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Adolescentes com obesidade, Educação 

Física Escolar e barreiras da atividade física

Adolescentes con obesidad, Educación Física Escolar y barreras a la actividad física

 

Mestre em Psicologia Universidade Federal de Santa Catarina

Professora da Universidade do Estado de Santa Catarina

(Brasil)

Patrícia Barbosa Martins Trichês

patriciatriches@gmail.com

 

 

 

 

Resumo

          Verificar na literatura científica os motivos que levam os adolescentes com obesidade a não fazerem exercícios físicos; assim como verificar a importância das Barreiras da Atividade Física para a Educação Física Escolar. Método: uma Revisão de Literatura a partir de livros e artigos da Base de Dados Periódicos Capes e livros, com as palavras-chaves: obesidade, adolescente, adolescência e barreiras. Ficou evidenciada a importância do profissional de Educação Física perceber as barreiras que prejudicam os adolescentes obesos a realizarem exercícios físicos para que possa efetuar mudanças em suas aulas de educação física para que elas se tornem mais atrativas, interessantes e façam com que a Educação Física escolar seja um passo inicial a ser dado pelo adolescente, e que este adolescente faça do exercício físico uma atividade que faça parte de sua rotina diária.

          Unitermos: Barreiras da atividade física. Adolescentes. Obesidade.

 

 
http://www.efdeportes.com/ EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 15, Nº 149, Octubre de 2010. http://www.efdeportes.com/

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1.     Introdução

    A obesidade é uma condição caracterizada pelo excesso de gordura corporal, de maneira que a sua quantidade pode acarretar prejuízos à saúde do indivíduo, devido ao aumento de índices de morbidade e mortalidade (OMS, 1998). Está amplamente demonstrada na literatura científica que a obesidade apresenta grande associação com inúmeros males para a saúde, tais como: hipertensão arterial, diabetes tipo II, doença arterial coronariana, doença pulmonar obstrutiva, ósteo-artrite, lombalgias, certos tipos de câncer (Troiano, 2002; Pangrazi, 2003; Lobstein, Baur, 2004).

    A relação existente entre a obesidade e outros fatores de risco para a saúde, assim como a existência da possibilidade da obesidade acompanhar o indivíduo por toda a vida tem estimulado a realização de estudos de prevalência em diferentes localidades, com a finalidade de fornecer informações para a proposição de políticas de intervenção para minimizar este problema de saúde pública (Lobstein, 2004).

    As Barreiras da Atividade Física são os empecilhos da vida diária que impedem ou mesmo dificultam o indivíduo a praticar exercícios regularmente (Weinberg & Gould, 2001). As Barreiras da Atividade Física podem dar auxílio ao profissional que almeja intervir na obesidade em adolescentes, pois as barreiras dão indicações onde se pode atuar para fazer com que o estilo de vida da pessoa se torne mais ativo.

    Assim sendo, os profissionais que atuam na área da saúde e que queiram melhorar o estilo de vida de uma pessoa podem partir das barreiras. Para tornar as aulas de Educação Física mais interessantes e motivantes, se faz importante este conhecimento inclusive para o professor de Educação Física Escolar, pois conhecendo as Barreiras da Atividade Física o professor tem condições de melhorar suas aulas, e fazer com que o interesse dos alunos por suas aulas aumente, por exemplo, o que inclui alunos com obesidade.

2.     Objetivos

2.1     Objetivo Geral

    Identificar na literatura científica as Barreiras da Atividade Física.

2.2     Objetivos Específicos

  • Discutir a importância das Barreiras da Atividade Física para a Educação Física Escolar.

  • Descrever a importância das Barreiras da Atividade Física para os adolescentes com obesidade.

3.     Método

3.1     Critérios de seleção dos textos científicos

    Foram selecionados textos à respeito de promoção de saúde no âmbito escolar e sobre as Barreiras da Atividade Física e obesidade.

    A discussão foi fundamentada em artigos científicos e livros. Buscou-se material bibliográfico a partir de:

  • Bases de dados disponíveis no Portal da Capes por meio do portal (endereço eletrônico) da Biblioteca Universitária da Universidade Federal de Santa Catarina;

  • Acervo da Biblioteca Central da Universidade Federal de Santa Catarina;

    As palavras-chave utilizadas para a pesquisa foram: obesidade, adolescente, adolescência e barreiras.

    Foram selecionados textos em português e inglês.

3.2     Análise dos textos científicos

    Para cada texto foi realizado um fichamento, e os mesmos foram divididos por temas: adolescência, obesidade, barreiras e educação física escolar.

    A análise realizada teve a intenção de destacar os aspectos mais importantes de cada texto; assim como, as dificuldades encontradas.

4.     Adolescência

    A fase da adolescência pode ser entendida como sendo uma etapa evolutiva ou do desenvolvimento que está relacionada ao ser humano. É nesta fase que se encontra o processo de transformação somática, psicológica e social de cada indivíduo. Nas últimas décadas a adolescência tem sido vista como uma fase importante devido à aquisição da imagem corporal definitiva e a estruturação da personalidade do indivíduo.

    A adolescência é a segunda maior modificação no desenvolvimento biopsicossocial, a primeira grande mudança é o nascimento (Vitalle, Tomioka, 2003).

    Em relação às modificações biológicas o adolescente deverá lidar com um novo corpo, muito diferente do corpo infantil que estava acostumado. Nas adolescentes do sexo feminino por volta dos doze anos acontece o estirão de crescimento, que se caracteriza pelo aumento da estatura; logo vem o desenvolvimento dos seios, aparecimento de pelos pubianos, menstruação com ciclos irregulares, cólicas, nervosismo, inchaço, dores de cabeça, problemas de pele, acnes (Vitalle, Tomioka, 2003).

    A média encontrada no Brasil para o acontecimento da menarca foi de 13,02 anos (Picanço, 1989). Nos adolescentes do sexo masculino o estirão de crescimento acontece por volta dos doze anos, além disso, acontecimentos como a mudança do timbre da voz, aparecimento de pelos pubianos, pelos na face, pelos nas axilas, cheiro mais forte, são características do estágio maturacional nesta fase de vida (Vittalle, Tomioka, 2003).

    Não é fácil para o adolescente aceitar este novo corpo, ele geralmente sente vergonha. No sexo feminino ao se desenvolverem os seios a tendência é curvar o tronco a fim de escondê-los, o que futuramente podem causar problemas de postura. Em relação à prática de exercícios a adolescente também fica com vergonha por vários motivos: os seios balançam quando ela corre, ela fica um pouco desengonçada nos esportes e atividades, e se expõe na frente dos colegas; entre rapazes os apelidos jocosos, um desempenho em esportes considerado ruim, acontecendo conseqüentemente uma exclusão. A imagem corporal é muito importante durante a adolescência, influenciando esta adolescente em se sentir aceita ou rejeitada pelos pares, isolando-se (Pesa, Jones, 2000).

    O adolescente também passa por alterações psicossociais como: a) uma redefinição da imagem corporal na perda do corpo infantil; b) redução/perda da dependência com os pais, uma maior autonomia; c) elaboração de lutos infantis; d) estabelecimento de valores próprios; d) busca de identificação com grupos; e) estabelecimento de uma identidade sexual e f) deve assumir uma capacidade de assumir compromissos profissionais (Lostein, Baur, 2004).

5.     Obesidade

    O peso corporal é uma função do equilíbrio energético, e é determinado pela ingesta alimentar e gasto energético, quando existe um balanço energético positivo ao longo do tempo, o resultado é o ganho de peso (Bouchard, 2003). Quando se tem um excesso de ingesta alimentar caracterizado pelo consumo de alto teor de gordura e baixo gasto energético faz com que a pessoa acumule gordura corporal, o que ao longo do tempo e do estilo de vida desta pessoa, a mesma se torne obesa. A prevalência de obesidade vêm crescendo nos últimos anos, tanto em países desenvolvidos como em desenvolvimento (Ebbelig, 2002).

    O estilo de vida comprometedor se refere à queda no nível de atividade física e ao alto consumo de ingesta alimentar, trazendo consigo graves conseqüências aos adolescentes, primeiro tornando-os com sobrepeso ou obesos e com isso outros agravos para a saúde (Sinhá, 2002; Berenson, 2003; Hassink, 2003); entre eles, a hipertensão arterial, o risco de diabetes tipo 2, o desenvolvimento de doenças crônico-degenerativas, a apnéia do sono, a asma e alguns tipos de cânceres (Mai, 2003; Reich, 2003).

6.     Barreiras da atividade física

    As Barreiras da Atividade Física são os motivos que fazem com que as pessoas não pratiquem exercícios físicos. As Barreiras da Atividade Física podem ser divididas em: a) Barreira Maiores: que dizem respeito à falta de tempo, falta de energia e falta de motivação; b) Barreira Moderadas: que são custo excessivo, doença/lesão, falta de academias próximas, não sentir-se confortável, falta de habilidade e medo de lesão; e c) Barreiras Menores: que são falta de lugares seguros, falta de um parceiro, programas insuficientes, falta de apoio e falta de transporte (Weinberg & Gould, 2001).

    Weinberg & Gould (2001) dizem ainda que nas Barreiras da Atividade Física pode-se incluir fatores que podem influenciar a participação em programas de exercícios, são os Fatores Pessoais e os Fatores Ambientais. Os Fatores Pessoais englobam fatores demográficos, variáveis cognitivas/personalidade e fatores comportamentais. Os Fatores Ambientais englobam fatores como o ambiente social, o ambiente físico e as características do exercício físico.

    Muza (2002) em sua pesquisa conseguiu buscar as opiniões, sentimentos e saberes do adolescente sobre a realidade em que vivem e fica claro quais as barreiras que estes adolescentes possuem em sua rotina para não aderirem aos exercícios físicos. Os adolescentes enfocaram o convívio diário com a violência, com a falta de segurança, o enclausuramento em suas casas, se restringindo à prática de exercícios somente nas escolas. Entretanto para as meninas o uso das quadras esportivas na escola é dominado pelos meninos durante as aulas de Educação Física e no recreio, não tendo outros locais para prática, na comunidade não há locais para a prática de exercícios. Outros problemas destacados são a falta de companhia, e desentendimento com os pais, os quais proíbem de sair de casa, ou até mesmo porque os adolescentes têm responsabilidades em casa. É importante destacar que os adolescentes não teriam condições de pagar uma academia de ginástica, e não possuem programas de exercícios físicos que os estimulem à prática.

    Exercícios físicos que geram desconfortos ou que exigem muita habilidade ao praticante também podem ser barreiras, pois desestimulará a pessoa, que não sentirá prazer com a atividade. Samuslki (2002) enfatiza que as tendências comportamentais influenciam as reações emocionais, como orgulho e satisfação, a maioria das pessoas procura vivenciar essas emoções e evita ou minimiza sensações de vergonha ou frustração. Assim, se o exercício físico não gerar êxitos e sim fracassos a tendência é a pessoa evitar este tipo de sentimento, evitando o comportamento para a prática de exercícios físicos.

    A obesidade é considerada uma barreira, pois estar com excesso de gordura corporal dificulta o deslocamento. Biomecanicamente as pessoas obesas têm dificuldades em correr, podem ter dificuldades em habilidades motoras relacionadas aos esportes, correm mais riscos de terem lesões de joelho, nos pés, torções nos tornozelos, e problemas musculares (Hills, 2001).

7.     Educação Física Escolar e barreiras da atividade física

    A Educação Física Escolar tem como um de seus objetivos principais fazer com que o aluno conheça seu corpo, valorizando e adotando hábitos saudáveis como um dos aspectos básicos da qualidade de vida e agindo com responsabilidade em relação à sua saúde e á saúde coletiva (PCN, Educação Física, 1997) o que indica que a Educação Física tem uma responsabilidade educacional com a saúde de seus alunos. Lobstein (2004) ressalta que a escola vem em terceiro lugar – depois dos motivos da própria pessoa, e ambiente familiar – em importância quando se trata de mudanças de hábitos.

    Existem adolescentes obesos em escolas, isso se constata pelo fato de que diversos estudos sobre o assunto são realizados com os escolares (Albano, 2001; Anjos, 2003). Conseqüentemente existem alunos obesos nas aulas de Educação Física Escolar e o professor tem uma responsabilidade educacional em fazer com que este adolescente desenvolva hábitos de vida saudáveis.

    Entretanto, é durante as aulas de Educação Física que várias vezes adolescentes obesos ou com sobrepesos são estigmatizados, recebem apelidos de mau gosto, são discriminados, ridicularizados, e excluídos do convívio escolar (Felippe, 2001). A escola, de forma geral, possui recreações consideradas sedentárias, além de desenvolver aulas de Educação Física que acabam por não desenvolver programas/conteúdos que venham atender esta população (Lobstein, 2004).

    Nahas (1997) coloca que a Educação Física é a profissão que tem uma responsabilidade maior do que as outras profissões em relação à prestação de serviços relacionados com atividade física e o desenvolvimento humano; incluindo as escolas, a Educação Física tem a responsabilidade de uma contribuição educacional para seus praticantes em relação ao seu desenvolvimento motor e aptidão física, tanto para um bem estar como para a saúde.

    Lobstein (2004) em seu artigo de revisão discute que uma intervenção dos profissionais da saúde deve abranger o campo escolar, pois é uma atuação que pode ser desenvolvido por vários anos; entretanto envolvendo os interesses do aluno, tendo a preocupação de influenciar a família e as pessoas que convivem diariamente com este adolescente obeso fora da escola, com pessoas que não tenham comportamentos tão sedentários estimulando-o à prática de exercícios. É justamente o que Nahas (1997) destaca quando diz que a Educação Física Escolar deve ter uma visão que enfatize atividades que se estendam além da escola e dos anos escolares, pois os benefícios do exercício não se mantêm sem a prática dos mesmos.

    Historicamente a Educação Física no Brasil ganhou ênfase na prática de esportes, a fim de se encontrar atletas, e também porque através do esporte a Educação Física desenvolveria os aspectos físicos, motores e técnicos de seus alunos (Nahas, 1997). E para os adolescentes com obesidade este tipo de aula pode trazer desconfortos, pois ele pode não conseguir acompanhar o ritmo de aula, exclusão pelo rendimento baixo em comparação aos outros alunos, lesões devido ao peso, e a Educação Física se torna para este tipo de aluno uma outra barreira(Troiano, 2002).

    Nas aulas de Educação Física o adolescente obeso geralmente é recriminado pela própria atividade desenvolvida que é preferencialmente o esporte, o que o faz ser cada vez menos confiante, menos sociável, com baixa estima; o que por vezes pode acabar acontecendo descontroles, tanto de agressividades como até descontroles alimentares (Felippe, 2001).

    Esta é a importância do professor de Educação Física conhecer as Barreiras da Atividade Física, pois devido a este conhecimento ele saberá que uma atividade que gere desconforto, que aumente o risco de lesões, que seja frustrante para o praticante, esta atividade tende a ser evitada, no caso da Educação Física o aluno não irá desejar participar, e caso venha a participar por obrigação não será com falta de interesse (Weinberg & Gould, 2001).

    Os horários das aulas no meio das outras aulas, foram identificados como sendo barreiras para a não participação nas aulas de Educação Física pelo fato dos alunos voltarem para a sala de aula suados, cansados, eles demoram a prestar atenção nas aulas, voltam muito agitados; esta barreira vem acompanhada da falta de interesse à prática de exercícios (Muza, 2002).

    Uma abordagem que tente se sobressair a estas barreiras é permitir que os alunos escolham os tipos de exercícios que serão desenvolvidos, dando a oportunidade aos alunos praticarem algo que considerem mais agradável, que gerem bem estar, satisfação e estimulem assim, sentimentos positivos (Bouchard, 2003). Samulski (2003) enfatiza que o ser humano evita sentimentos de frustração, ou seja, sentimento negativos, e se a Educação Física provocar nos alunos este tipo de sentimento o aluno evitará realizá-la.

    Weinberg & Gould (2001) dizem ainda que existem poucas evidências que a simples participação em aulas de Educação Física escolar por si só prognosticará o exercício físico na idade adulta, assim como não se pode dizer que padrões positivos de atividade física na infância e adolescência sejam preditivos da atividade física posterior; entretanto crianças ativas que recebem apoio dos pais serão mais ativas do que crianças sedentárias que não recebem apoio, portanto se percebe que o apoio social é importante para um nível de atividade física saudável.

    Em relação à barreira de falta de tempo isto fica muito bem evidenciado no caso de escolares que ingressam no terceiro ano do ensino médio, eles focam seus objetivos no vestibular e a prática de exercícios se restringe somente nas aulas de Educação Física, mais um ponto importante para o conhecimento do professor de Educação Física, pois se suas aulas não forem motivantes, interessantes, o aluno poderá não querer realizá-las (Fellipe, 2001).

    Várias disciplinas escolares podem estar desenvolvendo atividades e programas para melhorar a qualidade de vida dos adolescentes, tanto dentro da própria escola como fora dela. Ensinando aos alunos sobre alimentos, importância de uma variedade alimentar, importância de se exercitar; e até mesmo quando ficar suspeito ou comprovado algum problema psicológico em um de seus alunos tentar interferir a fim de conseguir minimizá-lo e eliminá-lo, quanto mais se ampliar as intervenções melhor será esta intervenção (Bouchard, 2003; Lobstein, 2004). Assim como o adolescente necessita de apoio e atenção dos familiares ele acaba buscando esta atenção da escola também.

    Faz-se importante para o professor de Educação Física Escolar saber identificar as Barreiras da Atividade Física a fim de tornar o conteúdo de suas aulas mais desafiadoras, interessantes, motivadoras, que façam sentido tanto para a escola como para os escolares. Frente às barreiras encontradas no dia-a-dia do adolescente obeso se faz necessário uma revisão que venha a satisfazer os anseios e necessidades desta população nas escolas e nas aulas de Educação Física; disciplina esta que tem uma tendência a privilegiar o esporte o que exclui os obesos pelo fato de serem menos ágeis pelo excesso de gordura corporal, por problemas ortopédicos, por dificuldades de locomoção, por sentirem vergonha de se expor e pelos fatores discutidos no decorrer deste trabalho.

    Assim como o conhecimento a respeito da adolescência e obesidade, pois saberá sobre os problemas que poderão ser presentes em seus alunos nesta fase o que pode refletir durante as aulas, como por exemplo, a vergonha de se expor na frente da turma, ou até mesmo depressão, ansiedade (Lobstein, 2004).

    Sabendo o professor de Educação Física a respeito dos problemas presentes na fase da adolescência, problemas da obesidade e das Barreiras da Atividade Física, o mesmo terá condições de realizar alterações/rever o conteúdo de suas aulas, o convívio com seus alunos, e tornar suas aulas mais interessantes o que irá contribuir para uma melhor relação dos alunos com a Educação Física Escolar.

8.     Conclusão

    O aumento da obesidade na adolescência em muitos países do mundo é um problema que deve ser tratado e discutido, a prevenção da obesidade deveria estar entre as prioridades da escola e certamente a importância da inclusão de modos de vida mais saudáveis – menos sedentários.

    Um modo de vida mais ativo causa uma proteção contra a morte prematura, controle do sobrepeso e obesidade. Um importante aspecto é que vários problemas de saúde seriam controlados se a população se tornasse mais ativa, pois o exercício físico é um componente fundamental, modificável do gasto energético total em todos os indivíduos.

    Fica claro a importância do profissional de Educação Física perceber as barreiras que prejudicam os adolescentes obesos a realizarem exercícios físicos para que possa efetuar mudanças em suas aulas para que elas se tornem mais atrativas, interessantes e façam com que a Educação Física escolar seja um passo inicial a ser dado pelo adolescente, e que este adolescente faça do exercício físico uma atividade que faça parte de sua rotina diária.

    É importante para a Educação Física aulas com criatividade e interesse, a criação de estratégias que consigam ultrapassar as barreiras, fazendo com que os alunos em todos os anos escolares percebam a importância do movimento em sua rotina, abandonando e até mesmo nem cedendo a um modo de vida sedentário e que venha a comprometer a sua saúde.

    Campbel (2001) enfatiza que as intervenções a respeito da obesidade do adolescente devem abranger o máximo de fatores associados à obesidade que for possível, para assim conseguir melhores resultados e é exatamente isso que o professor de Educação Física escolar deve perceber, estudar e intervir com seus alunos.

Referências

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