efdeportes.com

O uso do scout como ferramenta de análise ofensiva no basquetebol

El uso del scout como herramienta de análisis del ataque en baloncesto

 

Orientador*

Centro Universitário Vila Velha – UVV

(Brasil)

Rodrigo Marques

rodrigo30mar_@hotmail.com

Christofer Pavan Pereira

christofergrego@hotmail.com

Prof. Dr. Wagner dos Santos*

 

 

 

 

Resumo

          Esta pesquisa busca analisar a potencialidade da utilização do scout em relação aos aspectos táticos e técnicos ofensivos de uma equipe profissional que disputa o Novo Basquete Brasil (NBB) e sistematizar por meio do scout tático e técnico, o índice de aproveitamento de uma das equipes nos jogos realizados no Campeonato Brasileiro de Basquetebol (NBB), no que se refere aos sistemas defensivos do adversário em determinado tempo do jogo, zona de finalização e tipo de finalização. Caracteriza-se como uma pesquisa descritiva de caráter qualitativo e quantitativo, cujo instrumento de coleta de dados foi a filmagem de jogos da equipe do (CETAF). A análise de dados evidenciaram que a equipe analisada teve um bom aproveitamento nas (zonas 7 e 9) que são as zonas de ataque onde o índice percentual de acerto é baixo e nas zonas em que o percentual de acertos é considerado alto (zonas 8, 5 e 2), a equipe apresentou um rendimento mediano.

          Unitermos: Scout. Basquetebol. Tática. Técnica. Sistema defensivo.

 

Abstract

          This research analyses the potencial use of the scout in relation to tactical and technical aspects of an offensive team that in the New Profissional Basketball Brasil (NBB) and systematically through the scout tactical and technical content of utilization of one of the teams in games played in the Brazilian championship of Basketball (NBB) in relation to the opponent’s defensive systems at some time in the game, and zone and type of completion. Characterized as a descriptive qualitative and quantitative, whose instruments of data collection was filming the team’s game. (CETAF) The data showed that the team had examined the effective use (areas 7 and 9) which are the areas where the rate of attack hit percentage is low and in areas where the percentage of success is considered high (areas 8, 5, 2) the team had a median income.

          Keywords: Scout. Basketball. Tactic. Techinique. Defensive system.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 15, Nº 148, Septiembre de 2010. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    O interesse pelo presente tema surgiu durante nossa participação no Grupo de Estudos de Metodologia de Esportes Coletivos e Teoria Aplicada ao Esporte - NATA1, em relação aos estudos das capacidades técnicas e táticas aplicadas aos esportes coletivos. A partir disso, identificamos sua importância, avaliamos a necessidade de criar uma ferramenta para analisar as deficiências técnicas e táticas dos atletas durante as partidas.

    No universo do desporto de alto nível, na qual a vitória tem que fazer parte do cotidiano das equipes, qualquer informação técnica e tática coletada e analisada será importante para direcionar o treinamento dos atletas. Nesse sentido o scout é uma excelente ferramenta para o presente estudo.

    Para Rose Junior, Gaspar e Assunpção (2005) o scout revolucionou o sistema de coleta de dados no basquetebol o que antes era feito com lápis e papel, hoje se utiliza programas de computadores modernos com diferentes processos de análise que são acionados por voz, nos quais os anotadores não precisam desviar a atenção do jogo para registrar os dados e trazer um panorama mais completo para as conclusões e futuras tomadas de decisões.

    Em contato com o modelo de scout utilizado pelas equipes que disputam o Novo Basquete Brasil NBB2, percebemos que os dados apresentados indicam apenas os erros e acertos sem apresentar pistas concretas sobre as circunstâncias que levaram os atletas a obterem êxito ou não nos fundamentos realizados durante as partidas.

    Apresentar no scout dados relacionados com o tipo de defesa utilizada pelo adversário, período e tempo de jogo, zona da quadra onde o atleta realizou a finalização e o tipo de finalização, são dados importantes dentro do contexto do jogo que contribui oferecendo pistas para esclarecer os dados apresentados no scout, tomando como referência tanto os elementos técnicos como os táticos.

    Diante disso, esta pesquisa buscou desenvolver uma ferramenta que denominamos de scout das capacidades técnicas e táticas, visando estabelecer uma forma de avaliar não só os erros e acertos dos atletas, mas as capacidades que precisam ser aprimoradas nos treinamentos situacionais, ou seja, nos treinamentos que assumem como referência as situações reais de jogo (KROGER ; ROTH, 2002).

    Foi estabelecido os seguintes objetivos: analisar a potencialidade da utilização do scout em relação aos aspectos táticos e técnicos ofensivos de uma equipe profissional que disputa o Novo Basquete Brasil (NBB) e sistematizar por meio do scout tático e técnico, o índice de aproveitamento de uma das equipes nos jogos realizados no campeonato brasileiro de Basquetebol (NBB), no que se refere aos sistemas defensivos do adversário em determinado tempo do jogo, zona de finalização e tipo de finalização. Para tanto foi definido como questão norteadora deste trabalho: quais as possibilidades de utilização do scout tático e técnico em relação a condição de indicar índices de melhoria da performance de uma equipe profissional?

    A temática investigada localiza-se em estudos relacionados com o scout em trabalhos como de: Rose Junior, Gaspar, Assunpção (2005), estudos sobre as capacidades técnicas e táticas abordadas por Dantas (2003), e Greco (1998). Entretanto nenhuma dessas pesquisas se propôs a analisar em estudos aplicados, as possibilidades apresentadas pelo scout tático e técnico ofensivo no basquetebol. Nesse contexto, este estudo poderá contribuir ao se produzir análise de scout para a realização de outras formas de pesquisas na área do esporte coletivo e, especificamente, no basquetebol.

    Socialmente este estudo apresenta relevância visto que com a ascensão da equipe no cenário nacional cria-se uma cultura de participação e de uma possível potencialização dos investimentos para o crescimento do esporte local. Bem como, oferecer parâmetros para que os profissionais de Educação Física compreendam a importância do scout no sistema de treinamento.

O scout e sua utilização no contexto esportivo

    Nos jogos esportivos coletivos, principalmente nos esportes de rendimento, há uma necessidade de se estudar o adversário com objetivo de dificultar suas principais estratégias ofensivas e defensivas. Nesse sentido, o scout se torna uma excelente ferramenta para o estudo das equipes.

    Justificando a importância do scout no contexto dos esportes iniciaremos uma discussão com a literatura para entender as proximidades entre os métodos de análises baseados no scout.

    Analisando o trabalho apresentado por Macedo e Leite (2009) há uma relação entre o scout e o treinador de futebol, na qual as equipes levam em consideração os aspectos físicos e técnicos. Porem, é a parte tática que vem determinando o diferencial entre as equipes e que a partir do scout tático os técnicos poderão controlar e avaliar ações relevantes do jogo controlando as deficiências e virtudes dos atletas. Apesar dos benefícios apresentados pelo scout os treinadores de futebol ainda não recorrem a está ferramenta, não criaram a mentalidade cientifica ou não se preocupam com essa variedade de opção tecnológica a que tem direito.

    Gama, Godoi e Santos (2008) analisaram a utilização do scout no handebol e constatou a sua aplicabilidade para buscar informações dos componentes técnicos trazendo numericamente o aproveitamento dos atletas para que a comissão técnica avalie e intervenha corrigindo possíveis erros. O scout tático que trará assuntos como movimentações individuais em grupo ou coletivas, utilização de situações treinadas para o sistema defensivo ou ofensivo em momentos oportunos do jogo. O scout físico deverá ser constituído de componentes físicos exigidos pela modalidade em questão, levando em consideração a individualidade biológica e a posição do atleta.

    No voleibol Zamberlam et al. (2005) aponta a utilização do scout técnico para o treinador avaliar o treinamento de sua equipe, partindo dos principais fundamentos do vôlei, o scout informa quais os atletas com o melhor rendimento durante a disputa. O scout tático é usado para avaliar as equipes adversárias através de vídeos e estes dados analisados a partir de um estudo e uma análise profunda do adversário nas mãos de uma comissão técnica experiente é possível prever e se adequar as prováveis jogadas dos adversários.

    Abordando o scout no futsal Marques Junior; Garcia e Silva (2008) identificaram a tática ofensiva, levando em consideração o rodízio dos jogadores em quadra visando a progressão da defesa para o ataque. Já Marques Junior (2008) utilizou o scout para estabelecer a contagem dos fundamentos do defensor no vôlei de areia, essa contagem permitiu dosar a quantidade desses valores durante o treinamento. As atividades que aconteceram mais, precisam de ênfase no treino e cautela na prescrição porque geram mais contusões.

    Baseados nos autores citados podemos observar que o scout é uma ferramenta de análise que vem sendo utilizada em diversos esportes para coletar dados das capacidades táticas, técnicas e físicas visando melhorar o rendimento das equipes e dosar os treinamentos na tentativa de manter a integridade física do atleta durante toda a competição.

Scout: uma análise técnica e tática do basquetebol

    Como o nosso foco de pesquisa é a relação do scout com as capacidades táticas e técnicas no basquetebol, apresentaremos sua definição e como ele vem sendo utilizado no contexto deste esporte.

    Scout é definido por Rose Junior, Gaspar e Assunpção (apud GASPAR, 2001, p.127):

    O Scouting é a arte de detectar variações do jogo e seus aspectos subjetivos, buscando sempre identificar o fator desencadeador das atitudes dos jogadores e das equipes (GARGANTA, 1996) é a detecção das características e do estilo de jogo da equipe adversária, no sentido de explorar os seus pontos fracos e contrariar suas dimensões fortes. (COUSY; POWER JR, 1985) define o scouting como observação qualificada que estuda um futuro adversário, servindo para aprender as estratégias e comportamento dos jogadores e suas fraquezas, tanto individual quanto coletivamente.

    De acordo com os autores, podemos conceituar o scout como uma ferramenta para detectar as variações do jogo, analisar as características da equipe adversária e as estratégias para aprender suas fraquezas individuais e coletivas, bem como obter dados referentes às ações técnicas, físicas e psicológicas.

    Variação de jogo é toda ação ofensiva ou defensiva, utilizando-se das capacidades táticas e técnicas, individuais ou coletivas para surpreender o adversário e alcançar o objetivo determinado (ROSE JUNIOR, GASPAR e ASSUNPÇÃO, 2005).

    As capacidades técnicas são conceituadas como um conjunto de procedimentos e conhecimentos utilizados para propiciar com o mínimo de desgaste e o máximo de eficiência em uma atividade especifica (DANTAS, 2003).

    Para Greco (1998) o treinamento técnico auxilia o atleta a desenvolver as competências necessárias para solucionar as questões motoras especificas do esporte, desenvolvendo e aprimorando as capacidades coordenativas e técnico-motora.

    De acordo com Ferreira e Rose Junior (2003) a tática vem a ser a utilização adequada e racional dos fundamentos individuais de ataque e defesa do basquetebol, aplicados numa situação de jogo através dos movimentos básicos existentes.

    No basquetebol o uso do scout pode ocorrer de maneiras distintas, ele pode ser utilizado para analisar o jogador ou toda a equipe. Para Rose Junior, Gaspar e Assunpção (apud TAVARES, 2001) quando a análise é feita em função do jogador, observam-se as dimensões energéticas, motoras, morfológicas3 e psicológicas. Quando a análise é feita sob o ponto de vista da equipe, observam-se as dimensões táticas, motoras e energéticas.4

    Já a dimensão motora são as atividades que requerem movimentos físicos para realização de uma ação ou tarefa por meio de um comportamento motor (MAGGILL, 1998).

    A psicológica deve considerar as características individuais, hereditárias (genótipo) e as influências assimiladas do meio (fenótipo), propiciando ao atleta suportar o treinamento e atingir o máximo de suas potencialidades através da mobilização de sua vontade (DANTAS, 2003).

    As dimensões pontuadas podem favorecer o desenvolvimento das capacidades cognitivas possibilitando ao atleta ter lucidez nos momentos de pressão apresentados durante as partidas. Capacidade cognitiva é aquela que enfatiza tomar a decisão certa no momento certo “saber o que fazer” (SCHIMIDT; WRISBERG, 2001, p. 21).

    Dentro dos aspectos coletivos que podem ser analisados através do scout podemos citar o aspecto tático, motor e energético. Já definimos as dimensões motoras e morfológicas que também são elementos de análise individual, sendo assim, definiremos o aspecto tático no ponto de vista das equipes.

    A tática aplicada ao esporte tem como objetivo facilitar as estruturas de ataque e defesa, utilizando o potencial de cada jogador, organizando, planejando e treinando suas habilidades em prol dos benefícios coletivos.

    Segundo Ferreira e Rose Junior (2003) a tática é a utilização adequada e racional dos fundamentos individuais de ataque e defesa do basquetebol, aplicados numa situação de jogo através dos movimentos básicos existentes.

    A tática é determinada pelas capacidades cognitivas, técnicas e psicofísicas e o objetivo é alcançar um comportamento ótimo na competição com base no aproveitamento de todas as capacidades e habilidades individuais. Nesse sentido diferenciamos três tipos de tática: A tática individual é o comportamento de um jogador, através da coordenação neuromuscular permitindo interpretar no tempo, espaço e situação, ações dirigidas para resolver a tarefa problema de jogo; A tática em grupo é a ação coordenada entre dois/três jogadores, apoiada nas intenções táticas individuais que objetivem dar continuidade ao processo de definição da ação; A tática coletiva é a sucessão simultânea de ações entre três ou mais jogadores, na busca da solução em tarefa problema de jogo, valendo-se de conceitos preestabelecidos (GRECO apud WEINECK, 1994, p. 80).

    No basquetebol as táticas coletivas de defesa contribuem para diminuir a eficiência do ataque adversário e ligar os contra ataques da equipe aumentando a possibilidade de vitória durante uma partida. Os principais tipos de defesas utilizadas no basquetebol são:

    Os sistemas de defesa em função das características próprias de cada um deles podem ser classificados em: individual, zona, sob pressão, misto e combinado. a) Sistema de defesa individual: é o sistema que tem como principal característica a situação de um contra um, ou seja, cada defensor marca um atacante determinado. b) Sistema de defesa por zona: é o sistema que tem por características a marcação por áreas e o deslocamento dos defensores por essas áreas. c) Sistema de defesa pressão: é o sistema de defesa que tem como principais características a situação de dois defensores marcando um atacante e a agressividade. d) Sistema de defesa misto: é o tipo de defesa no qual se utilizam dois sistemas simultaneamente em um mesmo ataque. f) sistema de defesa combinado: é o tipo de defesa que se utilizam dois ou mais sistemas de defesa distintos em momentos diferentes do ataque (FERREIRA, ROSE JUNIOR, 2003, p. 70).

    No esporte de rendimento o treinamento defensivo é um fator que deve ser levado em consideração pelas equipes que almejam um equilíbrio em suas variações de ataque e defesa.

    As finalizações no basquetebol são realizadas por meio de diversos tipos de arremessos de diferentes zonas da quadra. Arremesso é um fundamento de ataque que consiste no lançamento da bola em direção à cesta, com o objetivo de marcar pontos (COUTINHO, 2007, p. 101).

    Os principais tipos de arremessos utilizados no basquetebol são:

    1- Arremesso com uma das mãos com apoio: utilizado quando não há marcação do adversário. 2- Arremesso com salto: é utilizado de um salto vertical, no sentido de evitar uma possível interceptação da bola pelo defensor. 3- Arremesso de bandeja: é a finalização em velocidade próximo à cesta, após a realização de duas passadas com a bola nas mãos. 4- Arremesso de gancho: è o arremesso feito próximo a cesta e normalmente de costas para esta, e quase sempre marcado pelo adversário (COUTINHO, 2007, p. 101).

    Diante do exposto até o momento sugerimos a introdução do scout para que sejam feitas as coletas de dados durante as partidas. Pois, serão inúmeras as informações obtidas para auxiliar durante o treinamento técnico, tático e físico das equipes.

Metodologia

    Este estudo é de caráter quantitativo e qualitativo, configura-se como um estudo descritivo, visto que têm como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis. Uma de suas características mais significativas está na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados, tais como questionário e a observação sistemática (GIL, 1996).

    A amostra foi delimitada a uma equipe de basquetebol profissional do Centro de Treinamento Arremessando para o Futuro (CETAF) que disputa o Novo Basquete Brasil (NBB). A escolha do clube foi motivada pela parceria existente com o Centro Universitário Vila Velha (UVV), o que possibilita aos acadêmicos do Curso de Educação Física Esporte e Lazer, a proximidade para o desenvolvimento do estágio profissional e pesquisas na área esportiva no município de Vila Velha. Além de disputar uma competição de âmbito nacional o Novo Basquete Brasil (NBB). Para tanto, foi apresentado a análise das filmagens de jogos realizados pela equipe do CETAF na temporada 2008/2009 do Novo Basquete Brasil (NBB).

    Como a federação determina que a equipe mandante faça a filmagem dos jogos e repasse para os adversários, nós utilizamos as cópias dos DVDs que nos foram doados pela equipe do CETAF, a principio utilizaríamos as filmagens de 8 jogos realizados em casa no segundo turno do campeonato, porém no momento de fazer a análise das filmagens de aproximadamente 15 jogos, encontramos problemas para conseguir cronometrar, pois os DVDs apresentaram cortes e estavam em, alguns momentos, travando e impossibilitando a análise. Esse problema comprometeu a analise dos jogos realizados em casa no segundo turno do campeonato. Com isso, a coleta de dados foi limitada a filmagem de 6 jogos, sendo que 3 foram realizados no turno e 3 realizados no returno do campeonato, conforme quadro a seguir.

Jogo

Data

Placar

CETAF X LIMEIRA

13/03/09

69 X 71

CETAF X JOENVILE

01/04/09

63 X 70

CETAF X BRASÍLIA

10/04/09

76 X 80

CETAF X PAULISTANO

17/04/09

85 X 75

FLAMENGO X CETAF

24/04/09

89 X 68

CETAF X ASSIS

06/05/09

76 X 34

Quadro 1. Jogos analisados

    Para a análise das filmagens foi utilizado um aparelho de DVD, um televisor de 29 polegadas e um relógio com contador regressivo da marca Casio.

    O scout tático e técnico é um Software desenvolvido por nós para estabelecer uma relação entre o tipo de defesa utilizada pelo adversário e o tipo de arremesso, abordando assim as capacidades técnicas e táticas das equipes, veja o quadro 2, com está ferramenta também é possível determinar o tempo de jogo em que foi efetuado o arremesso e se houve êxito ou não.

Sistema defensivo

Tempo

Zona de

finalização

Tipo de

finalização

Acerto

Erro

D

E

F

E

S

A

S

 

 

 

  

 

 

  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Quadro 2. Scout das capacidades técnicas e táticas

    Outro dado importante que levaremos em consideração dentro deste Software foi a zona em que foi efetuada o arremesso, para coletar esses dados criamos um gráfico para dividir a zona defensiva do adversário, que compreende ¼ do tamanho total da quadra de jogo, em 9 partes iguais que serão denominadas de zona 1 a zona 9 iniciando pela ala esquerda do ataque. Os dados coletados no quadro 3, forão para preencher a sessão zona de finalização da ferramenta de análise.

Quadro 3. Zona defensiva do adversário dividida de zona 1 a zona 9

    Forão enfatizadas as seguintes informações: sistemas defensivos utilizado pelo adversário durante a partida, zonas de finalizações e tipos de arremessos do time do (CETAF), em que tempo da partida eles foram efetuados e se foi convertido ou não.

    Para nossos objetivos serem alcançados os dados serão apresentados através de uma análise estatística e a discussão terá como referência uma análise qualitativa.

Aproveitamento dos principais fundamentos nos jogos

    Consideramos satisfatório o número de tentativas de 2 pontos feito durante os jogos analisados, foi realizado uma média de 29.8 tentativas por jogo de um total de 179 arremessos tentados durante os seis jogos analisados.

    O número de acertos de dois pontos das seis partidas observadas foram 88, o que configura uma média de 14,6 acertos por jogo, isso correspondeu a 29.3 pontos por partida jogada.

    O número de erros nas tentativas de arremessos de 2 pontos foi superior ao numero de acertos, como foi apurado durante a analise das seis partidas acompanhadas um número de 91 arremessos não convertidos, a equipe deixou de marcar 182 pontos o que dá um média de 30.3 pontos por partida.

    Se todas as tentativas de arremesso de 2 pontos fossem convertidas a equipe teria alcançado um número total de 358 pontos durante as seis partidas analisadas, isso por jogo seria o mesmo que marcar 59,6 pontos de média.

Total de arremessos

Acertos

Erros

179

88

91

Percentual

49,16%

50,94%

Quadro 4. Arremessos de 2 pontos

    O número de tentativas de três pontos durante os 6 jogos analisados também foi considerado satisfatório, foi realizado uma média de 21,5 tentativas por jogo de um total de 129 arremessos durante os seis jogos analisados.

    O número de acertos de três pontos das seis partidas analisadas foram 36, o que configura uma média de 6 acertos por jogo, isso correspondeu a 18 pontos por partida jogada.

    O número de erros nas tentativas de arremessos de três pontos foi muito superior ao número de acertos, foi apurado durante a analise das seis partidas um número de 93 arremessos não convertidos, a equipe deixou de marcar 279 pontos o que dá uma média de 46.5 pontos por partida.

    Se todas as tentativas de arremesso de 3 pontos fossem convertidas a equipe teria alcançado um número total de 387 pontos durante as seis partidas analisadas, isso por jogo seria o mesmo que marcar 64,5 pontos de média.

Total de arremessos

Acertos

Erros

129

36

93

Percentual

27,90

72,10

Quadro 5. Arremessos de 3 pontos

    Consideramos satisfatório o número de tentativas de arremessos efetuados durante as seis partidas analisadas. Isso porque, se todas as tentativas de arremesso de dois e três pontos fossem convertidas daria a equipe um total de 124 pontos por partida.

    A partir desta análise podemos concluir que o numero de erros foi muito superior ao numero de acerto, tendo uma média de 76,8 pontos não convertidos por partida jogada.

    O número de lances livres efetuados durante os 6 jogos analisados foi 137 tentativas, sendo que a média foi de 22,8 tentativas por jogo. O número de lances livres convertidos nas seis partidas analisadas foram 92, o que configura uma média de 15.3 pontos por jogo, já os não convertidos foram 45, o que configura uma média de 7,5 pontos por jogo.

    Foi constatado no jogo CETAF x Joinvile um número de 36 lances livres, sendo que a equipe teve um aproveitamento de 83,3% o que corresponde a 30 pontos convertidos de 36 possíveis. O alto índice de faltas ocorridos neste jogo, deve-se ao sistema defensivo individual utilizado pela equipe que predominou durante toda a partida.

Total

Acertos

Erros

137

92

45

Percentual

67,1%

32,9%

Quadro 6. Lances livres

    Para podermos fazer o estudo dos tipos de defesa utilizado pelo adversário durante a análise dos jogos e para fim de estatística, só foram considerados os contra ataques em que o adversário estava em condição de inferioridade numérica, ou seja, sem um padrão defensivo que pudesse ser classificado de acordo com o que apresenta a literatura.

    Foi observado que durante as possibilidades de contra ataques a equipe analisada não aproveitava a superioridade numérica não definindo a jogada dando assim a oportunidade da equipe adversária reformular seu sistema defensivo.

    Por ser o contra ataque o momento do jogo em que a uma clara oportunidade para se aproveitar a fragilidade defensiva do adversário, que está com seu sistema defensiva sem um padrão, consideramos o melhor momento para que o ataque seja efetivo na definição da jogada para conseguir a pontuação.

    Foi considerado baixo o número de tentativas de contra ataques durante a seis partidas analisadas tivemos uma média 5,83 tentativas por jogo. Sendo que o percentual de acerto foi 68,57, isso da uma média de 8 pontos de contra ataque por jogo. O percentual de erros foi de 31,43, fornecendo uma média de 3,66 pontos não convertidos por cada partida.

    Consideramos que a equipe teve um bom aproveitamento na definição dos contra ataques, mesmo tendo ocorrido poucas vezes, mas vale lembrar que só estamos considerando para efeito desta pesquisa somente os contra ataques em que a equipe adversária se encontrava com o sistema defensivo desorganizado, ou seja, em inferioridade numérica.

Total de tentativas

Acertos

Erros

35

24

11

Percentual

68,57%

31,43%

Quadro 7. Contra ataques

    No fundamento arremessos que analisados durante os jogos, observamos que em todas as áreas de 1 a 9 em que foi dividida a zona de ataque tiveram tentativas de arremessos. Houve uma predominância do arremesso do tipo Jump por ser ele o fundamento base de arremesso do basquetebol.

    A quantidade de tentativas de Jump de três pontos nos seis jogos foi de 129 tentativas de arremessos, propiciando uma média de 21,5 tentativas por jogo, 64,5 pontos caso fossem convertidos. Porém só foi convertido em média 18 pontos por jogo. O total de arremessos errados foi 93 isso deu uma média de 15,6 tentativas por jogo, deixando de marcar 46,5 pontos por partida.

    O baixo aproveitamento no arremesso de três pontos pode ter sido ocasionado pela predominância da marcação individual que prevaleceu durante os jogos analisados é uma característica deste sistema defensivo fazer o atleta executar o arremesso sob pressão, aumentado sua possibilidade de erros na execução do arremesso.

    As tentativas de Jump de 2 pontos durante os jogos analisados foi de 82 arremessos sendo igual a 13,66 tentativas por jogo totalizando 27,32 pontos por partida. Foram convertidos 68 pontos nos seis jogos sendo igual a uma média de 11,33 pontos por jogo. A equipe deixou de marcar 96 pontos nas partidas analisadas que dá uma média de 16 pontos por jogo.

    O número de bandeja efetuado nos seis jogos foi de 54 tentativas com uma média de 9 tentativas por jogo totalizando 18 pontos caso fossem convertidos. Foi convertido uma média de 5,33 bandeja por jogo o que é igual a 10,66 pontos. Das 54 tentativas 22 não foram convertidas o que dá uma média de 3,66 tentativas por jogo o que seria igual a 7,33 pontos não convertidos por partida.

    Por ter uma predominância do sistema defensiva individual durante as partidas analisadas foi considerado baixo o número de tentativas realizados por jogo, já que as infiltrações na bandeja se torna o principal fundamento quando se tem uma marcação 1 contra 1.

    Durante os jogos foi realizado 38 tentativas de ganchos uma média de 6.33 tentativas por jogo uma média de 12,66 pontos caso fossem convertidos. O aproveitamento foi de 3.33 de média totalizando 6.66 pontos de média por jogo, o número de erros foi de 3 ganchos em média por partida deixando de converter 6 pontos de média nas partidas analisadas.

    Foi considerado como outros arremessos as tentativas de enterrada e o tapinha, mas a sua quantidade foi inferior há uma tentativa por jogo não interferindo no resultado direto das partidas.

Jump - 3 pontos

Jump - 2 pontos

Bandeja

Gancho

Outros

TT - 129

CE - 36

ER - 93

% - 27,90

TT - 82

CE - 34

ER - 48

% - 41,46

TT - 54

CE - 32

ER - 22

% - 59,25

TT - 38

CE - 20

ER - 18

% - 52,63

TT - 5

CE - 5

ER - 0

% - 100

Quadro 8. Tipo e total de arremessos

Descrição – as siglas utilizadas do quadro foram tiradas do scout da (NBB), onde TT significa total de tentativas, CE certos e ER os erros.

    A partir dos dados obtidos nos jogos analisados só foram encontrados dois tipos de sistemas defensivos: o sistema defensivo individual e o sistema defensivo zona.

    Pode-se observar uma grande predominância do sistema defensivo individual sobre o sistema defensivo zona, isto pode indicar que está havendo uma mudança não sistematizada no padrão brasileiro de realizar a marcação no basquetebol, que sempre se baseou na escola européia para formar seu sistema defensivo, ou seja, o sistema defensivo zona.

    A superioridade do sistema defensivo individual sobre o sistema zona, pode ser conseqüência da melhoria da preparação física e técnica das equipes, motivos que levaram ao aumento da velocidade e aproveitamento das finalizações de média e longa distância por parte dos atletas, o que obrigou os jogadores de defesa realizar uma marcação para diminuir o espaço dos jogadores de ataque.

    A partir dos dados coletados faremos a representação do número total de arremessos que foram realizados em todas as partidas e sua respectiva zona de execução, no sistema defensivo individual e o sistema defensivo zona.

Quadro 9. Sistema defensivo individual

Descrição – as siglas utilizadas do quadro foram tiradas do scout da (NBB), onde TT significa total de tentativas, CE certos e ER os erros.

    As zonas 1, 2 e 3 além de serem o ponto mais distante da cesta (maioria dos arremessos são de três pontos), o atleta sofrendo marcação individual tem uma grande possibilidade de errar os arremessos e os números analisados confirmaram esse essa suspeita, a zona 1 apresentou um aproveitamento de 28,15%, a zona 2 23,33% e a zona 3 que teve o pior índice com apenas 20,83% de aproveitamento, esses números são consideravelmente baixos já que a média de arremesso destas zonas são de 28,66 tentativas em cada zona nos 6 jogos analisados.

    As zonas 4 e 6 tiveram o menor índice de tentativas e de aproveitamento, na zona 4 foram 10 arremessos para 7 erros e 3 acertos enquanto na zona 6 foram 14 arremessos para 11 erros e 3 acertos. Acreditamos que esse baixo índice ocorreu por 2 motivos: o primeiro foi causado pela proximidade destas zonas com a entrada do garrafão onde há um congestionamento de atletas, já o segundo motivo é o combate realizado pelos atletas 1 (armador) e 2 (ala armador) que realizam a marcação fechando a entrada do garrafão e fazendo os atacantes se deslocarem para as alas para sofrerem a dobra da marcação com o auxilio do jogador 3 (ala).

    A zona 5 teve um baixo índice de arremesso, por ser essa zona a que mais ocorre movimentação por parte da defesa adversária com objetivo de congestionar a entrada do garrafão, foram realizados uma média de 5,83 arremessos desta zona, há uma tentativa da marcação de bloquear os atletas, fazendo os mesmos se deslocarem para alas do garrafão onde o ângulo de arremesso se torna cada vez menor e quando o atleta consegue realizar o arremesso da zona 5 ele fica pressionado, esse pode ser o motivo por ter tido mais erros 21 contra 14 acertos em uma zona onde o chute de média distancia dá ao atleta uma grande possibilidade de acerto quando consegue arremessar livre.

    A zona 8 foi onde teve o maior número de tentativas de arremessos por partida, totalizando uma média de 16,5 por jogo. A superioridade de tentativas de arremessos nesta zona da quadra é justificada quando a marcação é individual isso favorece as tentativas de infiltrações e jogadas de 1 contra 1.

    No basquetebol as zonas 7 e 9 são denominadas de zonas mortas por terem estatisticamente os piores índices de aproveitamento nos jogos. A marcação individual pressionou o ataque fazendo com que as tentativas arremessos saíssem dessas posições, embora o número de erros tenha sido maior do que o de acertos os números percentuais foram significativos, sendo 40.74 % de acerto na zona 7 e 47,36% de acerto na zona 9 nas seis partidas analisadas. Como os atletas tiveram bom aproveitamento nos arremessos efetuados das zonas 7 e 9. A análise do scout sugere que seja treinado jogadas cuja as finalizações sejam, realizadas por estas zonas da quadra. Com o treinamento é possível que os atletas possam atingir uma média superior a 50% de aproveitamento dos arremessos, já que estão bem próximos dessa média mesmo sem o treinamento ter sido sistematizado.

Quadro 10. Sistema defensivo zona

Descrição – as siglas utilizadas do quadro foram tiradas do scout da (NBB), onde TT significa total de tentativas, CE certos e ER os erros.

    Os números obtidos na analise dos 6 jogos para o sistema defensivo zona foi pouco expressivo, o sistema defensivo que predominou durante os jogos foi individual.

    Dos seis jogos analisados cinco deles apresentaram o sistema defensivo zona em alguns momentos da partida, analisando os períodos e os tempos de jogo que foram utilizados o sistema defensivo zona, não foi possível apresentar um padrão para explicar em que circunstâncias era utilizado, tendo em vista que nos cinco jogos o sistema defensivo zona contemplou todos os quartos da partida. Como apresentado no quadro 11.

Adversário

Período

Tempo do quarto

Assis

2º quarto

1, 08

3º quarto

9,55 - 8,53 - 8,35 - 7,57

Bauru

1º quarto

6,34 - 5,59 - 2,49

2º quarto

8,53 - 7,37 - 7,34

Paulistano

1º quarto

6,31 - 2,58

Universo

1º quarto

7,16 - 6,01 - 5,01 - 3,54 -

3,21 - 2,15 - 1,23 - 0,50

Flamengo

4º quarto

2,17 - 2,13 - 1,46

Quadro 11. Tempo do jogo que foi utilizada a marcação zona

    Durante a marcação da defesa zona os dados mostram que dos 21 arremessos efetuados contra o sistema defensivo zona 14 foram de média e longa distância e 6 das tentativas de arremessos foram realizados de curta distância o que é normal quando se ataca contra uma defesa zona. Dos 14 arremessos realizados de média e longa distância somente 2 foram convertidos o que não pode ser considerado uma situação normal visto que contra uma defesa zona os atletas tem uma liberdade maior para efetuar esses arremessos, os arremessos de curta distância também tiveram um baixo aproveitamento foram convertidos somente 2 dos 6 arremessos condição que é normal quando a marcação é realizada dentro do garrafão por um sistema defensivo zona que é a área mais protegida da defesa.

    Pelos dados obtidos houve uma grande vantagem da defesa zona sobre o ataque nos momentos da partida que foi utilizada. Isso indica a necessidade de intensificar os treinamentos de arremessos de média e longa distância visando melhorar o índice de aproveitamento e diversificar os tipos de jogadas para que se consiga fazer as infiltrações contra o sistema defensivo zona.

    Os dados apresentados, até o momento, demonstram que o scout contribui com dados importantes, trazendo novas informações para que o treinador possa surpreender os adversários com decisões tomadas em situações pontuais do jogo, a partir do que apresenta defensivamente o adversário, seu ataque pode ser melhor organizado.

Conclusão

    Levando em consideração os objetivos deste trabalho que foram: analisar a potencialidade da utilização do scout em relação aos aspectos táticos e técnicos ofensivos de uma equipe profissional que disputa o Novo Basquete Brasil (NBB) e sistematizar por meio do scout tático e técnico, o índice de aproveitamento de uma das equipes nos jogos realizados no campeonato brasileiro de Basquetebol (NBB), no que se refere aos sistemas defensivos do adversário em determinado tempo do jogo, zona de finalização e tipo de finalização.

    Concluímos que os dados desta pesquisa apontam que o scout vem sendo utilizado dentro do universo esportivo de maneiras distintas, quando a analise é feita em função do jogador, observam-se as dimensões energéticas, motoras, morfológicas e psicológicas. Quando a análise é sob o ponto de vista da equipe, observam-se as dimensões táticas, motoras e energéticas. Observou-se também que scout se apresenta em diferentes modalidades esportivas coletivas, contribuindo para a sua qualificação e desenvolvimento.

    Dentro dos objetivos propostos neste trabalho foi possível verificar que o scout possui uma grande utilidade quando é usada como ferramenta de coleta de dados das capacidades táticas que inclui o tipo de defesa utilizada pelo adversário, em determinado tempo de jogo e zona de finalização, sobretudo quando cruzado com ações técnicas. A quantificação dos dados permite ao treinador analisar e compreender a melhor forma de treinar as deficiências táticas ofensivas de sua equipe buscando qualificá-la nos treinamentos para que possa aumentar a eficiência nos jogos.

    Em consideração aos aspectos técnicos coletados com o scout, foi levado em consideração o tipo de arremesso utilizado, os dados podem afirmar qual o tipo de arremesso teve melhor aproveitamento em determinado tipo de defesa armada pelo adversário e em que zona de finalização o atleta teve maior êxito no fundamento.

    Em contraposição aos dados encontrados o treinador pode compreender os motivos que ocasionaram o baixo rendimento coletivo e individual de sua equipe, podendo direcionar o treinamento a partir dos baixos índices de aproveitamento encontrados no scout.

    Na análise quantitativa dos dados, foi observado que a equipe teve um bom aproveitamento nas zonas de ataque no qual o índice percentual de acertos é considerado baixo (zonas 7 e 9), nas zonas em que o percentual de acertos é considerado alto (zonas 8, 5 e 2), a equipe apresentou um rendimento mediano, insuficiente para uma equipe de alto rendimento que almeja uma boa colocação dentro do campeonato nacional. Na análise qualitativa dos dados foi visualizado que a equipe pode potencializar as jogadas das zonas onde o percentual de acertos é baixo, (zonas 7, 9) devido o seu bom desempenho nessa zona de arremesso. Em relação aos contra ataques, os dados apresentam ausência de objetividade na conclusão das jogadas, quando a equipe cria uma situação de superioridade numérica em relação a defesa adversária ela não define a jogada deixando a formação defensiva se recompor.

    Segundo Gama (2008) o scout deve ser uma ferramenta explorada pelos profissionais de Educação Física, para auxiliar e qualificar suas intervenções durante o processo de iniciação ao alto nível, possibilitando um desenvolvimento harmônico e global.

    Para nós o scout correspondeu as questões que foram levantadas neste trabalho evidenciando as virtudes e deficiências individuais e coletivas da equipe analisada, para que seja proposto ou sugerido um treinamento objetivo e eficaz para melhorar o rendimento.

    Este trabalho indica que possam ser criados novos estudos a partir dos benefícios e das possibilidades que incorporadas nas ferramentas de análise auxiliará as equipes no seu treinamento. Entre os estudos que possam ser desenvolvidos estão: a inclusão no scout técnico e tático as dimensões físicas e psicológicas; o scout técnico e tático e sua aplicação nos resultados obtidos e a aplicação do scout técnico e tático no sistema defensivo.

Notas

  1. Grupo de Estudos de Metodologia de Esportes Coletivos e Teoria Aplicada ao Esporte (NATA), coordenado por Ms. Wagner dos Santos. Tem como objetivo desenvolver estudos relacionados com o desporto e a formação de treinadores.

  2. Novo Basquete Brasil – Campeonato Brasileiro de Basquetebol Profissional (NBB).

  3. A dimensão morfológica está caracterizada pela composição corporal do indivíduo, que é a proporção entre os diferentes componentes corporais e a massa corporal total, sendo normalmente expressa pelas porcentagens de gordura e de massa magra (COSTA, 2001).

  4. Entendemos neste trabalho como dimensão energética os processos comuns na produção de energia para elaboração do ATP (Adenosina Trifosfato), por meio dos sistemas metabólicos que participam desta ressintese e são divididos em metabolismo anaeróbio que é a ressintese do ATP por meio de reações químicas sem a presença do oxigênio que respiramos e metabolismo aeróbio que ocorre quando existe um fornecimento suficiente de oxigênio, o acido lático não se acumula (FOSS; KETEYIAN, 2000).

Referências

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