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O ensino da natação sincronizada. Proposta metodológica

La enseñanza de la natación sincronizada. Propuesta metodológica

 

*Escola Superior Desporto de Rio Maior, Instituto Politécnico de Santarém

**Centro de Investigação em Desporto, Saúde e Desenvolvimento Humano

CIDESD, Vila Real

***Departamento de Ciências do Desporto, Exercício e Saúde

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real

(Portugal)

Tânia Veríssimo*

tania_verissimo_px@hotmail.com

Marta Martins* **

martamartins@esdrm.pt

António Silva** ***

ajsilva@utad.pt

 

 

 

 

Resumo

          A técnica deve ser considerada como um acto motor no qual o objectivo é a produção de um determinado padrão de movimento, resultante de um processo de aprendizagem. Existem, como consequência, duas questões prévias que devem ser formuladas, antes da apresentação de qualquer programa de ensino/treino técnico: (i) qual o modelo técnico que se quer ver inscrito num determinado programa motor; (ii) qual a forma mais adequada de entender o processo de aprendizagem motora e desportiva, de forma a poderem ser inferidas as necessárias reflexões para a metodologia de ensino a aplicar. Este artigo visa essencialmente: (i) enquadrar duma forma conceptual, princípios biomecânicos e fisiológicos que deverão nortear a intervenção pedagógica ao nível do processo de ensino; (ii) operacionalizar estes princípios ao nível do processo da aprendizagem inicial e treino das técnicas básicas de natação sincronizada.

          Unitermos: Natação sincronizada. Ensino. Modelo de aprendizagem.

 

Resumen

          La técnica debe ser considerada como una tarea motora en la cual el objetivo es producir un patrón de movimiento, como resultado de un proceso de aprendizaje. En este contexto, hay dos cuestiones que deben resolverse antes de la presentación de cualquier programa de educación y capacitación técnica: (i) el modelo que queremos integrar en un programa técnico motor, (ii) el modo de entender el proceso de aprendizaje, deducir las necesarias consecuencias para la metodología de enseñanza. En este trabajo nos proponemos a: (i) presentar un marco conceptual, sobre el modelo biomecánico y los principios que deben guiar la intervención educativa en el proceso de enseñanza, (ii) concretar estos principios en el proceso inicial de aprendizaje y capacitación técnica de la Natación Sincronizada.

          Palabras clave: Natación sincronizada. Educación. Proceso de aprendizaje.

 

Abstract

          The technique should be considered a motor task in which the aim is to produce a particular pattern of movement, resulting from a learning process. In this context, there are two previous issues that must be solved before the presentation of any program of education / technical training: (i) which model we want to integrate in a particular motor program, (ii) how to understand the motor learning process, in order to inferred the necessary implications for the teaching methodology. The aim of this paper is to: (i) present a conceptual framework, about the biomechanical and technique based on principles that should guide the educational intervention at the teaching process, (ii) concretize these principles in the initial process of learning and technical training of the Synchronized swimming basics techniques.

          Keywords: Synchronized swimming. Teaching. Learning process.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 15, Nº 148, Septiembre de 2010. http://www.efdeportes.com/

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1.     Introdução

    A Natação Sincronizada, quando devidamente enquadrada, poderá ser considerada uma das actividades aquáticas mais interessantes e passíveis de prática no meio aquático, dada a possibilidade de execução de novos e atraentes movimentos na água. Adequada a todas as pessoas de qualquer idade, género, composição corporal e nível de aptidão física, promove não só o trabalho individual técnico como também de equipa, no que concerne aos movimentos ou habilidades motoras sincronizadas (Gray, 1971).

    Dado o exposto, pretendemos com este artigo desmistificar o tabu que poderá ainda circundar esta modalidade, através de uma linguagem simples e acessível, da transmissão de informação clara e precisa, útil aos profissionais que se iniciam agora na modalidade.

    Para ensinar correctamente é necessário ter o conhecimento teórico, não descurando o prático, pois esse potenciará uma maior transmissão da sensibilidade ao meio aquático que poderá permitir uma melhor execução das técnicas básicas da modalidade, tais como as remadas de sustentação e de deslocamento.

    Do que nos é dado a conhecer, a formação profissional até hoje disponibilizada tem vindo a ser orientada para um nível competitivo, mesmo que de iniciação, ficando muito aquém das necessidades formativas de base que alguns professores debutantes nesta modalidade poderão manifestar.

    Tal como num vulgar processo de adaptação ao meio aquático, o facto de a praticante não executar a totalidade das habilidades motoras na perfeição, não deverá ser inibitório de ir mais além, mais concretamente na participação de uma coreografia básica, que não só motivará para novas aprendizagens, como se poderá tornar gradualmente mais complexa.

1.1.     Desmistificar para ensinar

    Este trabalho visa essencialmente a apresentação de propostas metodológicas para o ensino da natação sincronizada, para os actuais ou futuros intervenientes na área, a um nível de iniciação/formação.

    Antes de apresentarmos as propostas em concreto julgamos pertinente abordar um tema que determina a eficácia dos exercícios aplicados e sucesso na concretização dos mesmos, e que tem sido, na nossa opinião, pouco assomado nesta modalidade, pelo menos de um modo sistematizado: a observação.1 Observar é olhar com atenção, examinar para estudo. Observador é aquele que segue com atenção, que observa os fenómenos, os acontecimentos (Brito, 1998).

    A observação torna-se essencial nesta modalidade, dadas as características particulares face aos objectivos e contextos de onde se desenrola a acção. Para o treinador a percepção de certos movimentos pode ser perturbada por vários factores: i) inerentes às propriedades da água, tais como a refracção; ii) inerentes à posição relativa de onde é observado o gesto. Por vezes, determinados detalhes de observação são mais perceptíveis de uma grande altura, exemplo em cima do bloco de saída. Isto apenas a título de exemplo, mas se quisermos observar e corrigir devidamente cada detalhe impões que utilizemos todos os recursos disponíveis para o efeito, mesmo desde um processo de iniciação à modalidade. Assim sendo, a verdadeira observação deveria ser efectuada combinando o meio subaquático, debaixo de água, por intermédio das janelas subaquáticas ou pela própria imersão do treinador/professor (Silva, 2003), e através da alteração da posição do observador ou da praticante.

    O desenvolvimento de programas de ensino deve assentar numa hierarquia de comportamentos chave, o que requer a aplicação de um sistema observacional por parte do técnico assente na percepção, diagnóstico e correcção dos erros técnicos.

    Uma observação sistemática que por sua vez é estruturada, planeada e controlada, permite tornar o acto de observar consciente, intencional, previsível, controlável e eficaz junto do atleta (Higgins, 1977, Lewis, 1979; Pauwels, 1979; Brito, 1998).

2.     Proposta metodológica para o ensino da natação sincronizada, adaptada ao nível de aquisição das técnicas básicas

    Desde logo as praticantes devem ser iniciadas num processo de aprendizagem que requer alguma disciplina, associada no entanto à ludomotricidade.2 Um exemplo prático deste facto é a postura que as mesmas devem adoptar desde que saem dos balneários até que lá retornam. O treino da postura, mesmo que seja apenas neste momento será crucial perante outras situações mais complexas.

    Assim sendo, iremos dedicar este trabalho apenas ao nível de aquisição das técnicas básicas, uma vez que o aprofundamento das restantes etapas, que conduzem a níveis de performance superior, o que não só levaria a ampliar excessivamente o documento, como também, a nosso ver, se encontram mormente divulgadas e documentadas na formação contínua das treinadoras.

    A aquisição da técnica é uma forma de melhorar a eficiência do movimento e, consequentemente, a prestação motora. Para se poder alcançar este objectivo, nada melhor do que fornecer aos alunos um profundo conhecimento dos aspectos técnicos inerentes a cada técnica, aumentando e rentabilizando deste modo a sua performance. É também importante o aumento do processo de aquisição auto-consciente das diferentes posições básicas e remadas de sustentação e deslocamento, disponibilizando os procedimentos mais adequados para promover as alterações necessárias, ajustando os modelos de execução técnica existentes, de acordo com o nível maturacional, complexidade da tarefa e os objectivos no domínio técnico-motor a serem atingidos (Silva, Costa, Silva, 2003).

    Pretende-se nesta fase de aquisição técnica que se atinjam os seguintes objectivos (Silva, Campaniço, 1999): domínio motor global; colocação e posição no corpo na água; formas globais e rudimentares de sincronização dos movimentos de braços/pernas e respiração, sem que exista perturbação da posição corporal adquirida; trajectória dos movimentos com as correspondentes alterações da posição dos segmentos corporais.

2.1.     Pré – requisitos a ter em conta

    É importante ter em conta como pré-requisitos fundamentais alguns traços ao nível psicológico que determinam algumas características da personalidade, tais como: capacidade verbal favorável; boa memória visual; capacidade de aprendizagem rápida e em qualquer situação; sentido de autonomia; capacidade para reflexões abstractas activo e persistente; sentido de grupo; gosto pela actividade.

    Ao nível motor deverão ser equacionados aspectos relacionados com a sensibilidade na água em diferentes níveis: facilidade na execução dos exercícios propostos; posição e postura correcta do corpo; conhecimento dos segmentos corporais em contracção em todos os exercícios realizados; capacidade de efectuar várias destrezas aquáticas; capacidade de realizar esforço e suportar o mesmo ao longo das tarefas propostas (Silva, Campaniço, 1999).

    Igualmente importante será ter em conta algumas situações para o emprego do programa de ensino, tais como: o descanso físico e psíquico, sem índices de fadiga; ambiente calmo, com tempo suficiente de tarefa para efectuar cada repetição consciente dos objectivos que são pretendidos; condições de segurança standard, de tal forma que as questões de confiança e estabilidade emocional estejam garantidas.

2.2.     Estratégias a adoptar na aquisição das técnicas básicas

    As estratégias a utilizar nesta fase devem basear-se, em primeiro plano, numa correcta planificação dos conteúdos técnicos a desenvolver nas sessões de treino. À praticante é exigido o controlo dos seus movimentos e o ajuste contínuo dos mecanismos de feedback interno ou biofeedback. Ao técnico cabe a tarefa de observar continuamente a nadadora, aumentar o feedback externo, tendo em conta alguns aspectos na sua tarefa: i) copiar um modelo e demonstrá-lo correctamente; ii) informar exclusivamente sobre o circuito de regulação interna; iii) ensinar a estrutura espaço temporal antes da dinâmica temporal; iv) indicar as componentes críticas do movimento; v) desenvolver a imagem do movimento; vi) trabalhar com várias modalidades de informação; vii) obrigar a referências conscientes cada vez mais intensas (informação de retorno condicionada pela acção, sobre o desempenho e resultado das execuções); viii) aprendizagem contínua, fixação e experimentação com desvios mínimos (Silva, Campaniço, 1999).

    O técnico deve recorrer à utilização de materiais pedagógicos, nomeadamente material didáctico, tradicional ou adaptado, visionamento in loco, sensibilizando a nadadora para a importância dos mesmos e a sua aplicabilidade prática no contexto de aquisição da técnica, promovendo desta forma o entusiasmo. A visualização da realização da técnica, tão correcta quanto possível, “o produto final”,3 realizada pela nadadora mais experiente e mais próxima poderá também incrementar a motivação e obtenção do sucesso na aquisição de determinada técnica e consequentemente na modalidade.

3.     Propostas metodológicas

    Tendo em atenção as condicionantes do sucesso do processo de ensino e aprendizagem, é necessário definir um conjunto de exercícios que possam facilitar a aquisição das técnicas e que tenham como consequência aprendizagens mais estáveis e duradouras.

    Poderemos assim mencionar sequências de exercícios ajustados ao nível de aquisição das técnicas básicas, divididos sequencialmente nos seguintes parâmetros (Forbes, 1984; Reeves, 1992; Gray, 1993; Kismet, Cento, & Rene, 2009; Federação Internacional de Natação Amadora, 2009): (i) remadas de sustentação e de deslocamento, através do domínio motor global; (ii) posição do corpo; (iii) acção equilibradora dos membros; (iv) forma global de execução da posição básica;. (iv) forma global sincronização dos movimentos das remadas com a posição assumida, sem que exista perturbação da posição corporal adquirida.

4.     Considerações finais

    Foi objectivo deste trabalho apresentar uma proposta de ensino das técnicas básicas de natação sincronizada, adaptada ao nível de aquisição técnica. Preliminarmente a esta proposta salientamos a importância da capacidade análise de movimentos desportivos por parte do professor, em particular o conhecimento específico ao nível dos procedimentos da tarefa motora e do seu contexto de acção (Martins et al., 2006). Estas capacidades são essenciais a uma intervenção optimizada dos comportamentos motores e, por consequência, da eficácia do ensino. A par desse conhecimento, concorre a experiência do professor, sobretudo na adequação das estratégias básicas do ensino das mesmas. Com efeito, esta proposta metodológica resulta de ambos os pressupostos:

  1. o conhecimento geral e específico inerente ao processo de ensino da natação sincronizada e;

  2. da experiência pedagógica alargada dos autores.

Notas

  1. René Descartes in Discurso do método (1824): “E como a multiplicidade de leis serve frequentemente para escusar os vícios, de sorte que um estado é muito melhor governado quando, possuindo poucas, elas são aí rigorosamente aplicadas, assim, em lugar de um grande número de preceitos dos quais a lógica é composta, acrediteis que já me seriam bastante quatro, contanto que tomasse a firme e constante resolução de não deixar uma vez só de observá-los: O primeiro consistia em nunca aceitar, por verdadeira, coisa nenhuma que não conhecesse como evidente; isto é, devia evitar cuidadosamente a precipitação e a prevenção; e nada incluir em meus juízos que não se apresentasse tão claramente e tão distintamente ao meu espírito que não tivesse nenhuma ocasião de o pôr em dúvida; O segundo, dividir cada uma das dificuldades que examinasse em tantas parcelas quantas pudessem ser e fossem exigidas para melhor compreendê-las; O terceiro, conduzir por ordem os meus pensamentos, começando pelos objectos mais simples e fáceis de serem conhecidos, para subir, pouco a pouco, como por degraus, até o conhecimento dos mais compostos, e supondo mesmo certa ordem entre os que não se precedem naturalmente uns aos outros; o último, fazer sempre enumerações tão completas e revisões tão gerais, que ficasse certo de nada omitir''.

  2. Ludomotricidade pode ser definida como a natureza e campo das situações motoras que correspondem a jogos desportivos, fazendo alusão ao prazer do jogo pelo jogo in Parlebas, 2001.

  3. Assim descrito enquanto o final do desenvolvimento do trabalho artístico, ou seja, o resultado do investimento dado à transformação.

Bibliografía

  • Brito, P. (1998). Observação Directa e Sistemática do Comportamento. Ciências da Motricidade Eds. FMH.Lisboa.

  • Federação Internatonal de Natação Amadora. (2009). Obtido em 24 de Fevereiro de 2010, de FINA: http://www.fina.org/project/docs/events/SYWT/swt2009_guidelines.pdf

  • Forbes, M. (1984). Coaching Synchronized Swimming Effectively. Human Kinetics Publishers Inc.

  • Gray, J. (1993). Coaching Synchronised Swimming Figure Transitions. Standard Studio and Berkshire.

  • Gray, J. (1971). Teaching Synchonized Swimming. EP Publishing.

  • Kismet, C., Cento, S., & Rene, S. (2009). Metodología para la enseñanza de las posiciones básicas del nado sincronizado. Su aplicación en atletas camagüeyanas. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Nº 134, julio. http://www.efdeportes.com/efd134/ensenanza-de-las-posiciones-basicas-del-nado-sincronizado.htm

  • Higgins, J. (1977). Human Movement an integrated approach. The C.V. Mosby Company, Saint Louis.

  • Lewis, B. (1979)."Structured Observation", Report of the N.A.T.F.H.E. Physical Education Seccion, Annual Conference Held At Chester College, Chester, Galaister Ed.  p.37-44.

  • Martins, M., Oliveira, C., Silva, A. J., Moreira, A., Garrido, N., Leite, L., et al. (2006). Natação Sincronizada: Descrição Técnica, Modelo de Ensino e Regulamento Desportivo.

  • Pauwels, J.( 1979). "Observation- An important part of  didatic proficiency". In: Haag, K. Physical Education and Evaluation, Proceedings of XXII, I CHPER World Congress, Kill, UKHS eds. p.208-217.

  • Parlebas, P. (2001). Juegos, deporte y sociedad. Léxico de praxiología motriz. Institut National du Sport et de l‟Éducation Physique. Barcelona: Paidotribo

  • Reeves, M. (1992). Success in Sculling: Principles and practices of practices of coaching body positions and sculling. Olympia Greece.

  • Silva, A., Campaniço, J. (1999). Actas do 1º Seminário Internacional de Natação. Sector Editorial dos SDE UTAD. ISBN: 972-669-355-1. Vila Real.

  • Silva, A.; Costa, A.; Silva, C.(2003). Implicações dos novos princípios biomecânicos na aprendizagem da técnica de bruços. III Seminário Internacional das Actividades Aquáticas. A. Silva & J. Campaniço (eds.) Sector Editorial dos SDE UTAD: Vila Real.

  • Silva, A. J. (2003). O erro técnico na natação. III Seminário Internacional das Actividades Aquáticas. Vila Real: SDE UTAD.

Anexo 1. Proposta de progressão pedagógica para posição básica dorsal, adaptado ao nível de aquisição técnica

Descrição

    É utilizada para deslocar o corpo no sentido da cabeça ou dos pés, consoante a remada aplicada. Utiliza-se uma remada, onde os braços estão ao lado do corpo, ligeiramente abaixo das nádegas, com ligeira flexão dos cotovelos. O movimento da remada é contínuo e uniforme e a força aplicada deverá ser a mesma, tanto na acção lateral exterior como na interior.

Critérios de êxito

  • Deslocar o corpo sempre na mesma direcção;

  • Manter sempre a barriga e pernas à superfície;

  • Os pés devem estar sempre em contracção;

  • O movimento dos braços não deverá ser muito amplo ou profundo, realizado com os dois braços em simultâneo.

Consignas verbais

  • Nádegas apertadas;

  • Barriga em cima da água;

  • Olhar para o tecto;

  • Pés estendidos.

Em deslocamento

  • Remada standard (no sentido da cabeça) e contra-standard (no sentido dos pés).

  • Com braços em elevação: Torpedo (no sentido dos pés) e contra torpedo (no sentido da cabeça)

A seco, deitada no cais, em decúbito dorsal, realizar a remada;

 

Em decúbito dorsal com apoio das articulações metatarsofalângicas na parede.

 

Em decúbito dorsal segurando uma prancha entre os tornozelos.

 

Em decúbito dorsal com apoio de dois garrafões de água de 5 litros, vazios e com pegas.

 

Em decúbito dorsal com apoio de um pool-buoy entre os tornozelos.

 

Em decúbito dorsal com apoio de uma prancha situada a partir da cintura escapulo-umeral.

 

 

Na posição vertical, realizar a remada de sustentação

 

Em decúbito dorsal com uma bola entre os pés.

Anexo II. Proposta de progressão pedagógica para posição básica ventral, adaptado ao nível de aquisição técnica

Descrição

    É utilizada para deslocar o corpo no sentido dos pés ou da cabeça em posição ventral, com braços em elevação (canoa) ou em posição mais proximal (lagosta), bem como no inícios de figuras que pressupõem a utilização desta posição enquanto ponto de partida para a restante execução, ou seja, sem deslocamento. Em qualquer dos casos, poderão ser aplicadas as seguintes propostas.

Critérios de êxito

  • Deslocar o corpo sempre na mesma direcção;

  • Manter sempre as costas e pernas à superfície;

  • Os pés e pernas devem estar sempre em contracção;

  • O movimento dos braços não deverá ser muito amplo.

Consignas Verbais

  • Nádegas apertadas;

  • Pés estendidos;

  • Apenas a face toca na água;

  • Procura de equilíbrio com a acção dos dois braços em simultâneo.

Em Deslocamento

  • Lagosta (deslocamento do corpo no sentido dos pés) e Canoa(deslocamento do corpo no sentido da cabeça).

Para os deslocamentos

Lagosta

Consignas Verbais

palmas das mãos sempre orientadas para a frente.

retirar água no sentido da barriga para a cabeça;

Ritmo da remada elevado, mas com os braços alternados.

Canoa

Cotovelos ligeiramente flectidos;
Braços em elevação

Palmas das mãos orientadas para a frente, num gesto semelhante ao de “acenar”.

Ritmo da remada elevado, com os dois braços em simultâneo.

 

Em pé, de frente a uma mesa, executa o gesto, para treino de sensibilização palmar.

 

Com garrafões de 5 litros de água cada, com pegas, para treino da postura.

 

Com as articulações metacarpofalângicas apoiadas no cais da piscina.

 

Colocar uma bola de ténis de mesa nos pés.

 

Realizar o exercício com ajuda do pool-buoy, entre os tornozelos.

Anexo III. Proposta de progressão pedagógica para vela

Descrição

    A partir da posição básica dorsal, consiste na flexão da articulação do joelho, assumindo um ângulo de 90o entre a coxa e a superfície da água. A outra perna permanece estendida e à superfície.

Critérios de êxito

  • O pé da perna que realiza a flexão deve realizar o percurso através da tíbia (com a sua parte interna). Quando desfaz a posição acontece o mesmo;

  • O pé deve permanecer sempre estendido aquando da flexão da perna;

  • Quando uma das pernas se encontra em flexão, a perna que está em extensão deve permanecer à superfície da água, bem como a bacia, e a face;

  • A perna flecte lentamente, para causar o mínimo de perturbação possível;

  • A remada deve ser executada a um ritmo tão elevado quanto possível a fim de suportar a flexão da perna, que se realiza lentamente – frequência gestual da remada elevada.

Consignas Verbais

  • Olhar dirigido para o tecto;

  • Realizar força na perna que permanece estendida;

  • Aumentar o ritmo da remada;

  • Deslizar o pé pela parte interior da perna, mas este sempre em extensão.

Em decúbito dorsal com apoio das articulações metatarsofalângicas na parede

 

Com garrafões de 5 litros de água cada, com pegas, para treino da postura.

Anexo IV. Proposta de progressão pedagógica para perna de ballet

Descrição

    A partir da posição básica dorsal, consiste na flexão da articulação do joelho, assumindo um ângulo de 90o entre a coxa e a superfície da água. A outra perna permanece estendida e à superfície. Após ter adoptado a posição de vela, a mesma perna prossegue, efectuando uma extensão da articulação do joelho. A posição encontra-se definida quando é distinto um ângulo de 90o entre as duas pernas (uma em elevação e outra à superfície da água).

Critérios de êxito

  • O pé da perna que realiza a flexão deve realizar o percurso através da tíbia (com a sua parte interna). Quando desfaz a posição acontece o mesmo;

  • O pé deve permanecer sempre estendido aquando da flexão da perna e posterior extensão;

  • Quando uma das pernas se encontra em elevação, a perna que está em extensão deve permanecer à superfície da água, bem como a bacia, e a face;

  • A perna flecte e sobe lentamente, para causar o mínimo de perturbação possível;

  • A remada deve ser executada a um ritmo tão elevado quanto possível a fim de suportar a flexão e elevação da perna, que se realiza lentamente – frequência gestual da remada elevada.

Consignas Verbais

  • Olhar dirigido para o tecto;

  • Realizar força na perna que permanece estendida;

  • Aumentar o ritmo da remada;

  • Deslizar o pé pela parte interior da perna, mas este sempre em extensão.

  • A articulação do joelho mantém-se estável aquando da subida da perna e após a aquisição do ângulo de 90o.

  • O ritmo de execução poderá ser marcado em 8 tempos de subida (4 até posição de vela + 4 até posição de perna de ballet) e 8 tempos de descida (4 até posição de vela + 4 até posição básica dorsal)

Em decúbito dorsal com apoio das articulações metatarsofalângicas na parede

 

Com garrafões de 5 litros de água cada, com pegas, para treino da postura.

Anexo V. Proposta de progressão pedagógica para barril

Descrição

    A partir da posição básica dorsal, as pernas realizam um fecho, assumindo uma posição engrupada, mantendo sempre os pés em flexão plantar e alinhados com a cabeça, principalmente com o queixo. A perna e os pés devem estar à superfície.

Critérios de êxito

  • A posição do barril apenas é realizada quando a posição básica dorsal está adquirida;

  • A nadadora não deverá submergir o corpo enquanto realiza o barril;

  • O ponto de realização da remada é distinto daquele encontrado para a remada em posição básica dorsal, dada a alteração do centro de massa do corpo, o que remete para uma remada executada debaixo das pernas;

Consignas Verbais

  • Joelhos e pés em à superfície;

  • Olhar para o tecto;

  • Realizar força para manter os pés á superfície;

Em decúbito dorsal com apoio das articulações metatarsofalângicas na parede.

 

Com garrafões de 5 litros de água cada, com pegas, para treino da postura.

Anexo VI. Proposta de progressão pedagógica para flamingo

Descrição

    A partir da posição básica dorsal, consiste na flexão da articulação do joelho, assumindo um ângulo de 90o entre a coxa e a superfície da água. A outra perna permanece estendida e à superfície. Após ter adoptado a posição de vela, a mesma perna prossegue, efectuando uma extensão da articulação do joelho. A posição encontra-se definida quando é distinto um ângulo de 90o entre as duas pernas (uma em elevação e outra à superfície da água). Quando a posição de perna de ballet é assumida, a perna que ficou à superfície desloca-se até que o ponto mediano da tíbia contacte com a perna que se encontra em elevação.

Critérios de êxito

  • O pé da perna que realiza a flexão deve realizar o percurso através da tíbia (com a sua parte interna). Quando desfaz a posição acontece o mesmo;

  • O pé deve permanecer sempre estendido aquando da flexão da perna e posterior extensão;

  • Quando uma das pernas se encontra em elevação, a perna que está em extensão deve permanecer à superfície da água, bem como a bacia, e a face;

  • A perna flecte e sobe lentamente, para causar o mínimo de perturbação possível;

  • A remada deve ser executada a um ritmo tão elevado quanto possível a fim de suportar a flexão e elevação da perna, que se realiza lentamente – frequência gestual da remada elevada.

  • A perna desloca-se à superfície lentamente, para causar o mínimo de perturbação possível;

  • O ponto de realização da remada vai sendo alterado ao longo da execução da posição, , dada a alteração do centro de massa do corpo, o que remete para uma remada final executada debaixo da perna flectida;

Consignas verbais

  • Olhar dirigido para o tecto;

  • Realizar força na perna que permanece estendida, enquanto a posição de perna de ballet é assumida;

  • Aumentar o ritmo da remada;

  • Deslizar o pé pela parte interior da perna, mas este sempre em extensão.

  • A articulação do joelho mantém-se estável aquando da subida da perna e após a aquisição do ângulo de 90o.

  • O ritmo de execução poderá ser marcado em 8 tempos de subida (4 até posição de vela + 4 até posição de perna de ballet) + 4 tempos de fecho da perna à superfície e 8 tempos de descida (4 até posição de vela + 4 até posição básica dorsal) + 4 tempos de extensão da perna à superfície.

Em decúbito dorsal com apoio das articulações metatarsofalângicas na parede.

 

Com garrafões de 5 litros de água cada, com pegas, para treino da postura.

Anexo VII. Proposta de progressão pedagógica para posição encarpada

Descrição

    Esta posição tem por base a posição básica ventral. Através de remadas nessa posição, é assumida uma posição encarpada, formando um ângulo de 90o entre os membros inferiores e o tronco. O tronco e a cabeça permanecem alinhados com a anca.

Critérios de êxito

  • Manter as pernas o mais à superfície possível;

  • Olhar dirigido para a frente;

  • Manter um ângulo de 90º entre os membros inferiores e o tronco, mantendo as nádegas à superfície.

Consignas Verbais

  • Realização de uma remada que permite a fase descendente do tronco – retirar água no sentido da barriga para a cabeça;

  • A cabeça mantém-se alinhada com o tronco – olhar para a parede e não para o chão da piscina.

Em decúbito ventral com apoio das articulações metatarsofalângicas na parede.

 

Com garrafões de 5 litros de água cada, com pegas, para treino da postura.

 

Com apoio das costas na parede, para treino da postura.

 

Com pool-buoy entre as pernas.

Anexo VIII. Proposta de progressão pedagógica para posição vertical invertida

Descrição

    O corpo deverá permanecer em extensão, perpendicular à superfície da água, com os membros inferiores juntos. A cabeça a bacia e os tornozelos devem estar alinhados.

Critérios de êxito

  • As pernas não devem oscilar, as nádegas devem estar contraídas;

  • Retroversão da bacia;

  • Cabeça, bacia e pés alinhados.

Consignas Verbais

  • Apertar as nádegas;

  • Olhar dirigido para a parede e não para o chão;

  • Barriga contraída

Com garrafões de 5 litros de água cada, com pegas, para treino da postura.

 

Tronco e cabeça imersos e encostado à parede, coxas apoiadas no cais. As mãos seguram a parede.

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