Evasão na aula de Educação Física: fatores que interferem na participação do aluno Evasión de las clases de Educación Física: factores que interfieren en la participación del estudiante |
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*Autor. Estudante de Educação Física (ultimo semestre) **Orientação. Mestre em Educação Docente da Universidade Nove de Julho Psicopedagoga Clínica e Pedagoga do Espaço Aprender (Brasil) |
Rodrigo Maia dos Santos* Prof. Ms. Luciana Fernandes Duque** |
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Resumo O objetivo desse trabalho é apresentar os principais fatores que interferi na evasão do aluno na aula de Educação Física citando algumas influências psicológicas e motivacionais que por muitas vezes não despertam o interesse prático dos alunos já que a Educação Física é um componente curricular que pode proporcionar ao aluno a capacidade de conhecer seu corpo, com praticas de atividades prazerosas, assim como a interação com o professor e demais alunos. Cabe aqui ressaltar que além das atividades físicas propostas em aulas é necessário conscientizar os alunos dos benefícios dessas atividades. Ressaltar também que o profissional da Educação Física pode interferir usando sua percepção para interpretar as mensagens que chegam até ele, via corpo dos alunos, tais como o distanciamento no momento de uma explicação, os conflitos durante os jogos de contato, o afastamento das atividades, a vergonha de se expor perante os colegas e assim, amenizar o problema de evasão. Ao adotar estes procedimentos, o professor leva grande vantagem sobre as outras disciplinas escolares, pois a Educação Física, por si só é uma prática motivadora e que permite abordar uma grande variedade de temas e assuntos relacionados na maioria das disciplinas existentes no currículo de uma instituição, podendo promover um ensino mais desafiador e interessante para os alunos e professores. Unitermos: Evasão nas aulas. Educação Física escolar. Professor.
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http://www.efdeportes.com/ EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 15, Nº 149, Octubre de 2010. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
Hoje em dia tanto se fala da importância da Educação Física escolar. Mais o que observamos é que apenas uma parcela dos alunos, em geral os mais habilidosos estão efetivamente engajados nas atividades propostas pelo professores, algo que permite com que os alunos mais habilidosos demonstrem o seu conhecimento mediante a atividade solicitada na qual a competição é vista como oportunidade de se destacar entre o grupo de amigos que tanto é valorizado pelo aluno do Ensino Médio.
Devide (1999) apud Mattos & Neira (2000) em recente pesquisa em uma escola de Ensino Médio, investigou a concepção de Educação Física dos alunos no cotidiano e o papel do professor enquanto educador. Os resultados indicam que os alunos encaram a Educação Física como uma disciplina sem relevância para manter-se dentro do currículo escolar, com conteúdos repetitivos e sem aplicabilidade no cotidiano, além de não motivar a prática permanente de exercícios fora da escola.
Assim, nesta perspectiva, as aulas de Educação Física, como são aplicadas, não promovem o interesse prático pelas atividades por parte dos alunos.
E meu envolvimento com o tema, foi justamente a partir desta perspectiva. Quando freqüentava as aulas de Educação Física percebia que muitos colegas de classe freqüentemente arrumavam uma desculpa para não participarem dessa disciplina, talvez por achá-la monótona.
Braid (2003) argumenta que, ao analisar a Educação Física contextualizada à história do país, percebe-se que de uma maneira bastante singular, ela sempre esteve a serviço da ideologia dominante, caracterizando-se como uma atividade alienante e elitista. Alienante ao excluir crianças e adolescentes (consideradas/ os inaptas/os ou sem habilidades específicas) em nome do esporte de alto nível. Elitista pela forma como vem tratando o corpo do aluno, visto como objeto manipulável, o qual deveria ser enquadrado em padrões mínimos aceitáveis de rendimento.
Mattos & Neira (2000), ao analisarem a ciência da Educação Física, destacam que: a ciência da Educação Física indica alguns princípios para execução de qualquer programa, desde andar de bicicleta até jogar futebol ou simplesmente, caminhar. Seguir esses princípios é uma condição indispensável para que a participação de qualquer pessoa nas atividades seja uma experiência proveitosa e, se possível, agradável.
Ao final de um período de execução de qualquer atividade que acompanhe esses princípios, o executante perceberá os benefícios adquiridos e a provável adoção de um estilo de vida ativo, ou seja, a manutenção dos benefícios.
A Educação Física é um componente curricular que pode proporcionar ao aluno a capacidade de conhecer seu corpo, com práticas de atividades prazerosas, assim como a interação com o professor e demais alunos.
Segundo Paes (2001), a Educação Física escolar poderá permitir ao aluno o exercício de sua cidadania, na qual o trabalho e o lazer são fundamentais para uma boa qualidade de vida. Para nós, cidadania significa participação e para participar da Educação Física é preciso saber, conhecer, analisar e refletir a prática.
Hanauer (2009) assinala que a Educação Física é um meio essencial para a formação do cidadão, pois durante uma atividade em muitas situações o aluno tem que tomar decisões rápidas, deve ser ágil e encontrar a maneira mais fácil de ultrapassar os obstáculos, e é exatamente isso que acontece na sociedade atual, devemos estar preparados para as mudanças e as exigências que temos de enfrentar. A Educação Física escolar tem o grande papel de educar, socializar, motivar proporcionando uma vida saudável e melhorando a qualidade de vida dos alunos.
2. Educação Física: uma breve reflexão
Segundo Vago (1999) a presença da Educação Física nas práticas escolares, no Brasil, remonta ao século XIX, e desde então ela experimenta um processo permanente de enraizamento escolar.
Para o autor, o figurar desfigurada nas práticas escolares traz ainda um dano ao potencial educativo que boa parte do professorado da área vem tentando imprimir ao ensino de Educação Física, em que prevalecem e são desenvolvidos princípios de respeito à participação de todos, à corporeidade singular dos alunos, à busca do lúdico, por exemplo. É preocupante a desqualificação de uma possível intervenção de caráter amplo e educativo do ensino de Educação Física sobre todos os (as) alunos (as) em favor de uma intervenção especializada e seletiva do treinamento esportivo na escola, em que se privilegia sobremaneira a seleção por habilidade (e conseqüente exclusão), o rendimento, a competição e o resultado, mesmo em escolas (e ainda mais fora delas).
O autor complementa que radicalizando esse mesmo movimento de descaracterização, há iniciativas no sentido de aceitar que práticas corporais realizadas fora do ambiente escolar (em academias e clubes, por exemplo) sejam consideradas substitutas do ensino de Educação Física realizado na escola. Nesse caso, as escolas estariam desobrigando-se da tarefa de realizar o ensino de Educação Física, num movimento de terceirização de serviços.
Conforme bem ressalta o autor, isso seria uma sentença de morte para o caráter educativo da Educação Física como prática escolar, provocaria o privilegio da habilidade e seleção da modalidade do esporte, além de sua exclusão do ambiente escolar.
Mattos & Neira (2000) consideram que a idéia de uma educação para a saúde – subsidiada recentemente pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (Brasil, 1997) – conquistou na nossa sociedade um valor inestimável, objetivando desenvolver a compreensão de como se constrói a condição de saúde/doença em cada realidade particular, fazendo com que os alunos tornem-se, progressivamente, mais capazes de agir na perspectiva da promoção e recuperação da saúde (e não como pacientes).
Darido (2004) assinala que a Educação Física na escola deveria propiciar condições para que os alunos obtivessem autonomia em relação à prática da atividade física, ou seja, após o período formal de aulas os alunos deveriam manter uma prática de atividade regular, sem o auxílio de especialistas, se assim desejarem. Este objetivo é enormemente facilitado se os alunos encontram prazer nas aulas de Educação Física, pois, apreciando determinada atividade é mais provável desejar continuá-la, caracterizando uma ligação de prazer.
Corroborando o que foi ressaltado pelo autor, a aplicação das aulas de Educação Física precisa ser aplicada de forma que motive o aluno, que desperte o interesse desses alunos. No período de execução de qualquer atividade, tanto em crianças como em adolescentes, deve-se ressaltar os benefícios dessas atividades para a saúde, evitando a exclusão dos menos habilidosos.
Para Darido et al (1999), no âmbito da Educação Física ainda não presenciamos uma discussão aprofundada a respeito das interfaces da disciplina em as grandes áreas; códigos e linguagens, ciência e tecnologia e sociedade e cultura. Entendemos que a disciplina tem interfaces acentuadas tanto no que diz respeito aos códigos de linguagem quanto a área de sociedade e cultura.
Oliveira (2006) julga necessário e oportuno propor alternativas de atividades físicas desde o Ensino Fundamental, para que haja uma maior adesão e à interação dos alunos nas aulas, por meio de atividades em que eles próprios possam criar formas e soluções para os problemas, tendo como mediador, facilitador e transmissor de conhecimentos o professor de Educação Física. O esporte deixa de ser o único conteúdo das aulas. O mesmo pode ser utilizado de maneira atraente e criativa, juntamente com outros conteúdos e atividades.
Conforme Darido (2004) seria importante que os alunos mantivessem uma prática regular sem o auxilio de especialistas, se assim desejarem.
“As propostas pedagógicas progressistas em Educação Física deparam com desafios de várias ordens: desde questões relativas à sua implementação, ou seja, de como fazer com que sejam incorporadas pela prática pedagógica nas escolas, até questões mais teóricas que dizem respeito, por exemplo, às suas bases epistemológicas.
Um desses desafios é conquistar legitimidade no campo pedagógico. Os argumentos que legitimavam a Educação Física na escola sob o prisma conservador (aptidão física e esportiva) não se sustentam numa perspectiva progressista de educação e educação física, mas, ao que tudo indica, hoje também não na perspectiva conservadora. Parece que a visão neotecnicista (economicista) de educação, que enfatiza a preparação do cidadão para o mercado de trabalho, dadas as mudanças tecnológicas do processo produtivo, pode prescindir hoje da EF e não lhe reserva nenhum papel relevante o suficiente para justificar o investimento público - a revitalização do discurso da promoção da saúde é uma tentativa de setores conservadores de legitimar a EF na escola, mas tem pouca probabilidade de encontrar eco, haja vista a crescente privatização, e individualização, da saúde promovida pelo Estado mínimo neoliberal. Além disso, o crescimento da oferta e do consumo dos serviços ligados às práticas corporais fora do âmbito da escola e do sistema tradicional do esporte - como as escolas de natação, academias, escolinhas de futebol, judô, voleibol etc. - permite o acesso à iniciação esportiva, às atividades físicas, sem depender da EF escolar”. (BRACHT,1999, p.6).
Os argumentos do autor mostram uma visão da atual Educação Física nas escolas, como já comentado por outros autores, que é caracteriza para da formação de pessoas que têm habilidade para certo tipo de esporte e podem, no futuro, ter uma carreira promissora no esporte profissional. Por outro lado, é necessário preparar pessoas para o trabalho, preparar profissionais e, nesse contexto, a Educação Física como prática pedagógica, fica em segundo plano.
Ressalta-se que é preciso encontrar as soluções para o problema da evasão. O profissional de Educação Física deve agir como mediador e facilitador de conhecimentos podendo aplicar suas aulas de maneira atraente e criativa, juntamente com outros conteúdos e atividades, ressaltando os benefícios dessas atividades para a saúde, evitando a exclusão dos menos habilidosos.
3. Fatores que justificam a evasão nas aulas de Educação Física
Segundo Darido (2004) Uma das hipóteses possíveis para o número reduzido de aderentes à prática da atividade física pode residir nas experiências anteriores vivenciadas nas aulas regulares de Educação Física. Muitos alunos acabam não encontrando prazer e conhecimento nas aulas de Educação Física e se afastam da prática na idade adulta.
O autor complementa que, atualmente entende-se a Educação Física na escola com uma área que trata da cultura corporal e que tem como finalidade introduzir e integrar o aluno nessa esfera, formando o cidadão que vai produzi-la, reproduzi-la e também transformá-la.
Segundo Almeida (2007) outro fator que pode ser destacado como principal origem das dificuldades ou desinteresse na Educação Física escolar, são os conteúdos realizados nas aulas, principalmente relacionado aos esportes. Assim como os conteúdos, as metodologias adotadas pelos professores que privilegiam apenas o esporte durante as aulas e toda a vivência escolar das crianças e adolescentes, sendo utilizado de forma rotineira e inadequada no Ensino Fundamental e no Ensino Médio, em que os alunos praticam as mesmas atividades, muitas vezes sem um planejamento adequado realizados pelos professores nas aulas, parecem ter como conseqüência a evasão nas aulas de Educação Física.
Paula e Fylyk (2009) ressaltam que com relação aos aspectos fisiológicos da fase adolescente, comprova-se que eles influenciam, na maioria das vezes ao desenvolvimento de alguns fatores psicológicos que atrapalham a participação desses alunos nas aulas, como a vergonha do corpo.
As autoras concluíram que os fatores psicológicos mais comuns na adolescência são baixa estima por não possuir habilidade nos esportes, timidez excessiva em se expor frente aos colegas e o desenvolvimento precoce e tardio desses jovens que afetam diretamente sua auto confiança, para mais ou para menos.
Gambini, (1995) citado em Darido (2004), também procurou verificar a opinião dos alunos dispensados sobre a prática da Educação Física na escola. Os resultados mostraram que a maioria dos alunos não participa das aulas e pede dispensa por motivos de trabalho; em seguida, os alunos apontam para a falta de material e o desinteresse dos professores; a minoria afirma se afastar das aulas por problemas de saúde. Entre estes alunos (dispensados) 37,5% realizam atividade física em clubes ou academias. São dados alarmantes que mostram a ineficiência do ensino formal em manter a motivação dos alunos. O descontentamento pelas aulas ocorre na opinião dos alunos porque elas deveriam ser diferentes e necessitam de variações (música, outros esportes, etc.).
Pelo que se a aborda na literatura, os principais fatores de exclusão dos alunos nas aulas de Educação Física são os conteúdos realizados nas aulas, principalmente relacionado aos esportes, as metodologias adotadas pelos professores que privilegiam apenas o esporte durante as aulas, sendo utilizado de forma rotineira e inadequada tanto no Ensino Fundamental e como Ensino Médio, muitas vezes sem um planejamento adequado realizados pelos professores nas aulas.
4. O Profissional de Educação Física
Dentre os fatores que contribuem para o desinteresse e evasão de alunos nas aulas de Educação Física é a seleção dos mais habilidosos, por parte do educador físico, conforme bem assinala Darido (2004), o que observamos nas aulas de Educação Física é que apenas uma parcela dos alunos, em geral os mais habilidosos, estão efetivamente engajados nas atividades propostas pelos professores. Esses, por seu lado, ainda influenciados pela perspectiva esportivista, continuam a valorizar apenas os alunos que apresentam maior nível de habilidade, o que acaba afastando os que mais necessitam de estímulos para a atividade física.
Para o autor os resultados imediatos destes procedimentos são: um grande número de alunos dispensados das aulas e muitos que simplesmente não participam dela, e que provavelmente não irão aderir aos programas sistematizados de atividade física.
Segundo Darido (2004), Algumas características que podem contribuir com a manutenção em longo prazo deveriam ser conhecidas por todos os profissionais da área da Educação Física. Estas teriam que ser incluídas em todo o programa de exercício físico. São elas:
Proporcionar momentos de sucesso e prazer aos alunos, tornando a atividade o mais agradável possível;
Proporcionar condições favoráveis ao desenvolvimento da amizade, através do trabalho em grupo;
Procurar desenvolver atividades recreacionais alterando, na medida do possível, o local da prática;
Variar sempre as atividades, enfatizando a criatividade durante o planejamento do programa, uma vez que as pessoas reclamam da elevada repetição das atividades;
Proporcionar desafios adequados às habilidades motoras individuais;
Manter uma relação positiva entre professor-aluno e os próprios alunos;
Procurar adequar as habilidades ao nível do grupo;
Desenvolver atividades de intensidade leve à moderada, pois programas que exigem alta intensidade ou muita técnica e habilidade colaboram para a desistência;
Evitar atividades que enfatizem demasiadamente a vitória;
Incentivar a participação do cônjuge ou namorado/a na mesma atividade do praticante.
A autora complementa que, somados a esses fatores em que o professor de Educação Física poderá estar intervindo, outros também se mostram capazes de definir o tempo de manutenção na atividade, como: Auto-motivação, boa percepção do tempo disponível, experiências positivas marcadas por sucesso e alegria na infância e adolescência e estado de fluxo durante a atividade.
Segundo Almeida (2007) os procedimentos didáticos pedagógicos do professor também influenciam na qualidade das aulas e, conseqüentemente, na motivação dos alunos. O professor que leva a sério o que faz e que alia a sua competência técnica ao compromisso de ensinar, desperta a criatividade e conduz os alunos a reflexão através do lúdico, pode não ter alunos desinteressados ou desanimados. Ao adotar estes procedimentos, o professor leva grande vantagem sobre as outras disciplinas escolares, pois a Educação Física, por si só é uma prática motivadora e que permite abordar uma grande variedade de temas e assuntos relacionados na maioria das disciplinas existentes no currículo de uma instituição, podendo promover um ensino mais desafiador e interessante para os alunos e professores.
Para Bento (1991), uma Educação física atenta aos problemas do presente não poderá deixar de eleger a educação da saúde como uma das suas orientações centrais. Pretende-se prestar serviços valiosos à educação da saúde como uma das suas orientações centrais. Pretende-se prestar serviços valiosos à educação social dos alunos, se pretende contribuir para uma vida produtiva, criativa e bem sucedida, a Educação Física encontra na orientação pela educação da saúde um meio de concretização das suas pretensões, formulações e justificações.
Na atualidade, torna-se um desafio para o profissional da Educação Física promover a alteração do quadro no plano de ensino uma vez que os jovens, tendo acesso a toda a informação trazidas pelos vários meios de comunicação, estão acostumados à disciplina direcionada a cultura física.
Conforme bem argumentam Mattos e Neira (2000), a simples elaboração de programas de condicionamento não garante a modificação do quadro atual e nem o sucesso do novo posicionamento. Pensemos no jovem de hoje, atuante, crítico, conhecedor dos seus direitos, exposto a toda espécie de informações veiculadas pelos meios de comunicação e relações sociais. Nesse ponto, apresenta-se o maior desafio do professor: elaborar um plano de curso envolvente e coerente com os objetivos de seu trabalho.
Quanto ao posicionamento do profissional da Educação Física, Mattos (1994) se mostra bastante enfático ao afirmar que somente um plano de ensino bem elaborado e assim desenvolvido pode possibilitar o processo de avaliação dos alunos e do próprio trabalho do professor. E é essa postura de compromisso com o trabalho desenvolvido que eleva a auto-imagem do professor e, em última instância, encaminha-o à auto-realização profissional.
O autor complementa ainda que, estudando o trabalho do professor de Educação Física, concluiu que esse profissional adquire considerável bagagem de conhecimento durante a sua formação e que o empobrecimento do seu trabalho nas escolas leva-o ao não-resgate do que aprendeu, ao esquecimento, à subutilização de seu potencial e formação profissional, ou seja, a não utilização de suas capacidades e habilidades.
Para Hanauer (2009), os professores devem empenhar-se em melhorar a aptidão física, o desenvolvimento psicológico e afetivo, favorecendo assim para que ocorra uma maior harmonia entre corpo e mente, outra questão importante é que muitos professores deixam a desejar na questão das atividades recreativas e lúdicas que acabam por motivar e integrar de forma alegre os alunos.
Segundo Mattos e Neira (2000), ao falarmos sobre a comunicação corporal, a grande preocupação está voltada à sensibilidade e à percepção que o professor possui para detectar e interpretar as mensagens que chegam até ele, via corpo dos alunos: As expressões de distanciamento no momento de uma explicação, os conflitos durante os jogos de contato, o afastamento corporal das atividades, a vergonha, o mesmo da exposição perante o grupo, a falta de trajes adequados para as atividades, etc. Embora os alunos mostram-se visíveis em suas manifestações corporais, os professores nem sempre as percebem ou quando percebem não sabem como direcioná-las para a aula, reformulando-as e aproximando-se daqueles que as expressaram.
Ressalta-se que o profissional da Educação Física pode interferir usando sua percepção para interpretar as mensagens que chegam até ele, via corpo dos alunos, tais como o distanciamento no momento de uma explicação, os conflitos durante os jogos de contato, o afastamento das atividades, a vergonha de se expor perante os colegas e, assim, amenizar o problema da evasão.
5. A Influência dos fatores psicológicos
As emoções interferem significativamente na participação dos alunos nas aulas de Educação Física. Para Mattos e Neira (2000), sentir emoções, transmitir vontades, decidir sobre o que fazer e explorar as potencialidades com vigor são mensagens emitidas pelos alunos por meio dos movimentos corporais, os professores, por sua vez, não as consideram significativas mediante o que denotam entender por ação pedagógica no processo ensino-aprendizagem.
Para o autor, continua prevalecendo, exclusivamente, o corpo que corre com mais velocidade, que é capaz de pegar a bola mais vezes sem deixá-la cair no chão e tantos outros mais que aparecem enfatizados durante as atividades. O ter e o poder corporal ainda predominam sobre o “ser corpo” que pensa, age, sente e se comunica pelos seus gestos e expressões.
Darido (2004) argumenta que, com relação aos aspectos fisiológicos da fase adolescente, comprova-se que eles influenciam, na maioria das vezes ao desenvolvimento de alguns fatores psicológicos que atrapalham a participação desses alunos nas aulas, como a vergonha do corpo que existe por mais que não tenha aparecido nos relatos, mas em observação realizada conseguiu-se identificar, principalmente nas meninas, justamente por haver uma maior exposição do aluno durante as aulas de Educação Física do que nas outras disciplinas, acarretando timidez e vergonha do próprio corpo perante os colegas.
Para Mattos e Neira (2000), o adolescente enfrenta aumentos rápidos de altura, mudanças nas dimensões corporais, além das mudanças subjetivas e objetivas relacionadas à maturação. É óbvio que todos esses desenvolvimentos ameaçam seu sentido de autoconsciência e o adolescente precisa de certo tempo para integrá-los em um sentido de identidade de ego positiva e autoconfiante que aos poucos vai emergindo.
Considero fundamental reiterar que a adolescência, além de tudo é uma fase de insegurança, onde as alterações no corpo tornam-se evidentes. Nas aulas de educação física, os alunos(as) ficam mais exposto, o que resulta certo constrangimento e motivo de evasão.
Os alunos que não se destacam muito no esporte, também sentem certo receio de participar do esporte, sentindo-se tímido por não ter a mesma eficiência do colega.
6. A motivação
A motivação é um fator preponderante para a participação dos alunos nas aulas de Educação Física. A revisão de literatura demonstra, de maneira geral que, muitos alunos se sentem desmotivados em razão dos conteúdos metódicos das aulas.
Para Magill (1984), citado em Franchin e Barreto (2009) a motivação é importante para a compreensão da aprendizagem e do desempenho de habilidades motoras, pois tem um papel importante na iniciação, manutenção e intensidade do comportamento. Sem a presença da motivação, os alunos em aulas de Educação Física, não exercerão as atividades, ou então, farão mal o que for proposto.
Segundo Franchin e Barreto (2009) a análise da motivação relacionada com a psicologia é tida como uma força propulsora (desejo) por trás de todas as ações de um organismo, pode-se dizer que é destacada como o sentimento de uma necessidade, ou seja, um conjunto de fatores psicológicos (conscientes ou inconscientes) de ordem fisiológica, intelectual ou afetiva, os quais agem entre si e determinam a conduta de um individuo, despertando sua vontade e interesse para uma tarefa ou ação conjunta. A motivação surge de dentro das pessoas, não há como ser imposta. Despertar o interesse para a qualidade é fundamental, uma vez que não se implanta qualidade por exortação, decretos ou quaisquer mecanismos coercivos.
Paula & Fylyk (2009) Com relação à motivação desses, agora adolescentes, nas aulas, verifica-se que conduzir uma aula em que todos estejam satisfeitos, felizes e motivados é uma tarefa para poucos, uma vez que a motivação depende de uma série de fatores: internos ou intrínsecos e externos ou extrínsecos.
Como fatores internos podem ser citados: a necessidade, atração e a disposição. Dentre os fatores externos que influenciam na motivação das aulas, mais especificamente nas de Educação Física os principais são: o professor e a metodologia utilizada, o conteúdo aplicado, o relacionamento do professor com a turma e a estrutura da escola, entre outros fatores específicos de cada realidade.
Franchin e Barreto (2009) argumentam que o comportamento Internamente Motivado: são aqueles em que a pessoa dirige-se à atividade voluntariamente, empenhando em sentir-se competente e auto-determinada. Exemplo: o atleta que compete pelo prazer de superar seus próprios recordes e limites. Comportamento Externamente Motivado: são aqueles comportamentos em que a pessoa é levada à ação por uma recompensa externa. Exemplo: a criança ou adolescente que pratica alguma modalidade esportiva por imposição de seus pais, para realizar o sonho dos mesmos.
Os motivos intrínsecos são resultantes da própria vontade do indivíduo, enquanto os extrínsecos dependem de fatores externos.
Hanauer (2009) poderá que as aulas de Educação Física escolar são citadas quase que sem exceções por praticamente todos os alunos como a disciplina que mais gostam dentre as demais, e talvez a única que possibilita uma integração social e afetiva tão grande e relevante entre os alunos. Também é nas aulas de Educação Física que os alunos convivem frente a frente com a realidade social, pois é nessa aula que os mesmos tem de aprender a respeitar as regras, saber vencer, saber perder, cumprir horários, respeitar companheiros e adversários, vencer seus próprios limites como o medo, vergonha, timidez.
Para o autor, muitos alunos quietos e tímidos durante as aulas em sala de aula acabam por se soltar nas aulas de Educação Física e interagir de outra forma com seus colegas, pois a aula de Educação Física é geralmente alegre e dinâmica, e diferentemente do esporte de rendimento a Educação Física escolar busca a inclusão de todos, sempre respeitando as dificuldades e limites de cada um. O relacionamento entre professores e alunos também é diferente entre a Educação Física e as demais disciplinas, percebe-se uma aproximação maior entre os alunos e os professores, uma relação de amigos o que é difícil perceber em outras disciplinas.
Marzinek (2004) salienta que as fontes de motivação podem ser classificadas em intrínsecas e extrínsecas. A motivação intrínseca se dá quando o jovem realiza a atividade física por vontade própria na escola, surgindo em decorrência da própria aprendizagem. O material aprendido fornece o próprio reforço, e a tarefa é cumprida porque é agradável. Já a motivação extrínseca ocorre quando o aluno é envolvido pelos colegas, pelo professor de Educação Física e até mesmo por familiares, que incentivam a sua participação nas aulas de Educação Física.
Segundo preconiza Reeve (1995), o estudo da motivação extrínseca se baseia em três conceitos principais: recompensa, castigo e incentivo. Uma recompensa é um objeto ambiental atrativo que se dá ao final de uma seqüência de condutas e que aumenta a probabilidade de que essa conduta volte a acontecer. A aprovação, as medalhas, os troféus, os certificados e o reconhecimento são objetos ambientais atrativos dentro do contexto desportivo oferecidos depois de se realizar bem um exercício e de se ganhar uma competência. O castigo é um objeto ambiental não atrativo que se dá ao final de uma seqüência de condutas e que reduz as probabilidades de que tais condutas voltem a acontecer. A pessoa que recebe a crítica e é ridicularizada em público tem menos probabilidade de repetir essas condutas que o indivíduo que não recebe tão desagradável objeto ambiental. Na aula de Educação Física, o desenvolvimento da competência desportiva faz com que o indivíduo crie expectativas de conseqüências atrativas e não atrativas que o levarão a participar ou não das aulas.
Para o autor, a motivação intrínseca como sendo uma conduta realizada por interesse e prazer, baseada em uma série de necessidades psicológicas, dentre elas a autodeterminação, a efetividade e a curiosidade, responsáveis pela iniciação e pela persistência da conduta frente à ausência de fontes extrínsecas de motivação.
Stavisky e Cruz (2008) afirmam que a Educação Física possui uma “atração natural” nas séries iniciais do Ensino Fundamental, mas esta tende a diminuir a partir da 5ª e 6ª séries. De modo geral, o desinteresse é presente em ambos os sexos. Contudo, é muito difícil que na escola as aulas de EF acabem por desagradar a todos ou mesmo desaparecer do currículo. A tendência é existir aqueles que gostam de participar das aulas e os que preferem não participar. Estes dois lados que o professor vivencia geram muitas reflexões e preocupações por parte professores e pesquisadores interessados em conquistar uma participação plena dos alunos nas aulas. Alguns esforços já foram feitos no sentido de descobrir o que leva os alunos a participarem mais das aulas, porém, neste complexo fenômeno, há muito ainda por descobrir. Daí a necessidade de continuarmos pesquisando o assunto.
Os autores complementam que: “conteúdos repetitivos” e “falta de compreensão dos alunos com os próprios colegas e professores” é um dos principais motivos que afastam os alunos das aulas, principalmente, os menos “habilidosos”; fato que pode ser mais bem compreendido, observando a necessidade de uma maior compreensão quanto aos diferentes níveis de desempenho motor apresentada pela parcela de alunos que declara não gostar das aulas de Educação Física.
É importante que a criança conheça, desde a infância os benefícios da prática da Educação Física, sua importância no desenvolvimento motor; que seja motivada a gostar das aulas.
Segundo Ayoub (2001) a riqueza de possibilidades da linguagem corporal revela um universo a ser vivenciado, conhecido, desfrutado, com prazer e alegria. Criança é quase sinônimo de movimento; movimentando-se ela se descobre, descobre o outro, descobre o mundo à sua volta e suas múltiplas linguagens. Criança é quase sinônimo de brincar; brincando ela se descobre, descobre o outro, descobre o mundo à sua volta e suas múltiplas linguagens. Descobrir, descobrir-se. Descobrir tirar a cobertura, mostrar, mostrar-se, decifrar... Alfabetizar-se nas múltiplas linguagens do mundo e da sua cultura.
A Educação Física na educação infantil pode configurar-se como um espaço em que a criança brinque com a linguagem corporal, com o corpo, com o movimento, alfabetizando-se nessa linguagem.
A autora complementa que, sob essa ótica, a linguagem corporal não é uma “propriedade” da Educação Física e, embora seja a sua especificidade, deve ser trabalhada em outros momentos da jornada educativa, tendo a dimensão lúdica como princípio norteador.
As discussões em torno da Educação Física em todo o ensino e suas problemáticas específicas é muito discutida nas literaturas, porém as questões relacionadas a evasão na disciplina no contexto educacional brasileiro, parecem não fazer parte da formação dos(as) licenciados(as) em educação física.
Cabe ao profissional de Educação Física analisar as diferenças de cada aluno, suas dificuldades e deficiências e, dessa forma evitar a evasão das aulas.
7. Conclusão
Segundo Darido (2004), o estudo evidenciou que, dentre os fatores que interferem na não participação dos alunos nas aulas de Educação Física foram as experiências negativas anteriores na prática da cultura corporal de movimento desses alunos na escola.
Paula e Fylyk (2009) ressalta que no Ensino Médio, os alunos, em razão das alterações fisiológicas ocorridas em seu corpo, apresentam vergonha de se exporem e rejeição as novidades. Tudo isso associado ao medo de errar, acaba por distanciar ainda mais os alunos das aulas de Educação Física.
Outro que também interfere nessa exclusão, no Ensino Médio, que acaba competindo com a Educação Física, diz respeito à busca por uma definição profissional. A preocupação em investir no futuro, muitas vezes representado pelo vestibular, vai se tornando uma exigência cada vez maior pela sociedade. Por isso, as expectativas acerca da Educação Física, vão para segundo plano.
No decorrer do estudo podemos concluir que são várias as razões que levam o afastamento dos alunos das aulas de Educação Física, considero que professor deve estar sempre atento ao comportamento dos alunos, conhecer seus gostos, estar atendo a seu afastamento das aulas, respeitar suas limitações e buscar um planejamento de suas aulas de modo que desperte o interesse e que atenda o maior número de alunos possível.
Dos fatores externos e internos que interferem na não participação dos alunos nas aulas de Educação Física, alguns ao alcance dos professores, outros mais distantes abrange todo o contexto escolar, desde a direção, coordenação pedagógica, outros profissionais que atuam na escola, familiares e a comunidade na qual a escola está inserida.
Concluiu-se que as aulas de Educação Física deve ser elaborada de forma que permita ao adolescente um relaxamento, e assim fazê-lo perceber seu corpo e capacitá-lo a controlar esse corpo, em oposição ao automatismo que o trabalho muitas vezes exige; é preciso trabalhar uma Educação Física que permita ao aluno a prática de atividades prazerosas, ao contrário do caráter repressivo de muitos trabalhos; aulas que permitam aos alunos.
É necessário que exista na escola uma seqüência pedagógica durante as aulas e as séries um clima motivacional orientado como instrumento para aumentar a motivação intrínseca, o sentimento de competência e atitudes positivas em alunos nas aulas de Educação Física.
Ressaltamos que, para um desenvolvimento de programa de Educação Física, não basta somente o professor conhecer os tópicos de planejamento e segui-los mas é preciso considerar também a importância do conhecimento dos problemas do aluno, de suas dificuldades, para posterior aplicação de conceitos motivacionais, que podem aperfeiçoar as oportunidades de aprendizagem e favorecer o desenvolvimento de atitudes positivas dos alunos sobre as práticas corporais.
Apesar de sua importância para a aprendizagem, motivação raramente recebe a devida atenção de professores e pesquisadores.
Espera-se que este trabalho possa apoiar o trabalho dos professores de Educação Física em garantir a inclusão e despertando o interesse de todos os alunos em suas aulas. Uma vez que não depende só do profissional de Educação Física, mas também da concepção e prática dos professores, dos dirigentes escolares, dos administradores do sistema de ensino, da política educacional, enfim de toda uma estrutura.
Referências Bibliográficas
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EFDeportes.com, Revista
Digital · Año 15 · N° 149 | Buenos Aires,
Octubre de 2010 |