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Efeitos do treinamento mental no ganho de 

força em crianças praticantes de ginástica olímpica

Efectos del entrenamiento mental en la ganancia de fuerza en niños practicantes de gimnasia olímpica

 

*Mestre em Ciência da Motricidade Humana

Universidade Castelo Branco – LABNEU II, Rio de Janeiro/RJ

**Pós-Graduanda em Educação Física Escolar

UERJ, Rio de Janeiro/RJ

***Graduado em Educação Física

Universidade Gama Filho, Rio de Janeiro/RJ

Universidade Castelo Branco – LABNEU II, Rio de Janeiro/RJ

(Brasil)

Mario Roberto Guagliardi Júnior*

marioguagliardi@ig.com.br

Ricardo de Oliveira Silva*

ricardooliveira@univercidade.edu.br

Rakely Soares Pontes**

rakelysp@gmail.com

Vitor Lucio Castanho***

vlcastanho@gmail.com

Vernon Furtado da Silva, Ph.D.

vernonfurtado2005@yahoo.com.br

 

 

 

 

Resumo

          Desde a mais terna idade, a criança deve ser incentivada a exercitar sua coordenação motora através de exercícios físicos apropriados à sua idade e que proporcionem o aumento do seu repertório motor (MORRIS, 1967). Sendo assim, a ginástica olímpica pode se incluir como uma atividade útil para tal objetivo, a mesma vem crescendo como atividade de base nas escolas e clubes da cidade do Rio de Janeiro. A importância deste trabalho dá-se em função da deficiência dos métodos utilizados hoje em dia para treinamento de atletas de várias modalidades esportivas que priorizam apenas o treinamento das capacidades físicas relacionadas à performance, negligenciando muitas vezes o treinamento das habilidades mentais. Esta pesquisa se norteou através da avaliação motora comparativa entre 2 grupos de crianças e a analise do seu processamento hemisférico funcional: grupo A - praticantes de ginástica olímpica com um mínimo de um ano de prática, com duas horas semanais de treino e estimulação associada à prática mental de 3 gestos técnicos; grupos B - praticantes de ginástica olímpica com um mínimo de um ano de prática, com duas horas semanais de treino (grupo controle). Foram realizados testes de laboratório e campo que pudessem traduzir a prevalência hemisférica e a aptidão motora das crianças: de força explosiva “Vertical Jump”, e de “dominância hemisférica” CLEM, que fossem testadas suas habilidades e comparadas entre os dois grupos. Os resultados obtidos mostraram melhoras no grupo A em relação ao B. Conclui-se que a prática mental se mostra uma ferramenta promissora para uma performance motora favorável.

          Unitermos: Treinamento mental. Força. Ginástica olímpica.

 

 
http://www.efdeportes.com/ EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 15, Nº 149, Octubre de 2010. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    A atividade física é importante para a criança, não só para o seu desenvolvimento motor como também para o sócio-afetivo e cognitivo. Dentre as diversas atividades físicas, a ginástica olímpica tem sido bastante difundida como iniciação esportiva, com o intuito de contribuir para o conhecimento corporal de seus praticantes (NUNOMURA E PICCOLO, 2004). A criança vive à procura de auto-suficiência e a partir dos primeiros passos, numa atitude natural, vai buscando a sua própria forma de exercitação. Já numa fase mais avançada, integrada ao seu grupo de identificação, os exercícios são acentuados através de disputas em jogos de competição. O movimento é, pois, inerente ao desenvolvimento do indivíduo (TEIXEIRA, 1996).

    Os movimentos naturais ou habilidades específicas do ser humano, quando analisados e transformados, visando o aprimoramento do movimento de acordo com vários objetivos, como economia de energia, melhoria do resultado, prevenção de lesões, beleza do movimento entre outros, passam a ser considerados como movimentos construídos (exercícios) ou habilidades culturalmente determinadas. Por exemplo, um movimento próprio do homem como o saltar, foi sendo estudado, transformado e aperfeiçoado através dos tempos, para alcançar os objetivos de cada um dos esportes em que aparece: salto em altura, em distância e triplo no atletismo, cortada e bloqueio no voleibol, salto na Ginástica Olímpica, entre outros (GALLARDO, 1993). A atividade física voltada para a criança é importante não só para o desenvolvimento motor como também para o sócio-afetivo, aumentando sua capacidade de agir, interagir e reagir afetivamente com as outras crianças, assim como consigo mesma. Dentre as diversas atividades físicas, a Ginástica Olímpica tem sido bastante difundida nas escolas como atividade extracurricular, priorizando o desenvolvimento de diversas qualidades motoras, inclusive a força, o equilíbrio, a agilidade, a flexibilidade, a potência, a resistência, a velocidade e a destreza, enfim, o domínio do corpo (NUNOMURA E PICCOLO, 2004)

    A criança passa por diversas modificações durante sua vida. Transformações de origens biológicas, físicas e emocionais fazem com que desenvolva uma bagagem motora ampla e suficiente para que consiga realizar as diversas atividades diárias sem grandes dificuldades (TANI, 1999). A Ginástica Olímpica é formada por um conjunto de exercícios corporais sistematizados, nos quais se conjugam a força, a agilidade e a flexibilidade. O termo ginástica origina-se do grego “gymnádzein”, que significa "treinar" e, em sentido literal, "exercitar-se nu", a forma como os gregos praticavam os exercícios (PUBLIO, 2002). A prática da Ginástica Olímpica associa-se à possibilidade e utilização de uma enorme variedade de aparelhos para o treinamento, entre eles os de grande porte como o trampolim acrobático, a trave de equilíbrio e as barras paralelas, mas também aparelhos adaptados ou alternativos provenientes da natureza ou de fabricação própria. Baseado nesse aspecto pode-se observar o desenvolvimento e os benefícios que esta modalidade promoveria, estimulando as fases de desenvolvimento das crianças, os domínios cognitivos, afetivos, motores e as capacidades físicas trabalhadas dentro dos exercícios ginásticos. Preparando essas crianças para realizarem não só exercícios específicos da atividade como também, qualquer outro tipo de movimento (TANI, 1999).

    Apesar do visível crescimento da Ginástica Olímpica como atividade de base nas escolas e clubes da cidade do Rio de Janeiro (NUNOMURA E PICCOLO, 2004), aparentemente muitos profissionais e praticantes ainda ignoram os benefícios da atividade para o desenvolvimento das crianças. Em virtude desse fato, esta pesquisa vem analisar o desenvolvimento motor através de testes comparativos entre praticantes e não praticantes da atividade em questão e que possam demonstrar a importância dessa prática para o conhecimento corporal geral das crianças. Procura também contribuir para que professores e praticantes dessa atividade possam conhecer um pouco mais sobre os benefícios que a ginástica. poderia promover ao desenvolvimento global das crianças.

    O cérebro é uma estrutura altamente plástica que sofre modificações todo o tempo, a cada momento em que se vive uma nova experiência, assim o ser humano está sempre em evolução. Os neurônios são responsáveis pelo comportamento e atividade mental, conduzindo e deixando de conduzir determinados impulsos. O homem possui grande flexibilidade de adaptação e é um ser capaz de se moldar a qualquer meio ou de transformá-lo, usando para isso seus movimentos comandados, com uso do seu cérebro e de sua mente. Para entenderem o funcionamento do cérebro, os cientistas valeram-se de todos os recursos disponíveis em suas respectivas épocas, desde o estudo em cadáveres, passando pela observação de pessoas normais, as lesadas em acidentes, até ao desenvolvimento de equipamentos para fazer medições das atividades cerebrais. Muitas descobertas foram registradas sobre a atividade elétrica do cérebro desde a invenção do EEG, por Caton, em 1875, e os primeiros registros de atividade elétrica no cérebro humano, realizadas por Berger, em 1929. De lá para cá, o homem tem tido a oportunidade de se conhecer melhor. Atualmente, com a evolução tecnológica, pode-se mapear o cérebro em tempo real e ter conhecimento das áreas ativadas durante os processos mentais. Com isso, é possível validar antigas teorias sobre o funcionamento do córtex, e ao mesmo tempo associá-las a novas tecnologias para induzir e potencializar os processos mentais. O treino mental é um método utilizado para efetuar mudanças no comportamento e auxiliar o processo de aprendizagem. Ele corresponde à recapitulação cognitiva de uma habilidade física na ausência de movimentos físicos explícitos (MAGILL, 2000). É entendido como o pensar ou o imaginar certos aspectos da habilidade que se está aprendendo, sem envolvimento em qualquer movimento real (SCHMIDT; WRISBERG, 2001).

    Outros termos que aparecem na literatura, referentes ao treino mental são: prática mental, imagem mental, treinamento mental, ensaio mental, visualização, ensaio visual de comportamento motor. Todos os termos referem-se ao mesmo procedimento; assim, par os fins deste estudo, o termo adotado foi treino mental. A atuação do treino mental pode ser adequadamente classificada em dois grupos: as hipóteses fisiológicas e as hipóteses psicológicas (MARQUES; LOMONÂCO, 1992). Entende-se por hipóteses fisiológicas aquelas que atribuem os efeitos do treino mental a fatores orgânicos tais como a estimulação subliminar da musculatura envolvida no movimento ou o despertar sensorial do organismo. Por hipóteses psicológicas entendem-se aquelas que buscam explicar a influência do treino mental recorrendo a fatores tais como motivação do sujeito, capacidade de imaginação ou atenção seletiva.

Metodologia

    A amostra componente do estudo em pauta foi caracterizada por um montante de 36 indivíduos do gênero feminino, integrantes de uma equipe de ginástica olímpica do bairro do Grajaú na cidade do Rio de Janeiro, com idades entre sete e nove anos. Como critérios de inclusão e exclusão, os mesmos não poderão apresentar qualquer distúrbio visual, auditivo, físico ou mental e bom nível de capacidade imaginativa. Pertencentes a uma mesma classe social e com o mesmo quantitativo de treino semanal, visando assim manter a maior homogeneidade possível. Esses indivíduos foram selecionados de um total de 45 atletas, que formavam a já citada equipe, por terem cumprido fielmente toda a metodologia desenvolvida para este estudo e por estar em pleno e mesmo período de treinamento. Todos os participantes foram voluntários, mas mesmo assim solicitou-se, de forma obrigatória, a concordância, por escrito, dos pais ou responsáveis por eles.

    Foram apresentados ao grupo os objetivos e métodos do presente trabalho e pedido a concordância de forma voluntária dos responsáveis legais por cada indivíduo através do preenchimento de um termo de consentimento livre e esclarecido.Vencidas essas etapas foram feitos: um teste de CLEM visando determinar a prevalência hemisférica e de processamento de cada membro do grupo e três testes motores específicos: capacidade de equilíbrio, impulsão vertical e agilidade. Após a conclusão dessa etapa iniciou-se o momento experimental desta pesquisa, onde foi solicitado que os indivíduos chegassem com 10 minutos de antecedência ao treino para que recebessem devidamente sentados ou deitados, da maneira mais confortável possível, os treinamentos de prática mental.

Instrumentos

    A coleta de dados foi realizada a partir da mensuração da potência dos membros inferiores (salto vertical), agilidade e equilíbrio aferido antes do início de uma sessão de treino técnico-físico convencional. Essas medidas serão repetidas ao final de oito semanas de treinamento físico e técnico associado a prática mental para se determinar a relação entre estas aferições e os efeitos da potencialização sobre estas variáveis. Os instrumentos utilizados para coletas dos dados referentes a estas variáveis estão descritos nos tópicos a seguir.

CLEM

    O teste de CLEM (movimento conjugado lateral dos olhos) é correlacionado por parâmetros científicos com índices altamente significativos, comparados aos resultados obtidos através do eletroencefalograma (EEG) e tomografia por emissão pósitrons (PET) (Fairweather e Sdaway, 1994a), com o objetivo de detectar tendências de dominância cerebral em processamentos mentais.

    Para a aplicação do teste de CLEM é necessário que se tenha alguns cuidados para que se possa obter um bom resultado. Deve-se preferir o momento em que o indivíduo a ser testado esteja em condições físicas, mentais e emocionais adequadas ao procedimento e objetivos da testagem, para que se possam evitar distúrbios auditivos, visuais e patologias que indispunham o organismo a testagem e que possam prejudicar a realização das tarefas mentais solicitadas.

Procedimentos de testagem

    O presente teste foi aplicado estando o indivíduo a ser testado sentado em uma cadeira dentro de uma cabine apropriada para o teste, cuja medida é de 2m2, fechado por uma cortina com velcro, tendo o instrutor utilizado uma câmera de vídeo HDD, modelo JVC Elvio, para registrar a reação da direção dos olhos. Trabalharam-se também as questões compatíveis com a natureza de processamento hemisférico direito (HD) e hemisférico esquerdo (HE). Para isso foram aplicadas cinco perguntas analíticas e cinco perguntas espaciais que seguem em anexo. Posteriormente os dados de reação contralateral do movimento dos olhos durante o processamento da resposta registrada com a filmadora foram analisados e assinalados em uma ficha contendo figuras tipo “face de relógio”, que segue em anexo, conforme Brong (1983), citado por Fairwather e Sidaway (1994a).

    Foram reunidos em uma sala todos os indivíduos que iam participar dos testes. A eles foi explicado que o primeiro teste seria de perguntas e respostas com o objetivo de verificar como cada uma das crianças respondia de maneira diferente a determinados tipos de problemas. Esta explicação foi dada de forma randômica, evitando criar um jogo mental lateralizado.

Teste do salto vertical – Vertical Jump (Johnson & Nelson, 1979)

    O objetivo deste teste é medir a potencia dos membros inferiores no plano vertical, com idade satisfatória a partir dos nove anos até a idade adulta para ambos os sexos e sua fidedignidade tem sido assinalada como superior a 0,93.

Equipamento e material

    Uma superfície lisa, de três metros de altura, graduada de 2 em 2 centímetros e pó de giz.

Procedimentos

    O testando deverá assumir a posição em pé, de lado para a superfície graduada e com o braço estendido acima da cabeça , o mais alto possível, mantendo as plantas dos pés em contato com o solo,sem flexioná-los.Deverá fazer uma marca com os dedos ,ma posição mais alta que possa atingir.Para facilitar a leitura, os dedos do testando deverão ser sujos com pó de giz. O teste consiste em saltar o mais alto possível, sendo facultado ao testando, a flexionamento das pernas e o balanço dos braços para a execução do salto.

Resultado

    É dado em centímetros, subtraindo-se a marca mais alta do salto da mais baixa ,feita pelo testando sem o salto.São feitas três tentativas,computando-se o melhor dos três resultados alcançados.Não é permitido um saltito ou deslocamento dos pés antes da realização do salto.

Resultados e discussão

    A tabela mostra o número de indivíduos que formaram os grupos, as classificações e resultados obtidos em relação às variáveis: hemisfericidade cerebral e potência de membros inferiores que compuseram este estudo. Resultados estes evidenciam melhoras do grupo A em relação ao grupo controle B.

    Os dados obtidos confirmaram ser de 75% bi-hemisféricos o número de indivíduos da amostragem de ambos os grupos, fato este baseado em ser uma forte tendência para a predominância de um dos hemisférios ou de um modo de processamento, independentemente do tipo de tarefa (BOGEN 1972, FAIRWEATHER e SIDAWAY, 1994).

    Estudos anteriores, realizados por Fairweather e Sidaway (1994), relatam que 25% da população normalmente são hemisféricos-direito ou esquerdo, e 75% são bi-hemisféricos. Estudos desenvolvidos na área da neurociência relatam que o movimento dos olhos associados aos característicos estilos de pensamento, ou seja, processamento mental sugere hemisfericidade direita ou esquerda (MURRAY, 1979 e ROSSI, 2001). Esta preferência de processamento pode ser detectada através do teste de CLEM (movimento conjugado lateral dos olhos).

    Na opinião de Silva (1998), o fenômeno da hemisfericidade é de grande importância e aplicabilidade para a aprendizagem e para o ensino, por considerarem o estereótipo do aprendiz, formulada em função da sua natureza neurológica para aprendê-lo. Para os autores, Murray (1979) e Silva (1998), a metodologia diferenciada para cada indivíduo, segundo sua natureza neurológica, é de fundamental importância para os processos de aprendizagem hábil-motriz e cognitiva, assim como para a reabilitação.

    O movimento imaginado e exercitado mentalmente produziu micro contrações e conseqüentemente uma melhora da coordenação neuromuscular – houve um efeito fisiológico significativo, pois uma maior irrigação de sangue é constatada na musculatura envolvida. De acordo com Mackay (1981), as unidades musculares são preparadas para a ação durante o treino mental. A produção da atividade elétrica na musculatura envolvida num movimento, como resultado do imaginário do praticante de uma ação, sugeriu que, durante o treino mental, foram ativados os trajetos neuromotores adequados envolvidos na ação. Essa ativação auxiliou a aprendizagem de habilidades ajudando a estabelecer e a reforçar os padrões de coordenação adequados desenvolvidos.

    Segundo Schmidt (1993), quando os indivíduos imaginam um movimento, uma fraca atividade elétrica ocorre na musculatura participante do movimento real, embora a atividade eletromiográfica seja muito menor em tamanho do que aquela necessária para produzir a ação. O que o autor propôs é que, quando as pessoas se imaginam se movendo, um plano de ação é disparado pelo Sistema Nervoso Central para os músculos, proporcionando uma forma de treinamento na ausência de movimento real do corpo. Dessa maneira, a excitação do padrão neuromuscular pode ser iniciada pelo treino mental, mas sem o risco de interferência da fadiga, o que facilita o rendimento do aluno (RUSHALL; LIPPMAN, 1997).

Conclusão

    A investigação ora concluída adiciona oportunos conhecimentos em torno de como se ensinar desportos para a criança. Para muitos profissionais, esta não parece ser uma tarefa difícil. Uma grande parte deles pensa que realmente ensinar desportos não depende de uma trajetória de aprendizado científico por parte do instrutor. Talvez não seja mesmo, quando o compromisso de ensinar para a vida e não somente para o momento, não seja a referência ética do professor. Entretanto, estudos como o presente demonstram o quanto atrasada está a pedagogia do desporto quando comparada aos avanços dos estudos em neurociências. Por conseguinte, uma simples reflexão sobre os achados do presente estudo pode definir os seguintes fatos relativamente as comparações e testes efetivados, mesmo se considerando o reduzido número de sujeitos componentes da amostra:

    Estas sugeridas conclusões podem ser de grande valia tanto para profissionais investidos na tarefa de ensinar desportos, quanto àqueles envolvidos em pesquisas nesta área das ciências da vida.

Referências bibliográficas

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EFDeportes.com, Revista Digital · Año 15 · N° 149 | Buenos Aires, Octubre de 2010
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