O treinamento técnico-desportivo: um estudo descritivo-exploratório com tenistas infanto-juvenis confederados Formación técnico-deportiva: un estudio descriptivo-exploratorio con jugadores de tenis menores federados Training technical and sports: a describing-exploratory studying with tennis players juvenile confederate |
|||
*Graduado em Educação Física pela UFRGS Núcleo de Estudos e Pesquisa em Pedagogia e Psicologia do Esporte (NP3 Esporte) da UFRGS Porto Alegre, RS, Brasil **Mestre em Ciência do Movimento Humano pela UFRGS NP3 Esporte da UFRGS Porto Alegre, RS, Brasil ***Pós Doutor em Psicologia pelo Universite de Montreal NP3 Esporte da UFRGS Porto Alegre, RS, Brasil Université du Québec à Trois-Rivières, Trois-Revières, Québec, Canadá ****Doutor em Ciências do Desporto pela Universidade do Porto NP3 Esporte da UFRGS Porto Alegre, RS, Brasil |
Prof. Roberto Tierling Klering* Ms. Marcelo Meirelles da Motta** Ph. D. Marcos Alencar Abaide Balbinotti*** Dr. Carlos Adelar Abaide Balbinotti**** (Brasil) |
|
|
Resumo O tema central do presente estudo trata do treinamento técnico-desportivo de tenistas infanto-juvenis. O objetivo central é descrever a freqüência de execução dos principais fundamentos das técnicas avançadas do tenista – Golpes de Preparação (GP) e Golpes de Definição (GD). O instrumento utilizado foi o Inventário do Treino Técnico-desportivo do Tenista (ITTT-12) (BALBINOTTI, 2003). Os resultados apresentaram índices estatisticamente significativos e superiores para os GP (23,90) em relação aos GD (17,80), o que aponta para uma especialização técnica-desportiva precoce dos tenistas analisados. Isso, devido ao fato desta desproporcionalidade do treinamento entre as duas dimensões possibilitar uma limitação do desenvolvimento completo das técnicas avançadas do tenista. Unitermos: Tênis. Treinamento técnico-desportivo. Tenistas infanto-juvenis.
Abstract
The focus of this study deals with the technical-sports for
children and young players. The central objective is to describe the
frequency of execution of the main foundations of the advanced techniques
of tennis - Scam Preparation (GP) and cons Definition (GD). The instrument
used was the Inventory of Technical Training's sports Tennis (ITTT-12)
(BALBINOTTI, 2003). The results showed statistically significant and
higher rates for the GP (23.90) compared with GD (17.80), which points to
an technical expertise for early-sport players analyzed. This is due to
the fact that this disproportionality of training between the two
dimensions allow a limitation on the full development of the advanced
techniques of tennis.
|
|||
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 15, Nº 148, Septiembre de 2010. http://www.efdeportes.com/ |
1 / 1
Introdução
O tema central deste estudo trata do treinamento técnico-desportivo de tenistas infanto-juvenis brasileiros que participam de competições oficiais organizadas pela Confederação Brasileira de Tênis. A preparação técnico-desportiva é um dos principais elementos abordados pela literatura especializada (HARRE, 1983; VERCHOSHANSKI, 1990, 2006; PLATONOV, 2004, 2008; WEINECK, 1999, 2003; GOMES, 2002; BOMPA, 2002; MATVEEV, 1986, 1996) no treinamento desportivo. Assim, a preparação técnica é considerada um elemento substancial para o sucesso desportivo em um grande número de modalidades desportivas. Sua importância é resultado de diversas contribuições durante a formação multilateral e específica dos desportistas. Com a técnica correta, os desafios impostos em um jogo são solucionados com mais objetividade e economia biológica. No tênis, o atleta desenvolverá melhor as suas tomadas de decisão durante uma partida e poderá intensificar consideravelmente a atividade de treino e competição. Além disso, a técnica desportiva é uma vasta área de pesquisa.
Com o grande número de modalidades desportivas existentes na atualidade, tem-se um grande nicho para a aplicação de pesquisas sobre a preparação técnico-desportiva. Porém, com esta vasta área de estudos, nota-se que estes acabam diluindo-se entre os inúmeros desportos e temáticas existentes. Observa-se, então, a pouca presença de pesquisas que ilustram o treinamento técnico-desportivo de tenistas de uma maneira ampla e clara. Juntamente a essa carência de pesquisas no âmbito técnico-desportivo do tênis, vê-se um grande número de tenistas infanto-juvenis brasileiros obterem sucesso, mas não repetirem o mesmo destaque quando adultos. Sabendo da relevância da técnica desportiva e da limitação do sucesso dos tenistas brasileiros à fase juvenil, percebe-se a importância da realização de estudos sobre o método de treinamento técnico-desportivo dos tenistas infanto-juvenis brasileiros.
O método de ensino e aperfeiçoamento técnico-desportivo pode tornar-se determinante quanto ao sucesso desportivo, principalmente quando aplicado a longo prazo (GOMES, 2002; BOMPA, 2002; WEINECK, 2003; PLATONOV, 2004). Sendo assim, torna-se importante que o desportista passe por um processo de ensino e aperfeiçoamento técnico-desportivo coerente com os métodos científicos. De acordo com Weineck (2003), para que se obtenham os melhores resultados e se aproveite de uma fase mais propicia ao desenvolvimento multilateral do indivíduo, o treinamento técnico-desportivo deve iniciar-se o mais cedo possível. Contudo, segundo Bompa (2002), existe uma idade específica para os diferentes estágios de desenvolvimento esportivo, que depende da modalidade desportiva escolhida e nível de maturação fisiológica de cada atleta. Com isso, é relevante a realização de estudos que averigúem se o processo de treinamento técnico-desportivo condiz com o desenvolvimento propicio às fases de desenvolvimento destes jovens.
Esta preocupação com o treinamento técnico-desportivo infanto-juvenil se faz presente, pois estes jovens são o futuro do tênis brasileiro. A partir destes jovens podem-se formar atletas de alto nível no tênis. Desta forma, estes futuros atletas, assim como ocorreu com o sucesso de Gustavo Kuerten, poderão incentivar e difundir a prática deste esporte. Além disso, mesmo aqueles jovens atletas que não atingirão o alto rendimento desportivo, mas tiveram uma experiência prazerosa com o desporto, poderão seguir praticando o esporte amadoramente. Partindo deste ponto, esta pesquisa visa apontar a existência de carências, quanto ao treinamento técnico-desportivo, que poderão dificultar o sucesso destes jovens tenistas. Com isso, podem-se apontar algumas deficiências quanto à administração do treino técnico que são encobertas na fase juvenil, mas que com o passar dos anos, ficarão expostas e poderão comprometer o futuro desportivo do atleta.
Com relação às técnicas desportivas analisadas, serão descritas as freqüências de execução das técnicas avançadas praticadas por tenistas infanto-juvenis. Embora, muitos estudos analisem as técnicas isoladas do gesto do tenista, não é a finalidade deste estudo avaliar movimentos estereotipados ou gestos fracionados da modalidade. As técnicas avançadas consistem no treinamento de situações específicas pré-programadas. A reprodução destas situações de jogo, desenvolvida pelo treinamento das técnicas avançadas, é fundamental para treinar o atleta às possíveis situações competitivas. Com este treinamento criam-se hábitos de respostas mais inteligentes ao ataque do adversário e formas de melhor desequilibrá-lo. No entanto, para o melhor desenvolvimento deste tipo de treinamento, é necessário que os atletas já tenham desenvolvido com plenitude as técnicas básicas do tênis. Para este grupo analisado, as técnicas avançadas devem apresentar resultados multilaterais ao treinamento técnico-desportivo, o que constitui um processo de aperfeiçoamento técnico. O que diferencia o aperfeiçoamento técnico das técnicas avançadas é justamente a especialização em algumas jogadas relativas ao desporto. Com isso, torna-se plausível a realização de pesquisas que buscam descrever se as técnicas desportivas encontram-se de maneira seqüencial e coerentes com o processo evolutivo de cada atleta.
Neste contexto, o objetivo geral desta pesquisa é descrever a freqüência de execução dos Golpes de Preparação (GP) e Golpes de Definição (GD) durante o treinamento técnico-desportivo de tenistas infanto-juvenis confederados de ambos os sexos que participam de competições oficiais na categoria “até 14 anos”.
Metodologia
Amostra
Fez parte desta pesquisa uma amostra de 60 tenistas juvenis: 13,33% tenistas do sexo feminino e 86,66% tenistas do sexo masculino. A idade dos atletas pesquisados variou de 12 a 14 anos, todos participantes de competições oficiais de tênis e filiados à Confederação Brasileira de Tênis. Deste total, 73,33% dos atletas participam de competições oficiais há dois anos ou mais e, apenas 1,66% dos atletas treinam duas vezes ou menos por semana.
Instrumento
O instrumento utilizado para esta pesquisa foi o Inventário do Treino Técnico desportivo do Tenista (ITTT-12), desenvolvido por Balbinotti (2003). No ITTT-12 constam 12 itens que pretendem verificar duas dimensões associadas ao treino técnico-desportivo do tenista – Golpes de Preparação (GP) e Golpes de Definição (GD). As respostas aos itens do ITTT-12 foram dadas conforme uma escala de tipo Likert, bidirecional, graduada em cinco pontos, em ordem crescente de “pouquíssima freqüência” (1) a “muitíssima freqüência” (5). O ITTT-12 foi construído e validado (BALBINOTTI, et al., 2004; BALBINOTTI, 2003) conforme os princípios comumente aceitos na literatura internacional (ANGERS, 1992; ASÇI; ASÇI; ZORBA, 1999; BARTOLOMEW, et al., 1988; EKLUND; WHITEHEAD; WELK, 1997; BISQUERA, 1987). Nestes estudos foram apresentados de forma detalhada os seguintes resultados do processo de proposição e validação do instrumento: análises de itens, matriz de correlação entre os itens de cada uma das duas sub-escalas, estrutura fatorial exploratória e validação de conteúdo dos itens.
No cabeçalho deste instrumento está presente o Questionário de Controle das Variáveis (QCV) que têm por objetivo trazer informações dos participantes da pesquisa como: nome, idade, categoria em que disputa, tempo de participação em competições oficiais, ranking oficial e freqüência de treino semanal.
Procedimentos
Éticos
Foram observadas as questões éticas inerentes à pesquisa com seres humanos conforme previsto na Resolução do Ministério da Saúde nº 196/1996. Conforme essa resolução, e de maneira geral, foram observados os princípios de autonomia, beneficência, não maleficência e justiça (entre outros), bem como, foi apresentado um Termo de Consentimento Livre e Informado, no qual, por sua vez, constava o tema e o objetivo geral da pesquisa na qual ele se insere (estudo para a realização de uma monografia de conclusão de curso de graduação) e como o atleta poderia participar. Ainda foi explicado aos atletas que os mesmos poderiam optar por não participar (se assim o desejassem), ou (no caso de participarem) não querer que seus dados fossem utilizados no estudo.
O Comitê de Ética em Pesquisa da UFRGS aprovou a pesquisa por estar ética e metodologicamente de acordo com a Resolução 196/96 e complementares do Conselho Nacional de Saúde sob o número 2007721.
Processuais
Após a aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, a aplicação do Inventário foi realizada de duas maneiras: individualmente ou em pequenos grupos. Cada participante utilizou, em média, cinco minutos para responder ao Inventário. Os critérios adotados no recrutamento e compilação dos dados finais foram os seguintes: tenistas brasileiros infanto-juvenis (categoria “até 14 anos”) dos sexos masculino e feminino, que participaram de competições nacionais no ano de 2010.
Salienta-se que, para não haver exclusões, a aplicação ocorreu com todos os atletas que demonstraram interesse em responder o ITTT-12; os dados dos tenistas que não satisfizeram os critérios de seleção não foram compilados. Conforme acordado com os atletas, os nomes dos participantes que responderam o ITTT-12 não serão revelados.
A aplicação do ITTT-12 ocorreu no período de descanso entre os jogos, durante a realização da Copa Gerdau de Tênis Infanto-Juvenil, situada no clube SOGIPA, em Porto Alegre – RS, durante o mês de março de 2010.
Estatísticos
O banco de dados foi construído no pacote estatístico SPSS, versão 16.0. Os dados obtidos foram analisados conforme as etapas a seguir. Primeiramente, foram calculados os índices que verificaram a aderência à normalidade dos dados (K-S com correção Lilliefors, Assimetria, Achatamento). Foram calculados, também, os índices de tendência central, não-central e dispersão. Por fim, foram comparadas as médias por meio do Teste t Pareado.
Apresentação e discussão dos resultados
Com o objetivo de responder adequadamente à questão central desta pesquisa, realizou-se a exploração dos escores obtidos pelo ITTT-12, seguindo princípios largamente aceitos e descritos na literatura especializada (BISQUERA, 1987; BRYMAN; CRAMER, 1999; PESTANA; GAGEIRO, 2003; REIS, 2000; SIRKIN, 1999). Cumprida essa etapa, com base nos procedimentos estatísticos enunciados anteriormente, segue a apresentação das estatísticas descritivas e das comparações das médias e a discussão das mesmas.
A Tabela 1 apresenta as estatísticas de tendência central (média, mediana, média aparada a 5% e a moda); de dispersão (desvio-padrão e amplitude total); e de distribuição da amostra (normalidade, assimetria e achatamento).
Tabela 1. Estatísticas de tendência central, de dispersão e distribuição da amostra geral
Conforme mencionado anteriormente a estrutura de apresentação dos resultados obtidos iniciará através da exposição das estatísticas de tendência central. Quanto às médias encontradas, o valor nominal para as dimensões de GD e GP foram de 17,8 e 23,9 pontos, respectivamente. Estes resultados são fortemente reforçados através dos valores obtidos para a mediana, média aparada a 5% e moda. Em relação à mediana, as duas dimensões analisadas, GP e GD, mostraram-se com valores nominais muito próximos às médias. A média aparada a 5% nas duas dimensões também apresentou valores nominais muito próximos à média da freqüência de GP e GD. Esse fato sugere que os casos extremos não estão afetando as médias das dimensões e que há uma congruência entre as respostas das amostras. Quanto à moda, os GP apresentaram apenas uma moda, ressaltando a uniformidade do grupo. Porém, os GD apresentaram-se bimodais. Este fato poderia revelar discrepâncias quanto à distribuição das dimensões. Entretanto, de acordo com o teste de normalidade aplicado e, como uma moda ficou abaixo e outra acima da média, tal hipótese pode ser descartada.
No que diz respeito à dispersão da amostra, percebe-se que o desvio-padrão das duas dimensões foi bem próximo. Destaca-se, ainda, que em ambas as dimensões o desvio-padrão não ultrapassou a metade do valor nominal das médias, indicando que a variabilidade e a dispersão dos dados são satisfatórias. Referindo-se aos valores mínimos e máximos, destaca-se que a variabilidade observada entre as duas dimensões é relativamente baixa: GP (mínima de 16 e máxima de 30 pontos); GD (mínima de 11 e máxima de 25 pontos), considerando o valor nominal expresso. Essa pouca variabilidade encontrada (5 pontos), independente da variável em estudo, indica pouca diferença nos casos extremos à direita da curva. Da mesma maneira acontece para os valores mínimos, a esquerda da curva, considerando o valor nominal expresso. Através dos valores citados anteriormente nota-se que a amplitude total foi a mesma para ambas as dimensões - GD (14); GP (14). Isso revela mais uma tendência estável na distribuição dos dados entre os dois grupos analisados.
Quanto à distribuição da amostra, para realizar as estatísticas da Tabela 1, foram testados os índices de normalidade da distribuição das dimensões por meio do cálculo Kolmogorov-Smirnov, com correção Lillifors (p > 0,05). Seus resultados indicaram que as dimensões GD e GP apresentaram distribuições que aderiram à normalidade para a amostra geral de 60 sujeitos. A análise da assimetria (-1,96 < Skewness/EPs < 1,96) e achatamento (-1,96 < Kurtosis/EPk < 1,96) das distribuições indicam que a curva para a amostra geral é simétrica e mesocúrtica.
Visto isso, a seguir serão apresentadas as comparações das médias com as médias esperadas, bem como, as comparações intra-grupo através do Teste t Pareado. Tais dados, no que diz respeito à comparação das médias com as médias esperadas, apresentam diferença estatística significativa apenas para a dimensão GP. Para a dimensão GD os dados mostram-se indissociáveis.
Em relação à média obtida para os GD, se comparada à média esperada, não há diferença estatística significativa (p > 0,05). Com este resultado, observa-se que a média geral da dimensão GD dos tenistas analisados compreende um treinamento mediano. Neste caso, um treinamento mediano compreenderá, conforme a escala Likert, em um nível de treinamento muito próximo a 3 (com freqüência). De acordo com Balbinotti, (2003), tal nível de treinamento é o mínimo suficiente para desenvolver o nível de performance do atleta. Com isso, observa-se que o treinamento dos GD poderia desenvolver-se de uma melhor forma, já que o valor encontrado é próximo da freqüência mínima necessária para propiciar o desenvolvimento técnico do desportista.
Quanto à média dos GP, se comparada à média esperada, apresentou-se significativamente maior (p < 0, 001). Com base neste resultado, é possível afirmar que a média geral do treinamento destes juvenis aqui estudados, no que diz respeito aos GP, possui um treinamento técnico-desportivo satisfatório. Quando relativizado o valor da média obtida para os GP, através da escala Likert, assim como se fez na dimensão GD, encontrar-se-á um nível de treinamento muito próximo a 4 (muita freqüência). Assim sendo, percebe-se que o treinamento dos GP é executado de uma forma propícia a um bom desenvolvimento técnico dos jovens aqui estudados.
Desta forma, vê-se que estes resultados, quando comparados à média esperada, apresentam um valor estatisticamente diferente unicamente para a dimensão GP. Com isso, estes dados podem supor uma tendência generalizada na forma do treinamento técnico-desportivo de tenistas infanto-juvenis brasileiros.
Com base na suspeita mencionada, faz-se necessário uma investigação mais aprofundada dos valores obtidos. Assim, com o intuito de verificar se ocorreu diferença estatisticamente significativa entre os valores nominais dos GP e GD deste estudo, conduziu-se o procedimento de comparação das médias. A partir do teste de Mauchly foi possível verificar que a homogeneidade da variância do grupo total de atletas de tênis foi rejeitada (p < 0, 001). Vendo isso, conduziu-se um teste t pareado com o intuito de verificar as dimensões que melhor descrevem a técnica desportiva dos atletas de tênis infanto-juvenis. A tabela 2 apresenta estes resultados.
Tabela 2. Comparações entre os escores das dimensões GP e GD dos tenistas
Através da comparação entre os escores das dimensões GP e GD dos tenistas na Tabela 2, feita com o Teste t Pareado, constata-se uma diferença significativa entre os valores nominais expostos. Percebe-se que os índices obtidos nas médias da freqüência de treinamento das dimensões técnicas GP e GD dos tenistas variaram consideravelmente; em valores nominais, a dimensão mais praticada foi Golpes de Preparação (média de 23,90) em relação aos Golpes de Definição (média de 17,80).
Estes resultados corroboram com os estudos de Motta (2008), Garbin (2010) e Balbinotti (2003). Apesar de alguns resultados distintos entre o presente estudo e os estudos citados, quando comparadas às médias das dimensões GP e GD, todas as pesquisas apresentaram uma diferença estatística significativamente maior para GP. Isso mostra que os dados obtidos neste estudo vão ao encontro de outros trabalhos realizados e revela uma forte semelhança entre as características de ensino/treinamento no âmbito do tênis. Quando analisados os estudos de Motta (2008) e Garbin (2010) é possível observar uma diferença entre as médias de GP e GD que vão de 4 a até 6 pontos.
Motta (2008), por exemplo, que avaliou três grupos de adultos, encontrou diferenças estatísticas significativas em seus três grupos analisados. O autor percebeu em todos os seus grupos uma diferença significativa entre os GP e os GD que variou, dependendo do grupo, de 4 a 6 pontos, aproximadamente. Desta forma, além dos resultados serem diferentes estatisticamente para as duas dimensões nos três grupos analisados, os dados encontrados pelo autor corroboram com os resultados do presente estudo.
Ao analisar a ênfase do treinamento dos GP revelada em seu estudo, Motta (2008) destaca que este perfil de treinamento encontrado é favorável ao desenvolvimento dos atletas na modalidade. O autor alega que esta forma de treinamento aproxima-se mais da realidade do jogo e propicia ao tenista a execução de gestos técnicos relacionados às circunstâncias apresentadas no mesmo. Com base nos dados apresentados e nestas constatações do autor, demonstra-se que há uma especialização em um determinado grupo de jogadas (GP). De acordo com Gomes (2002); Balbinotti (2009); Platonov (2004), esta especialização é comum nestas categorias analisadas por Motta (2008) devido à faixa etária (19 a 34 anos) e o contexto em que se encontram (competem a mais de 3 anos). Com isso, nota-se que estes indivíduos provavelmente situam-se em uma etapa avançada de treinamento técnico desportivo no tênis.
Buscando situar ainda melhor a presente pesquisa, vê-se que os dados obtidos são ainda mais semelhantes quando comparados ao estudo de Garbin (2010). Além de apresentar uma diferença estatisticamente diferente e contundente entre os GP e os GD, o autor constatou uma diferença estatística de exatos 6 pontos entre as dimensões. Tal predominância evidencia, novamente, o maior volume de treino dos GP em relação aos GD e, com isso, assim como no estudo de Motta (2008), indica um processo de especialização técnica por parte da amostra. Ressalta-se que estes dados obtidos por Garbin (2010) aproximam-se como em nenhum outro estudo encontrado e observado, dos resultados aqui obtidos.
Esta tendência ao processo de especialização técnica caracterizada pelo maior volume de treinamento dos GP encontrada em sua pesquisa, segundo Garbin (2010), é positiva. Pois apresenta um indício de modernização do ensino/treinamento do tênis, apresentando-se muito mais organizado e coerente. Não obstante, o autor reconhece e ressalta a importância dos GD, alegando que, se executados nos momentos certos do jogo, eles apresentam-se muito eficazes. Contudo, é importante lembrar que o autor considera positivo este resultado devido ao fato de os GP serem visivelmente mais praticados durante os jogos por tenistas profissionais. Logo, isso se deve ao fato de sua amostra ser composta também por atletas de 17 e 18 anos que se encontram, muitas vezes, em um processo de profissionalização e especialização técnica no desporto. Com isso, vê-se que, como no estudo de Motta (2008), há também uma diferenciação no que diz respeito à idade das amostras em questão, em ambos os estudos a pesquisa foi realizada com amostras de faixas etárias mais avançadas.
Conforme visto, os dados relacionados aos estudos mostrados são bastante similares e apontam para uma mesma direção. No entanto, as amostras do estudo de Motta (2008) e Garbin (2010), compreendem uma faixa etária mais avançada do que a amostra tratada no presente estudo. E, como se sabe, a idade é um forte parâmetro para a execução das etapas do treinamento técnico desportivo (BOMPA, 2002; WEINECK, 2003; PLATONOV, 2004; GOMES, 2002). Sendo assim, a diferença entre a prática de GP e GD verificada nos estudos destes autores é melhor compreendida, pois estes atletas já podem estar iniciando ou, em meio a um processo de especialização técnica desportiva. Com isso, percebe-se a existência de uma lacuna considerável no que diz respeito às habilidades técnicas e ao nível maturacional ainda a ser contemplado pela categoria aqui estudada até que esteja apta para iniciar um processo de treinamento técnico desportivo especializado. Ainda assim, existem algumas razões que podem justificar, mesmo que erroneamente, a escolha, por parte dos treinadores, do treinamento técnico-desportivo especializado para estes jovens atletas.
Uma destas razões que podem justificar a escolha do treinamento técnico-desportivo especializado é o local onde o esporte é praticado. O local pode inferir uma grande influência sobre a forma de jogo mais eficiente para que se obtenham os melhores resultados (CRESPO; MILEY, 1999; ZLESAK, 1989). Neste caso, todas as pesquisas expostas foram analisadas em uma mesma superfície, o saibro. Sabe-se que as características de jogo do brasileiro no tênis são típicas da de um jogador deste tipo de piso (lento). Existindo poucas quadras de cimento (piso rápido), bem como, competições e praticantes que as usam. O saibro é conhecido por tornar a disputa dos pontos mais longa, propiciando, muitas vezes, um número maior de golpes até a finalização de uma jogada e um menor número de subidas à rede. Isto se deve em virtude da bola após o quique ficar mais lenta e, com isso, facilitar a recepção da mesma por parte do adversário (BALBINOTTI et al., 2004; WOODS; FERNANDES, 2001; CRESPO; MILEY, 1999). Por isso, tal característica pode ser uma das principais razões responsáveis por evidenciar o sobrepujamento dos GP sob os GD no treinamento técnico desportivo dos tenistas brasileiros. Com isso, então, embora o local não deva justificar uma estruturação polarizada de treinamento para os juvenis aqui estudados, ele pode justificar tal estrutura de treinamento para as categorias que já se encontram em fase de especialização. Porém, cabe aqui reforçar que esta especialização não é indicada ao treinamento juvenil em adolescentes de 12 a 14 anos.
Por outro lado, estes dados encontrados podem ser devido a uma reprodução do que acontece no tênis profissional, ou ainda, uma forma de obter resultados mais imediatos. No tênis adulto profissional, tenistas de grande sucesso, principalmente em pisos mais lentos, destacam-se por promover um grande número de trocas de bolas, afim de melhor desequilibrar o adversário e, com isso, ter maiores condições de ganhar o ponto. Por sua vez, o treinador percebendo isso, poderá reproduzir esta situação no treinamento de seus atletas, nascendo, assim, um planejamento estruturado com base no treinamento excessivo dos GP em detrimento dos GD. Contudo, o que também pode estar ocorrendo é uma maneira, adotada por treinadores, de obter resultados imediatos em competições (BALBINOTTI, 2003). A ênfase no treinamento de jogadas que possam surtir mais efeito agora, como bolas altas e fundas, em detrimento de outras jogadas, como subidas à rede, que podem não ter tanto efeito vencedor para esta categoria estudada, também pode ser um motivo do maior volume de treino dos GP. Visto estes motivos, mesmo que não condizentes com o que a literatura sugere para um desenvolvimento ótimo do atleta, pode-se, assim, melhor entender os resultados obtidos na presente pesquisa. Porém deve-se ficar atento aos efeitos colaterais que este tipo de treinamento pode ocasionar a longo prazo.
Embora estas razões apresentadas possam justificar a escolha, por parte dos treinadores, de um treinamento mais voltado às jogadas que englobem os GP, pode haver aí um problema. Esta escolha pelo treinamento especializado já em jovens de 12 a 14 anos pode ocasionar uma provável desvalorização de alguns aspectos técnicos fundamentais para uma carreira longeva no tênis. Golpes que hoje não são treinados com freqüência por estes juvenis, tornar-se-ão, muitas vezes, decisivos em jogos quando adultos. Segundo Balbinotti, (2003), uma grande diferença do tênis juvenil para o adulto é a velocidade das jogadas. Com isso, jogadas de caráter mais veloz, como saques, voleios, entre outras, perdem foco no treinamento juvenil. Pois ainda nesta fase, devido a pouca velocidade das jogadas, ainda é possível encobrir tais fraquezas e conseguir êxito nas competições disputadas. Porém, este aumento da velocidade de jogo, conforme ocorre o desenvolvimento maturacional dos atletas, evidencia ainda mais os pontos fracos do tenista que, por sua vez, fica ainda mais suscetível a erros do que na fase juvenil. Neste contexto, percebe-se que há grandes chances destes juvenis chegarem à fase adulta com um abismo de performance entre algumas das diversas técnicas básicas do tênis.
Através disso, vê-se que este modelo de desenvolvimento desportivo poderá gerar uma adaptação das jogadas técnicas essenciais desequilibrada e, possivelmente, comprometedora. Além do mais, aponta um não comprometimento com a proposta pedagógica construtivista-moderna, pois ele imita a proposta de especialização técnica do modelo usado com adultos (BALBINOTTI, 2003). Esta especialização técnica, por restringir a formação do atleta a apenas um estilo específico de jogo ainda muito cedo, poderá resultar em uma especialização desportiva precoce. De acordo com Lima (1989), a especialização desportiva precoce representa a eliminação prematura das chances de o atleta obter as melhores qualidades e capacidades de performance que estão ao seu alcance, de um forma segura e que corrobore com a literatura. Para Platonov (1997), é importante que a preparação do atleta ocorra de maneira que ele atinja o seu máximo resultado em uma idade ótima, que pode variar de acordo com o sexo, modalidade esportiva, ou disciplina em que ele se especializa. Segundo o autor, um rápido aumento na carga de trabalho específico, buscando a reprodução do método de trabalho de atletas adultos de sucesso, pode vir a transformar os atletas juniores em grandes atletas mundiais, apresentando um rápido aumento dos resultados, porém, só até a fase juvenil.
Isso mostra que, devido a uma especialização em um determinado grupo de jogadas, o atleta que obtinha destaque nas categorias iniciais, conforme avança para outras categorias, não consegue mais acompanhar o nível das exigências competitivas. Assim, as habilidades coordenativas que deveriam ter sido trabalhadas quando estavam mais sensíveis ao aprendizado foram sacrificadas. Desta forma, este modelo de treinamento especializado, formará, muito provavelmente, um desportista de poucos recursos e sem perspectivas para o futuro.
Exemplos práticos em pesquisas longitudinais com desportistas que sofreram o treinamento desportivo especializado, com atletas nadadores e corredores, são apresentados através dos estudos de Tschiene (1989) [citado por calvo (2001)] e Harre (1982), respectivamente. Ambos os autores verificaram que os atletas expostos ao treinamento especializado e que obtiveram resultados mais expressivos enquanto jovens, na vida adulta, não mostraram resultados condizentes de acordo com o que era esperado e, também, observaram muitas desistências do esporte. Ao passo que, os atletas que seguiram um treinamento multilateral e que não obtiveram destaque na fase juvenil, produziram resultados significativos na fase adulta, superando os atletas que tinham sido campeões quando juvenis. Tais exemplos demonstram que o insucesso e o abandono da carreira desportiva podem ser uma possível conseqüência de uma especialização técnica desportiva precoce. Sendo assim, isto pode justificar plausivelmente o fato de historicamente o Brasil ter muitos tenistas de destaque no tênis juvenil, mas que não chegam a reproduzir o mesmo sucesso ao chegarem à idade adulta, quando se tornam profissionais.
Com base em tudo até aqui visto, verifica-se que o nível maturacional em que se encontra a amostra de tenistas analisados por este estudo está mais propício a um treinamento multilateral e não ao treinamento unipolar. A fase de desenvolvimento, cujo estes atletas atravessam, deveria apresentar um treinamento técnico adequado e igual destas duas dimensões (GP e GD). Assim, com um treino adequado e nivelado, os atletas podem chegar à fase de especialização com uma boa base para as diversas situações de jogo a que serão submetidos, sem prejuízo técnico.
Com isso, é possível conjecturar que para colocar um maior número de atletas em condições de seguir uma carreira de sucesso, estes preceitos devam ser seguidos. Assim, embora os GP garantam maiores chances de desequilibrar o adversário sem submeter-se ao risco exagerado de cometer erros não forçados, no tênis de alto rendimento, os GD tornam-se decisivos. Então, quanto mais completo for o desenvolvimento do tenista, melhores serão os seus recursos e suas chances de ganhar os pontos. Do contrário, uma especialização prematura, limitando sua multilateralidade técnica, acaba sendo uma hipótese plausível para tantos tenistas juvenis de sucesso não corresponderem quando passam ao circuito profissional.
Por fim, interpreta-se, através deste estudo, que há uma especialização precoce na formação técnico-desportiva dos tenistas juvenis aqui observados. Salienta-se ainda, que embora se queiram resultados rápidos e haja um forte espelhamento nos tenistas já consagrados, o treinamento infanto-juvenil deve ser efetuado a longo prazo. Desta forma, ele primeiro contemplará todos os requisitos básicos na formação técnico-desportiva do tenista para, então, seguir com um molde de especialização, quando os atletas já estarão em condições de fazer esta transição. Lembra-se, também, que esta transição deve ser feita de forma gradual, pois os atletas já consagrados possuem outros pressupostos morfológicos, funcionais e psicológicos. Quanto à especialização, deverão ser consideradas as características que melhor adéquam ao estilo do jogador, sejam estas características mais voltadas ao ataque, defesa, ou contra-ataque. Contudo, devido a um processo de desenvolvimento adequado, o atleta terá plenas condições de executar golpes que não fazem parte de sua característica predominante, com êxito. Ainda assim, após esta especialização os golpes que o tenista apresenta maiores dificuldades devem continuar sendo treinados para que o tenista tenha sucesso. Com isso, cabe lembrar que cada atleta atingirá seu máximo desempenho em uma idade diferente. Este fato ocorre devido a cada desportista ter um tempo específico e diferente de assimilação e maturação durante o desenvolvimento técnico-desportivo, que dependerá do seu repertório motor precedente. Portanto, no que diz respeito ao treinamento técnico-desportivo de atletas infanto-juvenis, não se deve ter pressa com os resultados, e sim, ter a preocupação de desenvolvê-los com qualidade e consistência.
Conclusão
Ao analisar os resultados deste estudo, obteve-se uma resposta contundente e que exige bastante reflexão. Tendo como base a literatura pesquisada, viu-se que alguns dados obtidos nesta pesquisa são coerentes com os resultados em estudos desenvolvidos com adultos, porém, não condizem com o treinamento de jovens atletas. Desta maneira, a resposta ao objetivo central desta pesquisa conclui que:
Ao descrever e analisar a freqüência de execução dos GP e GD do treinamento técnico-desportivo de tenistas infanto-juvenis confederados que participam de competições oficiais, constatou-se que a freqüência de execução dos GP foi significativamente maior. Como conseqüência disso, observou-se uma tendência destes jovens à especialização desportiva precoce. Porém, como é muito impreciso antever o sucesso ou insucesso de um atleta, pode-se afirmar apenas que as características apresentadas pela a amostra geral, acompanhando o que indica a literatura, apontam para um modelo não ideal de treinamento técnico-desportivo. Com isso, as conclusões sugerem que o processo de treinamento técnico-desportivo dos jovens tenistas brasileiros deve ser orientado de uma forma mais adequada.
Por fim, recomenda-se a realização de mais estudos na área, principalmente de caráter longitudinal. Novos estudos que busquem respostas a longo prazo do efeito do treinamento especializado em jovens tenistas poderão trazer informações ainda mais ricas, criando agentes norteadores ainda mais contundentes para a formação de futuros atletas de sucesso. Sendo assim, espera-se que este estudo contribua com o treinamento técnico-desportivo de jovens tenistas. Ao trazer um importante panorama do treinamento técnico-desportivo infanto-juvenil brasileiro, este estudo apresenta algumas tendências que podem comprometer o desenvolvimento destes atletas. Desta forma, este estudo pode alertar quanto à necessidade de alterar a estruturação e planejamento do treinamento técnico-desportivo realizados atualmente com tenistas infanto-juvenis.
Referências bibliográficas
ANGERS, M. Initiation pratique à la méthodo logie des sciences humanies. Montreal: Les Éditions de ls Cheneliére, 1992.
ASÇI,F.H.; ASÇI, A.; ZORBA, E. Cross-cultural validity and reliability of phisical self-perception profile. International Journal of Sports Psychology. vol.3, Rome, 1999.
Balbinotti, C. A Formação Técnica do Jogador de Tênis: um estudo sobre jovens tenistas brasileiros. Dissertação de doutorado apresentada na Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade do Porto. Porto, 2003.
BALBINOTTI, C.; BALBINOTTI, M.; MARQUES, A.; GAYA, A. O treino técnico desportivo do tenista infanto-juvenil (13 a 16) anos: um estudo descritivo-exploratório com três grupos submetidos a diferentes cargas horárias de treinos semanais. Revista Brasileira de Ciências do Esporte. Florianópolis, v. 29, 2008.
BALBINOTTI, C; MOTTA, M. A Bola em Jogo no Tênis: O Domínio das Técnicas Avançadas. In: O Ensino do Tênis: novas perspectivas de aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2009 a.
BALBINOTTI, C; MOTTA, M. Os Modelos Estratégico-táticos do Tênis de Competição. In: O Ensino do Tênis: novas perspectivas de aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2009 b.
BALBINOTTI, M.; BALBINOTTI, C.; MARQUES, A.; GAYA. Estudo descritivo do “Inventário de Treino Técnico-desportivo do tenista”: resultados parciais segundo o sexo. Revista Portuguesa de Ciências do Desporto. Porto, v. 3, 2003.
BALBINOTTI, M.; BALBINOTTI, C.; MARQUES, A.; GAYA. O Treino Técnico-desportivo de Jovens Tenistas Brasileiros. Revista Brasileira de Ciências do Esporte. Florianópolis, v.26, 2004.
BALBINOTTI, M.; BALBINOTTI, C.; MARQUES, A.; GAYA. Proposição e validação de um instrumento para avaliação do treino técnico-desportivo de jovens tenistas. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte. São Paulo, vol.18, São Paulo, 2004.
BARTHOLOMEW, J.B.; EDWARDS, S.M.; BREWWER, W.; RAALTE, J; LINDER, D.E. The sports inventory for pain: a confirmatory factor analysis. Research Quartely for Exercise and Sports. Washington, vol. 1, 1988.
BISQUERA, R. Introdución a La estadística aplicada a La investigción educative: um enfoque informático com los paquetes BMDP y SPSS. PPU, Barcelona, 1987.
BOMPA, T. Periodização: teoria e metodologia do treinamento. 1ª ed. São Paulo: Phorte Editora, 2002.
Crespo, M.; Miley, D. Manual Para Entrenadores Avanzados. Londres: International Tennis Federation (ITF), 1999.
Dent, P. Awareness of standars. ITF Coaches Review Londres, n. 07, 1995.
EKLUND, R.; WHITEHEAD, J.; WELK, G. Vality of the childrean and youth physical self-perception profile: a confirmatory analisys. Research Quartely for Exercise and Sports. Washington,vol. 3, 1997.
GARBIN, A. O treinamento das técnicas avançadas no tênis: um estudo descritivo-exploratório com jovens tenistas de 15 a 18 anos. Monografia apresentada na Escola Superior de Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2009.
Gomes, A. C. Treinamento Desportivo: estruturação e periodização. Porto Alegre: 1a ed. Artmed, 2002.
Groppel, J. Tenis para jugadores avanzados. Madrid: Gymnos, Editorial Desportiva, 1993.
HARRE, D. Teoria del entrenamiento deportivo. Científico-técnica editora. Setembro, 1983.
LIMA, T. A eliminação desportiva precoce. Revista Treino Desportivo. Lisboa, n. 14, 1989.
Marques, A. A Especialização Precoce na Preparação Desportiva. Revista Treino Desportivo. Lisboa, n. 19, 1991.
MOTTA, M. O treinamento técnico desportivo: um estudo descritivo-exploratório com tenistas adultos federados. Dissertação de mestrado apresentada na Escola Superior de Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2009.
OZOLIN, N. Sistema Contemporáneo de Entrenamiento Deportivo. Havana: Ed. Científico-Técnica, 1989.
Pestana, M. H.; Gageiro, J. G. Análise de dados para ciências sociais: a complementaridade do SPSS (3ª Ed.). Lisboa: Edições Silabo, 2003.
PLATONOV, V. N. Princípios da preparação a longo prazo. Revista Treino Desportivo. Lisboa, n. 0, 1997.
PLATONOV, V. N. Tratado Geral do Treinamento Desportivo Olímpico. Porto Alegre: Artmed, 2004.
Reis, E. Estatística descritiva. Lisboa: Edição Silabo, 2000.
SCHOMBORN, R. Tênis: entrenamiento técnico. Madrid: Ed. Tutor, 1999.
Sirkin, R. M. Statistics for the Social Sciences. London: Sage Publications,1999.
VERCHOSHANSKI, Y. Treinamento Desportivo, teoria e metodologia. Porto Alegre: Artmed, 2001.
Weineck, J. Treinamento Ideal. 9ª ed.: Manole, São Paulo, 1999.
WOODS, R.; FERNANDEZ, M. Finding the Best Learning Style. IN: Word- class Tennis Technique. Roetert, P.; Groppel, J. (Eds.). Champaing: Human Kinetics, 2001.
WOODS, R.; HOCTOR, M.; DESMOND, R. Coaching Tennis Successfully. United States Tennis Association: Champaign: Human Kinetics, 1995.
Zlesak, F. Concepto de aprendizaje progresivo en el tenis. Publicaciones Real Federación Española de Tenis. 1989.
Zlesak, F. Preparación de jugadores juniors para el tenis profesional. Publicaciones Real Federación Española de Tenis. 1994 a.
Zlesak, F. Como mejorar la técnica (de nivel básico e avanzado). Publicaciones Real Federación Española de Tenis. 1994 b.
Outros artigos em Portugués
Búsqueda personalizada
|
|
EFDeportes.com, Revista
Digital · Año 15 · N° 148 | Buenos Aires,
Septiembre de 2010 |