Conhecimento do exercício físico como recurso terapêutico por indivíduos diabéticos tipo 2 Conocimiento del ejercicio físico como recurso terapéutico por parte de personas con diabetes tipo 2. Knowledge of physical exercise as resource therapeutic by individuals of type 2 diabetics |
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*Acadêmicas do Curso de Educação Física Universidade Estadual de Goiás (UEG) Escola Superior de Educação Física e Fisioterapia (ESEFFEGO) **Doutora em Ciências Biológicas pela UFMG Professora Adjunta da Universidade Estadual de Goiás (UEG) |
Jananda Élida Santos Fernandes Coelho* Flávia Rasmussem Faria* Lílian Fernanda Pacheco** (Brasil) |
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Resumo Sabendo da importância e dos benefícios do Exercício Físico é que o presente trabalho se propôs investigar e analisar se os portadores de Diabetes Mellitus tipo 2, possuem conhecimentos e informações adequadas a respeito desse tema. Para isso foi realizada uma pesquisa de campo de cunho qualitativo com a aplicação de um questionário, em um Centro de Saúde da cidade de Goiânia (GO)/Brasil. A população estudada demonstrou ter conhecimento sobre os benefícios do exercício físico, alguns com uma boa compreensão acerca do assunto e outros apenas sabiam que o exercício físico traz algum tipo de benefício. No entanto, apesar de saberem dos benefícios do exercício físico, a grande maioria, por diversos motivos, não adere a essa prática. Unitermos: Diabetes Mellitus Tipo 2. Exercício físico. Conhecimento.
Abstract Knowing the importance and benefits of physical exercise is that this study proposed to investigate and examine whether people with diabetes mellitus type 2, have appropriate knowledge and information about this topic. For that a search was conducted qualitative field with the application of a questionnaire, a health’s center in the city of Goiania (GO)/Brazil. The population studied has demonstrated knowledge of the benefits of exercise, some with a good understanding of the subject and others just know that physical exercise brings some kind of benefit. However, although aware of the benefits of exercise, the vast majority, for various reasons, does not adhere to this practice. Keywords: Diabetes Mellitus type 2. Exercise. Knowledge.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 15, Nº 150, noviembre de 2010. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
O Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) é uma doença multifatorial, tendo como principal característica a resistência à insulina e intolerância à glicose (NIEMAN, 1999). Além disso, se constitui como doença crônico-degenerativa que está em constante crescimento no Brasil e no mundo sendo por isso considerado um grave problema de saúde pública. Segundo as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (2007), em 1985 estimava-se que existissem 30 milhões de adultos com DM2 no mundo; esse número cresceu para 135 milhões em 1995, atingindo 175 milhões em 2002, em projeção de chegar a 300 milhões em 2030.
Devido às suas complicações e predisposição a outras doenças é importante que os indivíduos portadores de diabetes conheçam e dominem os conceitos e habilidades necessárias para o tratamento a longo prazo. Tais conhecimentos incluem a fisiopatologia, os níveis glicêmicos desejados, o efeito da insulina e do exercício físico, bem como o da alimentação e do estresse. Além desses também é indispensável o conhecimento do tratamento básico para que haja melhor compreensão a respeito dessa patologia (BRUNNER & SUDDARTH, 2009).
Os conhecimentos sobre o exercício físico devem estar ligados aos seus benefícios, à sua importância, e aos procedimentos que devem ser realizados antes, durante e depois das atividades (intensidade, duração e volume são requisitos de grande importância), pois vários são os problemas ocasionados pela prática irregular do exercício físico, a hipoglicemia é uma delas. Além disso, é preciso tomar alguns cuidados, tais como: a escolha de atividades mais adequadas; quando e onde praticá-las; quais os perigos, entre outros.
Portanto, conhecer esses cuidados contribuirá para a obtenção de melhores resultados no tratamento da patologia e melhor adesão a essa prática, já que a construção de novos conhecimentos conduz à aquisição de comportamentos preventivos e estimula o indivíduo a compreender seus problemas e escolher a solução apropriada para o gerenciamento dos cuidados com a doença (TORRES, 2004).
Material e métodos
Participantes
Esta pesquisa de campo exploratória de cunho qualitativo foi realizada em um centro de saúde da Cidade de Goiânia (GO) - Brasil, com a participação de 30 indivíduos de ambos os sexos. A participação dos indivíduos foi voluntária e a adesão foi feita após a leitura e a assinatura do Termo de Conhecimento Livre e Esclarecido. O convite para a participação foi feito com as explicações pertinentes aos procedimentos e objetivos do trabalho e com os cuidados éticos necessários. O anonimato dos participantes foi garantido e para tal foi substituído o nome dos mesmos por números cardinais de 1 a 30, escolhidos de forma aleatória. Foram incluídos no estudo indivíduos com vínculo ao centro de saúde onde a pesquisa foi realizada, com idades variando entre 40 e 75 anos e portadores de diabetes tipo 2. E, foram excluídos indivíduos analfabetos, já que a coleta de dados foi feita sem a intervenção das pesquisadoras.
Materiais
Para coletar as informações dos participantes foi elaborado um questionário composto de 14 perguntas, sendo 11 de caráter descritivo e 3 de caráter objetivo. Dentre as variáveis analisadas, foram destacados itens como a idade, sexo, renda familiar, escolaridade, além dos aspectos relacionados ao cuidado com enfermidade e ao conhecimento dos benefícios e cuidados com exercício físico no controle e tratamento da patologia. Todas as etapas da pesquisa respeitaram as recomendações propostas pelo Conselho Nacional de Saúde, através da Resolução 196/96 (Brasil, 1996), que apresenta as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos.
Análise estatística
Os valores referentes às idades dos participantes foram expressos como média ± erro padrão da média (EPM) e os demais resultados foram expressos em termos percentuais. Os dados obtidos na pesquisa foram representados através de gráficos, colunas e tabelas, mediante utilização do programa Excel (2003) e Word (2003).
Resultados e discussão
Dos 30 participantes 80% eram do sexo feminino e 20% do sexo masculino. Foi possível verificar que houve uma grande predominância feminina no grupo estudado, porém dados da literatura apontam que na maioria da população a prevalência da doença é igual para ambos os sexos (MONDENEZE 2004), no entanto, o Ministério da Saúde (2002) aponta que a incidência e prevalência do DM2 é 1,4 a 1,8 vezes mais freqüente nas mulheres do que nos homens. Contudo em dados do Ministério da Saúde (2006) esses resultados podem estar atrelados também ao fato de que a população masculina não tem o mesmo grau de interesse aos cuidados com a saúde como as mulheres.
A média de idade cronológica da amostra total foi de 53,3 ± 5,6 anos, e as principais profissões e ocupações dos participantes estão representadas na Tabela 1.
Tabela 1. As principais profissões e ocupações dos participantes
Profissões e Ocupações |
(%) |
Donas de Casa |
23,3 |
Aposentados |
20 |
Funcionários públicos |
16,6 |
Secretárias do Lar |
13,3 |
Assalariados |
13,3 |
Técnicos |
10 |
Professores |
3,5 |
Total |
100 |
% freqüência relativa
A escolaridade variou entre ensino fundamental (36,7%), médio (43,4%) e superior (10%). Nos dados obtidos sobre a escolaridade não houve a presença de indivíduos analfabetos, por se tratar de uma pesquisa que teve como instrumento de coleta dados a aplicação de questionário, sem a intervenção do pesquisador. Mas isso não exclui a possibilidade que nos centros de saúde haja a presença de uma grande quantidade de diabéticos com níveis muito baixos ou sem nem um tipo de escolaridade. Em um estudo realizado por Cazarini et al. (2002) ao analisarem a escolaridade, verificou-se que a maioria (95,5%) dos portadores de diabetes mellitus eram alfabetizados. Frente a isso, os níveis de escolaridade podem representar indicadores importantes quanto ao entendimento de orientações terapêuticas e no processo de aprendizagem de novos hábitos, modificações no estilo de vida e controle do DM2.
Em relação à renda familiar, os participantes apresentaram renda familiar entre 1 salário (33,4%), 2 a 3 salários (40%), 4 a 5 salários (3,3%), de 7 a 10 salários (16,7%) entre o que não informaram a renda (3,3%) e o que não possuía nenhum tipo de renda familiar (3,3%).
Os dados apontam que a maioria dos portadores de diabetes mellitus dessa pesquisa recebe de 1 a 3,0 salários mínimos. Para Cazarine (2002), a baixa renda familiar pode comprometer a adesão do paciente ao tratamento, pois, para a obtenção de um bom controle metabólico, são necessários: dieta balanceada, controle domiciliar através da utilização de materiais e aparelhos, bem como o uso adequado de calçados, onerando o tratamento.
Ao associar a idade, escolaridade e renda familiar dos participantes desse estudo, foi possível observar que grande parcela dessa população tem mais 50 anos de idade, tem de baixa a média escolaridade e apresentam restrições econômicas. Esses são aspectos importantes a serem levados em consideração quanto às questões que envolvem o conhecimento sobre o exercício físico e sua prática, bem como o cuidado com a saúde.
Os indivíduos desse estudo relataram que, dentre os principais fatores responsáveis pelo surgimento do DM2 estão: estresse, obesidade, sedentarismo, fatores genéticos, efeito da dieta, idade avançada e fármacos. Dentre esses os mais citados foram o estresse e os fatores genéticos com 26,6% cada um. De acordo com o Ministério da Saúde (2002) nos indivíduos com DM2, 50% dos casos novos poderiam ser prevenidos, evitando-se o excesso de peso, e outros 30%, controlando o sedentarismo.
Dentre as orientações recebidas para o tratamento da DM2 pelos indivíduos desse estudo estão, a dieta, o medicamento e o exercício físico, com os seguintes resultados: a conciliação entre dieta, medicamento e exercício físico com 43,3%, dieta e exercício com 16,7% e dieta e medicamento 40%. É possível verificar que as orientações quanto ao tratamento não ficaram restritas apenas as questões farmacológicas. A dieta e a prática de exercício físico também foram indicadas como componentes fundamentais no cuidado com o DM2. No entanto em um estudo realizado por Guimarães e Takayanagui (2002) no momento do diagnóstico do DM2 os médicos reforçam a ênfase dada na orientação baseada quase exclusivamente no tratamento medicamentoso. Contudo, não se possa atribuir o sucesso terapêutico apenas a essa prática, excluindo-se os resultados oriundos de outras terapias, como a alimentar e a de práticas regulares de atividades físicas.
A respeito das orientações específicas sobre exercício físico (Fig 1), 60% dos participantes dessa pesquisa disseram ter recebido orientações sobre sua importância e 40% não receberam nenhum tipo de orientação a respeito do assunto.
Figura 1. Orientações específicas sobre exercício físico por parte de algum profissional da área da saúde
Para os que relataram terem recebido orientações sobre o exercício físico, obtiveram-se dois tipos respostas, a primeira delas foi o tipo de exercício mais adequado e a outra os profissionais que indicaram o exercício físico como um recurso terapêutico no controle da doença.
Dentre os profissionais que orientam os indivíduos dessa pesquisa sobre a prática de exercícios físicos, destacam-se, médicos (endocrinologistas, neurologistas e clínicos geral) com 55,5%, professores de Educação Física (22,2%), nutricionistas (11%) e agentes comunitários de saúde (11,1%).
Dentre os tipos de orientações sobre o exercício físico, o que se pôde perceber é que os profissionais ficaram restritos à prescrição do tipo de exercício, sem ampliar as informações e orientações a respeito do assunto. A caminhada foi citada como a mais indicada (55,5%) e as demais atividade foram hidroginástica (11,2%), e qualquer tipo de esporte (22,2%). No entanto menos da metade dos avaliados receberam orientações sobre como fazê-los, tipo de calçado adequado, intensidade, contra-indicações e cuidados necessários.
Para Franchi et al. (2008), isto pode sugerir a necessidade da melhora nas informações e abrangência de ações no ambiente de atendimento à saúde, ainda muito centrado na atuação isolada do médico. Seria interessante a inclusão do profissional de Educação Física que sempre é pouco citado e que poderia, junto à equipe multidisciplinar, orientar tanto a equipe de saúde quanto os pacientes, planejando e executando ações que contribuam para a mudança de estilo de vida e para os progressos quanto à prescrição dos exercícios físicos.
Com relação à prática de exercícios físicos (Fig. 2), mais da metade desses indivíduos disseram não praticar nenhum tipo de exercício, apesar de terem recebido algumas informações sobre sua importância para o tratamento e controle da patologia.
Figura 2. Amostra da quantidade de diabéticos que praticam exercício físico
Para Nieman (1999), os indivíduos ativos apresentam um risco 30 a 50% menor de chance de terem diabetes mellitus não insulino-dependente do que nos indivíduos que não praticam nenhum tipo de exercício físico. De acordo com Colberg (2003), vários benefícios são adquiridos pelos diabéticos que praticam o exercício físico regularmente, entre eles estão, melhora na sensibilidade à insulina, diminuição nos fatores de riscos cardiovasculares, melhora em potencial o controle glicêmico geral, se o açúcar sanguíneo for monitorado e se forem feitos ajustes na dieta e nas medicações, além dos benefícios de caráter social e psicológico.
Aos indivíduos dessa pesquisa que disseram praticar exercício físico, 50% deles começaram antes do aparecimento da patologia e 50% depois do aparecimento. Há relatos evidenciando que o exercício quando iniciado ainda em idade mais jovem, pode retardar ou até mesmo prevenir o início do DM2 (COLBERG, 2003). No entanto, quando o exercício é iniciado no primeiro estágio do diabetes (apenas resistência à insulina e um ligeiro aumento no nível de açúcar sanguíneo), o processo total do diabético tipo II pode, na realidade, ser retardado ou evitado.
Com relação à realização de exames e testes para aqueles que relataram praticar o exercício físico, apenas 33 % disseram que “sim”, que realizaram testes e exames para o início dos exercícios físicos e 67 % disseram que “não”. Com a realização de testes de esforço pode-se identificar possíveis problemas, como picos hipertensivos, isquemia miocárdica assintomática ou comprometimento da resposta da freqüência cardíaca, que podem ser agravados com a prática do exercício (MARTINS, 2000).
Dentre os participantes desse estudo que declararam praticar o exercício físico apenas 16,6% verificam a glicemia sanguínea, 75% não verificam e 8,4% às vezes verificam sem muita freqüência. Esse dado é de grande relevância, por representar um grande risco para saúde desses indivíduos, pois exercitar-se com baixos níveis glicêmicos, por exemplo, pode levar a uma possível hipoglicemia. Araújo et al (1999) acreditam que, diversos fatores podem contribuir para a não adesão desses pacientes a verificação da glicemia: alguns relacionados ao paciente, outros ao serviço de saúde e ainda à realidade social em que o cuidado se enquadra.
Os possíveis motivos da não adesão à prática do exercício físico citados por esses indivíduos estão apresentados na tabela 2.
Tabela 2. Principais motivos pelos quais os portadores de DM2 não praticam exercícios físicos
Além disso, há também as dificuldades de mudanças das pessoas que passaram mais da metade de suas vidas tendo um determinado comportamento e que no momento que recebem a informação do diagnóstico do DM2 se vêem diante de uma situação de necessidade de uma total modificação em seus hábitos de vida, com algumas restrições em seus gostos alimentares e da necessidade da prática de exercício físico, algo muitas vezes evitado pela falta de tempo no dia a dia de trabalho e/ou pela não identificação com essa prática (HASHIMOTO e HADDAD, 2009).
Foram, ainda, analisados aspectos do contexto relacionados ao conhecimento dos portadores de diabetes tipo 2 quanto aos benefícios do exercício físico e aos cuidados tomados para a sua prática e com tratamento do DM2.
Quanto aos conhecimentos a respeito dos benefícios do exercício físico para o tratamento da doença, cinco indivíduos que representam 16,66% da população em estudos relatam “não” ter nenhum tipo de conhecimento vinculado à prática do exercício físico. No entanto três participantes relataram ter conhecimento sobre o exercício físico, mas não souberam informar quais seriam esses possíveis conhecimentos, esses dados podem ser confirmados pelas respostas abaixo:
“(...) apenas do bem estar do corpo, muitas vezes agente só sabe que faz bem, mas não sabe como” (indivíduos 4)
“(...) Tenho conhecimento mais não sei explicar” (indivíduo 9)
O Ministério da Saúde (2002) acredita que incrementar o conhecimento e envolvimento da população sobre os benefícios do exercício físico constitui uma estratégia importante na prevenção e controle do diabetes mellitus.
Dentre as respostas sobre os benefícios do exercício físico destacam-se a perda de peso, a redução da glicemia e a melhora na qualidade de vida:
“Baixar a taxa de açúcar, evita muitas coisas” (indivíduo 29);
“Por causa da circulação e perca de peso” (indivíduo 23);
“Controle cardiovascular, melhora as condições físicas, melhora a respiração e funções pulmonares” (indivíduo 29).
Entre os principais cuidados citados pelos indivíduos desse estudo com relação à prática do exercício físico estão a alimentação, a hidratação, os calçados adequados, os horários para a prática do exercício físico e o respeito com as limitações de seu próprio corpo.
“Respeitar as necessidades do meu corpo, fazer sempre uma alimentação saudável antes de praticar exercício, tomar água sempre, para a hidratação...” (indivíduo 5).
“Calçados apropriados, meias próprias para exercício, roupas leves, (...)” (indivíduo 6).
Nessa pesquisa os cuidados com a prática do exercício físico foram citados por poucos. Domingues et al (2004) relatam que o desconhecimento sobre como se exercitar, as finalidades de cada exercício, limitações de alguns grupos populacionais e percepções distorcidas em relação aos benefícios do movimento, são alguns dos problemas mais freqüentes encontrados pela população em geral.
Conclusões
Nesse estudo pode-se evidenciar que grande parte dos portadores de diabetes envolvidos nessa pesquisa apresenta algum tipo de conhecimento a respeito dos benefícios do exercício físico, alguns com uma boa compreensão acerca do assunto, outros apenas sabiam que o exercício físico traria algum tipo de benefício, no entanto sem maiores informações a respeito do assunto.
Apesar de saberem dos benefícios do exercício físico, a grande maioria não aderiu a essa prática. Tal dado pode estar ligado, as orientações recebidas por profissionais que apenas indicaram o exercício como um recurso no tratamento do DM2, sem maiores ressalvas relacionadas aos seus benefícios e cuidados. Além desses também podem contribuir a baixa renda familiar, a falta de tempo, as dificuldades de mudanças comportamentais e a falta de programas governamentais que incentivem a adesão à prática regular de exercício físico para essa população em estudo.
Portanto, ao entender o DM2 como um problema de saúde pública, pressupõe-se a necessidade de se repensar maneiras necessárias de intervenções que possam contribuir tanto para a promoção, prevenção, quanto para o tratamento desse problema, e que esses sejam acessíveis e adaptados à realidade da população.
Referências
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