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Benefícios da hidroginástica para o 

melhor condicionamento físico na melhor idade

Beneficios de la gimnasia acuática para un mejor acondicionamiento físico en los mejores años

 

*Discente da Faculdade de Educação Física

da Universidade de Santo Amaro - UNISA

**Orientadora e Docente da Faculdade de Educação Física

da Universidade de Santo Amaro

(Brasil)

Amarildo Antonio Camargo*

Daniel de Carvalho Castro Souza*

Darielson Nogueira da Silva*

Iranir Santana da Paixão Lima*

Josué Almeida Sena*

Profª. Ms. Solange de Oliveira Freitas Borragine**

ca_margo01@yahoo.com.br

 

 

 

 

Resumo

          Este estudo tem o objetivo de apresentar e discutir a importância da hidroginástica como meio para a aquisição de melhor condicionamento físico das pessoas que vivem a melhor idade, propondo uma breve reflexão sobre os benefícios desta prática. Para este fim utilizou-se como metodologia a revisão bibliográfica. De maneira significativa para a manutenção e melhora do condicionamento físico da melhor idade, a hidroginástica proporciona maior equilíbrio motor, psicológico, fortalecimento muscular, além de muitos outros benefícios. Constata-se que a hidroginástica possibilita uma melhor qualidade de vida trazendo, aos indivíduos idosos, percepção dos seus benefícios para a vida, assim como maior auto-estima e resgate do bem estar, influenciando positivamente para um melhor condicionamento físico.

          Unitermos: Hidroginástica. Melhor idade. Condicionamento físico.

 

 
http://www.efdeportes.com/ EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 15, Nº 149, Octubre de 2010. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    Verifica-se com a chegada da melhor idade uma crescente busca pela pratica de atividade física que amenize os problemas de ordem patológica. Essa procura, no entanto, acontece normalmente mediante prescrição médica, para que se remedie os problemas apresentados pelo paciente.

    Na nossa perspectiva se faz necessário um trabalho mais efetivo para que as pessoas se conscientizem que o interesse pela prática de atividade física não deve ser apenas para que se remedie algum problema de ordem física e ou psicológica já instalada, mas uma forma de preveni-las.

    Observa-se, porém que a realidade é ainda diferente, uma vez que nem sempre se tem levado em conta os diversos benefícios que a prática da atividade física pode trazer para um melhor condicionamento físico ao longo de toda a vida e não somente a partir da melhor idade.

    Apesar dos inúmeros trabalhos realizados sobre os benefícios dessas práticas, notamos em nossa atuação com aulas de hidroginástica, o grande número de pessoas idosas que procuram estas atividades apenas por sugestão ou orientação médica.

    Diante desta constatação, este estudo tem o objetivo de apresentar e discutir a importância da hidroginástica como um meio para a aquisição de melhor condicionamento físico das pessoas que estão vivendo a melhor idade, propondo uma breve reflexão sobre os benefícios desta prática.

    Sabemos que nessa fase da vida, devido ao processo de envelhecimento e sedentarismo, os idosos tendem a apresentar patologias como osteoporose, artrite, artrose, cardiovasculares e problemas psicológicos como: stress, ansiedade, depressão, baixa auto-estima, dentre outros.

    Diante desse quadro, para um melhor condicionamento físico, sugerimos os exercícios aquáticos, uma vez que são divertidos, agradáveis, eficazes, estimulantes, cômodos e seguros, possibilitando ser praticado por pessoas de qualquer sexo e de qualquer idade, já que não são exercícios de grande impacto.

    Vemos a hidroginástica como uma grande colaboradora para a solução dos problemas citados anteriormente, e acreditamos que ela possa influenciar positivamente para um melhor condicionamento físico das pessoas idosas, proporcionando melhor flexibilidade, equilíbrio, força muscular, resistência, auxiliando no retardamento do envelhecimento e possibilitando maior equilíbrio emocional, social, bem-estar físico e mental.

Melhor idade

    Tem-se observado, através de estudos e pesquisas, um aumento significativo da expectativa de vida, o que indica o crescimento da população idosa, que atualmente é conceituado também como “melhor idade”. O envelhecimento é um processo que trás mudanças na estrutura do corpo e, em conseqüência, modifica suas funções.

    Segundo Gomes e Ferreira (1987), o envelhecimento é um fenômeno biopsicossocial que se manifesta no homem de forma diversificada, começando pelas células, passando pelos tecidos e órgãos. Este processo vai interferir no funcionamento orgânico dos indivíduos de maneira significativa, influenciando e promovendo alterações nas atividades humanas.

    O envelhecer, de acordo com Okuma (1998) faz parte da nossa vida e é caracterizado por diversos fatores de ordem genética e ambiental. Uma das mudanças que resultam no envelhecimento é o desgaste físico e orgânico que pode ser retardado e modificado pela pratica de atividade física.

    Segundo Carvalho Filho e Papaleo Neto (2000, p. 1), o envelhecimento pode ser definido como.

    “um processo dinâmico e progressivo onde há modificações tanto morfológicas, como funcionais, bioquímicas e psicológicas que determinam progressiva perda da capacidade de adaptação do indivíduo ao meio ambiente, ocasionando maior vulnerabilidade e maior incidência de processos patológicos” (...).

    O Centro Nacional de Estatística para Saúde, estima que cerca de 84% das pessoas com idade igual ou superior a 65 anos sejam dependentes para realizar as suas atividades de vida diária, constituindo-se em um maior risco de institucionalização.

    O processo de envelhecimento, segundo Simões citado por Cerri e Simões (2007) não acontece isoladamente e nem inesperadamente, ele é o acúmulo e a interação de processos bio-psico-sócio-culturais durante a vida e, do ponto de vista orgânico, o envelhecimento envolve diminuição de força muscular e amplitude articular e também perda de flexibilidade.

    No aspecto psicológico, o processo de envelhecimento afeta a auto-estima, a auto-eficácia, podendo surgir a depressão, que, de acordo com os autores, é a segunda doença mais freqüente na população americana e, em se tratando de idosos, pode ser considerada devastadora. (CERRI e SIMÕES, 2007)

    Corazza (2001) apresenta que no idoso, a idade psicológica refere-se às capacidades que envolvem as dimensões mentais e cognitivas do indivíduo, como auto-estima, auto-suficiência, aprendizagem, memória e percepção. Outro aspecto a ser abordado é a idade social, que é a noção que a sociedade tem, muitas vezes, com expectativas rígidas do que é um comportamento apropriado para o indivíduo de terceira idade.

    É interessante observar, mediante registros de Matsudo (2001) que muitas das alterações que ocorrem com o envelhecimento são similares as que ocorrem durante o repouso prolongado no leito e na ausência de gravidade. Entre elas estão a diminuição das funções cardíacas e pulmonares, aumento da gordura corporal, diminuição da massa e da força muscular e perda da densidade mineral óssea.

    De acordo com Pires et al (2009, p.2), “com o declínio gradual das aptidões físicas, o impacto do envelhecimento e das doenças, os idosos tendem a ir alterando seus hábitos de vida e rotinas diárias por atividades e formas de ocupação pouco ativas”. No entanto, o processo de envelhecimento é real e, embora resultados notáveis sobre função orgânica e aptidão física possam ser atingidos na velhice, o envelhecimento é inevitável e sempre vencerá.

    Tratando-se de prescrição de atividade física regular para idosos, deve-se atentar aos cuidados especiais, logo, o acompanhamento deve ser feito de maneira integral, preferencialmente em um trabalho individual (personalizado), ou em grupos reduzidos para uma maior segurança e um resultado satisfatório num menor período de tempo. (LACERDA, 1995).

    A atividade física, de acordo com registros de Cerri e Simões (2007) pode beneficiar componentes fisiológicos, psicológicos e sociais característicos desse processo. Logo, ela pode retardar e até mesmo evitar alguns dos declínios relacionados à idade.

    Podemos constatar, portanto que as atividades físicas para os indivíduos na terceira idade devem visar à manutenção de um estado saudável e as suas capacidades necessárias para as atividades de vida diárias, modificando e interferindo no grau de declínio funcional do organismo. (BONACHELA, 1994),

Condicionamento físico na melhor idade

    Quando praticamos uma atividade física, estamos, dentre outras coisas, buscando ter uma vida mais saudável. Mas, para isto, é preciso lutar contra a falta de hábito para a prática de uma atividade física, uma vez que o nosso mundo moderno, cheio de tecnologia e comodidade, nos faz acostumar a viver a vida de forma menos ativa, provocando o sedentarismo.

    Os benefícios da prática regular de atividade física são inúmeros para o nosso corpo, possibilitando melhoras nos sistemas cardíaco e respiratório, além do benefício mental e social, auxiliando no combate ao stress e tristeza e outros incômodos da vida contemporânea. (LEITE, 2000).

    O condicionamento físico é caracterizado por componentes, e envolvem: o condicionamento cardiovascular; a força muscular; a resistência muscular; a flexibilidade e composição corporal.

    Condicionamento Cardiovascular, de acordo com Leite (2000), é a habilidade do corpo de carregar o oxigênio dos pulmões às células e de transportar o monóxido de carbono para fora das células. Ou seja, é a habilidade de respirar enquanto realiza atividades que requerem um batimento cardíaco elevado.

    Outro componente que envolve o condicionamento físico é a força muscular, definido segundo Bonachela (1994), como a maior quantidade de esforço que pode ser exercido por um músculo ou por um grupo de músculos, isto é, sua habilidade de levantar a quantidade maior de peso possível sem provocar danos.

    A resistência muscular é mais um componente do condicionamento físico, caracterizado como a habilidade do músculo ou do grupo de músculos de sustentar o movimento repetitivo com uma carga sub-máxima por um determinado período de tempo. Isto é, a habilidade de levantar repetidamente uma quantidade de peso menor do que a quantidade máxima que se pode levantar. (IBID)

    Para que as pessoas atinjam um condicionamento físico adequado, portanto, principalmente na melhor idade, é necessário a pratica regular de atividade física.

    Moreira (2005) destaca que a grande maioria dos idosos sente-se melhor e mais dispostos depois da pratica de alguma atividade física, e esta melhora, tanto física quanto psíquica, contribui para que se sintam motivados a continuar nestas práticas.

    Na concepção de Okuma (1998), a atividade física regular incrementa o pico de massa óssea mantendo a já existente, e diminuindo sua perda associada ao envelhecimento.

    Problemas que ocorrem nas articulações, perda da elasticidade, diminuição da flexibilidade dos músculos podendo gerar dor, estes fatos são ocasionados pela falta de atividade física no seu cotidiano, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde) recomenda-se que atividade física deve ser praticada de três a cinco vezes por semana. ( p. 73)

    De acordo com Lacerda (1995) a prática ou não da atividade física pelo idoso está diretamente ligada à prescrição médica. A demora para começar alguma atividade física, pode acarretar em um retardamento dos efeitos colaterais das patologias e não um método preventivo.

    Dentre as atividades físicas regulares que podem ser praticadas pelo idoso e são bastante eficientes para a obtenção de um bom condicionamento físico é a hidroginástica, que nada mais é que um conjunto de exercícios desenvolvidos na água de forma organizada e sistematizada, e que pode ser chamada também de ginástica aquática.

    Conforme Okuma (1998) a melhor idade é caracterizada pela redução da coordenação motora e dos reflexos proprioceptivos, pela diminuição e lentidão dos movimentos, pela insegurança na marcha, pela perda de flexibilidade, da força, da potencia, velocidade, destreza, e resistência muscular, logo, esses fatores devem ser trabalhados, e a hidroginástica pode auxiliar.

    Além dos problemas identificados nos aspectos físico e motor, podemos constatar que na melhor idade há também uma perda da auto-estima e uma propensão à depressão, e através da hidroginástica é possível recuperar a alegria de viver, desenvolvendo atividades propicias aos problemas apresentados.

    A auto-estima é um sentimento de extrema importância em qualquer estagio da vida humana, entretanto, a fase em que é mais necessário que ela seja reforçada é na melhor idade, quando, ao lado do acumulo de preciosas experiências vividas, aparecem também a insegurança social, uma fragilidade emocional e o medo das doenças. (CORAZZA, 2001)

    Segundo Leite (2000) apesar das perdas orgânicas, funcionais e mentais naturais do envelhecimento, é possível auxiliar o idoso para uma vida mais feliz, sadia e com autonomia para realizar as tarefas diárias, bem como, manter suas relações intelectuais e sociais com o meio que o rodeia, contribuindo de forma significativa para uma melhor qualidade de vida.

    Vale registrar também o que Berge e Macinmam (1993) citado por Nunomura et. al (1999) apresentam quando informam que a qualidade de vida reflete a satisfação harmoniosa dos objetivos e desejos de uma pessoa, que seria a abundância de aspectos positivos somada à ausência de aspectos negativos, e é isso que se pretende oferecer ao idoso.

A prática da hidroginástica na melhor idade

    Como apresenta Nakagava e Rabelo (2007) o processo de envelhecimento é caracterizado pelo declínio das funções fisiológicas, que provocam a diminuição da resistência do corpo humano, resultando num declínio funcional, responsável pelo desempenho das atividades cotidianas e pelo grau de independência, comprometendo a saúde e a qualidade de vida do idoso.

    Esses aspectos fisiológicos, conforme Faro Júnior et al (1996) citado por Nakagava e Rabelo (2007), acontecem no nível dos sistemas cardiovascular, respiratório, nervoso central e periférico e ainda no sistema músculo-esquelético, dificultando ao organismo atender às necessidades das demandas diárias.

    Como já abordado anteriormente, dentre as várias opções de programas para a melhor idade, a hidroginástica vem se destacando e conquistando um número cada vez maior de adeptos, tanto que, nos últimos 10 anos, a popularidade dos exercícios aquáticos tem aumentado significativamente (DARBY; YAEKLE, 2000 apud CERRI e SIMÕES, 2007). Essa ampliação tem feito com que essa atividade seja usada em diversos programas privados e públicos, aumentando cada vez mais o número de participantes, inclusive idosos.

    A pratica de hidroginástica é um programa ideal de condicionamento, que leva o indivíduo à uma boa forma física. Tem como objetivo, de acordo com Bonachela (1994), melhorar a saúde e o bem estar físico e mental, e é destinado às pessoas de ambos os sexos, independentemente de saberem ou não nadar.

    A hidroginástica proporciona fortalecimento muscular de forma progressiva através de ilimitados exercícios multidirecionais, alternando posição vertical e horizontal do corpo humano na piscina e utiliza-se de diferentes tipos de resistências e velocidade do movimento.

    Os exercícios realizados na água além de oferecer segurança a melhor idade, melhoram seu condicionamento físico, a resistência, a força, a capacidade pulmonar e freqüência cardíaca, a mobilidade articular, a postura, reduz o percentual de gordura e desenvolve um grau de amizade com outros participantes (WHITE, 1998).

    Segundo Bonachela (1994), a hidroginástica surgiu na Alemanha para atender a um grupo de pessoas idosas, por ser uma atividade segura, não causando riscos ou lesões às articulações, dando-lhes bem estar físico e mental, sendo uma atividade com inúmeros adeptos, até hoje, da melhor idade.

    De acordo com Kuwano e Silveira (2002) citado por Pires et al. (2009), os objetivos de um programa de atividades físicas, como a hidroginástica para a terceira idade, deve:

    Contemplar exercícios diretamente relacionados com as modificações mais importantes e que são decorrentes do processo de envelhecimento e auxilie concorrer para um bom desempenho nas atividades da vida diária. Tais exercícios poderiam constar, por exemplo, de: promover atividades recreativas (para a produção de endorfina e andrógeno, responsáveis pela sensação de bem-estar e recuperação da auto-estima); atividades de sociabilização (em grupo, com caráter lúdico); atividades moderadas e progressivas (preparando o organismo para suportar estímulos cada vez mais fortes); atividades de força (principalmente para os músculos responsáveis por sustentação/postura, evitando cargas muito fortes e contrações isométricas); atividades de resistência (com vista à redução das restrições no rendimento pessoal); exercícios de alongamento (ganho de flexibilidade e de mobilidade) e atividades de relaxamento (diminuindo tensões musculares e mentais). (p.36)

    Com o aproveitamento das propriedades físicas da água, a Hidroginástica apresenta, segundo Bonachela (1994), algumas vantagens para esse grupo populacional, possibilitando melhor rendimento a melhor idade, além de oferecer menores riscos.

    A autora reforça ainda que as propriedades físicas da água irão auxiliar ainda mais os idosos na movimentação das articulações, na flexibilidade, na diminuição da tensão articular (baixo impacto), na força, na resistência, nos sistemas cardiovascular e respiratório, no relaxamento, na eliminação das tensões mentais, entre outros.

    Bonachela (1994) classifica as propriedades físicas da água em densidade, flutuação, pressão hidrostática e viscosidade, e esclarece que densidade é a relação entre massa e volume (D=m/v); a flutuação (principio de Arquimedes) é quando um corpo está completo ou parcialmente imerso em um liquido, e sofre um empuxo para cima igual ao peso do liquido deslocado. Este empuxo atua em sentido oposto a força da gravidade.

    De acordo com os registros da autora a pressão hidrostática (lei de Pascal), é a pressão do liquido exercida igualmente sobre todas as áreas da superfície de um corpo imerso em repouso, a uma determinada profundidade. A propriedade da viscosidade, por fim, é o tipo de atrito (fricção) que ocorre entre as moléculas de um liquido que oferece resistência ao movimento da água em qualquer direção, provocando uma turbulência maior ou menor de acordo com a velocidade que executamos o movimento, quanto mais rápido o movimento, maior o arrasto.

    Por meio do conjunto das propriedades físicas da água e dos movimentos corporais praticados, ocorre a hidroginástica, que dentre os inúmeros benefícios Barbosa (2001), citado por Pinho et al. (2006) apresenta: uma freqüência cardíaca mais baixa, possibilitando que o coração bombeie o sangue com menor esforço e número de batimentos; aumento do volume de oxigênio máximo, possibilitando que os pulmões absorvam maior quantidade de oxigênio, distribuídos ao organismo, e proporcione mais energia; fortalecimento e resistência muscular proporcionando o aumento da massa muscular e maior elasticidade dos músculos.

    Podemos citar ainda um aumento de amplitude articular, o que melhora a movimentação das articulações, deixando-a mais livre; diminui e elimina tensões mentais e proporciona um bem estar físico e psíquico aliviando tensões do dia-a-dia. (ROCHA, 1994)

    A hidroginástica, portanto, segundo Sova (1998), melhora a qualidade de vida dos idosos uma vez que: reduz a dor causada por artrite; reduz dor nas costas; reduz dor crônica; melhora a regularidade das funções do organismo; aumenta a capacidade pulmonar; melhora a flexibilidade; aumenta a perspectiva de vida; regula os níveis de açúcar no sangue; melhora as funções cardíacas; controla a pressão sanguínea; regula o colesterol; mantém bons padrões de sono; aumenta a energia; mantém uma boa composição corporal; mantém a densidade óssea; melhora a força e o tônus muscular; melhora algumas funções mentais; reduz a raiva; a ansiedade e a impulsividade; melhora a qualidade de vida; além de melhorar o interesse e a satisfação sexual.

    Por conseguinte, atesta Bonachela (1994, p. 69) que “a prática da hidroginástica, metódica e freqüente na terceira idade, é capaz de promover modificações morfológicas, sociais e fisiológicas, melhorando as funções orgânicas e psíquicas”.

    Neste contexto verifica-se que a prática regular da hidroginástica contribui para um envelhecimento satisfatório, possibilitando um bom condicionamento físico, e conseqüentemente, o equilíbrio entre as limitações e as potencialidades do indivíduo, ajudando o idoso a lidar com as perdas inevitáveis decorrentes desse processo, de forma autônoma e independente, proporcionando-lhe ganhos em qualidade de vida.

Considerações finais

    Com base nos estudos realizados podemos concluir que a hidroginástica contribui significativamente para amenizar os efeitos inevitáveis do envelhecimento. Aumentando consideravelmente a sua qualidade de vida e possibilitando que os indivíduos da melhor idade vivam essa fase com mais tranqüilidade e saúde.

    A prática da hidroginástica melhora o condicionamento físico e mais que isso, proporciona resultados positivos nos aspectos mentais e sócio-afetivos, o que é extremamente importante, uma vez que esses indivíduos tendem a se sentir solitários e excluídos da sociedade.

    Constata-se que a popularidade desta prática tem crescido devido a eficácia comprovada por inúmeros trabalhos realizados, sendo por isso utilizada em programas públicos e privados. Os praticantes da hidroginástica na melhor idade têm aumentado em grande escala, já que o impacto nas articulações e as tensões do dia-a-dia são diminuídos e a musculatura fortalecida, contribuindo de maneira significativa para a manutenção da aptidão física do idoso.

    Consideramos, portanto que, para o público da melhor idade, uma das atividades físicas mais indicadas para a manutenção de um estado saudável e melhoria das capacidades necessárias para as atividades de vida diárias seja a hidroginástica.

Referências bibliográficas

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