Dança de Salão e publicações científicas em periódicos indexados El Baile de Salón y sus publicaciones científicas en revista indexadas |
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Mestre em Ciências Biológicas, UFPR Especialista em Educação, IBPEX Especializanda em Dança de Salão, FAMEC Licenciada em Ciências Biológicas, UFPR Bióloga do Museu de História Natural do Capão da Imbuia, Curitiba |
Maristela Zamoner (Brasil) |
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Resumo A situação atual das publicações científicas em dança de salão é desconhecida. Este artigo pretende abrir a discussão sobre o assunto, partindo de uma experimentação em busca eletrônica de artigos por meio de indexadores, e análise de seus resultados. Conforme literatura, selecionaram-se 13 indexadores a partir dos quais foi possível obter uma lista de 24 referências a artigos científicos. Encontraram-se publicações em áreas distintas do conhecimento humano, configurando a dança de salão de forma multidisciplinar. Notou-se que a produção científica na área tem aumentado nos últimos anos. O método mais eficiente nesta busca foi pelo uso da combinação de unitermos no Google. A Revista Eletrônica “Lecturas: Educación Física y Deportes” (www.efdeportes.com) destacou-se na publicação de artigos sobre dança de salão, abrangendo 37,8% do total das produções brasileiras localizadas por esta pesquisa. A criação de um periódico científico voltado para publicação específica de artigos sobre dança de salão pode ser muito importante para a produção científica na área. Unitermos: Dança de salao. Publicaçoes cientificas periódicos indexados.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 15, Nº 150, Noviembre de 2010. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução e definição de unitermo de busca: Dança de Salão
A literatura atual sobre dança de salão não apresenta trabalhos que demonstrem a situação das publicações científicas. Neste sentido, este artigo pretende abrir a discussão sobre o assunto, partindo de uma experimentação em busca eletrônica de artigos por meio de indexadores, e análise de seus resultados.
Primeiramente é necessário definir um unitermo de busca para padronização metodológica e estabelecimento de um marco situacional no que tange à fundamentação publicada. As preocupações relacionadas às definições que envolvem a dança de salão, já são discutidas na literatura (ZAMONER, 2005). Freitas e Barbosa (1998) entendem a dança de salão como uma conseqüência da mistura entre danças sociais e danças populares. Manfredini et al. (2003) consideram a dança social como diversão. Para Duncan (apud Ossona, 1988), abordar a dança como diversão é degradá-la. Moreno (2004) percebe que a dança de salão vai muito além da recreação: é arte. Neste momento, fica claro que a dança de salão não é dança social e nem popular.
Sintetizando as idéias dos diferentes autores, podemos entender que: a dança social é recreação (MANFREDINI et al. 2003) e a dança de salão é arte (MORENO, 2004; GONZAGA, 1996), são, portanto, diferentes.
Conclui-se que, ao objetivar a procura por produções textuais nesta área, fazendo uso de mecanismos de busca, o unitermo “dança de salão” é o mais apropriado para o que se pretende obter nesta pesquisa.
Breve histórico das publicações científicas
Desde os debates acadêmicos gregos nos séculos V e IV a.C., é possível observar a comunicação científica (MUGNAINI, 2006). A partir do desenvolvimento da imprensa, no século XV, inicia-se a multiplicação de documentos escritos importantes para a ciência, disseminando conhecimento (MEADOWS, 1999).
As primeiras revistas científicas começaram a ser publicadas no século XVII e, desde então, têm sido muito importantes para a comunicação científica (STUMPF, 1996). Esta estratégia já se caracterizava por eliminar conotações pessoais na maneira de se expor (MEADOWS, 1974; KRONICK, 1976; LAMBERT, 1985).
O marco inicial das publicações científicas periódicas, entretanto, ocorre no dia 6 de janeiro de 1665, na cidade de Paris, quando é publicado o primeiro número do periódico francês semanal Journal dês Sçavants, editado por Dennis de Sallo, divulgando informações nas áreas de física, química, anatomia, meteorologia, trazendo ainda resumos de livros, necrológico de cientistas famosos, decisões legais e teológicas (ZUCKERMAN e MERTON, 1971). Este periódico sofreu interrupções devido à Inquisição, entretanto, suas edições continuam até hoje (STUMPF, 1996). Segundo a autora, em 6 de março de 1665, outro periódico começou a ser publicado mensalmente por iniciativa pessoal de Henry Oldenburg, o Philosophical Transactions da Royal Society of London, inspirado no Journal dês Sçavants, porém sem sessão legal nem teológica, sendo considerado o protótipo das revistas científicas. Estes dois periódicos inspiraram o surgimento de inúmeros outros, inclusive especializados em determinados campos do conhecimento.
Mesmo assim, ainda havia um caráter provisório, sendo, tais publicações, preteridas, em favor dos livros, como registros definitivos (STUMPF, 1996). A autora ainda ressalta que esta situação só mudou no século XVIII, quando os livros entraram em declínio devido ao custo e demora de produção, que às vezes até comprometia a autoria. No século XIX, quando as revistas assumiram o formato atual, foi possível legitimar o agrupamento de pequenos trabalhos de diferentes autores publicados periodicamente (MEADOWS, 1974).
Este formato geral dos periódicos permaneceu inalterado durante três séculos (ZIMAN, 1979). Dentre as poucas mudanças que podem ser apontadas, ressalta-se que, atualmente, não se deve publicar o mesmo artigo em diferentes periódicos e há uma língua preferida que hoje é o inglês, usado semelhantemente ao latim dos primeiros trabalhos, para transpor a barreira das línguas locais (MEADOWS, 1974).
Outra diferença relevante que se verifica a partir da década de 90, deve-se às redes de telecomunicações, permitindo que as publicações ocorram rapidamente e por baixo custo (revistas eletrônicas), facilitando a leitores o rápido acesso aos artigos (LE CODIAC, 1995).
Desde as primeiras publicações, a comunicação científica respalda-se na certificação dos pares, árbitros, pertencentes à mesma área de conhecimento (MUGNAINI, 2006). Este é o principal mecanismo, desde 1945, para definir distribuição de recursos governamentais (MARTIN, 1996). Conseqüentemente surge a necessidade de se estabelecer indicadores bibliométricos para estimar a produtividade, havendo dois tipos principais deles: os que buscam mostrar a magnitude e os que estimam o impacto científico (MUGNAINI, 2006). A obtenção dos indicadores é facilitada pelas bases de dados para armazenamento de informação científica padronizada, permitindo o acesso globalizado, mais dinamicamente ainda após a internet (TARGINO, 2000; TARGINO e GARCIA, 2000).
Em 1958, Eugene Garfield fundou o Institute for Scientific Information (ISI), que está dentre as bases de dados internacionais multidisciplinares mais prestigiadas (MUGNAINI, 2006). Web of Science é banco de dados de referências bibliográficas do ISI, abrigando informações científicas mundiais a partir de 1974. Segundo Zilles (2009), Web of Science, administrado pela Thomson Reuters Scientific, é o indexador de maior relevância internacional por ser o mais completo banco de dados científicos do mundo, gerador dos dados bibliométricos mais relevantes. Segundo a autora, entre estes dados estão dois índices que são atualizados a cada quatro meses: índice de impacto dos periódicos e índice H de cada autor. A autora lembra ainda que o índice de impacto é um critério de qualificação comumente adotado para classificação de periódicos no Qualis da Capes.
Os meios mais eficientes para a disseminação de resultados de pesquisa e levantamento de dados recaem sobre as bases de indexação (COIMBRA Jr., 1999), que hoje estão totalmente informatizadas.
Entretanto, poucas revistas brasileiras encontram-se indexadas nas bases do ISI e ainda têm pouca visibilidade em relação às revistas norte-americanas (MUGNAINI, 2006). Periódicos que não são publicados em inglês, não indexados e desprovidos de fator de impacto internacional acabam à margem de todo processo, o que fomenta a sugestão do Open Access (OFORI-ADJEI et al., 2006), um movimento mundial no sentido de permitir o acesso livre a todas as publicações científicas. Em função dos altos custos das assinaturas das revistas científicas, em meados dos anos 80, os periódicos sofrem uma crise, tornando o acesso ainda mais limitado (KURAMOTO, 2006). O autor relata que este contexto coincidente com o florescimento das tecnologias da informação e da comunicação, despontando a iniciativa de arquivos abertos, conhecida como Open Archvies Initiative. Segundo o autor, esta iniciativa definiu um modelo de interoperabilidade entre bibliotecas e repositórios digitais, o que possibilitou alternativas para a comunicação científica. Embora este modelo tenha se expandido significativamente, ainda não é uma regra, muitos periódicos só podem ser acessados mediante pagamento.
Neste contexto, a internet acabou por se configurar como a principal ferramenta de disseminação da informação (SOUZA, 2006). No início dos anos 70 teve início o conceito de EPC - Centros de Processamento Editorial, pela National Science Foundation (STUMPH, 1996), oferecendo suporte para produção de revistas a custos reduzidos. Segundo Souza (2006), na década de 80 o projeto Blend-Birngham and Loughborough Eletronic Network Development, financiado pela British Library apresenta-se de forma a permitir a substituição total da publicação impressa pela eletrônica, facilitando, desta forma, seu acesso. Conforme a autora, no Brasil, a primeira iniciativa de publicação eletrônica ocorreu em 1994, pelo NIB - Núcleo de Informática Biomédica da UNICAMP (Universidade Estadual de Campinas), denominado Hospital Virtual Brasileiro, disponibilizava informações médicas na Internet. A autora ainda considera que em seguida, pela mesma iniciativa, organizou-se o Grupo de Publicações Eletrônicas em Medicina e Biologia, que passou a desenvolver revistas eletrônicas, cuja primeira publicação foi o On-line Journal of Plastic and Reconstructive Surgery.
Atualmente, quase todos os periódicos americanos encontram-se automatizados, pois, com o avanço da tecnologia de comunicação e a necessidade imediata pela busca de informações, precisaram disponibilizar-se a qualquer hora, local e por valores acessíveis, o que se viabiliza pela internet (SOUZA, 2006). Hoje, é difícil encontrar uma revista de qualidade sem versão para web (AGUIAR, 1997).
Em 1997 ocorre outro fato que significa grande avanço nas publicações eletrônicas brasileiras, a criação da SciELO - Scientific Electronic Library On-line, uma biblioteca on-line abrangendo periódicos científicos selecionados (SOUZA, 2006). Segundo a autora, a biblioteca resultou de um projeto de pesquisa da FAPESP - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, em parceria com a BIREME - Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde e, a partir de 2002, contando com o apoio do CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. A autora ainda ressalta que o objetivo foi o desenvolvimento de uma metodologia que permitisse preparar, armazenar, disseminar artigos integralmente e avaliar a produção científica em formato eletrônico. Assim, é possível buscar dados por: lista alfabética de títulos; lista de assuntos; por um módulo de pesquisa de títulos dos periódicos; assunto; nomes das instituições publicadoras; local de publicação; entre outros mecanismos, permitindo visibilidade de mais de 150 revistas indexadas no Brasil e no mundo. Meneghini (1998), entende que a SciELO torna-se um sucesso inclusive porque outros países participam por meio da indexação de suas revistas, como por exemplo, Chile, Cuba, México, Venezuela, Portugal e Espanha.
O padrão de confiabilidade, no Brasil, é representado pela SciELO (BICAS et al., 2002), que foi mencionada na Nature, como base de dados referenciais (VILHENA e CRESTANA, 2002), sendo, portanto, considerada um índice bibliométrico, um indexador, que permite verificar informações sobre a publicação, número de artigos revisados ou não e referências publicadas. Segundo Souza (2006), os indicadores bibliométricos da SciELO equivalem-se aos do Journal Citation Reports, publicados pelo ISI.
A biblioteca virtual SciELO é pública, gratuita, desafiando pretensões mercantilistas de editoras comerciais de livros ou bases internacionais de periódicos, o que contempla ainda uma razão ética (PARKER, 1998).
Em relação a indexação de uma revista, é importante relembrar que trata-se de um processo regido por padrões internacionais, que confere o indicador de qualidade necessário para pertencer a um banco de dados segundo seus critérios, como por exemplo MEDLINE, ISI, LILACS entre outros (SOUZA, 2006). A autora considera ainda que é importante para a produção científica tornar-se conhecida e reconhecida internacionalmente (permitindo rápido acesso), necessitando para tal, estar de acordo com padrões básicos de apresentação formal e excelência no que tange ao conteúdo científico.
Indexação é, portanto, uma técnica analítica de atribuição de unitermos (palavras-chave) capazes de indicar conteúdos informativos de um documento (SOUZA, 1992). A autora considera que existem 3 finalidades para indexação de um periódico:
Garantir eficiente e economicamente o acesso de qualquer informação pelo usuário em momento preciso;
Originar índices que facilitem e recuperação de informações;
Determinar assuntos de um documento capazes de detalhar seu conteúdo informativo.
Nota-se que a visibilidade das publicações, o uso de índices bibliométricos atualizados e os temas das indexações têm relevante importância para autores, e para os periódicos científicos, são vitais (BICAS et al., 2002).
Ainda no contexto brasileiro é importante lembrar que a CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, desenvolveu o Qualis – Sistema de Classificação de Periódicos, Anais, Jornais e Revistas, on-line, que obedece a dois critérios: qualidade e âmbito de circulação dos periódicos (local, nacional ou internacional). A classificação ocorre por áreas de avaliação, sendo atualizada anualmente. Hoje, são enquadrados em um dos seguintes estratos indicativos de qualidade: A1 (mais elevado); A2; B1; B2; B3; B4; B5; C (peso zero).
Em uma breve retomada, entendemos então, que os bons periódicos são arbitrados, encontram-se indexados em alguma base de dados que segue padrões internacionais e, no caso do Brasil, encontram-se qualificados pelo Qualis.
O contexto da Dança de Salão
Considerando as questões explanadas anteriormente, a busca por trabalhos científicos sobre dança de salão, respeitando a padrões internacionais, também deve ser feita por meio de indexadores. Inicialmente, portanto, é necessário selecioná-los. Para efeito deste trabalho, far-se-á uso dos seguintes critérios:
Princípio de acesso gratuito, ao trabalho completo ou à citação;
Busca pelo unitermo “dança de salão”, conforme revisão de literatura já apresentada;
Produções brasileiras.
Jung (2009) sugere as seguintes bases de dados para pesquisa de variadas áreas do conhecimento: Google Acadêmico; Doaj; Redalyc; Scielo; Portal Acesso Livre Periódico Capes. Batista (2007) apresenta uma discussão sobre vários indexadores, dentre os quais, três deles podem apresentar-se interessantes para a presente pesquisa, são eles: Latindex, Scirus e Scientific Commons. Alguns autores, entretanto, têm feito uso diretamente do Google para obtenção de artigos científicos (TEIXEIRA, 2007; MORITZ, 2007), o que, inclusive, tem sido objeto de pesquisa (DIAZ-ISENRATH, 2005). Por esta razão, inclui-se o Google como indexador. O Portal de Periódicos da Capes apresenta uma lista de indexadores para as áreas de conhecimento que foi consultada no dia 8 de junho de 2010.
Conforme estas fontes, Batista (2007), Jung (2009), Teixeira (2007), Moritz (2007), Diaz-Isenrath (2005) e Portal de Periódicos Científicos da Capes, consideram-se os seguintes indexadores para busca aqui pretendida: Google Acadêmico; Google; Doaj; Redalyc; Scielo; Portal Acesso Livre Periódico Capes; CrossRef; Lilacs - Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde; Medline – via Birreme e via National Library of Medicine; Eric – via US Department of Education; Latindex; Scirus; Scientific Commons.
No Google Acadêmico, com a configuração para busca de documentos publicados em qualquer data, que tenham ao menos um resumo e que tenha o unitermo “dança de salão” no título, foram encontradas 35 indicações. Destas, 14 correspondem a artigos, menos da metade do total. Os demais eram repetições de artigos já apresentados anteriormente ou atividades acadêmicas, como por exemplo, divulgação de extensão universitária.
No Google, o uso do unitermo “dança de salão” entre aspas, traz como resultado um total de aproximadamente 1.360.000 documentos. A maioria deles, não apresenta artigos científicos, logo, é funcional agregar outros unitermos que aparecem comumente em trabalhos científicos e permitam sua filtragem mais direcionada a produções textuais de interesse para este trabalho. Dois unitermos foram selecionados para esta finalidade: abstract e key-words. A escolha deveu-se ao fato de serem termos que aparecem em trabalhos científicos que são publicados, contendo pelo menos um resumo em inglês. Desta forma, obtiveram-se 526 documentos, todos foram analisados e mais 10 novos trabalhos foram encontrados, em relação ao Google Acadêmico.
Os artigos encontrados nos indexadores DOAJ e LILACS constam dentre os que foram localizados pelo Google Acadêmico e o que foi apresentado pelo SciELO, não é brasileiro, portanto, não faz parte desta análise. Os demais indexadores não apontaram nenhuma publicação.
No QUADRO 01 são apresentados os resultados das buscas em cada um dos 13 indexadores selecionados, todas, realizadas no dia 9 de junho de 2010.
Quadro 01. Indexadores pesquisados e respectivas quantidades de artigos encontrados
Fonte: Pesquisa de campo.
*Resultados apenas de artigos que não foram listados pelos outros indexadores, buscados pelos unitermos: “dança de salão”; “abstract”; “keywords”.
**Artigo que não é brasileiro e não entra para a análise conjunta.
***Artigos que também estão na listagem dos documentos constantes na listagem obtida pelo Google Acadêmico.
Nota-se que dentre os 13 indexadores pesquisados, o Google mostrou-se mais eficiente, trazendo o maior número de artigos e incluindo todos os que foram trazidos pelos demais indexadores.
Entretanto, a desvantagem tanto do Google quanto do Google Acadêmico, é que fornecem uma quantidade grande de documentos que não são artigos científicos, necessitando, portanto, de seleção posterior a obtenção dos resultados almejados.
Na seqüência, os 24 artigos encontrados pela metodologia descrita são analisados em conjunto.
Análise dos artigos científicos obtidos pela busca em indexadores
O Quadro 02 apresenta a relação completa dos artigos científicos encontrados por meio da metodologia descrita, especificando: título, autor, ano, periódico em que foi publicado, qualificação pelo Sistema Qualis da Capes e indexador pelo qual foi localizado.
Quadro 02. Dados trabalhos científicos obtidos pela busca por meio de indexadores
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TÍTULO |
AUTOR |
ANO |
PERIÓDICO |
QUALIS |
INDEXADOR |
1 |
A dança de salão como qualidade de vida para a terceira idade |
GOBBO, Diego Emanuel e CARVALHO, Daisy |
2005 |
Revista Eletrônica de Educação Física |
Sem |
Google Acadêmico |
2 |
A Dança de Salão como um dos conteúdos de dança na escola |
VOLP, Catia Mary |
2010 |
Revista Motriz |
B1, B2, B5, C |
Google Acadêmico |
3 |
A dança de salão no contexto escolar: aspectos da pluralidade cultural |
TORTOLA, Eliane Regina; LARA, Larissa Michele |
2009 |
Lecturas: Educación Física y Deportes |
B4, B5, C |
|
4 |
A inclusão da dança de salão nas aulas de educação física no ensino fundamental II |
DOMICIANO, Adriana Nunes de Sá e MARCELLI, Flávia Puerta Ramos |
2009 |
Revista Interfaces: ensino,pesquisa e extensão |
A1, B1, B3, B4, B5, C |
Google Acadêmico |
5 |
Análise do equilíbrio dinâmico em idosas praticantes de dança de salão |
MONTEIRO, Wagner; MONTEIRO, Fernanda Fregni da Silva; OLIVEIRA, Alcinénia Vieira de; JESUS, Ana Paula de; BUENO, Carolina Sanches; OLIVEIRA, Claudia Santos |
2007 |
Fisioterapia em movimento |
B5, C |
Google Acadêmico |
6 |
Árvores genealógicas e cladística como base para o estudo das relações históricas entre as danças de salão: uma proposta. |
ZAMONER, Maristela |
2007 |
Lecturas: Educación Física y Deportes |
B4, B5, C |
|
7 |
Aulas de dança de salão em Curitiba: meio ambiente, saúde, sociabilização e técnica. |
ZAMONER, Maristela |
2008 |
Lecturas: Educación Física y Deportes |
B4, B5, C |
|
8 |
Autonomia em idosos portadores de Alzheimer praticantes de dança de salão: estudo de caso. |
ALMEIDA, Edvânia Pereira de; PEREIRA, Márcio de Moura e SAFONS, Marisete Peralta |
2009 |
Lecturas: Educación Física y Deportes |
B4, B5, C |
|
9 |
Dança De Salão Em Uma Visão Metodológica Em Relação À Atividade Física e a Comunicação Do Corpo |
SILVEIRA, Ricardo Roberto da |
2007 |
Revista Factu Ciência |
Sem |
|
10 |
Dança de salão, instrumento para qualidade de vida |
ROCHA, Márcio Donizetti e ALMEIDA, Cleusa Maria de |
2007 |
Movimento e Percepção |
B2, B4, B5 |
Google Acadêmico |
11 |
Dança de Salão: Motivos dos indivíduos que procuram esta atividade. |
D'AQUINO, Ricardo; GUIMARÃES, Adriana Coutinho de Azevedo; SIMAS, Joseani Paulini Neves |
2005 |
Lecturas: Educación Física y Deportes |
B4, B5, C |
|
12 |
Dança de salão: repercussões nas atividades de vida diária. |
CUNHA, Marcel Lima; LANDIM, Fátima Luna Pinheiro, LIMA, Maria de Fátima Cavalcante; VIEIRA, Luiza Jane Eyre de Souza; MESQUITA, Rafael Barreto de; COLLARES, Patrícia Moreira. |
2008 |
Cad . Saúde Coletiva |
B3, B4, B5, C |
|
13 |
Dança de salão: uma possibilidade de linguagem |
ZANIBONI,
Lílian e CARVALHO, |
2007 |
Revista Conexões |
B4, C |
Google Acadêmico |
14 |
Educação ambiental e educação em saúde na dança de salão para melhor idade: uma experiência na Paraíba. |
ZAMONER, Maristela |
2007 |
Lecturas: Educación Física y Deportes |
B4, B5, C |
|
15 |
Educação ambiental na dança de salão (danças sulistas): uma experiência no Rio de Janeiro. |
ZAMONER, Maristela |
2008 |
Lecturas: Educación Física y Deportes |
B4, B5, C |
|
16 |
Efeitos
da Pratica de dança de salão na aptidão |
BOCALINI, Danilo Sales; SANTOS, Rodrigo Nolasco dos; MIRANDA, Maria Luiza de Jesus |
2007 |
Revista Brasileira de Ciência e Movimento |
B2, B3, B5, C |
Google Acadêmico |
17 |
Espaço Interpessoal na Dança de Salão |
OLIVEIRA, Sandra Regina Garijo de; VOLP, Catia Mary; OTAGURO, Lilian Mayumi; PAIVA, Ana Clara de Souza; DEUTSCH, Silvia |
2002 |
Revista Motriz |
B1,B2, B5, C |
Google Acadêmico |
18 |
Especialização em dança de salão (Faculdade Metropolitana de Curitiba-Famec): análise das apresentações de monografias da primeira turma |
ZAMONER, Maristela |
2007 |
Movimento e Percepção |
B2, B4, B5 |
Google Acadêmico |
19 |
Estudo comparativo da agilidade entre praticantes de dança de salão |
VÁGULA, Silvana e MAIA, Maria Aparecida Coimbra |
2007 |
SaBios-Revista de Saúde e Biologia |
B4, B5 |
Google Acadêmico |
20 |
Prática e ensino de dança de salão, comportamento sexual e drogadição: confusões e preconceitos |
ZAMONER, Maristela |
2007 |
Lecturas: Educación Física y Deportes |
B4, B5, C |
Google Acadêmico |
21 |
Resposta de mulheres idosas praticantes de dança de salão ao Mini Exame de Estado Mental (MEEM). |
ALMEIDA, Edvânia Pereira de; PEREIRA, Márcio de Moura; SAFONS, Marisete Peralta |
2009 |
Lecturas: Educación Física y Deportes |
B4, B5, C |
|
22 |
Sociabilidade e envelhecimento feminino nos bailes de dança de salão em Fortaleza |
SIQUEIRA, Monalisa Dias de |
2009 |
Iluminuras |
B4, B5 |
Google Acadêmico |
23 |
Timidez e motivação em indivíduos praticantes de dança de salão |
ABREU, Everton Vieira; PEREIRA, Luciane Terezinha Zermiani; KESSLER, Edio José |
2008 |
Revista Conexões |
B4, C |
Google Acadêmico |
24 |
Um olhar sobre a prática da dança de salão |
ALMEIDA, Cleuza Maria de |
2005 |
Movimento e Percepção |
B2, B4, B5 |
Google Acadêmico |
FONTE: PESQUISA DE CAMPO.
Esta busca permitiu a identificação de 44 autores, havendo, para cada um a média de 1,23 trabalhos publicados, sendo que o menor número de publicações por autor é 1 e o maior é 6 (QUADRO 03).
Quadro 03. Listagem dos autores dos trabalhos científicos elencados conforme metodologia descrita,
identificados em ordem alfabética e seguidos das respectivas quantidades de publicações
|
Autor |
Número de publicações |
1 |
Adriana Coutinho de Azevedo Guimarães |
1 |
2 |
Adriana Nunes de Sá Domiciano |
1 |
3 |
Alcinénia Vieira de Oliveira |
1 |
4 |
Ana Clara de Souza Paiva |
1 |
5 |
Ana Paula de Jesus |
1 |
6 |
Armando Gonçalves de Carvalho |
1 |
7 |
Carolina Sanches Bueno |
1 |
8 |
Catia Mary Volp |
2 |
9 |
Claudia Santos Oliveira |
1 |
10 |
Cleusa Maria de Almeida |
2 |
11 |
Daisy Carvalho |
1 |
12 |
Danilo Sales Bocalini |
1 |
13 |
Diego Emanuel Gobbo |
1 |
14 |
Edio José Kessler |
1 |
15 |
Edvânia Pereira de Almeida |
2 |
16 |
Eliane Regina Tortola |
1 |
17 |
Everton Vieira Abreu |
1 |
18 |
Fátima Luna Pinheiro Landim |
1 |
19 |
Fernanda Fregni da Silva Monteiro |
1 |
20 |
Flávia Puerta Ramos Marcelli |
1 |
21 |
Joseani Paulini Neves Simas |
1 |
22 |
Larissa Michele Lara |
1 |
23 |
Lilian Mayumi Otaguro |
1 |
24 |
Lílian Zaniboni |
1 |
25 |
Luciane Terezinha Zermiani Pereira |
1 |
26 |
Luiza Jane Eyre de Souza Vieira |
1 |
27 |
Marcel Lima Cunha |
1 |
28 |
Márcio de Moura Pereira |
2 |
29 |
Márcio Donizetti Rocha |
1 |
30 |
Maria Aparecida Coimbra Maia |
1 |
31 |
Maria de Fátima Cavalcante Lima |
1 |
32 |
Maria Luiza de Jesus Miranda |
1 |
33 |
Marisete Peralta Safons |
2 |
34 |
Maristela Zamoner |
6 |
35 |
Monalisa Dias de Siqueira |
1 |
36 |
Patrícia Moreira Collares |
1 |
37 |
Rafael Barreto de Mesquita |
1 |
38 |
Ricardo D'Aquino |
1 |
39 |
Ricardo Roberto da Silveira |
1 |
40 |
Rodrigo Nolasco dos Santos |
1 |
41 |
Sandra Regina Garijo de Oliveira |
1 |
42 |
Silvana Vágula |
1 |
43 |
Silvia Deutsch |
1 |
44 |
Wagner Monteiro |
1 |
Fonte: Pesquisa de campo
A média obtida de autores por trabalho foi de 2,25, sendo que o maior número é 6 autores por trabalho e o menor é 1.
Identificaram-se 12 periódicos nos quais os 24 trabalhos tiveram suas publicações efetivadas (Gráfico 01).
Gráfico 01. Percentuais de publicações por periódico
Fonte: Pesquisa de campo
Destes periódicos destacou-se a Revista Eletrônica argentina, denominada: “Lecturas: Educación Física y Deportes” (www.efdeportes.com), com 9 publicações ao todo. O segundo periódico com maior número de publicações também é uma Revista Eletrônica, denominada “Movimento e Percepção” com três publicações. Em seguida apresentam-se os demais periódicos e respectivos números de trabalhos publicados: Revista Conexões (2); Revista Motriz (2); Cadernos de Saúde Coletiva (1); Fisioterapia em Movimento (1); Iluminuras (1); Revista Brasileira de Ciência e Movimento (1); Revista Eletrônica de Educação Física (1); Revista Factu Ciência (1); Revista Interfaces: ensino, pesquisa e extensão (1); Sa Bios-Revista de Saúde e Biologia (1).
As áreas dos periódicos foram identificadas conforme temática central de cada um e são apresentadas no Quadro 04.
Quadro 04. Listagem de periódicos localizados na pesquisa de campo e respectivas áreas de conhecimento
|
Periódico |
Área |
1 |
Lecturas: Educación Física y Deportes |
Ciências Biológicas |
2 |
Movimento e Percepção |
Ciências Biológicas |
3 |
Revista Conexões |
Ciências Biológicas |
4 |
Revista Motriz |
Ciências Biológicas |
5 |
Cadernos de Saúde Coletiva |
Ciências Biológicas |
6 |
Fisioterapia em Movimento |
Ciências Biológicas |
7 |
Iluminuras |
Ciências Humanas |
8 |
Revista Brasileira de Ciência e Movimento |
Ciências Biológicas |
9 |
Revista Eletrônica de Educação Física |
Ciências Biológicas |
10 |
Revista Factu Ciência |
Multidisciplinar |
11 |
Revista Interfaces: ensino, pesquisa e extensão |
Multidisciplinar |
12 |
Sa Bios-Revista de Saúde e Biologia |
Ciências Biológicas |
Fonte: Pesquisa de campo
Graficamente é possível observar as áreas de conhecimento em que os trabalhos de dança de salão são publicados (Gráfico 02).
Gráfico 02. Percentuais de trabalhos publicados por áreas do conhecimento do periódico
Fonte: Pesquisa de campo
Cada um dos trabalhos foi pesquisado pelo Sistema Qualis da Capes para obtenção de sua qualificação. Atualmente, este sistema funciona pela qualificação do periódico em diferentes áreas, por esta razão, cada periódico tem mais de um Qualis. Notou-se que foram realizadas 68 qualificações para os periódicos, sendo que a maioria enquadra-se entre B4 e C (Gráfico 03).
Gráfico 03. Percentuais de periódicos localizados na pesquisa de campo e respectivas qualificações segundo o sistema Qualis
Fonte: Pesquisa de campo realizada com 68 qualificações obtidas a partir da análise dos 24 trabalhos levantados
Analisando as publicações em relação ao ano de publicação (GRÁFICO 04), é possível perceber que o ano de 2007 destacou-se com 10 publicações, quase metade do total. Outra observação possível é que entre 2001 e 2005, primeira metade do período analisado, ocorrem 4 publicações e entre a segunda metade (2006 e 2001), ocorrem 20 publicações, lembrando ainda que a análise do ano de 2010 é parcial, uma vez que o ano ainda não terminou. Os dados mostram um aumento de publicações ao longo do tempo.
Gráfico 04. Percentuais de publicações encontradas na pesquisa de campo por ano
Fonte: Pesquisa de campo
Conclusões
A dança de salão configura-se como um campo de pesquisa de natureza multidisciplinar, uma vez que foram encontrados artigos em diferentes grandes áreas do conhecimento humano.
A produção científica na área da dança de salão tem aumentado nos últimos anos.
O método que se mostrou mais eficiente na busca de artigos científicos foi pelo uso de combinações de unitermos no Google. Entretanto, Cédon (2001) reforça que nem mesmo as melhores ferramentas de busca são capazes de cobrir 60% do que há disponível na internet. Considera ainda que os principais motivos são: quantidade de informações disponibilizadas não para de crescer; indexadores apresentam problemas; os conteúdos são tratados inadequadamente nos documentos digitais. Então, os resultados obtidos neste trabalho podem ser aprimorados através de outras buscas e outras combinações de palavras chave.
A Revista Eletrônica “Lecturas: Educación Física y Deportes” (www.efdeportes.com) destacou-se na publicação de artigos sobre dança de salão, abrangendo 37,8% do total de artigos científicos publicados em periódicos. A proposta deste trabalho concentrou-se mais especificamente em produções brasileiras e a referida revista é argentina.
A criação de uma revista científica voltada para publicação específica de artigos em dança de salão pode ser muito importante para a produção científica na área.
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