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Comparação entre a composição corporal e indicadores de 

crescimento de estudantes do IFCE da região do Cariri Cearense, Brasil

Comparación entre la composición corporal y los indicadores de crecimiento 

de Estudiantes del IFCE de la región de Cariri Cearense, Brasil

 

*Especialista em Musculação em Treinamento de Força, Fisiologia

do Exercício e Docência do Ensino Superior

Mestrando em Ciências da Motricidade Humana PROCIMH-UCB, Rio de Janeiro, RJ

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – IFCE/Campus Juazeiro do Norte, CE

Faculdade Leão Sampaio, Juazeiro do Norte, CE

**Especialista em Educação Física Escolar

Faculdade Leão Sampaio, Juazeiro do Norte, CE

***Programa Associado de Pós-Graduação em

Educação Física UFPB/UPE, João Pessoa, Recife, PB/PE

****Doutora em Educação Física, Departamento de Educação Física

Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, PB

Paulo Rogério Pimentel Brayner*

Hudday Mendes Silva**

Adenilson Targino de Araújo Júnior***

Maria do Socorro Cirilo de Sousa****

rogeriobrayner@gmail.com

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          Introdução: O estudo tem por objetivo comparar a composição corporal e a prevalência de indicador de crescimento de estudantes do 1º ao 3º ano do Ensino Médio, participantes das aulas de Educação Física. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, dados primários, quantitativo, numa amostra de 200 alunos (16,31 ± 1,19 anos), dos 1º, 2º e 3º anos do Ensino Médio do IFCE/Campus Juazeiro do Norte-CE, regularmente matriculados, a partir da listagem de 227 estudantes, selecionados aleatoriamente das aulas de Educação Física e submetidos aos testes de massa corporal (MC) em kg, estatura (EST) m, equacionou-se o índice de massa corporal (IMC) e classificou-se conforme PROESP-BR (GAYA et al., 2007), perimetria de coxa proximal (PCP) (cm) para cálculo de massa corporal magra (MCM) (kg), peso de gordura armazenada (PGA) (kg) e % de gordura (%G) conforme protocolo de Yonamine (SOUSA, 2008). Utilizou-se o programa SPSS 17 para estatística descritiva, teste de Qui-quadrado de Pearson, teste de Kruskal Wallis (distribuição não normal apresentada em teste de Shapiro-Wilk), Mann-Whitney para amostra independentes na variável gênero e Multiple Comparisons, teste de Hochberg para “n” desigual. Foi adotado nível de significância de 5%. Resultados: Não foram encontradas diferenças significativas na prevalência de classificação de IMC (p=0,134) e nem entre séries (p>0,05) sendo encontradas diferenças significativas entre os gêneros para IMC, MCM, e %G (todos com p=0,001). Conclusão: Os níveis de crescimento estão normais, para rapazes e moças, e quando comparadas, diferem-se e são mais elevadas para os meninos o IMC e o MCM, enquanto para as meninas o %G, indicando que o gênero pode ser um discriminador destes componentes de fragmentação de composição corporal.

          Unitermos: Educação Física. Crescimento. Exercício.

 

Abstract

          Introduction: The study aims objective analyze body compared the composition, and the prevalence of student growth indicator of 1 to 3 year participating school physical education classes. This is a cross-sectional study, primary quantitative data, on a sample of 200 students average age 16,31 ± 1,19 years of series 1, 2 and 3 year IFET-EC/campus Juazeiro do Norte,CE regularly registered from the list of 227 students randomly selected physical education classes, subjected to tests of body mass in kg (BM), stature (STA) m, to consider body mass index (BMI) and classification as PROESP-br101 (GAYA et al, 2007), perimetria of proximal thigh (PPT) (cm), for calculation of lean body mass (LBM) (kg) weight of fat stored (WFS) (kg) and %fat (g) as Yonamine Protocol (SOUSA,2008). The model classroom: 2x1mb/without frequency, intensity ungovern determined, but realized by apparent physical fatigue and endurance interruptions in sporting activities, races, games etc and series of 15 to 30 rep. switched by segment and duration of 50min, 20 for each step and 10 for heating. Had the program SPSS 17 descriptive and Crosstabs with Pearson Chi square test Kruskal's algorithm Wallis (normal presented in distribution of Shapiro-Wilk test), Mann-Whitney independent variable sample in gender and Multiple Comparisons, Hochberg test for unequal "n". Significance level of 5%. Results: There were no significant differences in the prevalence of BMI classification (p = 0.134) or between sets (p> 0.05) were significant differences between genders for BMI, LBM and %fat (all p = 0.001). Conclusion: The levels of growth are normal for boys and girls, and when compared, differ and are higher for boys BMI and LBM, whereas for girls %fat, indicating that gender may be a discriminator of fragmentation components of body composition.

          Keywords: Physical Education. Growth. Exercise.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 15, Nº 151, Diciembre de 2010. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    A atividade física tem destaque na intervenção a favor da saúde, contribuindo para o controle do peso corporal, na manutenção de bons níveis de aptidão física (ACMS, 2006) e propiciando momentos de integração social e um ambiente salutar. No ensino médio isto parece não se efetivar em virtude de fatores estressantes relacionados com a proximidade do exame vestibular, seleção de prioridades, exigências que, quase sempre, implicam na exclusão da prática do exercício físico, além da sobrecarga de tarefas do próprio período. Desta forma, a participação às aulas de Educação Física ficam comprometidas e afetam, consequentemente, os níveis de saúde, principalmente a composição corporal e um dos indicadores nutricionais principais que é o índice de massa corporal – IMC (GUEDES et al., 2006; MARTÍNEZ, 2003; MACHADO, 2007; VIEIRA, 2002).

    Sallis e Mckenzie (1991) explicavam que a Educação física escolar é o espaço ideal para promoção da atividade física regular, uma vez que, nos Estados Unidos, 97% das crianças no período elementar experimentam algum tipo de programa em Educação Física e que, para o máximo benefício à saúde pública, estes programas deveriam preparar as crianças para a atividade física permanente. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) enfocam a aproximação do aluno do ensino médio às aulas de Educação Física de maneira lúdica, educativa e que seja de contribuição para o seu processo educacional. De acordo com o art. 24 inciso IV da Lei de Diretriz Básica (LDB), nesta fase as aulas poderão ser organizadas e divididas por classes ou turmas e com alunos de séries distintas. O art. 27 afirma que “os conteúdos curriculares da educação básica observarão, ainda, as seguintes diretrizes: Promoção do Desporto Educacional e apoio às práticas desportivas não-formais. A Educação física deve ser ministrada a todos e não apenas para aqueles dotados de melhores habilidades motoras” (SALLIS; MCKENZIE, 1991).

    Desde os estudos de Malina et al (1991) e Eveleth (1986), sabe-se que existe influência de fatores ambientais, culturais e étnicos em variáveis do crescimento físico e da composição corporal. Mesmo que o potencial médio de crescimento seja similar em todo mundo, é importante dispor de indicadores referenciais estabelecidos a partir de estudos que procurem atender às necessidades de cada população na qual a criança ou o adolescente esteja inserido. Nas crianças e adolescentes, o envolvimento em programas de exercício físico e aquisição de hábitos alimentares e um estilo de vida mais saudável é cada vez mais escasso e tem sido assunto emergente merecendo atenção especial, pois este quadro tende a agravar-se e consolidar-se na fase adulta (PAYNE, 1997; GUEDES et al., 2002; SANTOS et al., 2008a). Neste sentido, estudos que estejam relacionados com o envolvimento de populações, especificamente nordestina, sobre variáveis nutricionais, de crescimento, composição corporal, metabólicas, entre outras, com jovens, têm sido necessárias nas últimas décadas.

    Estas ações podem servir de parâmetros e referenciais que sejam capazes de inferir critérios para estabelecer indicadores que possibilitem monitorizar níveis de saúde e qualidade de vida da sociedade de jovens adolescentes. Neste sentido, o Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE/Campus Juazeiro do Norte), situado na cidade de Juazeiro do Norte, no estado do Ceará, a qual, juntamente com os municípios de Crato e Barbalha compõe o chamado “triângulo Crajubar”, comporta uma grande parte da população carirense de estudantes federais do ensino médio. A área de atuação deste centro é bem mais ampla, pois abrange, além destas três cidades, cerca de 30 municípios próximos. Sendo assim, a probabilidade de se encontrar alterações nos índices nutricionais, no caso IMC, e na composição corporal é bem maior, pois percebe-se que, mesmo com as aulas de Educação Física implantadas na matriz curricular, o volume, a intensidade, o tipo de atividade e a duração podem ser inadequados para promover melhores níveis nutricionais e morfológicos (SANTOS et al., 2008; TELAMA; NUPPONEN; PIÉRON, 2005; OLIVEIRA; GALLAGHER, 1997).

    Desta forma, o estudo aqui apresentado indaga a seguinte questão problema: será que os níveis nutricionais, representado pelo IMC, e composição corporal se encontram normais entre as séries no Ensino Médio a partir da participação às aulas de Educação Física mesmo com a possibilidade de não apresentar uma estruturação adequada? Desta forma, o objetivo geral do estudo é analisar comparativamente a composição corporal, e a prevalência de indicador de crescimento de estudantes do 1º ao 3º ano do Ensino Médio participantes das aulas de Educação Física.

Materiais e métodos

Caracterização da pesquisa

    Esta pesquisa decorre de um estudo de caráter descritivo, com abordagem quantitativa, transversal, de campo, com dados primários.

População e amostra

    A amostra é constituída por 200 alunos (102 do gênero feminino e 98 do gênero masculino), regularmente matriculados e selecionados a partir de uma listagem de 227 estudantes participantes das aulas de Educação Física, com média de idade 16,31 ± 1,19 anos, das séries 1º, 2º e 3º ano do ensino médio do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFCE/Campus Juazeiro do Norte). Os protocolos utilizados na pesquisa foram aprovados pelo Comitê de Ética em Pesquisa, da Universidade Castelo Branco (UCB) sob o nº de protocolo 0016/2009, assim como a participação dos sujeitos foram consentidas pelos pais ou responsáveis legais através do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para pesquisas com seres humanos.

Procedimentos

    Após todo esse processo de aprovação pelo o comitê de ética, iniciou-se a pesquisa com uma reunião com os professores do IFCE/Campus Juazeiro do Norte que ministram aulas no ensino médio para explicar o objetivo do trabalho e tomar conhecimento do planejamento de ensino do ano de 2009. Uma equipe de colaboradores foi treinada para a aplicação dos testes.

    Primeiramente realizou-se uma atividade prática de medidas entre os pesquisadores, visando discutir os procedimentos e cuidados. No segundo momento do treinamento, houve uma aplicação piloto em duas turmas do ensino médio de uma escola que não fez parte da amostra do estudo. Nesta, etapa foram vivenciadas as aplicações das avaliações escritas e antropométricas, com o intuito de identificar dificuldades durante sua aplicação, familiarizando-se com a ficha de registro dos testes antropométricos e elaborando a partir desta prática, uma logística eficaz para o momento da coleta de dados.

    Em seguida os alunos foram visitados em suas turmas, nos horários regulares, para serem convidados á fazer parte da pesquisa e receberem explicações relativas aos desígnios do projeto pretendido, esclarecendo quaisquer dúvidas e distribuído, entre os interessados em participar, um termo de consentimento livre esclarecido (TCLE), destinado aos pais ou responsáveis, informando-os a natureza da pesquisa com um breve resumo, para que estes retornem com os mesmos assinados por seus responsáveis, autorizando a participação na pesquisa.

    Posteriormente agendaram-se os testes diagnósticos, randomizados e o cronograma para a coleta dos dados antropométricos, que constaram de massa corporal, medida em uma balança antropométrica de dois braços (de marca FILIZOLA), com precisão de 100g; estatura em um estadiômetro com precisão de 1 mm (de marca SANNY), perímetro de coxa proximal (PCP) com fita antropométrica (de marca SANNY), precisão 1mm. Para cálculo de massa corporal magra (MCM) (kg), peso de gordura armazenada (PGA) (kg) e % de gordura (%G) foi utilizado o protocolo de Yonamine (SOUSA, 2008), para jovens de 14 a 16 anos, que se utiliza da técnica da perimetria para este fim. As equações utilizadas foram: massa corporal magra (MCM) = 0,99325* (massa corporal) - 0,46533* (perímetro de coxa superior) + 16,34502 e para o PGA=Peso Corporal Atual-MCM, em seguida verificou-se o %G por regra de 3, fragmentando assim, a composição corporal.

    As avaliações foram realizadas após o período de nove meses do período letivo. O modelo de aula da prática física foi desenvolvido e determinado pelos professores de Educação Física, com uma freqüência semanal de duas vezes e duração de 50min cada aula. Sendo que a estrutura da aula seguia um padrão de 5 a 10 minutos de aquecimento articular, incluindo neste tempo a organização espacial da turma, 20 minutos para jogos desportivos, corridas, ginásticas e exercícios neuromusculares assistemáticos e 20 minutos entre outras atividades, podendo ser atividades coletivas, como futebol, voleibol, handebol, entre outros.

Análise estatística

    Os dados foram analisados em SPSS 17, aplicando-se estatística descritiva de medidas de tendência central e dispersão e inferencial de Kruskal Wallis. Pela normalidade não paramétrica apresentada em teste de Shapiro-Wilk, com Multiple Comparisons, utilizou-se do teste de Hochberg para amostras com n diferentes e teste de Mann-Whitney para amostras independentes na variável gênero. O nível de significância adotado foi de 5%.

Resultados

    De uma forma geral as classificações do feminino e do masculino, pelas médias das idades e do IMC, encontraram-se em níveis normais, indicando níveis de crescimento satisfatórios, porém se diferem estatisticamente (p=0,001), com médias mais elevadas para o grupo masculino (21,93 ± 3,05). Não se observou diferenças estatísticas entre Perímetro de CXP (p=0,352) e nem entre PGA (p=0,451), indicando que o gênero não é discriminador destas variáveis de fragmentação de composição corporal e sim a MCM (p=0,001) e o %G (p=0,001).

    Na tabela 02 verifica-se valores de prevalência de classificação do IMC por série e significância teste Qui-quadrado de Pearson. Observa-se que não há associações significativas entre as séries e a classificação do IMC (p=0,134), indicando a mesma manifestação desta variável por séries. No entanto, verifica-se que o IMC apresenta classificações de baixo peso a obesidade no 1º ano, reduz esta variação no 2º ano, desparecendo o baixo peso e tende a prevalecer em níveis normais e excesso de peso, no 3º ano. Observa-se, desta forma, uma prevalência reduzida de classificações extremas de baixo peso e obesidade do 1º ao 3º ano.

    Na tabela 03, verificam-se valores de média, desvio padrão (DP) e significância de Kruskall-Wallis (K-W) das variáveis de composição corporal entre séries. Observa-se que não houve diferenças significativas entre as variáveis de composição corporal e o indicador de crescimento IMC. No entanto, observa-se que a composição corporal analisada pela MCM e PGA são menores para o 2º ano e o %G maior para o 1º ano. No que se refere ao indicador de crescimento IMC, a maior média está para o 3º ano, da mesma forma a MCM.

    A tabela 04 demonstra os valores de média, desvio padrão (DP), 95% de intervalo de confiança e teste de Multiple Comparisons, teste de Hochberg para amostras com n diferentes. Não verificou-se diferenças significativas entre as séries para as variáveis de fragmentação da composição corporal e o indicador de crescimento IMC.

Discussão

    Os resultados encontrados nesta pesquisa foram corroborados pelos estudos de Pires e Lopes (2004), que traçaram o perfil do crescimento físico e as características sociodemográficas de escolares (11-17 anos), no Município de Florianópolis, SC – Brasil, em uma amostra de 2.384 escolares (1.201 moças e 1.183 rapazes). Os resultados demonstraram que na massa corporal os rapazes apresentaram valores superiores às moças dos 15 aos 17 anos, o mesmo foi observado na estatura aos 11 e dos 14 aos 17 anos (p<0,05), deste modo, concluíram que os rapazes no final da adolescência apresentam valores superiores de massa corporal e estatura quando comparados às moças e que, tanto os rapazes quanto as moças das escolas particulares tendem a apresentar valores superiores de massa corporal e estatura quando comparados com a rede pública. Os determinantes demográfico-biológicos referem-se, naturalmente, a fatores intrínsecos e extrínsecos ao indivíduo em estudo, os quais podem constituir-se como barreiras à participação em atividades físicas (SEABRA et al., 2004).

    A pesquisa realizada neste artigo, envolvendo estudantes do IFCE na região do Cariri Cearense, encontrou estatura e massa corporal maiores para o grupo de rapazes, ambas com diferenças significativas (p=0,001 para as duas variáveis) quando comparado entre gêneros. Estes resultados são fundamentais na medida em que apresentam valores em testes de uma mesma bateria numa amostra do Sudeste, o estudo aqui realizado pôde verificar que os estudantes do IFCE/ Campus Juazeiro do Norte, encontram-se com maiores níveis de IMC 20,57 e 21,93, massa corporal de 51,94kg e 58,52kg e estatura de 1,58m e 1,63m, masculino e feminino, respectivamente. Santos et al (2008), em uma Escola da Rede Estadual de Ensino Fundamental e Médio do município de Barra dos Coqueiros Sergipe, com o objetivo de identificar os níveis de prática de atividade física em adolescentes de 11 a 18 anos, que não participam/freqüentam as aulas de Educação Física, encontraram um baixo nível de atividade física, o que resultou em uma maior predominância de sedentarismo, prevalecendo no grupo feminino, porém com altos índices para o masculino. Couto et al (2008), em estudos objetivando verificar a importância das aulas de Educação Física Escolar para adoção do estilo de vida ativo na fase adulta, encontraram que os indivíduos que tinham esta prática constante nesta fase, se encontravam na atualidade classificados como ativos fisicamente, há uma forte contribuição para a adoção do estilo de vida ativo fisicamente na fase adulta, favorecendo a manutenção do estilo de vida ativo por toda vida. Um grande número de doenças esta associado a um estilo de vida inadequado, podendo ser prevenidas, e em alguns casos revertidos, com a adoção de um estilo de vida saudável (CSEP, 2004; ROLIM et al., 2007; NAHAS, 2001).

Conclusão

    O estudo com base na amostra permite concluir que de uma forma geral a classificação para rapazes e moças, se encontram em níveis normais de crescimento, porém algumas variáveis apresentam diferenças estatísticas para o grupo masculino (MCM e %G), indicando que o gênero pode ser um discriminador deste componente de fragmentação de composição corporal.

    Quando observadas por séries, a composição corporal e o índice de crescimento IMC, não indicaram mudanças, sugerindo que apesar das aulas de Educação Física não apresentarem uma estruturação organizada, atividades cotidianas extra sala no ambiente escolar ou junto a sociedade podem contribuir para os índices de normalidade observados.

    Então, sugere-se que mais estudos desse formato, bem como considerações relativas a características regionais, sejam realizados a fim de encontrar parâmetros que realmente possam estabelecer critérios de referências para as classificações nutricionais, obtendo assim características mais próximas da população regional.

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