A qualidade de vida ligada à prática regular de atividades físicas La calidad de vida vinculada a la práctica de la actividad física regular |
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Professor Pós-Graduado em Fisiologia do Exercício Professor de Musculação e Avaliação Física no Sesi – Araguaína, TO (Brasil) |
Osvaldo Cavalcante da Silva |
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Resumo O presente artigo de cunho bibliográfico demonstra que a importância da Qualidade de Vida (QV) ligada com a prática regular de exercícios físicos promove bem-estar e prevenção das doenças psicossomáticas. São necessárias mudanças, tanto a nível organizacional, dentre outros fatores e/ou satisfação no trabalho. O caminho para atingir o processo de Qualidade de Vida (QV) dentro dos conceitos organizacionais, tem que estar unificado com uma expansão fora dos limites das organizações, refletindo também no impacto causado nas pessoas na intenção de não abalar a oportunidade dos mesmos terem em seus convívios sociais e familiares, um estilo de comportamento a que venha retirar de seus hábitos e atitudes atuações que lhe permitam obter uma boa Qualidade de Vida (QV). Unitermos: Bem-estar. Saúde. Qualidade de vida. Atividade física. Hábitos.
Resumen Este artículo bibliográfico muestra la importancia de la calidad de vida (CDV) vinculada con la práctica de ejercicio físico regular promueve el bienestar y la prevención de las enfermedades psicosomáticas. Se necesitan cambios, tanto a nivel organizativo, entre otros factores y/o satisfacción en el trabajo. La forma de lograr el proceso de la Calidad de Vida (CDV) dentro de los conceptos de organización, debe estar unida a una expansión fuera de los limites de las organizaciones, que también refleja el impacto causado en las personas con la intención de lograr la posibilidad de tenerlos en su vida social y familiar, un estilo de comportamiento que incluya en sus hábitos y acciones actitudes que le permitan obtener una buena calidad de vida (CDV). Palabras clave: Bienestar. Salud. Calidad de vida. Hábitos de actividad física.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 15, Nº 150, noviembre de 2010. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
Ao longo dos anos a atividade física sempre esteve presente na rotina da humanidade associada sempre a um estilo de época. Desde a época do homem das cavernas que caçavam para sua sobrevivência, os Gregos com suas práticas desportivas na busca de um corpo perfeito ou de cunho militar na formação das Legiões Romanas com suas longas marchas e treinos.
Na promoção da saúde os exercícios físicos proporcionam inúmeros benefícios vitais às pessoas, por exemplo, melhora do condicionamento físico, ou seja, aumenta-se a capacidade de “trabalhar” do sistema cardiorrespiratório, a resistência muscular geral e localizada desenvolvendo juntamente a força, agilidade, flexibilidade, atribuindo tudo isto em um melhor equilíbrio corporal e coordenação motora.
Quando se fala em Qualidade de Vida (QV) no discurso comum, devido a complexidade e imprecisão associada a definição de um conceito de qualidade de vida, Shephard (1996) define qualidade de vida (QV) como resultante da percepção das condições de saúde, capacidade funcional e outros aspectos da vida pessoal e familiar. Outra definição importante é complementada por NAHAS (1995), quando salienta a dificuldade de estabelecer um conceito preciso de (QV). Tentando defini-la como resultante de um conjunto de parâmetros individuais, socioculturais e ambientais, que caracterizam as condições em que vive o ser humano, uma comunidade ou uma nação.
Hoje a ciência juntamente com a tecnologia está diretamente ligada com o ser humano, trazendo progresso e descobrindo doenças que há décadas passadas não seria possível. Com o avanço da ciência a qualidade de vida (QV) e o aumento da longevidade têm aumentado devido a descobertas de doenças crônicas degenerativas, redução de mortalidade por doenças infecto contagiosas, é importante a atividade física para todas as pessoas, independente da idade; desde que venha proporcionar seu bem-estar, saúde, sociabilização, promovendo uma melhor qualidade de vida.
Hoje a melhoria da Qualidade de Vida (QV) está diretamente legada com a prática de atividades físicas, obviamente, as doenças denominadas crônico-degenerativas como os cardiopatas, hipertensos, diabetes e osteoporóticos, liderem em mortalidades nos países industrializados estão associados aos hábitos e dietas inadequadas e inatividade física, porém pessoas com denominadas doenças-crônicas não estão impossibilitadas para se praticar atividade, isto dentro de suas limitações e condições físicas específicas.
Segundo Pegado (1990), está relacionado ao estilo de vida moderno alguns distúrbios psíquicos (ansiedade, e pressão e neurose), as doenças psicossomáticas (gastrite, úlcera e dermatites) alterações oslipídesos sanguíneos, doenças nutricionais (obesidade, bulimia e anorexia) e os distúrbios articulares (artrites, artroses, algias da coluna e hérnia de disco). Um dos principais pilares de uma qualidade de vida saudável e a prática e a regularidade de exercícios, porém de nada serve, passar meses sem praticar exercícios e logo depois ir à uma academia e passar o dia inteiro lá. O importante é criar e desenvolver uma rotina para que o corpo seja constantemente estimulado pela pratica regular de atividade física e ao mesmo tempo, atividade física em excesso pode ser tão prejudicial quanto a ausência da mesma. Atualmente, com as conseqüências das mudanças nas condições de vida e de trabalho, pouco se pratica atividade física. As pessoas se deslocam utilizando o transporte coletivo ou o próprio carro.
Na maioria das vezes, devido à natureza do trabalho que se executa passa horas e horas sentadas. Isto também acontece durante o lazer, sentam-se quando vai para um barzinho, cinema ou mesmo quando está assistindo algum programa televisivo, nos shoppings, a maioria das pessoas costumam sentar-se por muito tempo nas praças de alimentação ou ficam encostados nos corredores. Acomodando-se dessa maneira a maioria das pessoas que se exercita ou caminha cada vez menos, geralmente usa sempre a desculpa de que hoje não tem tempo disponível, porém, basicamente a falta de atividade física traz conseqüências negativas para a saúde.
De acordo com Codo (1997) no trabalho o sujeito se transforma e é transformado pela ação recíproca do sujeito e/ou do objeto e Fialho & Cruz (1999) citam que “os homens não reagem às situações tais quais elas são, mais tais quais eles as percebem” (p. 21).
Por isso, hoje muita gente chama a atenção para a necessidade de se praticar esportes, ginástica ou musculação alem da famosa caminhada sem orientação de profissionais de educação física e da saúde.
1. Os principais efeitos da atividade física e do exercício
A atividade física praticada regularmente beneficia a nossa saúde, pois reduz o colesterol, diminui a taxa de açúcar no sangue e, ainda, promove o fortalecimento dos músculos e articulações propiciando ainda os seguintes benefícios:
1.1. Efeitos metabólicos
Aumento do volume sistólico;
Diminuição da freqüência cardíaca em repouso e no trabalho submáximo;
Aumento da potência aeróbia (VO2 Max.);
Aumento da ventilação pulmonar;
Diminuição da pressão arterial;
Melhora o perfil lipídico;
Melhora a sensibilidade e a insulina.
1.2. Efeitos antropométricos e neuromusculares
Diminuição da gordura corporal;
Incremento da massa muscular;
Incremento da força muscular;
Incremento da densidade óssea;
Fortalecimento do tecido conetivo;
Aumento da flexibilidade.
1.3. Efeitos psicológicos
Melhoria da auto-estima;
Melhoria do auto-conceito;
Melhoria da imagem corporal;
Diminuição do stress e da ansiedade;
Melhoria da tensão muscular e da insônia;
Diminuição do consumo de medicamentos;
Melhoria das funções cognitivas e da socialização.
Com estes efeitos gerais do exercício tem-se mostrado benefícios no controle, tratamento e prevenção de doenças como diabetes, enfermidades cardíacas, hipertensão, aterosclerose, enfermidades respiratórias, artrose, artrite, dores crônicas e desordens mentais ou psicológicas.
É necessário que realmente tenhamos a totalidade desses efeitos benéficos e precisamos também manter uma alimentação equilibrada, bem como evitarmos dentro do possível, situações de tensão e ansiedade.
A atividade física saudável é aquela feita com prazer, sem exageros, realizada pelo menos três vezes por semana.
2. O funcionamento do sistema cardiorrespiratório
Hoje é cada vez maior o número de pessoas que inicia uma atividade física de forma aeróbia, através de corrida ou caminhada. Por isso é necessário o conhecimento de elementos básicos para a realização de prescrição de exercício para melhorar a qualidade de vida e a saúde dos praticantes de atividades físicas.
O funcionamento do sistema cardiorrespiratório está associado diretamente na melhoria da qualidade de vida. Para entendermos melhor como funciona destacaremos alguns dos elementos básicos para que inicie uma atividade física com segurança e eficiência.
A seguir será abordado os seguintes elementos básicos que se destacam melhor no desenvolvimento cardiorrespiratório.
2.1. Escolha da atividade adequada
Recomendam-se exercícios adequados para o desenvolvimento do componente cardiorrespiratório realizados de forma aeróbia e que estimula grandes massas musculares por um longo período de tempo, dentre o rol de atividades é recomendado às atividades cíclicas como corridas, caminhada, natação, jogging, remo, ciclismo etc. Para atividades acíclicas, as mais adequadas para uma fase de manutenção dos níveis de condicionamento físico desenvolvidos pelas atividades cíclicas.
Sobre a apresentação de qualquer caso especifico, é importante observar o que está relacionado com a pessoa, principalmente os que apresentam certo grau de sobrepeso, priorizando atividades de longa duração e que minimize o fator de peso corporal, que contribua também para evitar o risco de lesões ortopédicas.
2.2. Freqüência do treinamento
E importante considerar alguns aspectos, principalmente se o praticante é iniciante e nunca fez uma atividade orientada. Talvez se iniciar a pratica cinco vezes por semana poderá gerar uma sobrecarga, proporcionado aumentar um risco maior de lesões.
Inicia-se com duas ou três vezes por semana, aumentando progressivamente, de acordo com as respostas físicas do individuo.
2.3. Tempo de treinamento
Todo treinamento deve ser bem orientado para progredir para um tempo cada vez maior, que conseqüentemente irá gerar um nível de dificuldade cada vez menos. Após superar o limiar inicial de fadiga muscular e respiratória, o tempo total de atividade deverá evoluir progressivamente, de acordo com a disponibilidade do praticante sempre se baseando na periodização dos treinamentos. O tempo total de atividade dependerá da capacidade física e da condição inicial do praticante.
O ACSM recomenda para pessoas extremamente sedentárias com baixo nível de capacidade física, uma divisão de períodos seriados de exercícios em torno de 10 minutos, ou pouco mais, ao longo do dia, á que pode ser uma estratégia interessante de forma a totalizar no fim do dia uma carga em torno de 200 Kcal de atividade.
Para aqueles indivíduos em que sua composição de gordura corporal já está dentro dos objetivos estabelecidos, esse tempo total pode ser reduzido em relação a um individuo que deseja melhorar sua composição corporal diminuindo o percentual de gordura, compensando com um trabalho de intensidade bem maior. Um trabalho de potencia ou hipertrofia apresenta resultados óbvios para este tipo de individuo.
2.4. Intensidade do treinamento
A intensidade do trabalho depende diretamente do nível inicial do praticante, seus objetivos e outros fatores, como sexo, idade, disponibilidade de tempo, isso para adequar à prescrição corretar dos exercícios.
Considerações finais
O grande desafio em relação ao nosso estilo de vida é identificar as áreas em que podemos melhorar. O reconhecimento do bem-estar tem que vir de dentro de cada um de nós, não há outro caminho infelizmente, ninguém recebe uma medalha por ser feliz, e freqüentemente, quem busca momentos de descontração é criticado por “estar perdendo tempo” ou “deixando de trabalhar”.
A busca do bem-estar é algo íntimo, indelegável, totalmente dentro da responsabilidade individual. Então deduz que são muitos os fatores que influencia a Qualidade de Vida (QV) de um individuo, se incluído aspectos mais objetivos (condição de saúde, salário, moradia) e também os aspectos mais subjetivos (humor, auto-estima, auto-imagem), independentemente do enfoque global da Qualidade de Vida (QV) ou especifico (qualidade de vida relacionada a saúde) os fatores sócio-ambientais e mais especificamente, o contexto que se estabelece as relações e as vivencias de trabalho, que também possui impacto significativo na (QV). Cita Kerr, Griffiths & Cox (1996), que a maioria dos adultos no Brasil, infelizmente também as crianças e adolescentes destinam grande parte de suas vidas ao trabalho.
Concluímos que a atividade física associada a uma dieta e uma organização somática referida por Keleman (1994) favorecem a adoção de outros comportamentos e atitudes favoráveis a Qualidade de Vida (QV) e a saúde.
Referencias bibliográficas
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE QUALIDADE DE VIDA – site: www.abqv.org.br.
CODO, W. (1997) Um diagnóstico do trabalho: em busca do prazer. In: TAMOYO, A. Trabalho, organizações e cultura. São Paulo: Coop. Autores Associados. P. 21-40.
DOLAN, S. L. Estresse, Auto-estima, Saúde e Trabalho. São Paulo: Qualitymark, 2006.
FIALHO, F., CRUZ, R. (1999). O OBJETIVO DA PSICOPATOLOGIA DO Trabalho. Apostilas 2 (Disciplina Ergonomia e Psicologia do Trabalho – Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção e sistemas). 17p.
KERR, J.; GRIFFITHS, A. COX, T. (1996). Workplace Health, Employee Fitness and Exercise. London: Taylor & Francis, 193, p.
NAHAS, M.V. (1995). O conceito de vida ativa: a atividade física como fator de qualidade de vida. Boletim do NuPAF-UFSC. N. 3, p. 1.
NAHAS, M. V. Atividade Física, Saúde e Qualidade de Vida. 1ª Ed. Ed. Midiograf, 2006.
OGATA, Alberto e MARCHI, Ricardo de. Wellnes: seu guia de bem-estar e qualidade de vida. Rio de Janeiro: Ed. Elsevir, 2008.
OGATA, Alberto & SIMURRO Sâmia. Guia Prático de Qualidade de Vida: Rio de Janeiro. Ed. Elservier, 2009..
Organização Mundial da saúde. “Prevenção de Doenças Crônicas – Um investimento vital.” Organização Mundial da saúde, 2005. Disponível em: www.who.int/chp/chronic_report/part1_port.pdf. Acesso em 25 agost. 2010.
SESI – DEPARTAMENTO NACIONAL. www.sesi.org.br.
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