Estágio com pré-escolares e a utilização do jogo Prácticas con niños en preescolar y la utilización del juego |
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Centro Universitário IPA Metodista (Brasil) |
Benhur Eidelwein Márcio Siqueira Nunes Atos Prinz Falkenbach (in memorian) |
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Resumo O presente trabalho objetiva-se por demonstrar em forma de texto, as dificuldades encontradas pelos, então acadêmicos, Benhur Eidelwein e Márcio Siqueira Nunes quando defrontados em seu estágio com a pré-escola. A utilização do jogo livre no pensamento de Vygotsky e sua aplicação na prática da aula de Educação física, mostrando ser esse um caminho de segurança para o professor e que é capaz de dar uma resposta positiva dentro das perspectivas educacionais. Assessorados pelo então professor titular desta disciplina, Atos Prinz Falkenbach, fomos atentados para descrever sobre esta adversidade encontrada por muitos estagiários de educação pré-escolar. Unitermos: Jogo. Pré-escola. Fantasia.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 15, Nº 148, Septiembre de 2010. http://www.efdeportes.com/ |
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Estruturamos o nosso estágio na forma deste resumo com o objetivo de expor experiências de dificuldades e de conquistas, nas nossas noventa horas práticas no campo da Educação Física Escolar. Quando defrontados com crianças de Jardim “B” em uma turma de 23 alunos, meninos e meninas, com idade entre cinco e seis anos.
Ao ingressarmos na escola situada no bairro Nonoai em Porto Alegre, percebemos que algo no nosso plano de ensino e plano de aula deveria ser repensado, pois até onde sabíamos nosso estágio seria apenas para alunos das Séries Iniciais e o fato de nos depararmos com estes infantes nos preocupou bastante. Mattos (2006) é da opinião de que quando o educador elabora um plano de aula para Educação Física infantil, sua primeira preocupação deve ser a eleição de fatores para o sucesso da sua tarefa.
Em um primeiro momento tentamos aplicar os mesmo planos de aula dos alunos de 1º a 4º de maneira um pouco adaptada (de mais fácil percepção), mas esta proposta durou somente algumas aulas. A experiência docente nos ensinou que havia diferenças entre as turmas e não poderíamos apenas adaptar atividades. Colocamos então em prática planos de aula direcionados para os menores. Nosso tema no trabalho de Estágio Supervisionado foi a inclusão. Tratamos então de nos incluirmos no mundo imaginário e de fantasias que essas crianças têm.
Segundo Vygotsky (1984), a criança em idade pré-escolar envolve-se em um mundo ilusório e imaginário onde os desejos não realizáveis podem ser realizados, e esse mundo é o que chamamos de brinquedo. Portanto trabalhar com crianças que estão neste ponto do seu desenvolvimento psico-social e não atentar para o lúdico, para o simbólico é dar um passo rumo à derrota.
Nossas atividades passaram a ser simbólicas e lúdicas como cantigas de roda, formações de brincadeiras usando elementos da aula como símbolos para fantasias (próprias das crianças nesta idade), também atividades de imitação e ligadas à natureza.
Os professores, como adultos, tem uma idéia do brincar em “jogo dirigido”, não considerando o papel sério que o brincar desempenha na estruturação do pensamento, das emoções e do corpo da criança (HARRES, 2001).
Brougère (1995), fala que a partir da determinação da importância de um jogo, se pode distinguir a que objetivo se quer atingir com estas crianças. Este seu estudo em escolas francesas quer mostrar que dependendo da escolha do jogo utilizado, seja ele livre ou dirigido, se pode perceber qual rumo os professores querem seguir com seus alunos.
Levando em consideração as afirmações dos autores, tentamos transmitir aos alunos uma liberdade nas produções de brincar/jogar, potencializando o desenvolvimento das atividades partirem das crianças, sempre com a nossa supervisão e nossas intervenções de estagiários. Dessa forma atingimos o ponto que esperávamos desde o começo, fazendo com que os alunos participassem de forma organizada e coesa com as práticas do brincar na Educação Física escolar.
Por fim a experiência docente no Estágio Supervisionado permitiu compreender que muito ainda pode ser trabalhado no campo da atividade corporal para crianças em idade pré- escolar, mas que primar pela ludicidade e permitir aos alunos autonomias do seu brincar, das suas fantasias, pode ser um caminho satisfatório em sua sociabilização com os demais colegas e também na ampliação do repertório de movimentos como na capacidade de organizar-se para brincar.
Referências
BROUGÈRE, G. – Jogo e Educação. Porto Alegre, RS: Artes Médicas, 1995.
HARRES, J. S. PAIM, G M. EINLOFT, N L V M – O lúdico e a Prática pedagógica. In: SANTOS, S M P – A Ludicidade como Ciência. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001, Pag. 78 a 84.
MATTOS, G M. NEIRA, M G. – Educação Física Infantil: Construindo o Movimento na Escola. São Paulo, SP: Phorte Editora, 2006.
VYGOTSKY, L. S. – Formação Social da Mente. São Paulo, SP: Martins Fontes, 1984.
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