Exercício físico como meio de prevenção, tratamento e controle da hipertensão arterial El ejercicio físico como medio de prevención, tratamiento y control de la hipertensión arterial |
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*Discente do curso de Pós-Graduação em Ciências do Exercício Físico, Resistido e Aeróbio, na Promoção da Saúdo do Centro Universitário de Patos de Minas, UNIPAM, MG **Orientador. Docente do Curso de Graduação em Educação Física do Centro Universitário de Patos de Minas, UNIPAM, MG |
Patrícia Cristiane Andalécio Ferreira Couto* Gilson Caixeta Borges** (Brasil) |
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Resumo A hipertensão arterial é uma das principais doenças cardiovasculares e afeta de 11 a 20% da população adulta com mais de 20 anos, sendo uma das dez maiores causas de mortalidade no mundo, além de se configurar como um problema de saúde pública no Brasil. Esta pode ser definida pela persistência dos níveis de pressão arterial sistólica maior ou igual a 140mmhg e pressão arterial diastólica maior ou igual a 90mmhg. A hipertensão arterial e as demais doenças crônico não-transmissíveis são de etiologia multifatorial e compartilham vários fatores de risco modificáveis como o tabagismo, a inatividade física, a alimentação inadequada, a obesidade e a dislipidemia. Para tanto, o presente estudo teve como objetivo principal discutir a contribuição do exercício físico na prevenção, tratamento e controle da hipertensão arterial. Foram utilizados vários referenciais teóricos, onde verificou-se a importância da adoção de um estilo de vida ativo, inclusive a prática de atividades físicas, onde pode-se obter ajuda no controle e diminuição de outros fatores de risco, bem como prevenir, controlar e tratar a hipertensão arterial. A prática de exercícios físicos regulares é uma conduta não farmacológica e deve ser incluída no tratamento de pacientes hipertensos. Porém precauções devem ser tomadas e algumas contra-indicações devem ser respeitadas a fim de não lesar o paciente. Unitermos: Hipertensão arterial. Atividade física. Tratamento não-farmacológico.
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) apresentado como exigência parcial para a obtenção do título de Especialista em Ciências do Exercício Físico, Resistido e Aeróbio na Promoção da Saúde em 2009 pela Faculdade de Ciência da Saúde do Centro Universitário de Patos de Minas
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http://www.efdeportes.com/ EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 15, Nº 149, Octubre de 2010. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
As doenças cardiovasculares constituem a principal causa de morbimortalidade na população brasileira. Não há uma causa única para essas doenças, mas vários fatores de risco, que aumentam a probabilidade de sua ocorrência.
Na primeira metade do século passado, cerca de 50% das mortes ocorriam em decorrência de doenças infecciosas. Este percentual diminuiu para 35% nos anos 50, 25% nos anos 60, 15% nos anos 70, e 11% nos anos 80. Atualmente, cerca de 5% das mortes são causadas por enfermidades infecciosas. Em contrapartida, a proporção de mortes causadas por doenças crônicas tem crescido substancialmente, dentre as quais podemos destacar a hipertensão arterial (MONTEIRO, 1996).
A hipertensão afeta de 11 a 20% da população adulta com mais de 20 anos. Cerca de 85% dos pacientes com acidente vascular encefálico (AVE) e 40% das vítimas de infarto do miocárdio apresentam hipertensão associada (BRASIL, 2002).
A pressão arterial representa a força (pressão) exercida pelo sangue contra as paredes arteriais durante um ciclo cardíaco. A pressão arterial sistólica, a mais alta das duas mensurações da pressão, ocorre durante a contração ventricular (sístole) quando o coração impulsiona 70 a 100ml de sangue para dentro da aorta. Após uma sístole, os ventrículos se relaxam (diástole), as artérias sofrem um recuo e a pressão arterial declina continuamente á medida que o sangue flui para a periferia e o coração volta a encher-se de sangue. A pressão mais baixa alcançada durante o relaxamento ventricular representa a pressão arterial diastólica (MCARDLE, 2003).
Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais (2007), a hipertensão arterial é definida pela persistência dos níveis de pressão arterial sistólica maior ou igual a 140mmHg e pressão arterial diastólica maior ou igual a 90mmHg.
A hipertensão arterial é tratada como “uma patologia de início silencioso com repercussões clínicas importantes para os sistemas cardiovascular e reno vascular, acompanhada freqüentemente de co-morbidades de grande impacto para os indicadores de saúde da população” (MINAS GERAIS, 2007).
As doenças crônico não-transmissíveis (DCNT), dentre as quais a hipertensão arterial está inserida, são de etiologia multifatorial e compartilham vários fatores de risco modificáveis como o tabagismo, a inatividade física, a alimentação inadequada, a obesidade e a dislipidemia. Esses fatores estão associados não apenas ao aumento da incidência destas doenças, como também ao seu controle e á progressão, devendo por isso, fazer parte da abordagem integral dos pacientes com doenças crônicas (MINAS GERAIS, 2007).
Esse artigo pretende discutir a contribuição do exercício físico na prevenção, tratamento e controle da hipertensão arterial. Para tanto, serão apresentados vários estudos realizados na área estudada, a fim de destacar pontos positivos e negativos com relação aos estudos.
Hipertensão arterial
MCARDLE (2003) relata que uma em cada três a quatro pessoas experimentam pressão alta crônica em algum momento no transcorrer de sua vida e que apenas dois terços dos hipertensos têm conhecimento de sua doença, com apenas metade sendo tratada e apenas uma quarta parte tendo sua pressão arterial sob controle. Enfatiza ainda que a prevalência da hipertensão aumenta acentuadamente com a idade, sendo mais alta em homens que nas mulheres e nos negros que nos brancos.
Admite-se como pressão arterial ideal, condição em que o indivíduo apresenta o menor risco cardiovascular, PAS < 120 mmHg e PAD < 80 mmHg (Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, 2002).
Dados das Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial (2006) revelam que a elevação da pressão arterial representa um fator de risco independente, linear e contínuo para doença cardiovascular. A hipertensão arterial apresenta custos médicos e socioeconômicos elevados, decorrentes principalmente das suas complicações, tais como: doença cerebrovascular, doença arterial coronariana, insuficiência cardíaca, insuficiência renal crônica e doença vascular de extremidades.
De acordo com WHO (2002 apud MINAS GERAIS, 2007), a hipertensão “é também a causa atribuível de morte mais comum que pode ser tratada e prevenida nas nações desenvolvidas e que tem aumentado de importância também nos países em desenvolvimento”.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a hipertensão arterial é uma das dez maiores causas de mortalidade no mundo, além de se configurar também como um problema de saúde pública no Brasil (SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO, 2007).
A hipertensão é uma das mais comuns doenças cardiovasculares, e estas por sua vez são responsáveis por alta freqüência de internações, pois, de acordo com dados do Ministério da Saúde, ocorreram 1.150.000 internações em 1998, com custo global de 475 milhões de reais (IV DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HIPERTENSÃO ARTERIAL, 2002).
Existem vários fatores de risco para hipertensão arterial, dentre os quais podemos destacar a obesidade, pois o excesso de peso aumenta de duas a seis vezes o risco de hipertensão, enquanto a diminuição de peso em normotensos reduz a pressão e a incidência de hipertensão. Recomenda-se manutenção do peso com índice de massa corpórea entre 20 e 25 kg/m, empregando aumento da atividade física e dieta hipocalórica (GONÇALVES et al, 2007).
Gonçalves (2007) cita ainda como fator de risco a sensibilidade ao sal, pois indivíduos chamados sal-sensíveis apresentam predisposição maior ao desenvolvimento de hipertensão em decorrência de ingesta salina, e cerca de 30% a 60% dos pacientes com hipertensão essencial são sal-sensíveis.
Outro importante fator de risco é o climatério. A hipertensão arterial na mulher é mais freqüente após a instalação do climatério, entretanto, estudos têm demonstrado que a pressão arterial é mais elevada em homens que em mulheres até a faixa estaria de 60 anos. Acima desta faixa estaria, a pressão arterial aumenta nas mulheres e a hipertensão torna-se igualmente prevalente em homens e mulheres. Estes achados sugerem que os hormônios ovarianos podem ser responsáveis pela pressão arterial mais baixa em mulheres pré-climatério e, também pelo aumento da pressão arterial em mulheres menopausadas ( GONÇALVES et al, 2007).
Idade, Fatores Sócio econômicos, consumo de sal, Obesidade, Sedentarismo e consumo excessivo de álcool são os principais fatores relacionados ao aparecimento e a piora da HAS.
O desenvolvimento de hipertensão depende da interação entre predisposição genética e fatores ambientais, embora ainda não seja completamente conhecido como estas interações ocorrem. Sabe-se , no entanto, que a hipertensão é acompanhada por alterações funcionais do sistema nervoso autônomo simpático, renais, do sistema renina angiotensina, além de outros mecanismos humorais e disfunção endotelial. Assim a hipertensão resulta de várias alterações estruturais do sistema cardiovascular que tanto amplificam o estímulo hipertensivo, quanto causam dano cardiovascular (MANO, 2009).
Investir na prevenção é decisivo não só para garantir a qualidade de vida como também para evitar a hospitalização e os conseqüentes gastos, principalmente, quando se considera o alto grau de sofisticação tecnológica da Medicina moderna.
As estratégias de prevenção efetivas aplicam modificações no estilo de vida, dentre as quais podemos citar atividade física regular, perda ponderal moderada, controle do estresse, abandono do fumo, consumo reduzido de sódio e álcool, ingestão adequada de potássio, cálcio e magnésio, estratégias essas que devem preceder o tratamento farmacológico para hipertensão leve e moderada, por causa dos possíveis efeitos colaterais deletérios da terapia medicamentosa sobre outros fatores de risco coronarianos (MCARDLE, 2003).
O tratamento dos pacientes hipertensos inclui atitudes não medicamentosas, denominadas mudanças do estilo de vida, como citado anteriormente, bem como medidas medicamentosas que deverão ser individualizadas para cada situação clínica (AMODEO e LIMA, 1996). Porém as mudanças do comportamento habitual adquirido ao longo da vida não são facilmente realizadas, pois exigem disciplina e paciência para obter resultados (GRAVINA et al, 2007).
Krinski et al (2006 apud SILVA et al, 2008) relatam que “dentre as alterações de estilo de vida, a atividade física tem sido apontada como principal medida não medicamentosa, pois assume aspecto benéfico e protetor no tratamento de doenças cardiovasculares e crônicas”. Sendo que o sedentarismo aumenta a incidência de hipertensão arterial, visto que indivíduos sedentários apresentam risco aproximado 30% maior de desenvolver hipertensão que os ativos (V DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HIPERTENSÃO ARTERIAL, 2006).
O baixo custo, a natureza não farmacológica e os benefícios psicossociais de uma vida menos sedentária aumentam ainda mais o apelo da terapêutica através do exercício físico regular (ANGELIS, Kátia de; SCHAAN, Beatriz; IRIGOYEN, Maria Cláudia. 2004).
Portanto, fica evidente a importância de se adotar um estilo de vida ativo que, de alguma forma, pode também ajudar a controlar e a diminuir os outros fatores de risco, bem como prevenir, controlar e tratar a hipertensão arterial.
Efeitos do exercício sobre a pressão arterial
A realização de exercícios físicos desencadeia uma série de respostas fisiológicas nos vários sistemas corporais e em particular no sistema cardiovascular (MELLO e XIMENES).
O efeito protetor do exercício físico vai além da redução da PA, estando associado à redução dos fatores de risco cardiovasculares e a menor morbimortalidade, quando comparadas pessoas ativas com indivíduos de menor aptidão física, o que explica a recomendação deste na prevenção primária e no tratamento da hipertensão (FAGARD, 2003 e MYERS et al, 2002 apud SCHER et al, 2008).
As respostas cardiovasculares ao exercício físico podem ser classificadas quanto aos efeitos agudos (após única sessão) ou como efeito crônico (resultado de um somatório de adaptações). O tipo e a magnitude das respostas cardiovasculares variam de acordo com vários fatores, entre eles, população estudada, níveis iniciais de pressão arterial, da intensidade do esforço realizado, do tempo de duração da sessão, do tipo de exercício físico e da massa muscular envolvida (TIPTON, 2005 e BRUM et al, 2004 apud SCHER et al, 2008).
Os efeitos crônicos também denominados adaptações, são os que resultam da exposição freqüente e regular ás sessões de exercício, são os aspectos morfofuncionais que diferenciam o indivíduo fisicamente treinado de outros sedentários, como por exemplo a hipertrofia muscular, aumento do VO2máx, dentre outros.
São exemplos de adaptações crônicas ao exercício físico a angiogênese, a qual aumenta o fluxo sanguíneo para os músculos esqueléticos e para o músculo cardíaco, a redução da freqüência cardíaca e da pressão arterial de repouso, o aumento o consumo máximo de oxigênio, dentre outros (DIRETRIZES DE REABILITAÇÃO CARDÍACA, 2005 apud SILVA, MACHADO e RODRIGUES, 2008).
Segundo Mendes e Barata (2008), a Pressão Arterial parece baixar após uma sessão isolada de exercícios, após um programa de exercícios regular ou, simplesmente, como conseqüência do aumento da atividade física habitual.
A resposta típica da pressão arterial ás sessões agudas de exercício aeróbico é uma elevação gradual na PA sistólica e uma queda gradual ou nenhuma mudança na PA diastólica. O pico esperado de pressão arterial durante o exercício máximo é uma PA sistólica de 180-210 e uma PA diastólica de 60-85mmHg para a maioria dos indivíduos. A freqüência, idade, sexo e peso corporal acarretam uma variação nessas respostas. Juntamente com a pressão arterial de repouso, as respostas excessivas da pressão arterial ao exercício podem predizer uma futura hipertensão (AMERICAN COLLEGE FOR SPORTS MEDICINE, 2003).
O exercício físico regular contribui para a diminuição da pressão arterial em repouso, ocorrendo efeito hipotensivo pós-exercício e nas horas subseqüentes ao término da atividade física, podendo perdurar alguns dias (ARAÚJO, 2001 apud OLIVEIRA et al, ).
O fenômeno da hipotensão pós-exercício, quando não proveniente de alterações autonômicas (como, por exemplo, disfunção barorreflexa), constitui-se em um importante método de controle da pressão arterial, principalmente em sujeitos hipertensos (KENNEY e SEALS, 1993 apud TOMASI; SIMÃO e POLITO, 2008).
Laterza et al (2006), em seu estudo relata que basicamente, dois mecanismos hemodinâmicos têm sido arrolados como possíveis responsáveis pela hipotensão pós-exercício: 1) diminuição do débito cardíaco ou 2) diminuição da resistência vascular periférica. Em pacientes hipertensos idosos, o mecanismo responsável pela diminuição da pressão arterial pós-exercício está relacionado á diminuição do débito cardíaco devido a um menor volume sistólico. Além disso, o menor volume sistólico é devido a um menor enchimento ventricular e não a diminuição da função cardíaca, desde que, tanto a função sistólica quanto a função diastólica não são alteradas, no período pós-exercício, em relação ao período pré-exercício.
MacArdle, Katch e Katch (2003) afirmam que as pressões arteriais sistólica e diastólica sofrem uma redução de 6 a 10mmHg pelo treinamento com exercícios aeróbicos em homens e mulheres previamente sedentários, independentemente da idade. Entretanto, a intensidade do exercício pode ser um fator que deve ser levado em conta, pois até mesmo um programa de caminhadas rápidas pode não proporcionar um estímulo satisfatório para induzir um efeito hipotensivo.
Um estudo de Choquette e Ferguson (1973 apud MACARDLE, 2003) mostra que a pressão arterial sistólica média em repouso em sete pacientes de meia-idade do sexo masculino caía de 139 para 133mmHg após 4 a 6 semanas de treinamento intervalado. Durante o exercício submáximo, a pressão sistólica caía de 173 para 155mmHg, enquanto a pressão diastólica caía de 92 para 79mmHg. Conseqüentemente, o treinamento produzia uma queda de aproximadamente 14% na pressão arterial média do exercício.
Outro estudo realizado por Hagberg et al (1989 apud MACARDLE, 2003) mostra resultados semelhantes, onde para homens e mulheres mais velhos e hipertensos, 9 meses de exercício aeróbico de baixa intensidade reduziram a pressão sistólica em 20mmHg e a pressão diastólica em 12mmHg.
Um estudo verificou o efeito de duas seqüências de exercício contra-resistência (ECR) realizado sob intensidades diferentes, mas com o mesmo volume de treinamento, sobre as respostas agudas tardias de pressão arterial sistólica e diastólica (PAS e PAD). Durante três dias não consecutivos, 16 jovens foram avaliados. O ECR exerceu efeito hipotensivo sobre a pressão arterial, principalmente sobre PAS, o declínio absoluto da PAS não foi influenciado pelas diferentes interações de carga e repetições, a magnitude das cargas tendeu a favorecer a duração da redução da PAS, sendo que o número de repetições teve maior repercussão sobre PAD que sobre PAS, mas por curto período de tempo (POLITO et al, 2003).
Para Robergs (2002) o treinamento de força com cargas elevadas (força máxima) é potencialmente contra-indicado por causa do risco de aumentos alarmantes da pressão durante as contrações. A utilização do treinamento de força com baixos valores de resistência e com padrões respiratórios adequados, pode ser benéfico, especialmente para as pessoas que precisam melhorar suas capacidades para realizar as tarefas do dia-a-dia.
Apesar dos indícios de que a ocorrência, a duração e a magnitude da hipotensão pós-exercício sejam maiores em hipertensos, ela também tem sido observada em indivíduos normotensos e parecem ser independentes de idade, gênero ou nível de atividade física (MACDONALD, 2002 apud LIZARDO e SIMÕES, 2005).
Forjaz e colaboradores (2005 apud GONÇALVES, 2007) relatam que diversos são os fatores que podem influenciar a magnitude e o tempo de redução dos níveis pressóricos após uma única sessão de exercício físico, entre eles: a população estudada, o tipo de exercício físico, a intensidade de esforço, o tempo de duração de cada sessão, os níveis iniciais de PA.
Mecanismo fisiológico de redução da pressão arterial
Os mecanismos que modulam a redução pressórica por meio do treinamento físico ainda não estão de todo elucidados, porém Laterza et al (2006) relata que alterações hemoinâmicas e/ou neuro-humorais parecem estar envolvidas nessa resposta.
Sobre os mecanismos hemodinâmicos sugere-se que uma redução no débito cardíaco parece modular a queda pressórica após o treinamento físico. Esta diminuição no débito cardíaco tem sido atribuída á diminuição do volume sistólico ou da freqüência cardíaca. Adicionalmente, a redução do débito cardíaco tem sido sugerida devido á diminuição do volume plasmático observada em pacientes hipertensos após 10 semanas de treinamento físico. Outros mecanismos relacionados à redução pressórica são os mecanismos neuro-humorais, sendo que um possível mecanismo relacionado á fisiopatologia da hipertensão arterial é o nível exarcebado de atividade nervosa simpática. Assim, provável diminuição da atividade nervosa simpática, após um período de treinamento físico, pode reduzir tanto o débito cardíaco quanto a resistência periférica total, o que pode levar á diminuição da pressão arterial nos paciente hipertensos (LATERZA et al, 2006).
Com relação aos exercícios de força o ACSM (2003), revela que:
As sessões agudas do exercício de resistência elevam a PA sistólica com aumento associado na PA diastólica. No entanto, o exercício de musculação acelera menos a freqüência cardíaca que o exercício aeróbico. Em muitas circunstancias, a demanda de oxigênio pelo coração pode ser mais baixa com o exercício de musculação que com o exercício aeróbico realizado para o mesmo nível de necessidade energética corporal total. Um dos métodos de exercício executados na musculação com carga moderada promove alterações nos fenômenos mecânicos da circulação do sangue, na autonomia do organismo e nos sistemas hormonais, que reduzem a pressão arterial no pós-esforço imediato, e de maneira sustentada quando a prática é regular. Vários estudos demonstram que a prática da musculação, quando bem orientada, pode tornar-se um dos fatores primordiais no tratamento da hipertensão. Fato que até bem pouco tempo não tinha comprovação científica, onde se atribuía eficiência apenas aos exercícios aeróbicos.
Após completar um exercício submáximo, a pressão sistólica cai temporariamente abaixo dos níveis pré-exercício para os indivíduos normotensos quanto hipertensos. Essa resposta hipotensiva ao exercício prévio pode durar por até 12 horas (MCARDLE, KATCH e KATCH, 2003).
Uma explicação para hipotensão pós-exercício propõe que uma quantidade significativa de sangue permanece estagnada nos órgãos viscerais e/ou nos membros inferiores durante a recuperação (BROWN et al, 1993 apud MCARDLE, 2003). A estagnação venosa reduz o volume sanguíneo central, o que, por sua vez, reduz a pressão de enchimento atrial e acarreta uma queda na pressão arterial sistêmica. Um aumento prolongado no fluxo sanguíneo cutâneo durante a recuperação também pode contribuir para a resposta hipotensa ( MACDONALD, 1999 apud MCARDLE, 2003).
Polito et al (2003), afirma que a redução crônica da pressão arterial em relação ao repouso apresenta-se de forma consensual na literatura através do exercício aeróbico. Sobre o treinamento de força, alguns dados apontam que a PA também pode reduzir-se através da continuidade do treinamento ou não se alterar.
A respeito dos aspectos fisiológico do exercício físico sob a pressão arterial, Monteiro e Sobral Filho (2004) afirmam:
Os efeitos fisiológicos do exercício físico podem ser classificados em agudos imediatos, agudos tardios e crônicos. Os efeitos agudos, denominados respostas, são os que acontecem em associação direta como a sessão de exercício; os efeitos agudos imediatos são os que ocorrem nos períodos peri e pós-imediatos do exercício físico, como elevação da freqüência cardíaca, da ventilação pulmonar e sudorese; já os efeitos agudos tardios acontecem ao longo das primeiras 24 ou 48 horas (as vezes, até 72 horas) que se seguem a uma sessão de exercício e podem ser identificados na discreta redução dos níveis tencionais, especialmente nos hipertensos, na expansão do volume plasmático, na melhora da função endotelial e na potencialização da ação e aumento da sensibilidade insulínica na musculatura esquelética. Por último, os efeitos crônicos, também denominados adaptações, resultam da exposição freqüente e regular as sessões de exercícios e representam aspectos morfofuncionais que diferenciam um indivíduo fisicamente treinado de outros sedentários, tendo como exemplos típicos a bradicardia relativa de repouso, a hipertrofia muscular, a hipertrofia ventricular esquerda fisiológica e o aumento do consumo máximo de oxigênio (VO2 máx). O exercício também é capaz de promover a angiogênese, aumentando o fluxo sanguíneo para os músculos esqueléticos e pra os músculos cardíacos.
Pode-se dizer que durante um período de exercício, o corpo humano sofre adaptações cardiovasculares e respiratórias a fim de atender as demandas aumentadas dos músculos ativos e, a medida que estas adaptações são repetidas, ocorrem modificações nesses músculos, permitindo que o organismo melhore o seu desempenho. Entram em ação processos fisiológicos e metabólicos, otimizando a distribuição de oxigênio pelos tecidos em atividade (WILMORE e COSTILL, 2003). Portanto os mecanismos que norteiam a queda pressórica pós-treinamento fisico estão relacionados a fatores hemodenâmicos, humorais e neural (NEGRÃO e RONDON, 2001).
O exercício físico pode proteger e ser um tratamento eficaz para a hipertensão, aumentando o número de capilares do músculo esquelético e diminuindo a resistência ao fluxo sanguíneo, melhorando a regulação neural dos vasos sanguíneos que também reduzirão a resistência periférica ou reduzindo o trabalho do coração no repouso e durante o exercício (ROBERGS, 2002).
Exercícios físicos e hipertensos
Hipertensos leves e moderados podem ter resultados que, se associados a mudanças adequadas no estilo de vida, tornam desnecessária a terapia medicamentosa. Para muitos casos mais graves, a despeito de determinadas condições, o exercício continua recomendado, uma vez que é capaz de melhorar a resposta ao tratamento principal e de aumentar o bem-estar do indivíduo (FERREIRA FILHO et al, 2007).
Segundo Mediano et al (2008), a prescrição do exercício para indivíduos hipertensos é, em geral, semelhante ao que se recomenda para desenvolver e manter a aptidão cardiorrespiratória de adultos normotensos. Todavia, cuidados devem ser tomados quanto à resposta de algumas variáveis cardiovasculares durante esta prática por indivíduos hipertensos, principalmente no que diz respeito aos níveis de PA.
A prescrição de exercício deve seguir os mesmos princípios gerais usados para cardiopatas onde primeiramente deve ser realizada uma avaliação física completa por profissional especializado. O indivíduo com hipertensão leve deve ter como tratamento inicial, a associação entre o treinamento e medidas não farmacológicas. Por outro lado, condições moderadas ou graves de hipertensão secundária devem ser tratadas especificamente antes do exercício físico (BUGLIA et al, 2005 apud FERREIRA FILHO, 2007).
De acordo com as IV Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial (2002), hipertensos devem iniciar programas de exercícios físicos regulares, desde que tenham sido submetidos a avaliação clínica prévia. Além de diminuir a pressão arterial, o exercício físico pode reduzir consideravelmente o risco de doença arterial coronária, acidentes vasculares cerebrais e mortalidade geral.
Programas de exercícios fiscos, para prevenção primária ou secundária de doenças cardiovasculares, devem contar com atividades aeróbias dinâmicas, tais como caminhadas rápidas, corridas leves, natação e ciclismo (IV DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HIPERTENSÃO ARTERIAL, 2002).
Recomenda-se a freqüência de três a seis vezes por semana, intensidade moderada e sessões de 30 a 60 minutos de duração. Para o controle da intensidade do exercício podem ser utilizados tanto a freqüência cardíaca como o consumo de oxigênio (60% a 80% da freqüência cardíaca máxima ou 50% a 70% do consumo máximo de oxigênio). A escala de percepção de esforço (nível leve e/ou moderado) também poderá ser utilizada (IV DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HIPERTENSÃO ARTERIAL, 2002).
A musculação e treinamento de força não eram vistos no passado como benéficos para a saúde e a aptidão física. Com o acúmulo de evidências científicas, tais críticas deixaram de ocorrer. Atualmente existe variada documentação que relata os benefícios do exercício com peso para a saúde, inclusive para o sistema cardiovascular.
Exercícios de resistência muscular localizada podem ser realizados com sobrecarga que não ultrapasse 50% da contração voluntária máxima. Esses programas têm se mostrado efetivos na redução dos níveis de pressão arterial. São recomendações que devem ser consideradas, inclusive para pacientes sob tratamento com anti-hipertensivos. Em pacientes em uso de betabloqueador, é fundamental o teste ergométrico ou ergoespirométrico na vigência do medicamento (IV DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HIPERTENSÃO ARTERIAL, 2002).
A atividade física isométrica, do tipo anaeróbia, realizada com cargas elevadas, não tem sido recomendada por promover excessivo aumento das pressões arteriais sistólica e diastólica, durante a sessão de exercício (KIYONAGA et al, 1994 apud AMODEO e LIMA, 1996).
Com relação aos exercícios de força, Fleck e Figueira Jr. (2003) recomendam não fazer séries até atingir a fadiga. Deve-se em primeiro lugar, executar exercícios para grandes grupos musculares primeiro e, dessa forma, evitar o bloqueio excessivo da respiração ou a manobra de Valsalva.
Segundo ACSM algumas precauções devem ser tomadas para prescrição de exercícios a hipertensos, como não realizar exercícios com PA sistólica > 200mmHg ou PA diastólica > 115mmHg; os betabloqueadores alfa 1, os betabloqueadores alfa 2, os betabloqueadores de canais de cálcio e os vasodilatadores podem causar hipotensão pós-esforço, por isso deve-se enfatizar a volta a calma adequada; deve-se estar atento aos usuários de diuréticos, pois estes podem causar redução de potássio, resultando em arritmias (MINAS GERAIS, 2007).
Existem algumas contra indicações do exercício para indivíduos hipertensos, as quais devem ser respeitadas a fim de não lesar o paciente. Dentre os sinais e sintomas detectáveis ao repouso que deve-se estar atento estão a PA de repouso descontrolada ( PAS > 180 mmhg e/ou PAD > 100 mmhg), Lesões em órgãos alvo (alterações na retina, renais e/ou hipertrofia ventricular esquerda), Angina estável, isquemia cerebral e/ou insuficiência cardíaca descompensada ( PESCATELLO et al, 2004; BUGLIA e ARAKAKI, 2005 apud FERREIRA FILHO, 2007).
Além dos sinais detectáveis ao repouso, existem sinais ou sintomas que ocorrem durante o exercício, que devem ser observados atentamente, dentre eles estão os valores hipertensivos de PAS > 225 mmhg e/ou PAD > 100 mmhg, também a angina ou isquemia cerebral induzida pelo exercício, e os efeitos colaterais dos medicamentos anti-hipertensivos: bradicardia, hipotensivo, astenia, cãibras e broncoespasmo (PESCATELLO et al, 2004; BUGLIA e ARAKAKI, 2005 apud FERREIRA FILHO, 2007).
A atividade física se configura como um fator positivo no combate as doenças crônico-degenerativas, por apresentar forte relação com os demais fatores de risco predisponentes dessas doenças. Sendo que fica bem explicita a relação entre a prática regular de atividades físicas e a melhoria na saúde de seus praticantes (FERRAZ e MACHADO, 2008).
Conclusão
Após a realização desse estudo, podemos concluir que, o exercício físico regular é uma conduta não-farmacológica que deve ser incluída no tratamento do paciente hipertensos, sendo que existe uma relação inversa entre a prática regular de exercícios e níveis pressóricos. No entanto, cabe ressaltar a importância de uma avaliação clínica/cardiológica antes do início do programa de treinamento físico, bem como o seguimento clínico do paciente hipertenso pelo seu médico ao longo do período de treinamento físico.
As modificações do estilo de vida, inclusive a prática de atividades físicas, são aplicáveis a todos os pacientes que se propõe a diminuição do risco cardiovascular, incluindo os normotensos, e necessárias também quando se impõe o tratamento farmacológico da hipertensão.
Referências
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