universidade Federal do Ceará Professor da Especialização em Fisiologia do Exercício UNIFOA. ***Acadêmicos da Universidade Estácio de Sá. ****Professor Adjunto Pós-doutor em Farmacologia Laboratório de Pesquisa em Neuroquímica Experimental do Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas do Centro de Ciências da Saúde da UFPI, Teresina, PI (Brasil) |
André Pereira de Alencar* Gilberto Santos Cerqueira* ** Ana Paula Fragoso de Freitas* Leonardo Freire Vasconcelos** Francisca Taciana Sousa Rodrigues* Nayrton Flávio Moura Rocha* Antonio Jorge Santos Cerqueira** Rivelilson Mendes de Freitas**** |
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Resumo O objetivo deste estudo foi avaliar a utilização de suplementos em praticantes de musculação nas academias da cidade de Ouricuri-PE. O grupo de estudo foi constituído por 70 indivíduos do sexo masculino que praticam musculação nas duas academias da cidade onde foi realizada esta pesquisa. Foi utilizado um questionário padrão baseado nos estudo de Araujo et al., 2002. Os dados foram analisados através do teste do qui-quadrado e teste t de Student, contando com auxílio o software Graph Pad Prisma versão 5.0, sendo considerados significantes os que apresentaram o valor de p< 0,05. Os resultados indicaram alto consumo de suplementos sendo os mais usados as Proteínas e aminoácidos (28%), a creatina e carnitina (27%), seguidos dos mistos (25%). O consumo maior de suplementos ocorreu em indivíduos com idade média de 21,72. A maioria dos usuários dessas substâncias tinha o objetivo de aumentar a massa muscular. Os consumidores de relataram como principal efeito adverso o aumento do sono (19%). Constatou-se que há um padrão de consumo de suplementos alimentares, sendo necessárias regulamentações mais eficazes quanto à venda e prescrição destes produtos, bem como medidas educativas para evitar o uso desenfreado de suplementos alimentares. Unitermos: Alimentos. Nutrição. Musculação. Suplemento alimentar.
Abstract The aim of this study was to evaluate the use of supplements bodybuilders in gyms in the city of Ouricuri-PE. The study group comprised 70 males who practice strength training in two academies in the city where this research was conducted. We used a standard questionnaire-based study of Allen et al., 2002. Data were analyzed using the chi-square and Student t test, with the aid Graph Pad Prism software version 5.0, which were considered significant had p value <0.05. The results indicated high consumption of supplements being the most used Proteins and amino acids (28%), creatine and carnitine (27%), followed by mixed (25%). Greater intake of supplements occurred in individuals with a mean age of 21.72. Most users of these substances was intended to increase muscle mass. Consumers reported the principal adverse effect of sleep increased (19%). It was found that there is a pattern of consumption of dietary supplements, requiring more effective regulations regarding the sale and prescription of these products as well as educational measures to prevent the rampant use of dietary supplementsKeywords: Food. Nutrition. Bodybuilding. Food supplement.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 15, Nº 151, Diciembre de 2010. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
Atualmente a busca por um corpo perfeito, com objetivos puramente estéticos, vem contribuindo para o aumento do uso de recursos ergogênicos por atletas nos esportes de alto rendimento, sendo os anabolizantes e os suplementos alimentares as substâncias mais utilizadas (ALVARENGA, 2008).
O suplemento alimentar é um produto constituído de pelo menos um desses ingredientes: vitaminas (A, C, complexo B, etc.) minerais (Fe, Ca, K, Zn, etc.) ervas e botânicos (ginseng, guaraná em pó), aminoácidos (BCAA,arginina, ornitina, glutamina), metabólitos (creatina, L- carnitina), extratos (levedura de cerveja) ou combinações dos ingredientes acima e, não deve ser considerado como alimento convencional da dieta (PORTER, 1995; APPLEGATE; GRIVETTI, 1997; ARAUJO et al., 2002).
Diversos estudos demonstram que um aumento do consumo de suplementos por atletas de elite de várias modalidades esportistas com o objetivo de melhorar o rendimento físico, os esportistas vêm tornando-se cada vez mais adeptos ao uso de suplementos nutricionais, o que abre espaço para a utilização indevida dos mesmos, podendo traduzir-se em riscos para a saúde, tais como toxicidade, desequilíbrio homeostático e antagonismo entre nutrientes (ARAUJO; SOARES, 1999; CARVALHO, 2006)
Na cidade de Ouricuri no sertão Pernambucano há uma escassez de estudo sobre o uso de suplementos alimentares. Por isso, este estudo visa contribuir para a produção de conhecimento e contextualização do problema, alertando os usuários quanto aos riscos inerentes com o consumo dessas substâncias, associado a um crescente aumento no abuso substâncias ergogênicas por adolescentes da cidade. Além, disso a facilidade na obtenção dos suplementos através da venda nas farmácias sem nenhum acompanhamento médico ou avaliação nutricional são alguns dos fatores responsáveis por o uso indiscriminado dessas substancias na cidade. Baseado nessas premissas o objetivo desse trabalho foi verificar o consumo de suplementos em indivíduos praticantes de exercícios físicos em academias da cidade Ouricuri no estado do Pernambuco, Brasil.
Metodologia
Desenho do estudo
O presente estudo caracteriza-se por percorrer a trajetória metodológica da pesquisa exploratória descritiva, com abordagem quantitativa. Optou-se pela pesquisa exploratória descritiva que segundo Marconi e Lakatos (2004) têm como objetivo proporcionar maiores informações sobre o assunto no qual vai ser investigado e orientar a fixação dos objetivos e a formulação das hipóteses. Além disso, esse estudo classifica-se ainda como pesquisa de campo.
Para Richardson (1999), a pesquisa quantitativa consiste em garantir precisão dos resultados, evitando distorções de análise e interpretação, caracterizando-se ainda pelo emprego da quantificação tanto nas modalidades de coleta de informações, quanto no tratamento delas por meio de técnicas estatísticas.
Os critérios de seleção dos entrevistados foram: Praticar musculação nas academias onde foi realizado o estudo por mais de seis meses.
O presente estudo foi realizado nas academias A e B, situadas, no município de Ouricuri, interior do sertão Pernambucano, distando 620 km da capital, Recife. A cidade de Ouricuri apresenta uma área de 2.423 km² e de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apresenta uma população estimada em 63.042 habitantes (IBGE, 2007).
A população deste estudo foi composta por aproximadamente 180 pessoas que praticam musculação onde o estudo foi desenvolvido. A amostra foi constituída por 70 homens que foram selecionados de forma aleatória pelo pesquisador e que aceitaram a participar da pesquisa. Esta amostra foi realizada por conveniência, que segundo Vieira (1980) é formada por elementos no qual o pesquisador reuniu simplesmente porque dispunha deles. Além disso, essa amostra representou o intervalo de confiança de 95% e margem de erro de 5%.
Os dados foram coletados nos meses de abril e maio de 2009. Para coleta de dados foi utilizado um questionário baseado nos estudos de Araujo et al., 2002. Os dados coletados foram processados no programa Excel versão 2003 para construção de banco de dados referentes às variáveis quantitativas e expressos em figuras e tabelas, sendo utilizado ainda para essa análise o teste do qui-quadrado. Para realização do teste do qui-quadrado e teste t de Student foram utilizados o software Graph Pad Prisma versão 5.0 sendo considerados significantes os que apresentaram o valor de p< 0,05.
Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade Santa Maria. Os proprietários das academias assinaram um documento permitindo a realização do estudo. Essa pesquisa não possui nenhum conflito de interesses e segue os preceitos da Resolução 501/10 do Conselho Nacional de Saúde, norma que regulamenta a pesquisa envolvendo seres humanos e Declaração de Helsinque (BRASIL, 1996).
Resultados e discussão
Diante dos 70 praticantes de musculação, observou-se que 29 (41,4%) possuíram a idade entre 15 e 19 anos, 27 (38,6%) apresentaram idade entre 20 e 24 anos, 7 (10%) entre 25 e 29 e 7 (10%) entre 30 e 35 anos. Esses dados são semelhantes aos de Pereira; Bernardes (2009), que em um estudo realizados em Baependi-MG, Brasil verificou que a maioria dos homens praticantes de musculação estavam entre a idade de 15 e 40 anos.
No que se refere ao tempo de prática de musculação, os dados demonstraram que 47,1% afirmaram estar praticando musculação a menos de 1 ano, enquanto que 25,7% relataram estarem fisicamente ativos entre 2 e 5 anos, 18,6% entre 1 e 2 anos e apenas 8,6% há mais de 5 anos. Em pesquisa realizada por praticantes de musculação em Curitiba-PR, verifiou-se que 29,3% dos participantes afirmaram estar praticando musculação de 6 meses a 1 ano, sendo este mesmo percentual encontrado para a opção de 1 a 3 anos, 13, 8% relataram estar praticando musculação entre 3 e 5 anos, 12,3% da amostra há um período superior a 5 anos e 15,3% afirmaram a praticar musculação em um tempo de até 6 meses (BRAGA; DALKE, 2009).
A idade média dos participantes que usaram suplementos foi de 21,72 anos, enquanto que a idade média dos não usuários foi 21,18 anos, não existindo, portanto, diferença estatisticamente significante entre os usuários e não usuários de suplementos (P > 0,05) (tabela 1). Nossos dados corroboram com estudos realizados na cidade de Lajes, Santa Catarina, Brasil onde os pesquisadores constataram que a média de idade da população consumidora foi de 23,64 anos (ALBINO et al., 2009). Já em estudos realizados nas academias de musculação de Minas Gerais e São Paulo, os pesquisadores observaram que a maioria dos participantes que utilizavam suplementos possuía idade entre 15 e 25 anos, com uma média de 20 anos (INÁCIO et al., 2008). Resultados semelhantes foram encontrados também por Carvalho (2006), que em seu estudo nas academias de Teresina-PI, verificou-se que a faixa etária predominante para o uso de suplementos foi entre 18 e 23 anos.
Portanto, verifica-se que os consumidores de suplementos são predominantes à classe dos adolescentes, devido ser neste período da vida o desejo de adquirir resultados mais rápidos, idealizando com um corpo repleto de músculos.
Tabela 1. Análise estatística descritiva da idade dos praticantes de academia que usaram suplementos
Idade |
Média± Erro padrão |
Mediana |
Máximo |
Mínimo |
CV |
Usaram suplementos |
21,72±0,66 |
20 |
35 |
15 |
22,24 |
Não usaram suplementos |
21,18±1,29 |
19 |
33 |
15 |
25,17 |
*Teste t de Student.
Verificou-se que 58,57% dos participantes utilizavam suplementos, enquanto que 17,14% dos participantes não utilizavam (tabela 2). Observou-se que não existe diferença estatisticamente significativa entre o uso de suplementos e percepção dos riscos do uso dessas substancia nos praticantes de musculação da cidade de Ouricuri, PE. Estudos realizados na população norte-americana e australiana mostram que a utilização de suplementos nutricionais é comum entre os adeptos da musculação e do levantamento de peso (BURKE; READ, 1993; CARDOSO, 1994).
Observou-se um alto consumo de suplementos alimentares (58,57%) no grupo estudado. Dados semelhantes foram observados em academias nos Estados Unidos onde o consumo varia entre 30 A 60% (KOPLAN et al., 1986; ELDRIDGE et al., 1994), na Coréia o consumo esta em torno de 35,8% (KIM; KEEN, 1999). Já em diversas cidades brasileiras foram encontrados o seguinte perfil de consumo: 66% em Cascavel no Paraná, 63% em Lages, Santa Catarina (ALBINO et al., 1999), 27% em Belém, Pará (ARAÚJO; SOARES, 1999), 23,9% em São Paulo, capital (PEREIRA et al., 2003), e até 75%, e em Petrópolis no Rio de Janeiros (OLIVEIRA; SANTOS, 2007).
Tabela 2. Uso de suplementos e conhecimento dos riscos por freqüentadores de academia da cidade de Ourucuri-PE.
Uso de suplementos |
|||||||
Percepção dos riscos |
Sim |
Não |
X2 |
p-valor |
Odd ratio |
||
|
n |
% |
n |
% |
0.32 |
0.5711 |
1,424 |
Sim |
41 |
58,57 |
12 |
17,14 |
|
|
|
Não |
12 |
17,14 |
05 |
7,15 |
|
|
|
Observou-se que 17,14% dos usuários de suplementos sabiam dos riscos inerentes com a utilização dessas substancia, enquanto que 7,15 não sabiam dos riscos da utilização dessas substancias. Os riscos pelo uso de suplemento variam desde desequilíbrios homeostáticos, antagonismo até toxicidade. Dessa forma, mesmo os usuários sabendo dos potenciais riscos utilizaram suplementos, ou seja, o desejo de desenvolver massa muscular e alcançar rapidamente um corpo escultural se sobrepõe aos riscos de efeitos colaterais e, consequentemente possíveis danos a saúde.
Os suplementos mais utilizados foram os classificados no grupo S1- Proteínas e aminoácidos (28%) seguidos do S2- Creatina e carnitina (27%), S5- Produtos mistos (25%), S4- Extratos, botânicos e ervas (16%) e S3- Vitaminas e minerais (4%) (Tabela 3). Dados semelhantes foram encontrados em uma pesquisa realizada em academias de Belém-PA, uma vez que foi constatado que 27% dos freqüentadores das academias da cidade utilizavam suplementos à base de proteínas e aminoácidos (ARAÚJO, SOARES, 1999). Carvalho (2006) observou tal fato em seu estudo, onde o suplemento mais utilizado também pertencia ao grupo das proteínas e aminoácidos.
Tabela 3. Suplementos utilizados por praticantes de musculação nas academias de Ouricuri-PE, 2009
Grupos |
n |
(%) |
S1-Proteínas e aminoácidos |
30 |
28 |
S2- Creatina e carnitina |
28 |
27 |
S3- Vitaminas e minerais |
4 |
4 |
S4- Extratos, botânicos e ervas |
17 |
16 |
S5- Mistos |
26 |
25 |
Total |
105 |
100 |
S1: Produtos compostos por proteínas e aminoácidos (Whey protein, NO2, Natubolic, Aminofluid, BCAA, Animal Pack, Aminopower, etc).
S2: Produtos compostos por metábolitos de proteínas (L- carnitina, Creatina)
S3: Produtos compostos por vitaminas e minerais (Vitamina C, Multi vitaminas, Centrun, etc)
S4: Produtos compostos por extratos, botânicos e ervas (Guaraná em pó, Malto-dextrina, etc)
S5: Produtos mistos (Megamass, Levedo de cerveja, etc.).
No entanto, um estudo realizado por jovens freqüentadores de academias em São Paulo, a bebida esportiva (isotônico) foi o suplemento mais consumido por esses indivíduos (HIRSCHBRUCH; FISBERG; MOCHIZUKI, 2008). Segundo Rose et al. (2006), em um estudo feito sobre o uso de medicamentos e suplementos alimentares em atletas que foram selecionados para controle de doping nos jogos Sul-Americanos em 4 cidades Brasileiras, verificou-se que as vitaminas e os sais minerais foram os suplementos mais usados.
Os dados coletados também indicaram que do total de suplementos utilizados a creatina (25,7%) foi o mais utilizado. Ultimamente, no meio esportivo, vem sendo associado o uso da suplementação de creatina a potenciais efeitos ergogênicos, que resultaria em aumento da resistência ao esforço em atividades de curta duração e alta intensidade e aumento da massa muscular (CARVALHO, 2003).
O aumento da massa muscular com o uso da creatina acontece devido o aumento do conteúdo de fosfocreatina dentro do músculo, levando assim a uma super produção de miofibrilas e, conseqüentemente uma melhora do desempenho anaeróbio. Contudo, cada indivíduo responde de diferentes formas à suplementação de creatina, uma vez que, pessoas que apresentam menores estoques de fosforocreatina respondem com mais eficácia aos efeitos da suplementação (ZOGAIB, 2005).
Alguns estudos relata que a suplementação de creatina possa levar à efeitos deletérios sobre a função renal. Porém, devem existir evidências mais conclusivas a respeito de tal fato e, enquanto isso não ocorre, diante da incerteza em torno do tema, a mídia e os órgãos reguladores de cada país têm tomado suas próprias posições acerca dos riscos desse suplemento (GUALANO et al., 2008).
A tabela 4 demonstra que a maioria dos que usaram suplementos (55,2%) não sentiu nenhum efeito adverso. Porém, verifica-se que 19% disseram apresentaram aumento do sono, 10,3% demonstraram aumentar o desejo sexual. Essa mesma percentagem foi encontrada para acne, enquanto que 5,2% relataram que apresentaram problemas renais com a utilização dessas substâncias ergogênicas. Considerando apenas os que obtiveram algum problema com o uso de suplementos, dados semelhantes foram encontrados na literatura, uma vez que o aumento do sono foi relatado por 17% dos consumidores de suplementos (ARAÚJO; ANDREOLO; SILVA, 2002).
A utilização de suplementos alimentares e anabolizantes vêm ocorrendo que devido os possíveis benefícios que eles aportam para atingir os seus objetivos. Neste trabalho, dentre os indivíduos que utilizaram suplementos, 67,9% tinham o objetivo de aumentar a massa muscular e 26,4% queriam melhorar a resistência física. Com ralação aos usuários de anabolizantes, percebeu-se que a maioria desejava aumentar a massa muscular (76,5%).
Em um estudo semelhante a este, verificou-se que a maioria dos usuários de suplementos alimentares queriam obter um rápido aumento de massa muscular (INÁCIO et al., 2008).
Tabela 4. Efeitos adversos decorrentes do uso de suplementos alimentares relatados pelos usuários
Efeitos adversos
n
(%)
Nenhum
32
55,2
Aumento do sono
11
19
Aumento do desejo sexual
6
10,3
Acne
6
10,3
Problemas renais
3
5,2
Total
58
100%
Considerações finais
Os suplementos são utilizados por atletas praticantes de atividade física e também por adolescentes, principalmente pelo fato dos mesmos objetivarem adquirir um melhor desempenho e almejar um corpo repleto de músculos. Entretanto, na maioria das vezes essa utilização é indiscriminada, o que pode levar a diversas conseqüências maléficas e comprometimento da saúde.
O presente estudo demonstra que o consumo de suplementos por praticantes de musculação das academias da cidade de Ouricuri-PE foi bastante elevado em relação aos dados da literatura, os efeitos adversos estão presentes. Diante dessa problemática, ações preventivas e educativas são necessárias para conter o uso indiscriminado de suplementos diminuindo assim as chances de um prejuízo maior a saúde. Ressalta-se a importância do nutricionista com intuito de realizar orientações quanto ao uso racional de suplementos alimentares.
Somados a isso, deve haver uma fiscalização mais rigorosa, criando políticas de combate ao abuso de substâncias ergogênicas, já que estes produtos são facilmente adquiridos em farmácias sem receituário médico.
Referências
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ZOGAIB, P. S. M. Recursos Ergogênicos e Doping. In: COHEN, M; ABDALLA, R. J. Lesões no Esporte: Diagnóstico, Prevenção e Tratamento. Rio de Janeiro: Revinter, 2005.
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