Esporte escolar: fenômeno social Deportes escolar: fenómeno social |
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Universidade Federal de Santa Maria (Brasil) |
Rodolfo Silva da Rosa Bruno Prestes Gomes |
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Resumo O Esporte na Escola vem sendo muito debatido no meio acadêmico dentro do âmbito da Educação Física Escolar. O objetivo desse estudo foi no sentido de colaborar com os debates analisando a situação do esporte enquanto fenômeno Social dentro do contexto Escolar. Unitermos: Esporte. Escola. Iniciação esportiva.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 15, Nº 150, Noviembre de 2010. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
Embora em decadência no mundo, o esporte praticado na escola ainda é à base de iniciação esportiva na maior parte dos países que se destacam neste setor. Mas como estamos vendo as discussões em torno dessa pratica meramente na formação de atletas dentro do contexto da Escola vem sendo questionado e pensando nessa transformação, concordando O esporte constitui-se hoje, sem duvidam, num dos mais importantes objetos de análise, não apenas das ciências do esporte, mas das abordagens literárias.
A partir dessas reflexões o seguinte artigo objetiva descrever os fundamentos desse tema no contexto de esporte escolar e social.
O esporte na escola e sociedade
Esse esporte escolar como base da pirâmide na formação do atleta está colocado a prova com as mudanças nas concepções da escola, o mundo capitalista nos remete a pensar quer a escola meramente deva preparar os alunos para um estágio maior, uma fase posterior, ou seja educar para a vida Adulta. , eNesse sentido o esporte tem várias fases assim como qualquer atividade com uma finalidade, sendo no esporte a iniciação desportiva como inicio. Mas o próprio termo já nos remete a esse pensamento.
Quanto à iniciação esportiva, outra possibilidade presente neste estudo e inegável na realidade, seria de somos instigados a pensar na Escola como base de uma “pirâmide” definida, onde as experiências produzidas a partir da cultura corporal de movimento poderão significar escolhas baseadas no conteúdo, na prática e na critica, tendo consciência, inclusive, de que o esporte de rendimento apresenta objetivos bem definidos com o enfoque na maximização do rendimento, porém, já previamente conhecidos, a partir de uma autonomia estimulada por essa prática crítica e consciente. É também pelas palavras pela ação docente que vemos no esporte realidades convergentes ou divergentes.
A competição deve ser abordarade na escola com o aluno em prioridade abordagem formas competitivas e competições clássicas, no contexto escolar diversificadas. Em aulas de educação física observar o esporte e as suas relações com o mundo que o cerca, e permitir uma compreensão crítica do mesmo junto com o aprendizado dos movimentos gestuais que possibilitem o jogar, é o mínimo que se espera do professor de educação física.
O Ministério extraordinário dos Esportes (BRASIL, 1996) estabelece como princípio fundamentais do esporte Educacional: principio da totalidade, da coeducação, participação, cooperação.... O esporte educacional.
Ainda no cenário da importância das aulas na reflexão do conceito de formação que temos para com nossos alunos
“Nossos alunos precisam de uma educação que comprove nossa existência e importância no mundo, que entenda que é preciso existirmos para que o mundo exista também”. (Verdari, 1998. p. 28)
Sempre levando em conta que nossos alunos não chegam vazios ao nosso encontro, Segundo Kirsch, Koch & Oro (1984), o Meio extra-escolar começa a estimular comportamentos antes que a escola, de modo que um aluno da 5ª série já traz uma certa “cultura esportiva, e com isso inevitavelmente procurara atender aos seus interesses.
Possibilidades do esporte nas aulas de Educação Física
Conforme Daolio (2005) os profissionais de Educação Física dentro do contexto escolar devem levar em consideração que o seu trabalho se desenrola em um ambiente cultural, com pessoas que fazem parte de uma realidade social e utiliza conteúdos historicamente relevantes daquela cultura.
Os professores necessitam de metodologias que se adaptem a realidade de seus alunos e não o contrário. Falkenbach (2002) coloca que é preciso rever, refletir e estudar constantemente sobre conteúdo, metodologia e a forma de transmissão e interação do professor.
A forma como o Esporte institucionalizado com seus códigos vem até as aulas de Educação Física retratando uma realidade que devemos pelo menos questionar ou mesmo instigarmo-nos com ela. O que nos coloca REZER (2006), o esporte que se apresenta a nós é simplesmente um fato “natural”, “dado”, que se apresenta de forma “pura”, em um “hoje”. Daolio apud Tani et all (1997) nos traz que o movimento é uma condição necessária, mas não suficiente para a ação, e que a educação Física deve avançar no sentido de superar os movimentos repetitivos e mecânicos. Um ponto de reflexão delicado e questionado por pensadores críticos, importante para o crescimento do aluno, refere-se a questão do rendimento. KUNZ (apud REZER, 2006) cita que “ O rendimento máximo obrigatório poderia dar lugar ao rendimento possível”. Mas o que é repassado muitas vezes é o modelo que vem de cima com códigos próprios do alto rendimento e inviável na Escola como exemplifica VAZ (apud REZER, 2006), ao citar que o modelo do esporte de alto rendimento não deve balizar o universo da participação popular, principalmente pela necessidade de um re-significar nesse contexto, muito menos espaços onde crianças e jovens participam com tanto entusiasmo.
Considerações finais
Como nos é passado Parlebas apud Vidal e Hunge (2004), quando esclarece o caráter dialético do esporte: colocando que o desporto não possui nenhuma virtude mágica. Ele não é em si nem socializante nem anti-socializante. É conforme: ele é aquilo que se fizer dele. Portanto, fazer da prática esportiva, ou do esporte, o “vilão ou herói” da sociedade ocidental sem uma reflexão mais pontual, significa ignorar o esporte enquanto um fenômeno social ativo dentro do contexto Escolar e que muitas vezes é confundido com o o próprio significado das aulas de Educação Física..
Referenciais
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