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Preocupação com as lesões esportivas em atletas de futsal

Preocupación por las lesiones deportivas en jugadores de fútbol sala

 

*Especialista em Fisioterapia Esportiva pela Universidade Gama Filho, RJ

Fisioterapeuta em Minas Tênis Clube, em Belo Horizonte – MG

**Mestranda em Ciências do Esporte na área de Psicologia do Esporte

na Univerdade Federal de Minas Gerais

Especialização em Treinamento Esportivo pela Universidade Federal de Minas Gerais

Graduada em Fisioterapia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

***Possui graduação em Psicologia pela Universidade FUMEC (1995)

Graduação em Pedagogia pela Universidade FUMEC (1998)

Mestrado em Desporto para Crianças e Jovens pela

Faculdade de Ciências do Desporto e de Educação Física da Universidade do Porto

****Professor Titular da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional da UFMG

Possui graduação em Educação Física pela Universidade do Esporte de Colônia

Doutorado em Ciências do Esporte - Psicologia do Esporte pela Universidade do Esporte de Colônia

Atualmente é presidente da Sociedade Sulamericana de Psicologia do Esporte (SOSUPE)

Participou como membro da delegação brasileira em 3 Paraolimpiadas

(Sidney, Atenas e Pequim) e uma Olimpiadas (Atenas)

Marcela Mendes de Almeida Gomide Leite*

Isabela Carneiro de Rezende Rossi**

Profa. Fernanda Blaser Queiroga***

Dr. Dietmar Martin Samulski****

isabela.rossi@minastc.com.br

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          A preocupação com a lesão está presente em grande número de praticantes de atividades físicas e atletas de alto rendimento esportivo. Uma lesão pode interromper a prática da atividade por tempo indeterminado ou deixar o indivíduo muito tempo afastado dos treinos e competições. O futsal é um esporte em ascensão no âmbito mundial, e além da grande adesão a essa modalidade, é um esporte de contato direto, que exige tomada de decisões rápidas e treinamento intenso, aumentando a probabilidade da ocorrência de lesões. O objetivo do estudo foi avaliar a preocupação dos atletas de futsal frente às lesões esportivas. O estudo foi realizado com 29 atletas de futsal do sexo masculino, de um clube de Belo Horizonte - MG - Brasil, das categorias sub20 e adulto, com idade entre 18 e 27 anos (média 20,34 ±2,45 anos). Um questionário com uma escala, tipo Likert, foi idealizada e aplicada pelas pesquisadoras baseada nas lesões mais prevalentes da modalidade e nos tipos de lesão. Na análise estatística foram utilizados os testes qui-quadrado, análise de regressão linear e análises descritivas. A posição pivô apresentou a maior proporção de lesões (média de sete lesões por pivô), seguida pela posição fixo (média de 5,8 por fixo), goleiro (4,16 por goleiro) e a posição ala (3,06 por ala). Não foi observada nenhuma associação significativa entre cada lesão com o grau de preocupação. Na análise de regressão entre a média do grau de preocupação e a média do número de lesões observou-se uma relação significativa (p= 0,004 e r= 0,76). Proporcionalmente ocorreram mais lesões nos jogos (21 lesões) do que nos treinos (24 lesões). Neste estudo, observou-se que quanto maior a preocupação, maior a incidência de lesões. Portanto, conhecer e compreender o nível de preocupação dos atletas em relação às lesões é fundamental para que a equipe transdisciplinar possa intervir de maneira efetiva na prevenção ou diminuição da vulnerabilidade dos atletas às lesões esportivas.

          Unitermos: Lesões esportivas. Futsal. Preocupação.

 

 
http://www.efdeportes.com/ EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 15, Nº 149, Octubre de 2010. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    O futsal é um esporte em ascensão no âmbito mundial. A Entidade Nacional dirigente do Futsal (CBFS), conta com 27 Federações Estaduais filiadas e congrega mais de quatro mil clubes e 310 mil atletas inscritos e, anualmente, promove competições nacionais de seleções e de clubes, nas categorias sub-15, sub-17, sub-20 e adulto, tanto no masculino como no feminino. Além da grande adesão a essa modalidade, o futsal é um esporte de contato direto, que exige tomada de decisões rápidas e treinamento intenso.

    No contexto esportivo, Cabral (2009) conceitua a preocupação como uma desorganização psíquica que pode estar presente em quase todas as outras formas de desequilíbrio emocional (ansiedade, medo, apatia, alta intensidade emocional) antes, durante e após a competição. Já o autor Dunn (2001) afirma que tal sensação chega a ser considerada uma das emoções mais negativas que o atleta pode experimentar, podendo, em alguns casos, destruir a sua harmonia psíquica.

    A lesão é um motivo de preocupação não só para atletas de rendimento como para todas as pessoas que se exercitam regularmente com outros objetivos, pois elas podem provocar a interrupção das atividades físicas por tempo indeterminado. No caso de atletas, algumas lesões podem levar ao encerramento da carreira (ARNASON et al., 2004).  

    Alguns autores destacam que a preocupação com a lesão é um sentimento comum, principalmente quando a dificuldade e o risco da tarefa são altos, o que pode contribuir para que a lesão ocorra de fato, pois a preocupação em se lesionar pode gerar uma tensão muscular o que torna os movimentos rígidos e descoordenados, provocando a sua execução de maneira errada (ESTRADA, 2007; FLOREAN, 2002; FORD et al., 2000; HACKFORT e KLEINERT, 2007).

    Santiago e González (2002) estudaram a preocupação presente em diversas situações relacionadas à aprendizagem motora de crianças e adolescentes no esporte. Os autores observaram que tal sentimento acarreta conseqüências claramente prejudiciais para a aprendizagem e para o rendimento esportivo. Devido à tensão muscular gerada em níveis motor e fisiológico, os indivíduos manifestaram falta de precisão dos movimentos, falta de flexibilidade, maior predisposição à fadiga, transtornos de percepção, redução do campo visual e de atenção.

    Em pesquisas feitas com esportistas do futebol, Roffé (1999) verificou quais seriam as situações de preocupação que os atletas desta modalidade se deparavam constantemente. A preocupação em se lesionar apareceu com maiores índices nesse estudo.

    Portanto, a preocupação em se lesionar pode contribuir para o acontecimento e/ou agravamento da lesão, podendo prejudicar o seu retorno à prática esportiva. Considera-se, então, que o conhecimento dessa percepção e das situações em que ela se manifesta pode representar, para os profissionais da saúde, uma possibilidade de intervenção diante das reações psicológicas de seus atletas. O objetivo do estudo foi avaliar a preocupação dos atletas de futsal frente às lesões esportivas e a ocorrência das mesmas.

Método

    O estudo foi realizado com 29 atletas de futsal do sexo masculino, das categorias sub20 e adulto de um clube de Belo Horizonte - MG - Brasil, com idade entre 18 e 27 anos (média 20,34 ±2,45 anos), que se voluntariaram a participar do estudo. Apenas essas duas categorias foram escolhidas devido ao treinamento intenso e grande participação em campeonatos durante o ano. Todos os atletas recrutados assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido, concordando em participar do estudo.

    A escala foi explicada pela mesma pesquisadora para todos os atletas participantes, e em seguida, eles a preencheram de forma auto-aplicativa. A escala, tipo Likert, foi idealizada pelas pesquisadoras baseada nas lesões mais prevalentes da modalidade e nos tipos de lesão. Ela consistia de cinco alternativas relacionadas à preocupação, em que o 0 representava nenhuma preocupação, 1 pouca preocupação, 2 preocupação intermediária, 3 muita preocupação e 4 sempre preocupado. Foi realizado também o levantamento do perfil das lesões no ano de 2009, entre janeiro e outubro, para relacionamento dos dados.

Análise estatística

    Para verificar se houve associação entre o grau de preocupação e a ocorrência de cada lesão, foram utilizados testes qui-quadrado. Para verificar a relação entre estas variáveis, considerando todas as lesões em conjunto, foi realizada uma análise de regressão linear. Além disso, foram utilizadas análises descritivas, através de freqüências absolutas e percentual. Todas as análises foram realizadas no software SPSS, versão 14.0. O nível de significância foi estabelecido em a = 0,05.

Resultados

    Todas as lesões dimensionadas na escala foram analisadas em relação ao grau de preocupação; a ocorrência de lesão no ano de 2009; em que situação essa lesão aconteceu, se foi em jogos ou treinos; e em qual posição a lesão foi mais prevalente. Os resultados descritivos, referentes a estas variáveis encontram-se nas tabelas a seguir.

Tabela 1. Análise descritiva do grau de preocupação dos atletas em cada lesão

   

L. M. Adutores

Entorse Tornozelo

Tend. Patelar

L. Óssea Tornozelo

L.M.R. Femoral

Entorse joelho

Escala de
preocupação

Freq

%

Freq

%

Freq

%

Freq

%

Freq

%

Freq

%

Nenhuma
preocupação

8

27,59

6

20,69

10

34,48

13

44,83

8

27,59

7

24,14

Pouca
preocupação

10

34,48

7

24,14

9

31,03

7

24,14

10

34,48

8

27,59

Preocupação
intermediária

6

20,69

9

31,03

8

27,59

6

20,69

7

24,14

7

24,14

Muita
Preocupação

5

17,24

3

10,34

2

6,90

1

3,45

3

10,34

5

17,24

Sempre
Preocupado

0

0,00

4

13,79

0

0,00

2

6,90

1

3,45

2

6,90

Total

29

100,00

29

100,00

29

100,00

29

100,00

29

100,00

29

100,00

 

Tabela 2: Análise descritiva do grau de preocupação dos atletas em cada lesão (continuação)

 

Tend. Quadriciptal

Tend. Quadriciptal

Ombro

Tend. Aquiles

L.Óssea no Pé

Escala de
preocupação

Freq

%

Freq

%

Freq

%

Freq

%

Freq

%

Nenhuma
preocupação

13

44,83

6

20,69

13

44,83

9

31,03

9

31,03

Pouca
preocupação

10

34,48

15

51,72

9

31,03

11

37,93

12

41,38

Preocupação
intermediária

3

10,34

6

20,69

3

10,34

4

13,79

5

17,24

Muita
Preocupação

3

10,34

2

6,90

2

6,90

5

17,24

2

6,90

Sempre
Preocupado

0

0,00

0

0,00

2

6,90

0

0,00

1

3,45

Total

29

100,00

29

100,00

29

100,00

29

100,00

29

100,00

 

Tabela 3. Análise Descritiva da ocorrência de cada lesão

  

L. M. Adutores

Entorse Tornozelo

Tend. Patelar

L. Óssea Tornozelo

L.M.R. Femoral

Entorse joelho

Presença
de Lesão

Freq

%

Freq

%

Freq

%

Freq

%

Freq

%

Freq

%

Sim

7

24,14

13

44,83

3

10,34

1

3,45

8

27,59

3

10,34

Não

22

75,86

16

55,17

26

89,66

28

96,55

21

72,41

25

86,21

Total

29

100,00

29

100,00

29

100,00

29

100,00

29

100,00

28

96,55

 

Tabela 4. Análise Descritiva da ocorrência de cada lesão (continuação)

  

Tend. Quadriciptal

Pubalgia

L.M.Isquiossurais

Ombro

Tend. Aquiles

L.Óssea no Pé

Presença
de Lesão

Freq

%

Freq

%

Freq

%

Freq

%

Freq

%

Freq

%

Sim

0

0,00

1

3,45

3

10,34

0

0,00

1

3,45

5

17,24

Não

29

100,00

28

96,55

26

89,66

29

100,00

28

96,55

24

82,76

Total

29

100,00

29

100,00

29

100,00

29

100,00

29

100,00

29

100,00

 

Tabela 5. Análise Descritiva do local de ocorrência de cada lesão

 

L. M. Adutores

Entorse Tornozelo

Tend. Patelar

L. Óssea Tornozelo

L.M.R. Femoral

Entorse joelho

Local de
Ocorrência
da Lesão

Freq

%

Freq

%

Freq

%

Freq

%

Freq

%

Freq

%

Jogo

3

42,86

6

46,15

1

33,33

0

0,00

5

62,50

1

33,33

Treino

4

57,14

7

53,85

2

66,67

1

100,00

3

37,50

2

66,67

Total

7

100,00

13

100,00

3

100,00

1

100,00

8

100,00

3

100,00

 

Tabela 6. Análise Descritiva do local de ocorrência de cada lesão (continuação)

  

Pubalgia

L.M.Isquiossurais

Tend. Aquiles

L.Óssea no Pé

Local de
Ocorrência
da Lesão

Freq

%

Freq

%

Freq

%

Freq

%

Jogo

0

0,00

1

33,33

0

0,00

4

80,00

Treino

1

100,00

2

66,67

1

100,00

1

20,00

Total

1

100,00

3

100,00

1

100,00

5

100,00

    As lesões dimensionadas na escala de percepção das lesões esportivas e sua ocorrência também foram relacionadas com a posição dos jogadores em quadra. Foi realizada uma proporção considerando o total de lesões e a posição do jogador. A posição pivô apresentou a maior proporção (média de sete lesões por pivô), seguida pela posição fixo (média de 5,8 por fixo), goleiro (4,16 por goleiro) e a posição ala (3,06 por ala).

    Com relação às análises inferenciais, foram realizadas as relações de cada lesão com o grau de preocupação (considerando a escala completa de 0 a 4) e não foi observada nenhuma associação significativa.

    Considerando que a escala é ordinal, foi feita a média do grau de preocupação e a média do número de lesões, sendo possível uma análise de regressão de maneira geral (Gráfico 1), e foi observada uma relação significativa (p= 0,004 e r= 0,76).

Gráfico 1. Grau de preocupação e presença de lesão

    Proporcionalmente ocorreram mais lesões nos jogos (21 lesões) do que nos treinos (24 lesões).

Discussão

    Sob a perspectiva da teoria de ação, é essencial analisar e desenvolver o entendimento global da situação lesão, envolvendo o indivíduo (características pessoais, estados e processos), a tarefa e o ambiente (HANCKFORT, KLEINERT, 2007; SAMULSKI, 2009).

    O estudo apresentado seguiu essa visão, observando o atleta de maneira integrada, uma vez que apesar dos fatores físicos serem considerados causas primárias da lesão, fatores psicológicos e sociais também são motivos importantes de lesões esportivas (FORD et al., 2000).

    Junge e Dvorak (2004) observaram que o seguimento mais acometido em um estudo com jogadores de futsal, foi o pé e o tornozelo, seguido do joelho. Coincidentemente, foram os seguimentos que os atletas de futsal relataram estar sempre preocupados com maior freqüência. Outros autores mostraram que além do tornozelo e do joelho, os músculos da coxa são comumente afetados. Com relação às lesões musculares, no estiramento do músculo reto-femoral, que é o músculo responsável pelo chute, os jogadores relataram também estar sempre preocupados.

    A maioria das lesões no futebol é causada por trauma direto, ou seja, contato com outro jogador, daí alta incidência de lesões em jogos e em treinos, uma vez que o futsal é um esporte de contato e exige tomada de decisões rápidas. Os dados relativos à situação em que a lesão ocorreu se assemelham aos achados de Arnason et al. (2004), em que a incidência de lesões em jogos de futebol é maior. Segundo esses autores, são em média, 4-6 vezes maiores do que a incidência em sessões de treinamento.

    Mendelsohn (1999) aponta vários fatores, internos e externos, capazes de tornar o atleta vulnerável a lesões, tais como: má preparação física, más condições para a prática esportiva, campeonatos curtos, demasiadas competições, predisposições genéticas, influências sociais, estresse, pressa para regressar à competição, mudanças de equipe, derrota e clima negativo, baixos níveis de motivação e jogo mais violento.

    Um aspecto importante a ter em conta quando se lida com uma lesão esportiva é a prevenção (DUNN et al., 2001). Segundo Florean (2002), a intervenção preventiva passa pelo técnico e pelo psicólogo. Este último, em conjunto com o próprio atleta, estabelece metas possíveis de conquista, aumentando a sua motivação, fortalece a sua auto-confiança para que possa controlar as variáveis que o afetam a tomar as decisões corretas no momento exato, trabalha sobre a influência do estresse, ajudando o atleta a reconhecer todas as variáveis que o colocam numa situação estressante e para que, mediante determinadas técnicas, possa alcançar o seu estado ótimo.

    Mendelsohn (1999) propõe que se faça uma preparação mental preventiva para evitar lesões, tendo em conta três níveis: o nível cognitivo, psicomotor e afetivo. Esta preparação faz-se através do aumento das capacidades de análise, crítica, juízo, decisão e controle dos processos perceptivos, do aumento das capacidades de aprendizagem, controle e regulação do movimento e com o controle da emoção e ansiedade, com o conseqüente aumento da auto-estima, da auto-confiança e da capacidade de enfrentar os problemas.

    Treinar o controle atencional dos atletas, o feedback, a imagem mental e o relaxamento pode reduzir as condições que perturbam a performance esportiva e aumentam a predisposição a uma lesão. Ensinar os atletas estratégias psicológicas para controlar o estresse pode reduzir o risco de contrair uma lesão esportiva (Petitpas & Brewer, 2004).

Conclusão

    Vários fatores podem estar na origem de uma lesão: fatores físicos, condições de treino e competição e, não menos importantes, os fatores psicológicos. As variáveis psicológicas também estão relacionadas com fatores psicossociais e com variáveis de personalidade do atleta, contudo, o estresse parece ser o fator mais determinante de predisposição de um atleta a uma lesão.

    Observou-se que quanto maior a preocupação, maior a incidência de lesões. Portanto, conhecer, compreender e interpretar o nível de preocupação dos atletas em relação às lesões é fundamental para que a equipe multidisciplinar possa intervir de maneira efetiva na prevenção ou diminuição da vulnerabilidade dos atletas às lesões esportivas, e na reabilitação de lesões.

Referências

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  • CABRAL, Ana P. T. et al. Estresse e as doenças psicossomáticas. Revista de Psicofisiologia, 1, 1997.

  • CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL DE SALÃO. História de dedicação em prol do futsal brasileiro. Disponível em: http://www.futsaldobrasil.com.br/2009/cbfs/historico.php, Acesso em: 18 out. 2009.

  • DUNN, E.C SMITH, R.E. & SMOLL, F.L. Do sport-specific stressors predict athletic injury? Journal Science Medicine Sport., Vol.04, n.03, p.283-91, 2001.

  • ESTRADA, P.R. Implicaciones psicológicas de las lesiones deportivas. Lecturas, Educación Física y Deportes, Revista Digital. Buenos Aires, 11, 105, febrero 2007. http://www.efdeportes.com/efd105/implicaciones-psicologicas-de-las-lesiones-deportivas.htm

  • FLOREAN, A.. Lesiones deportivas: importancia e prevención. Lecturas, Educación Física y Deportes, Revista Digital, Buenos Aires, 8, 44, Enero, 2002. http://www.efdeportes.com/efd44/lesion.htm

  • FORD, I., EKLUND, R. & GORDON, S. An examination of psychosocial variables moderating the relationship between life stress and injury time-loss among athletes of a high standard. Journal Sports Science, Vol.18, n.05, p.301-12, 2000.

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  • JUNGE, A., DVORAK J. Soccer injuries: a review on incidence and prevention. American Journal of Sports Medicine, Vol.34, n.13, p.929-38, 2004.

  • MENDELSOHN, D.C. Lesiones deportivas: prevención y rehabilitación desde la Psicologia del Deporte. Lecturas, Educación Física y Deportes, Revista Digital. Buenos Aires, 4, 17, diciembre 1999. http://www.efdeportes.com/efd17a/lesion.htm

  • PETITPAS, A.J. & BREWER, B.W. Injury in sport. In C.D. Spielberg (Eds), Encyclopedia of applied psychology, USA: Elsevier Academic Press, p.293-297, 2004.

  • ROFFÉ, M. Miedos y presiones: una investigación con 200 futbolistas de diferentes culturas. Lecturas: Educación Física y Deportes, Revista Digital, Buenos Aires,  11, 97, Junio 2006. http://www.efdeportes.com/efd97/miedos.htm

  • SAMULSKI, D. M. Psicologia do esporte: conceitos e novas perspectivas. 2ª. Ed. Barueri, SP: Manole, 2009.

  • SANTIAGO, A. G. & GONZÁLEZ, M. Z. El Miedo a los Aprendizajes Motores: factores implicados. Lecturas: Educación Física y Deportes, Revista Digital, Buenos Aires, 8, 48, mayo 2002. http://www.efdeportes.com/efd48/miedo.htm

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